sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

VAMOS RESOLVER OS NOSSOS MUITOS PROBLEMAS MANTENDO A ORDEM



O cidadão deve ajudar

Manoel Hygino 





Há, juntando as peças, uma rebelião dispersa no país. De um lado, causada pelos irreversíveis resultados, sempre crescentes, da má utilização dos recursos públicos, objeto de três anos de incessantes operações desenvolvidas no âmago da administração. Muito já se descobriu, algo já se revelou, mas imensamente falta apurar e divulgar para que não mais se aventure por caminhos desonestos. Constitui uma quimera, mas na qual se terá de insistir para salvar a nação, próspera e feliz, que gerações sonharam e pela qual lutaram.
Há, também, o super caso do sistema penitenciário, que recentemente eclodiu em vários estados. É um verdadeiro desafio à autoridade e problema até então restrito aos que verdadeiramente se interessam no sistema pela ordem no país. Há muitos milhares de pessoas presas em infectas prisões, mas existem cerca de seiscentas mil outras aguardando julgamento.
Grande parte dos que protestam diante de elevados impostos diante das câmaras e microfones, entretanto, não contribuem efetivamente para o erário. Vivemos uma época de recessão, de desemprego lastimável, de falta de oportunidades de trabalho e, como sempre, de baixos salários. Enquanto isso, evoluem rapidamente as demandas, principalmente no campo da saúde e da educação, s em nos referirmos à habitação, ao saneamento básico e à segurança pública.
Não citamos, de propósito, o transporte. Se nas regiões interioranas faltam coletivos para levar as crianças e adolescentes até as escolas, onde elas existam, nas grandes cidades se repete a destruição sistemática e criminosa de coletivos.
Com pistas de rolamento degradadas nos bairros e vilas mais distantes, o deslocamento é lento e os veículos mais padecem, e, em consequência, seus usuários. Se os seus concessionários ganham fortunas com se apregoa, que se cuide de manter as tarifas dentro dos limites adequados à bolsa popular, fazendo-se conferência ou investigação nas contas dos empresários. É perfeitamente compreensível e democrático.
Mas não se admitirá que as frotas sejam alvo da sanha de irresponsáveis que, por múltiplos motivos, ateiam fogo aos veículos, em detrimento do cidadão e do sistema. Trata-se, como repetidamente se demonstra, de atentados perpetrados por vândalos que atuam à guisa de vingança por ações de agentes da lei contras criminosos.
Esse tipo de comportamento, em alguns casos, se dá por ordem de chefões confinados nas penitenciárias, como prova de seu poder e força, mesmo trancafiados. Foi assim em Manaus, em Mauá, em Natal, obrigando a Polícia Militar a restabelecer o trânsito e a paz em torno das grandes cidades, em Belo Horizonte, por exemplo.
Os números de veículos atingidos pela fúria de malfeitores, alguns “de menor”, impressionam e exigem atenção, embora se convenha ser dificultoso localizar onde se registrará o próximo ato delituoso. A população terá de denunciar, o que souber, porque afinal é a beneficiária e a sofrida vítima da delinquência.


quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

TRUMP QUER ISOLAR OS EUA DO MUNDO



Trump defende veto imigratório e sugere que juízes têm posições políticas

Estadão Conteúdo 








O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, criticou os três juízes que participam de um painel que analisa a petição do governo norte-americano para reinstaurar o decreto anti-imigração, que foi bloqueado temporariamente por um juiz federal, e sugeriu que suas posições podem ser políticas. "Não quero chamar juízes de tendenciosos, mas os tribunais parecem movidos por questões políticas", disse o presidente.

Em um evento da Associação de Xerifes de Grandes Cidades, Trump afirmou que ouviu o painel do Tribunal de Apelações, que ocorreu ontem, e que foi "vergonhoso". "Eu ouvi os advogados e o painel dos juízes e não posso acreditar no que eles falaram", declarou.

Ele reiterou que o veto imigratório foi feito para garantir a segurança dos EUA. "Hoje é um dia triste, pois a segurança do país está em risco. Querem tirar nossas armas contra o terrorismo talvez por questões políticas", comentou.

No encontro, o presidente norte-americano leu na íntegra o decreto e disse que o texto "não poderia ser mais preciso" e que "foi escrito de forma perfeita". Trump sugeriu que o painel de juízes não entendeu o decreto, ao passo que ele entende tudo o que acontece "quase melhor do que todo mundo".

Ontem, 9º Circuito de Cortes de Apelação, em San Francisco, fez uma audiência de pouco mais de uma hora para ouvir a defesa de Trump, que quer derrubar a suspensão sobre o decreto que impede temporariamente a entrada de visitantes de sete países de maioria muçulmana aos EUA. Também foram ouvidos os argumentos do Estados de Washington e Minnesota, impulsionadores do recurso que motivou a suspensão temporária do veto imigratório. No final, a juíza Michelle Friedland afirmou que os três juízes responsáveis pelo caso decidirão o assunto "o mais rápido possível".

