domingo, 2 de abril de 2017

MERCOSUL ADOTA MEDIDAS PARA EVITAR DITADURA NA VENEZUELA



Mercosul exige que Venezuela adote medidas concretas de separação de poderes

Agência Brasil













Ministros de Relações Exteriores do Mercosul participam de reunião em Buenos Aires para analisar o caso da Venezuela

Os chanceleres da Argentina, Brasil, Uruguai e Paraguai, países integrantes do Mercosul, exigiram hoje (1º), em declaração conjunta, que o governo da Venezuela adote medidas concretas para restabelecer a separação dos poderes, o respeito ao cronograma eleitoral e a garantia aos direitos humanos.
Os ministros das Relações Exteriores Rodolfo Nin Novoa (Uruguai), Eladio Loizaga (Paraguai) , Aloysio Nunes (Brasil) e Susana Malcorra (Argentina) se reuniram em Buenos Aires para analisar de forma “urgente” a situação institucional da Venezuela.
A reunião foi convocada esta ontem (31), em reação à decisão da Corte Suprema de Justiça da Venezuela de emitir sentença que limitava os poderes do Parlamento e a imunidade dos deputados venezuelanos. A declaração dos países do Mercosul, no entanto, ocorreu poucas horas depois de a Corte ter revogado sua decisão.
Em entrevista à imprensa, a chanceler Argentina leu a declaração conjunta que, entre outros pontos, reafirmou os princípios da Cláusula Democrática do Mercosul e reiterou solidariedade com a Venezuela pela crise política, social, institucional e de abastecimento que o país vem enfrentando.
*Com Agências Télam e EFE

CHUVA DE METEOROS - DESCOBERTA INÉDITA FEITA POR BRASILEIROS



Astrônomos brasileiros amadores descobrem chuva de meteoro
Estadão Conteúdo
Hoje em Dia - Belo Horizonte











Uma chuva de meteoros ocorre quando, ao orbitar em torno do Sol, a Terra atravessa uma região onde há concentração de poeira e partículas
Entre as mais de 800 chuvas de meteoros catalogadas pela União Astronômica Internacional, nenhuma havia sido descoberta por brasileiros. Isso mudou no último dia 20 de março, quando a organização registrou oficialmente em sua lista dois desses fenômenos, descobertos por astrônomos amadores brasileiros, e que jamais haviam sido observados por cientistas profissionais.

Uma chuva de meteoros ocorre quando, ao orbitar em torno do Sol, a Terra atravessa uma região onde há concentração de poeira e partículas. Ao entrar na atmosfera, as partículas se incendeiam, formando rastros luminosos no céu - as chamadas "estrelas cadentes".

Batizadas de Epsilon Gruids e August Caelids, localizadas nas constelações do Grou e do Cinzel, respectivamente, as duas novas chuvas de meteoros foram descobertas por membros da Rede Brasileira de Observação de Meteoros (Bramon), depois de três anos de trabalho, que incluiu a análise de mais de 86 mil registros do céu.

Pode-se dizer que o crescimento da Bramon foi mesmo "meteórico". De acordo com um de seus fundadores, o analista de dados Carlos Augusto Di Pietro, a rede criada em 2014 já conta atualmente com 54 membros, que operam 82 estações de monitoramento espalhadas em 19 Estados brasileiros. Eles já registraram 4.205 órbitas de asteroides e agora comemoram uma importante descoberta de impacto internacional.

"A Bramon foi a rede de observadores de meteoros que mais cresceu no mundo em um período muito curto - já é uma das maiores e uma das únicas do Hemisfério Sul. Temos membros de todas as idades, desde o Maranhão até o Rio Grande do Sul. Podemos dizer que a rede também é um experimento social", disse Di Pietro.

Segundo ele, a pulverização da rede em todo o território do País é importante para a observação dos meteoros sob grande número de pontos de vista. Quando os meteoros são observados de vários ângulos, os astrônomos podem determinar a órbita que ele possuía antes de encontrar a Terra pelo caminho.

"Também é importante termos muita gente espalhada em todos os lugares por causa das condições meteorológicas. Se o céu estiver encoberto em um determinado lugar, temos os registros obtidos em outras partes do País."

