quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

A GUERRA FRIA CONTINUA



EUA dizem que a Rússia pode ter violado acordo ao desenvolver míssil de cruzeiro

Estadão Conteúdo 









As acusações dos EUA partiram na época do governo de Obama, há três anos
A Rússia desenvolveu um míssil de cruzeiro, provavelmente violando um tratado de controle de armas da época da Guerra Fria, de acordo com uma autoridade americana. O movimento complica ainda mais a perspectiva para a relação entre Rússia e Estados Unidos.

Há três anos, o governo do ex-presidente americano Barack Obama acusou os russos de violarem o Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário, de 1987, ao desenvolver e testar um míssil de cruzeiro proibido. As autoridades ainda anteciparam que Moscou poderia, eventualmente, desenvolver a arma, mas a Rússia nega qualquer violação ao tratado.

As agências de inteligência dos EUA avaliaram que o cruzeiro começou a operar no final do ano passado, segundo uma autoridade do governo sob condição de anonimato.

O desenvolvimento da arma pode não mudar o quadro de segurança da Europa imediatamente, mas uma suposta violação do tratado pode acontecer enquanto o secretário das Finanças dos EUA, Jim Mattis, participa de sua primeira reunião da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) na quarta-feira, em Bruxelas. Fonte: Associates Press.

A VAQUEJADA APRECIADA NO NORDESTE É REGULAMENTADA



Senado aprova regulamentação da vaquejada

Estadão Conteúdo 









O Senado aprovou nesta terça-feira, 14, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que regulamenta a vaquejada, desde que não submeta os animais a maus-tratos. O projeto é uma resposta à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que considerou a prática ilegal em decorrência da crueldade contra os animais. A proposta ainda precisa ser apreciada pela Câmara dos Deputados para entrar em vigor.

O projeto foi uma dos primeiros a ser pautado pelo novo presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE). À época da decisão do Supremo, ele foi um dos parlamentares que defenderam que o Congresso apresentasse um projeto para legalizar a vaquejada. A prática é particularmente expressiva no Ceará, Estado de origem do senador.

A regulamentação foi aprovada com o apoio das bancadas do Nordeste, onde a prática é mais comum. A iniciativa é a segunda reação do Congresso contra a decisão do STF. Em novembro do ano passado, Câmara e Senado aprovaram de forma relâmpago um projeto que transformou a vaquejada e o rodeio em manifestação cultural e patrimônios imateriais do Brasil. A lei já foi sancionada pelo presidente Michel Temer.

Um dos principais argumentos de quem defende a legalização da prática é a importância cultural e o retorno econômico. "A vaquejada se expandiu por todo o Brasil e hoje tem uma cadeia produtiva que deve empregar, entre empregos diretos e indiretos, algo em torno de 1 milhão de trabalhadores", defendeu Otto Alencar (PSD-BA), autor do projeto. O senador afirmou ainda que, desde a decisão do STF, eventos de vaquejadas têm sido cancelados, o que gerou desemprego e tirou o sustento de muitas famílias.

O senador Roberto Muniz (PP-BA) disse que a proposta permite a realização das manifestações culturais, registradas como patrimônio cultural brasileiro, desde que não atentem contra o bem-estar animal.

"A gente precisa aperfeiçoar essa atividade da vaquejada - geradora de emprego e renda - e discutir o que é cuidar do bem-estar animal, sem negar a possibilidade de uma manifestação cultural", defendeu.

A questão, porém, encontra forte resistência entre os parlamentares mais ligados às causas dos animais. O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que ressaltou ser de origem nordestina, leu um comunicado de seu partido, em que a sigla se posiciona contra os maus-tratos aos animais.

"Não pode haver cultura no sentido positivo e justo, ferindo assim de morte o direito e o respeito à vida tanto de animais quanto de humanos, pois aceitar uma violência contra um animal sem lhe respeitar o direito básico de viver é um passo para desrespeitar a vida humana", disse Randolfe.