CORRUPÇÃO ATÉ NA IGREJA



'Há corrupção no Vaticano, mas estou em paz', afirma o papa

Agência Brasil 








O papa disse ainda que a metade das pessoas que abusam é porque já foram abusadas anteriormente


O papa Francisco admitiu que existe corrupção no Vaticano, mas que aprendeu a encarar os problemas com "serenidade e viver em paz", de acordo com uma reportagem publicada hoje (9) pelo jornal Corriere della Sera.

"Existe corrupção no Vaticano, mas eu estou em paz", disse ele em 25 de novembro de 2016, durante um encontro com representantes de ordens religiosas, e cujos detalhes foram narrados pelo padre Antonio Spadaro na nova edição da revista La Civiltà Cattolica. As informações são da agência de notícias Ansa.

"Qual é o segredo da minha serenidade? Não tomo remédios tranquilizantes. Os italianos sempre dão um belo conselho: para viver em paz, precisa um pouco de indiferença. Eu não tenho problema em dizer que estou vivendo uma experiência. Em Buenos Aires, era mais ansioso, mais preocupado. Hoje vivo uma profunda paz, não sei explicar", contou.

De acordo com o papa, os cardeais e membros da cúria sabem dos problemas internos do Vaticano e "todos queriam reformas" no último conclave. "Nas congregações gerais antes do conclave que me elegeu, falavam dos problemas do Vaticano e todos queriam reformas", disse. "Mas se há algum problema, eu escrevo um bilhete a São José e coloco embaixo de uma estátua no meu quarto, uma estátua de São José dormindo. Ele dorme em cima dos meus bilhetes e eu durmo tranquilo", afirmou.

Abusos sexuais
Questionado sobre os escândalos de abusos sexuais dentro da Igreja Católica, o papa disse que a "disseminação dos abusos é devastante", mas que o caso precisa ser visto como uma doença".

"Se há religiosos envolvidos, é claro que está em ação o diabo que estraga a obra de Jesus através de quem deveria, justamente, anunciar Jesus. Mas vamos falar a verdade: isso é uma doença. Enquanto não nos convencermos de que isso é uma doença, não se poderá resolver bem o problema", comentou.

Segundo ele, "a cada quatro pessoas que praticam abusos sexuais, duas já tinham sido vítimas". "O abuso é disseminado pelo futuro, é devastante", citou, sem especificar a origem dos dados.

O papa Francisco propôs como uma das soluções rejeitar candidatos a seminários que tenham algum ponto comprometedor em seu histórico de vida e acadêmico. "Por exemplo, nunca receber na vida religiosa ou em uma diocese candidatos que tenham sido reprovados por outros seminários ou por um instituto. É preciso pedir informações muito claras e detalhadas sobre os motivos de sua reprovação", afirmou.

No início da semana, uma comissão - criada pelo governo da Austrália - divulgou um relatório inédito sobre casos de pedofilia no país que aponta que 7% dos sacerdotes católicos locais foram acusados de abusos desde os anos 1950.

O Vaticano, que possui regulamentações próprias e leis internas para lidar contra a pedofilia e a corrupção, também já foi citado pelas Nações Unidas a prestar esclarecimentos. Em setembro de 2016, a Santa Sé aderiu à convenção da Organização das Nações Unidas (ONU) contra a corrupção.

ENSINO PÚBLICO É DE GRAÇA E POBRE DE CONTEÚDO



Empobrecida, classe média migra os filhos para o ensino público e gratuito

Tatiana Moraes 









A designer Morena Golbes e a filha, Mel, em frente a Umei do bairro Ipiranga: opção pela boa infraestrutura e economia oferecidas pela escola municipal

 
Do 1,38 milhão de alunos matriculados nas escolas privadas de Minas Gerais, 69 mil migraram para o ensino público em 2017. O número é 5% do total de estudantes da rede particular no Estado e, embora seja altíssimo, é levemente menor do que o registrado em 2016.
De acordo com o Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (Sinep-MG), em 2016, 6% dos alunos trocaram de instituição de ensino, perda de 82 mil matrículas. Isso significa que, em dois anos, escolas privadas perderam 151 mil alunos para o ensino público e gratuito.
O desemprego e a queda nas rendas das famílias, reflexos da crise econômica, são o motivo da fuga das escolas privadas, afirma o presidente do Sinep-MG, Emiro Barbini.
De acordo com ele, com a renda corroída e a incapacidade de arcar com as mensalidades, os pais primeiro caem na inadimplência e, no segundo momento, optam pelo ensino gratuito.
“O sistema educacional foi muito afetado por esse fenômeno. Pelo menos 3% dos funcionários das escolas particulares já foram demitidos”, conta.
Classes
O movimento de mudança, ainda conforme o presidente do Sinep-MG, é verificado principalmente nas escolas onde a mensalidade é mais baixa.
Ele explica que as instituições de ensino com tíquete médio mais barato atraem público com renda média mais baixa. Como a crise econômica afeta primeiro os menos abastados, as famílias com menor poder aquisitivo sofrem mais impacto.
“Primeiro elas cortam gastos supérfluos, depois vão para o essencial. A escola particular do filho costuma ser o último corte. Quando isso acontece é porque todas as outras medidas para economizar já foram tomadas”, afirma Barbini.