De acordo com Di Pietro, vários esforços para montar uma rede de observação de asteroides foram feitos no passado, mas nunca foram adiante porque o preço dos equipamento era proibitivo. "Não trabalhamos com observação visual e sim com videomonitoramento. Isso nos permite obter dados válidos e úteis para esse tipo de pesquisa. A partir de 2014 conseguimos encontrar equipamentos no mercado nacional, o que reduziu o custo de montagem de uma estação pela metade - cerca de R$ 1 mil. Hoje, já conseguimos montar uma estação com cerca de R$ 250."

Equipamento adaptado

Nas estações, o principal equipamento utilizado consiste em câmeras de alta sensibilidade luminosa, que são ligadas por um sistema de cabos a um computador. Um software grava as imagens cada vez que um meteoro passa diante da câmera, que em geral fica fixa em um ponto do céu previamente escolhido.

"Normalmente utilizamos câmeras de monitoramento de banco usadas. Os bancos costumam colocá-las à venda quando adquirem equipamentos mais modernos. Conseguimos comprá-las pela internet por cerca de 90 reais", conta Di Pietro.

As câmeras fazem a captura das imagens durante toda a noite. "Quando amanhece temos as imagens de uns 15 a 20 meteoros, mesmo sob o céu iluminado e poluído de São Paulo", conta. "Depois fazemos a análise dessas capturas remotamente - no trabalho, na hora do almoço e nas horas livres. Em épocas de chuvas de meteoros, chegamos a capturar 100 meteoros por câmera."

Di Pietro conta que a astronomia é uma paixão de infância - algo que parece ser uma característica comum entre profissionais e amadores. "Meu interesse começou, como o de toda uma geração, com a série Cosmos, de Carl Sagan. Quando tinha uns 16 anos, aprendi a ler inglês e francês, como autodidata, para poder ler os livros científicos. Foi ali o meu primeiro contato com os meteoros", disse.

Segundo ele, a Bramon está desenvolvendo um projeto para a inserção das estações de observação em escolas. "É uma ferramenta pedagógica de baixo custo e alto impacto educacional, promovendo a participação e dando ao aluno a percepção de que ele já pode fazer ciência", contou.

Participação juvenil

Um dos membros mais jovens da Bramon, Gabriel Zaparolli, de 16 anos, já é o coordenador da área de eventos atmosféricos transitórios da rede. Estudante do primeiro ano do ensino médio e morador de Torres, no Rio Grande do Sul, diz ter se apaixonado à primeira vista pela observação do céu.

"Em 2014 conheci a Bramon um pouco por acaso, via todos aqueles registros e queria muito ter uma estação para participar. Só que eu não podia comprar", contou Gabriel.

Algum tempo depois, seu amigo Carlos Fernando Jung, de Taquara (RS), deu a ele de presente uma estação completa. "No dia 15 de junho daquele ano comecei a captar meteoros e sprites", disse. Sprites, segundo o estudante, são fenômenos atmosféricos relacionados a descargas elétricas nuvem-solo.

"Eles ocorrem de 30 quilômetros acima da base da nuvem a até 90 quilômetros de altitude bem na Ionosfera. Duram menos de 50 microssegundos. São muito rápidos. As colorações deles são vermelho na parte mais alta e um azul alternando para roxo nas partes mais baixas", explicou.

"No dia em que peguei os primeiros sprites, viciei em apontar a câmera para qualquer tempestade forte", contou Gabriel. O jovem se informa sobre a chegada das frentes frias a partir dos dados divulgados pelos satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Gabriel diz que tem estudado meteorologia e quer se especializar nessa área no futuro. O apoio é geral. "Meus pais e amigos veem como uma coisa boa essa contribuição à ciência."


A FALA DE TRUMP INCITOU A VIOLÊNCIA ENTRE OS SEUS APOIADORES?



EUA: Juiz recusa defesa de Trump por incitar violência contra manifestantes

Estadão Conteúdo
Hoje em Dia - Belo Horizonte













Três pessoas afirmaram que foram agredidas por apoiadores de Trump

Um juiz federal rejeitou a defesa dos advogados do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra uma acusação de que ele teria incitado violência contra manifestantes que protestavam durante sua campanha. O argumento da defesa é que Trump estaria usando da liberdade de expressão, mas o juiz afirmou que a Suprema Corte já determinou que não há proteção constitucional para discursos que incentivem a violência.