A líder do PT no Senado, Gleisi Hoffmann (PT-PR), militante das causas animais, também se posicionou contrariamente à medida. "Não vamos involuir. Nós não podemos mais utilizar animais para nossa diversão. Sobre a questão econômica no Nordeste, precisamos fazer um debate para saber o que pode substituir a prática", disse.



terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

CRISE ECONÔMICA DIMINUI E CRESCIMENTO É ZERO



Crise econômica desacelera, mas não há sinal de retomada

Tatiana Moraes 






A crise está desacelerando, mas não ha qualquer sinal de que a retomada do crescimento esteja próxima. É o que mostra o tradicional Boletim Regional, produzido anualmente pelo Banco Central e distribuído na semana passada com os dados de 2016.
O documento, que compila e analisa os principais indicadores da economia mineira e brasileira, mostra o tamanho do desafio que será reverter a depressão que já se arrasta por três anos.
Produção industrial despencando, explosão do desemprego e até mesmo produção agrícola em queda marcaram os últimos 12 meses. Analisar os números, impressiona.
Em 2016, o Produto Interno Bruto (PIB) de Minas Gerasi recuou 3,1% nos três primeiros trimestres do ano, praticamente acompanhando o índice nacional, de retração de 4%.
A taxa básica de juros (Selic) na casa de 14,25% por quase todo o ano segurou o crédito e emperrou investimentos na indústria e nas empresas de maneira geral.
Segundo dados do Banco Central, o saldo das operações de crédito superiores a R$ 1 mil para pessoa física em Minas gerais recuou 2,5% em 2016, no confronto com 2015. No Brasil a queda foi de 3,6%. A retração para as empresas foi vertiginosa, de 7,1% em Minas e 8,9% para o Brasil, na mesma base de comparação.
A produção industrial de Minas em doze meses até novembro registrou queda de 7% no confronto com igual período imediatamente anterior. A indústria automotiva foi o setor mais afetado, com retração de 18,6%.
Para tentar estabilizar o estoque, as montadores adotaram diversas estratégias. Inclusive demissões. A montadora Fiat, localizada em Betim, deu férias coletivas aos funcionários durante o ano, sem sucesso.

Mineração

A indústria extrativa mineral foi o segundo setor da economia mineira mais afetado, fechando o ano em queda de 13,1%. O rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, operada pela Samarco, foi o principal motivo para a queda. Como reflexo, a ociosidade da indústria mineira aumentou 1,8 ponto percentual entre o trimestre terminado em agosto e o seguinte, finalizado em novembro.
Conforme o coordenador da Gerência Técnica de Estudos Econômicos em Belo Horizonte, Rodrigo Lage de Araújo, devido à base de comparação fraca, a previsão é a de que o segmento elimine as perdas em 2017. Segundo ele, o preço do minério em recuperação, somado à retomada das exportações, será suficiente para melhorar o cenário.
“A experiência internacional e a teoria econômica apontam que inflação baixa e estável é precondição para o crescimento sustentável”

Boletim Regional do Banco Central

O emprego foi a reboque. No trimestre de setembro a novembro, foram encerradas 33,5 mil postos de trabalho no Estado, conforme o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
Com desemprego em alta e falta de demanda no comércio, a inflação é pressionada para baixo. Em 2016, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em Belo Horizonte fechou em 6,6% e 6,29% no Brasil, de acordo com o IBGE.
Para os próximos meses, conforme o chefe do departamento Econômico do Banco Central, Tulio Maciel, a previsão é de queda da forte da inflação. “Minas acompanha o índice nacional”, diz.
Segundo ele, a projeção de safra agrícola recorde para 2017 deve contribuir para reduzir os preços dos alimentos. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) prevê alta de 17,4% na colheita nacional e de em Minas 15,3%.

Além Disso
 
Em 2016, os setores industriais de automóveis, de máquinas e equipamentos para a indústria (bens de capital) e a mineração foram os que mais sofreram perdas.
“A crise reduz a demanda por bens duráveis e, consequentemente, o investimento das empresas em máquinas. O setor de mineração, após o desastre ambiental de Mariana, também vem sofrendo sucessivas perdas”, explica Sérgio Guerra, economista da Fiemg.
Em contrapartida, os setores de alimentos, bebidas, celulose e papel, e outros produtos químicos geraram resultados positivos. “Só o setor de alimentos e bebidas representa 17% de toda produção industrial em Minas”, pontua Guerra.
Para este ano, a projeção é de que haja um crescimento na produção industrial de 0,9%, e do faturamento real da indústria em 1%. “Há a expectativa de recuperação principalmente no setor de veículos automotores, que já ensaia uma produção maior desde dezembro do ano passado. Por enquanto, temos apenas algumas reações pontuais. Apostamos em um crescimento de forma mais disseminada no fim do ano”, diz Guerra.