Emiro Barbini, do Sinep-MG: escola particular é o último custo a ser cortado no orçamento das famílias

Na pele
A consultora de vendas Lorena Altivo é exemplo de quem viu na alteração da escola do filho a solução para as contas da família.
Depois de cortar passeios e salão de beleza, ela matriculou o filho de 13 anos em uma instituição pública de ensino. Lorena tem dois filhos.
O mais novo, Igor, de 11 anos, estuda em escola pública há anos. A intenção era transferi-lo para a instituição privada este ano, acompanhando o irmão. No entanto, o movimento foi o inverso.
“Não consegui levar o Igor para a escola particular e ainda tive que voltar o Artur para a escola pública. O poder de compra do salário foi nitidamente reduzido e não tive outra solução. Assim que as coisas melhorarem, pretendo levar os dois para a particular”, afirma.
A designer Morena Golbes Pires também optou pelo ensino público. Afirma que gastava cerca de R$ 300 mensalmente com a escola da filha de três anos, Mel.
Em 2017, Morena conseguiu vaga na Umei no bairro Ipiranga, região Nordeste, e fez a troca sem pestanejar. “A Umei tem ótima infraestrutura. Servem almoço, fornecem o material escolar e o uniforme. Eu gastava muito com escola e minha filha estudava em uma das mais baratas que encontrei”, diz.



Patrícia Abreu, diretora da Cetim, na Savassi; opção por convênios com sindicatos e empresas

Descontos e negociação para conter evasão e inadimplência
Nas escolas particulares, especialmente as infantis, a perda de alunos para instituições de ensino públicas passou a ser rotina. No Centro Educacional Piaget, no bairro Jardim América, região Oeste de Belo Horizonte, pelo menos 40% dos alunos migraram para o ensino gratuito em 2017. Para manter os alunos e mudar o quadro, as escolas dão descontos e fazem parceria com empresas.
Embora a evasão no Piaget seja grande, a diretora Railda Caldas Trindade afirma que a demanda de novos alunos impede a ociosidade. Para atrair os novatos e manter os que já são clientes, a escola dá desconto para os pais que precisam deixar os filhos em horário integral.
“Inadimplência está muito alta e muita gente sai devendo. Para manter os alunos, criamos descontos para quem opta pelo horário integral”
Railda Caldas Trindade
Diretora da Centro Educacional Piaget
“A mensalidade varia de R$ 400 a R$ 800 para quem fica na escola o dia todo. Mas esse valor, de R$ 800, é negociável”, revela. Apesar dos esforços, a inadimplência na escola chega a 30%.
No Centro Educacional Tia Marilda (Cetim), na Savassi, a diretora Patrícia Abreu criou mecanismo de descontos para quem paga a mensalidade até o vencimento. “Como fica mais barato para quem paga até o vencimento, os pais correm para quitar a mensalidade”, diz.
Patrícia também faz convênios com sindicatos e empresas. “Fechamos inicialmente com 5% de desconto para algumas instituições. Se cinco filhos de associados vierem para o Cetim, o desconto sobe para 20%”, explica.
“Fazemos convênios com sindicatos e empresas e damos até 20% de desconto. Quem paga até o vencimento também tem um preço melhor, fator que reduz a inadimplência”
Patrícia Abreu
Diretora do Cetim
Ela negocia, ainda com pais que atravessam dificuldades, mas querem manter os filhos na escola. “Nas escolas com menos de 100 alunos é mais fácil negociar”, diz. No Cetim estudam 30 crianças. A evasão devido à crise em 2017 chegou a 10%.
Na escola Miudinhos, na Serra, a inadimplência não chama a atenção, mas alguns alunos migraram para a escola pública em decorrência da crise.
“Alguns pais ficaram desempregados, outros mudaram para o interior procurando um custo de vida mais barato”, afirma a diretora Elza Vasconcelos. A evasão, diz, foi surpresa. “Isso nunca tinha acontecido na nossa escola: crianças migrando para a escola pública”.

ORAÇÃO PROFÉTICA DE UM PASTOR DOS EUA

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