terça-feira, 15 de novembro de 2016

2016 SERÁ O ANO MAIS QUENTE DO REGISTRO HISTÓRICO

Perto de bater novo recorde, 2016 pode ter aumento de temperatura de 1,2°C

Estadão Conteúdo 









O calor em 2016 ainda foi favorecido pelo fenômeno do El Niño, mas com a 'ajuda' do aquecimento global, que ainda permanece

Os dados ainda são parciais, mas o aumento de temperatura observado de janeiro a setembro coloca o ano de 2016 perto de quebrar o terceiro recorde consecutivo como ano mais quente do registro histórico. Eles apontam que o planeta já pode estar 1,2°C mais quente que o período pré-Revolução Industrial.

O alerta foi divulgado na manhã desta segunda-feira (14) pela Organização Meteorológica Mundial, durante a 22.ª Conferência do Clima, que ocorre até o final da semana em Marrakesh (Marrocos). Segundo a OMM, apenas de janeiro a setembro a temperatura média do planeta foi 0,88°C maior que a média observada no período de 1961 a 1990, usado como base de referência.

Com base nesses valores, a não ser que outubro (que já parece ter sido igualmente quente), novembro e dezembro se mostrem anormalmente frios, os cientistas estimam que o ano atingirá a marca de 1,2°C acima do que o planeta experimentava antes que as emissões de gases estufa começassem a subir muito, ficando muito perto da meta de aquecer somente 1,5°C até o final do século. Este é o objetivo almejado pelo Acordo de Paris, fechado no ano passado e que entrou em vigor no último dia 4.

Segundo os pesquisadores, a não ser que sejam tomadas atitudes drásticas de redução de emissões de gases de efeito estufa, muito além das já prometidas, esta meta pode ser perdida rapidamente.

O aumento de temperatura em 2016 ainda foi favorecido pelo forte El Niño que atingiu o planeta mais fortemente no ano passado, mas continuou nos primeiros meses deste ano, contribuindo com o pico de calor. De acordo com os cientistas, porém, não foi apenas o fenômeno o responsável pelo aquecimento. "O calor extra fornecido pelo poderoso El Niño desapareceu, mas o calor do aquecimento global continua", disse Petteri Taalas, secretário-geral da OMM.

A curva de crescimento da temperatura se tornou mais visível a partir dos anos 2000. Nesse ritmo, dos 17 anos mais quentes do registro histórico, 16 terão ocorrido neste século (1998 foi o outro ano). No jargão científico, há 95% de chance de o recorde ser batido.


PRODUTO INTERNO BRUTO DO BRASIL CADA VEZ PIOR



Mercado prevê PIB ainda pior em 2016

Tatiana Lagôa 






Contrariando a teoria de que a economia do país já bateu no fundo do poço, a projeção de mercado para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro ficou ainda pior. O boletim Focus, divulgado ontem pelo Banco Central (BC), que traz as projeções de analistas de mercado para os principais indicadores macroeconômicos, aponta para uma queda de 3,37% do PIB neste ano, enquanto há sete dias o esperado era uma retração de 3,31%.
Esta é a sexta vez seguida que é verificada deterioração das expectativas. No primeiro boletim divulgado pelo BC neste ano, no dia 8 de janeiro, as projeções eram de um PIB negativo em 2,99%.
Para 2017, a expectativa de crescimento da economia brasileira foi reduzida pela quarta vez seguida, ao passar de 1,20% para 1,13%.