Queda vertiginosa das vendas provoca quebradeira no comércio
 
A crise econômica está passando como um furacão pelo comércio de Belo Horizonte. Com a queda vertiginosa nas vendas, uma infinidade de lojas estão fechando as portas, trocando de endereço ou reformulando o modelo de negócios para cortar custos. 



Corte - A gerente da Melissa, Daniele de Carvalho: loja da Savassi foi reduzida à metade por conta da queda de 40% nas vendas

Dono de imóveis e, hoje, consultor de franquias, Lúcio Flávio Aleixo Filho, já chegou a ter abertas três lojas do Clube dos 13, de produtos esportivos, duas em shoppings e uma na Savassi. Por causa da crise, fechou todas elas. Reclama também que precisou baixar o preço dos aluguéis dos imóveis comerciais que possui para o nível de cinco anos atrás.

“Sentimos uma piora muito grande nas vendas desde que o funcionalismo público se mudou para a Cidade Administrativa. Não consegui manter os negócios e vários dos meus antigos concorrentes também fecharam as portas”, explica Lúcio.

Redução
 
Já a loja da Melissa, de calçados femininos, na tradicional esquina das ruas Cristóvão Colombo e Gonçalves Dias, no coração da Savassi, foi reduzida à metade. Quando começou a crise, há três anos, a franquia que ocupava duas lojas passou a ocupar apenas uma. Na próxima semana, mudará novamente para o ponto ao lado.

“Nos últimos anos, tivemos uma queda de 40% nas vendas. Para este ano, com investimentos em modernização do nosso espaço, com um novo layout mais moderno, esperamos que esse decréscimo se reverta”

Daniele de Carvalho, gerente da Melissa

Segundo Alessandro Runcini, diretor da Câmara de Dirigentes e Lojistas da Savassi (CDL Savassi), 2016 foi o pior para o comércio nos últimos 12 anos. Preços de aluguéis altos, obras de revitalização da praça da Savassi e a redução de 155 vagas de estacionamento na região são alguns dos fatores apontados para que muitos lojistas saíssem da região ou mudassem os rumos dos negócios.

“Estamos passando por uma fase muito difícil. A Savassi, como a maioria das regiões de Belo Horizonte, passa por mudanças.

Na contramão
 
Existe, porém, quem tenha aproveitado as oportunidades da crise. No espaço antes ocupado pela loja de roupas femininas Jey, na Savassi, agora estão duas novas lojas. Uma delas é a Santoô Store, também de roupa feminina, que está na região há cinco meses.

“Foi uma oportunidade que vimos de implantar um negócio em meio à crise. Tivemos um bom número de vendas nesse período, e apostamos na nossa nova coleção, que vai sair em março”, explica Liliane Drumond, gerente da Santoô.




TEMER DIZ QUE NÃO VAI PROTEGER NINGUÉM



Temer diz que afastará ministros que virarem réus na 'Lava Jato'

Agência Brasil 









Temer afirmou ainda que 'o governo não quer e não vai blindar ninguém'


O presidente Michel Temer disse hoje (13) que ministros que se tornarem réus na Operação "Lava Jato" serão afastados do cargo. Caso sejam apenas denunciados, desde que por meio de um conjunto de provas que possam ser acolhidas, eles serão afastados provisoriamente.

“Se houver denúncia, o que significa um conjunto de provas que eventualmente possam conduzir ao seu acolhimento, o ministro que estiver denunciado na 'Lava Jato' será afastado provisoriamente. Depois, se acolhida a denúncia, e aí sim, o ministro se transformar em réu da 'Lava Jato', o afastamento é definitivo”, disse Temer.

“Se alguém se converter em réu estará afastado independentemente do julgamento final”, acrescentou. “Faço essa declaração para dizer que o governo não quer e não vai blindar ninguém. Apenas não pode aceitar que a simples menção inauguradora de um inquérito, para depois inaugurar uma denúncia, para depois inaugurar um processo, já seja de igual motivo a incriminá-lo em definitivo e em consequência afastar o eventual ministro.”

Temer informou ainda que a Casa Civil está finalizando um projeto de lei que vai regulamentar o direito à greve no caso de serviços considerados essenciais. Segundo o presidente, essa regulamentação nada tem a ver com o caso da paralisação de policiais no Espírito Santo, uma vez que, nesse caso, já há uma lei proibindo greves de policiais.

ORAÇÃO PROFÉTICA DE UM PASTOR DOS EUA

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