quarta-feira, 10 de maio de 2017

O DESEMPREGO FAZ MICROEMPREENDEDORES POR FALTA DE OPÇÃO



Desemprego impulsiona saldo de 100 mil microempreendedores por ano em Minas

Ivana Andrade











PELA CIDADE –Dayana Silva virou doceira e usa a bicicleta para vender as guloseimas que produz


Em um universo de mais de 14 milhões de desempregados, o número de Microempreendedores Individuais (MEIs) tem crescido significativamente. Em Minas, segundo levantamento do Hoje em Dia no Portal do Empreendedor, o saldo entre adesões e fechamentos chega a 100 mil por ano desde 2014, quando a crise econômica começou a tirar vagas dos trabalhadores.
Entretanto, segundo a analista da Unidade de Atendimento do Sebrae Minas, Viviane Soares, é preciso cautela antes de investir no negócio próprio.
“Muitas vezes, a pessoa abre a empresa sem estar preparada e o empreendimento não vai adiante”, adverte.
No Brasil, os microempreendedores já são quase 7 milhões, com destaque para Minas, terceiro estado com maior número de formalizações (774 mil), atrás de Rio (857 mil) e São Paulo (1,8 milhão). Os números são cumulativos de 2009 até março de 2017, segundo o Sebrae Minas.
De todos os registros no primeiro trimestre deste ano, 47% foram feitos por mulheres, grande parte por necessidade e outras pela vontade de abrir um negócio.
Após trabalhar em uma indústria de alimentos, a nutricionista Fernanda Veloso ficou desempregada. Sem sucesso no mercado, fez um planejamento para se tornar microempreendedora. Foi então que nasceu a Fina Salada Gourmet, especializada em alimentação saudável, aberta em sociedade com a psicóloga Eliane Ferreira. “Com a ajuda do Sebrae, pensei na criação da marca, embalagem e público-alvo”, afirma.
As saladas, montadas em copos de acordo com o gosto do cliente, são refeições com um tipo de proteína, carboidrato, vegetais e folhas. Os pedidos são feitos via delivery. Os preços variam de R$ 9,50 a R$ 14,99.
Opção
Se para muitas a opção de se tornar MEI é uma urgência em meio à crise e ao desemprego, para outras é opção para mudar de ramo e investir no que gosta. Esse é o caso de Dayana Rezende Silva, que trabalhava como auxiliar administrativo e decidiu seguir a vocação de doceira, ofício que começou a aprender na adolescência.
Hoje aos 30 anos, Dayana montou a confeitaria “Relíquias do Glacê”, que produz bolo, alfajor, brownie, brigadeiro gourmet, bem-casado e macaron (iguaria francesa feita com claras de ovos). Após se tornar MEI e fazer curso de confeiteira, ela foi premiada com um estágio na área de pâtisserie do hotel Château de Divonne, na cidade de Divonne-le-Bains, na França. “A receita do meu bolo, chamado Fabuloso, obteve nota máxima. Inclusive ele é meu carro-chefe nas vendas”, diz. Como microempreendedora, Dayana viu sua renda triplicar. Os doces são comercializados por meio de encomendas ou via bike, que roda pela cidade.
A carreira de Marília Santos Outuky também deu uma reviravolta após ela se tornar microempreendedora individual. Apaixonada pela área de corretagem de seguros, trocou o emprego com carteira em um escritório do ramo para investir no próprio negócio no mesmo segmento, a Outuky Corretora.
A renda mensal de R$ 1.500 no emprego anterior saltou para R$ 5 mil, em média. “Aconselho as pessoas a fazerem o que gostam. Elas têm de arriscar, mas com determinação. Sem sacrifício não há bons resultados”, diz.



SÓCIAS – Eliane Ferreira e Fernanda Veloso apostaram em saladas montadas em copos de acordo com o gosto do freguês