Atividade
O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-BR), divulgado em outubro, que é considerado uma prévia do PIB, também mostrou um recuo da economia de 0,91% em agosto ante julho. Este é o menor patamar desde dezembro de 2009.
Endossando o movimento continuado de recessão, estão as expectativas também negativas para a produção industrial no país. As projeções presentes no último boletim Focus dão conta de uma queda de -6,06%. Na semana anterior, o esperado era uma redução de 6%.
Para o diretor de economia da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), Andrew Storfer, a pesquisa indica que os problemas da economia vão além da troca de governo. Apesar de a crise ter sido agravada pelo componente político, a mudança do presidente da República não foi suficiente para promover a retomada dos investimentos no país e de uma guinada na economia, ao contrário do que acreditavam alguns analistas.
“É simplificar muito a questão achar que a mudança de governante iria resolver todos os problemas macroeconômicos do país. Os próprios empresários ainda temem o que pode acontecer com a economia e com os negócios deles. Então não há espaço para investir e gerar empregos”, afirma.
Equilíbrio
O economista acredita que só é possível pensar em reversão do quadro econômico quando o governo equilibrar as contas públicas, reduzir os juros e controlar a inflação.
No que se refere ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), índice oficial de inflação, os analistas são mais otimistas. A projeção média da inflação para este ano caiu de 6,88% para 6,84%. Para 2017, a estimativa passou de 4,94% para 4,93% em uma semana.
O recuo se justifica pela deterioração do emprego e da renda. “Os consumidores estão com menos dinheiro para consumir. A consequência é a queda dos preços”, afirma.
Dólar
A projeção para o dólar no fim deste ano subiu de R$ 3,20 para R$ 3,22. Para 2017, a estimativa passou de R$ 3,39 para R$ 3,40.
Fechado na sexta-feira, o boletim não captou completamente o efeito das eleições de Donald Trump para presidência dos Estados Unidos sobre a moeda. O dólar chegou a R$ 3,40 no dia seguinte à eleição, maior patamar desde junho deste ano.




AQUI NO BRASIL É IMPOSSÍVEL UM ACORDO DESSA NATUREZA



Toyota terá que pagar até US$ 3,4 bilhões nos EUA por defeitos em caminhonetes

Estadão Conteúdo 







A Toyota vai pagar até US$ 3,4 bilhões para resolver uma ação coletiva movida nos Estados Unidos por donos de caminhonetes e SUVs que não tinham proteção adequada contra ferrugem.
Os registros do Tribunal mostram que o acordo, fechado em 31 de outubro, cobre 1,5 milhão de veículos. Os veículos estavam sujeitos a corrosão que poderia prejudicar a integridade estrutural. O acordo aplica-se aos modelos Tacoma feitos de 2005 a 2010, Sequoias de 2005 a 2008 e Tundras de 2007 a 2008.
O acordo estima o valor de substituição do quadro em cerca de US$ 15.000 por veículo. Sob o acordo, a Toyota inspecionará os veículos por 12 anos a partir de suas vendas iniciais ou da data de locação para decidir se o proprietário é elegível para substituição de peças ou reembolso. Fonte: Associated Press

segunda-feira, 14 de novembro de 2016

RELACIONAMENTO ENTRE CHINA E EUA



Trump e presidente chinês falam por telefone e demonstram 'respeito mútuo'

Estadão Conteúdo 









O escritório do republicano também informou que o desejo de Trump é de que ele e o presidente chinês tenham um dos relacionamentos mais fortes para os dois países

O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, falou por telefone com o presidente da China, Xi Jinping, na noite de ontem, numa conversa em que os líderes estabeleceram uma "clara percepção de respeito mútuo", segundo o escritório do republicano.

A ligação foi confirmada em comunicado do escritório de Trump nesta segunda-feira.

Já de acordo com a emissora estatal chinesa CCTV, Xi também afirmou durante a conversa que a cooperação é a "única escolha correta" para os dois países e que esforços desse gênero no passado trouxeram benefícios para ambas as nações.

"Como o maior país em desenvolvimento e o maior país desenvolvido, e como as duas maiores economia do mundo, China e EUA devem cooperar e são muitas as questões que exigem cooperação", disse o presidente chinês, segundo a emissora.

Durante a campanha eleitoral, Trump acusou a China de manipular sua taxa de câmbio e propôs impor tarifas de 45% sobre produtos chineses. O republicano também ameaçou retirar os EUA do acordo que visa frear o aquecimento global, que o atual presidente americano, Barack Obama, ajudou a promover ao lado de Xi, em Paris, no ano passado.

Ainda no comunicado, o escritório de Trump disse que o republicano espera que ele e o presidente chinês tenham "um dos relacionamentos mais fortes para ambos os países de agora em diante".

Em entrevista concedida ao The Wall Street Journal após sua eleição, na semana passada, Trump comentou que havia recebido manifestações da maioria dos líderes, mas que ainda não havia falado com Xi. Segundo a mídia estatal chinesa, porém, Xi parabenizou Trump por meio de telegrama logo após a eleição do republicano. Fonte: Dow Jones Newswires.