Três pessoas afirmaram que foram agredidas por apoiadores de Trump em março de 2016 durante uma manifestação contra ele em um comício em Louisville, no Estado norte-americano de Kentucky. Segundo os advogados, quando Trump disse "tirem eles dali" ele não tinha a intenção de incentivar seus apoiadores de usarem a força.

Duas mulheres e um homem foram agredidos pelos apoiadores do então candidato e boa parte da ação foi filmada e amplamente divulgada durante a campanha.

O Juiz David J. Hale, em Louisville, autorizou nesta sexta-feira que o processo contra Trump, sua campanha e três dos seus apoiadores prosseguisse. Segundo ele, há amplos fatos que sustentam a alegação de que as lesões dos manifestantes foram um resultado direto das ações de Trump. "É plausível que a fala de Trump tenha incentivado o uso da força", escreveu.



A VIOLÊNCIA ESTÁ DOMINANDO O BRASIL



O futuro ameaçado
Manoel Hygino 









Em face dos ingentes, delicados e complexos problemas que afligem o mundo e, especificamente, o Brasil, neste quase fim de segundo decênio, do século XXI, medito. E há muito a meditar, diante do nível de insensibilidade humana, da degradação de costumes de modo geral, entre os quais os vigentes nos anais políticos.
O Brasil se tornou nação-problema, embora sempre ostentasse adequadas condições para fazer o seu povo feliz e próspero. No entanto, o que se vê, acompanha-se e se sente é uma débâcle que corrói grande parte do que ainda há de honesto e digno.
Era comum a nossas lideranças falar em pátria, honestidade e futuro, o que se transforma em lembrança cada vez mais distante. As palavras aparentemente foram riscadas dos discursos, até parecem ter perdido muito de seu sentido na atual fase de corrupção.
Faço o raciocínio, ao lembrar Francisco, o papa, ao apresentar à comunidade cristã a sua encíclica Laudato si: que tipo de mundo queremos deixar a quem vai suceder-nos, às crianças que estão a crescer? A indagação é grave: “para que viemos a esta vida? Para que trabalhamos e lutamos?”.
Mais adiante, o pontífice propõe empreender em todos os níveis da vida social, econômica e política, um diálogo honesto, que estruture processos de decisão transparentes, enfatizando que nenhum projeto pode ser eficaz se não for animado por uma consciência formada e responsável.
Sublinha o moderno excesso de antropocentrismo: o ser humano não reconhece mais sua correta posição em relação ao mundo e assume uma posição autorreferencial, centrada exclusivamente em si mesmo e no próprio poder.
Daí a lógica do descartável, tratando o homem como um simples objeto de dominação. É a lógica que leva a explorar meninos e meninas, a abandonar os idosos, a reduzir os outros à escravidão, a superestimar a capacidade do mercado de se autorregular, a praticar o tráfico de seres humanos, o comércio de peles de animais em extinção e de “diamantes ensanguentados”. É a mesma lógica de muitas máfias, dos traficantes de órgãos e de drogas, do descarte de crianças por não corresponderem ao desejo dos pais.
Neste começo do segundo trimestre de 2017, o quadro é dramático no Brasil, mas não somente aqui. Evidentemente têm os brasileiros de cuidar-se, em meio à tempestade e ao desvario de uma sociedade vergastada pela degradação.
As previsões são terríveis. A Organização Mundial do Trabalho advertiu, há poucos dias, que o mundo necessita de 40 bilhões de novos postos de trabalho. Isso tem consequências funestas, porque trabalhando é que se dá sentido à experiência humana.
Mas deve doer à consciência deste país notícias como a do menino de 6 anos, na Grande São Paulo, que ofereceu aos bandidos armados seu cofrinho de moedas para tentar salvar a vida do pai. Os criminosos queriam saber onde estava o cofre.
O marceneiro levou um tiro fatal no peito, diante da criança e de sua mãe após a humilde habitação ser invadida. Os malfeitores não sabem perdoar.

AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

  Brasil e Mundo ...