Uma em cada quatro empresas fecha por falta de lucro
Apesar do processo de formalização do MEI ser menos burocrático, também exige responsabilidades, alerta a analista do Sebrae Minas, Viviane Soares. Prova disso é que um em cada quatro brasileiros que encerraram as atividades como Microempreendedor Individual (MEI) alega falta de retorno financeiro como o principal motivo para a decisão.
Segundo Viviane, o número de MEIs vem crescendo ao longo dos últimos oito anos principalmente porque a pessoa que é demitida e não consegue um novo emprego necessita de uma fonte de renda para sobreviver, e passa a enxergar o MEI como alternativa.
No entanto, antes de trilhar esse caminho, algumas dicas são primordiais, segundo Viviane. O primeiro passo é planejar a estrutura do negócio.
“Muita gente diz que mesmo com a crise as pessoas não deixam de comer. Mas há quem está deixando de ir a restaurantes, por exemplo, por causa da recessão.
Outras pensam investir em salão de beleza, porém há tratamentos estéticos considerados supérfluos que estão sendo deixados de lado no momento em função da crise econômica. Então, tudo isso tem que ser levado em consideração na hora de legalizar a empresa”, aconselha.
As atividades como maior número de formalizações em Minas são as relacionadas ao comércio de vestuário e acessórios (68,422 mil) e cuidados com a beleza, cabeleireiro e manicure (66,214 mil), conforme levantamento do Portal do Empreendedor. Os números são cumulativos de 2009 até março deste ano.
Criatividade
Para o professor da área de Finanças do Ibmec Bruno Machado de Araújo, momentos de crise são ruins, mas também podem favorecer ideias criativas. “Há pessoas que trabalham, ganham bem e vivem na zona de conforto. Mas, nas adversidades, são empurradas para o empreendedorismo, ou seja, acabam descobrindo as verdadeiras vocações”, diz.
Araújo lembra que para ser MEI o faturamento não pode ultrapassar R$ 60 mil por ano. Também é vedada a participação em outra empresa como sócio ou titular. Entre as vantagens do sistema, ele cita a facilidade para abertura de conta bancária e obtenção de empréstimos.
Além disso, essas pessoas têm direitos a auxílios relacionados à maternidade, doenças e aposentadoria. Outro benefício é o baixo custo para o processo de formalização. O pagamento mensal fixo é de R$ 47,85 a R$ 52,85, em se tratando de comércio, indústria e serviços, e de R$ 51,85, no caso de prestação de serviços.

Como forma de esclarecer os interessados a se tornarem MEIs, o Sebrae Minas fará um mutirão até o próximo sábado. Analistas darão orientações gratuitas em diversos pontos de atendimento em BH e no interior do Estado



DEPOIMENTO DE LULA NA JUSTIÇA SERÁ HOJE DIA 10/05/2017



Justiça nega pedido de Lula e mantém depoimento a Moro para 4ª

Estadão Conteúdo








O juiz federal Nivaldo Brunoni, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), manteve o interrogatório do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para esta quarta-feira (10). O magistrado rejeitou pedido liminar da defesa do petista para suspender a ação penal e o interrogatório do ex-presidente.

"Não há razão para o deferimento de suspensão do interrogatório do paciente e sobrestamento da ação penal", afirmou o magistrado.

Nivaldo Brunoni pontuou que "não pode passar despercebido que o interrogatório do réu, ato comum a qualquer ação penal, ganhou repercussão que extrapolou a rotina da Justiça Federal de Curitiba/PR e da própria municipalidade".

"Medidas excepcionais foram tomadas para evitar tumulto e garantir a segurança nas proximidades do fórum federal; prazos foram suspensos, o acesso ao prédio-sede da Subseção Judiciária será restrito a pessoas previamente identificadas e o trânsito nas imediações será afetado, medidas que vem mobilizando vários órgãos da capital paranaense", observou o magistrado.

O ex-presidente vai ser interrogado nesta quarta-feira (10), pelo juiz federal Sérgio Moro. Na ação, ele é acusado de ter recebido R$ 3,7 milhões em propinas da OAS que, em troca, teria fechado três contratos com a Petrobras, supostamente por ingerência de Lula.

Os advogados de Lula pediram por meio de habeas corpus a imediata (concessão de liminar) suspensão do processo criminal em que ele é réu por corrupção e lavagem de dinheiro no caso triplex - imóvel situado no Guarujá, litoral de São Paulo, que a Lava Jato diz pertencer a Lula, o que é negado por ele. A defesa alegou que não teria tempo suficiente para analisar o conteúdo de uma supermídia com 5,42 gigabytes com documentos que a Petrobras anexou aos autos - estima-se que o arquivo tenha 100 mil páginas.

A defesa de Lula havia solicitado pelo menos 90 dias para examinar os documentos da Petrobras e queriam que o Tribunal determinasse "a renovação dos atos processuais prejudicados pelos atos ilegais impugnados, em especial, o interrogatório marcado para o dia 10 de maio de 2017 e a etapa do artigo 402 do Código de Processo Penal".

Para Brunoni, "no tocante ao prazo de 90 dias para o exame do material apresentado pela Petrobras, não merece acolhimento o pedido por falta de previsão legal".

"A documentação juntada em meio digital é inédita para todas os atores processuais (defesa, acusação e juízo). Não se desconsidera que a existência de milhares de páginas para exame demanda longo tempo, mas foge do razoável a defesa pretender o sobrestamento da ação penal até a aferição da integralidade da documentação por ela própria solicitada, quando a inicial acusatória está suficientemente instruída", anotou Nivaldo Brunoni.

COLUNA ESPLANADA DO DIA 10/05/2017



Racha supremo

Coluna Esplanada – Leandro Mazzini 








Racha supremo
A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, não tem pressa em colocar para julgamento no plenário o habeas corpus do ex-ministro Antonio Palocci, dos governos Dilma e Lula. A intenção da ministra é levar à pauta temas que chama de “prioridade social” e amenizar o racha interno causado pela soltura de presos da Lava Jato nas últimas duas semanas.
Vaivém
Mas há quem aposte que a decisão sobre Palocci volta para a 2ª Turma do STF, onde o trio de ministros Lewandowski, Dias Toffoli e Gilmar pretende libertá-lo.
No mar
A FAB avançou na investigação do acidente do king air que vitimou o ministro do STF Teori Zavaski e mais quatro pessoas em janeiro deste ano.
Coragem, povo!
Parte do comércio vizinho à sede da Justiça Federal em Curitiba vai fechar hoje por causa das esperadas manifestações de ativistas pró-Lula. Que vergonha, comerciantes!
Plano do juiz
O juiz Sérgio Moro dará resposta ao recuo da defesa do ex-ministro Antonio Palocci que suspendeu as negociações de delação premiada do cliente. Pretende convocar o ex-ministro da Fazenda para depor logo após o frente-a-frente com Lula da Silva. Se não no mesmo dia, dentro dos dois próximos.
Conta aí
Em abril, Palocci adiantou a Moro que poderia apresentar, “em sigilo”, fatos com nomes, endereços, operações realizadas e coisas que vão ser certamente do interesse da Lava Jato. Ontem, Palocci pediu para acompanhar depoimentos de alguns delatores.
Mudou de ideia
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso faz questão de participar de todos os encontros, em Brasília, entre parlamentares tucanos com o presidente Michel Temer. Durante jantar na última semana, FHC teceu elogios ao Governo do peemedebista

Morde-assopra
FHC chamara o Governo Temer de Pinguela. Agora, disse ao presidente que fará esforço para o PSDB ajudar nas reformas. É o velho Fernandinho morde-assopra
Debandada
Ontem, entre as 16h5 e 16h30, ninguém atendeu os telefones na comunicação do PT Nacional em Brasília e em São Paulo. A secretária informou que não voltariam.
Cara a tapa
O deputado Carlos Marun (PMDB-MS), presidente da comissão da reforma da Previdência, foi vaiado em Campo Grande ontem. “Se eu tivesse medo de vaia, sinceramente eu tinha procurado outra coisa pra fazer”, diz ele.
Candidato
Assista na e-webtv em nosso site e no canal no Youtube a entrevista com o ex-senador boliviano Roger Molina. Ele revela que vai voltar a La Paz e tem projetos políticos. “Não existe um ex-político”, diz, apesar de asilado no Brasil
Solta o verbo
Ex-ministro dos governos José Sarney e FHC, o economista Bresser-Pereira lidera o Projeto Brasil Nação junto a intelectuais anti-Temer. “O Brasil enfrenta uma crise muito grave, não só econômica, mas moral. Estamos inconformados com o liberalismo radical dependente adotado pelo governo”, tem repetido.
Memória
Um detalhe, os Governos de FHC foram os mais neoliberais desde a retomada da democracia.
Piano Solidário
Vinte jovens selecionados de todo o Brasil vão se apresentar com a pianista Simone Leitão no domingo na Sala São Paulo. Simone é idealizadora do Academia Jovem Concertante, que visa aproximar novos instrumentistas e qualificá-los para o mercado.

AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

  Brasil e Mundo ...