sexta-feira, 28 de outubro de 2016

DÍVIDA BRASILEIRA ATINGE 80% DO PIB



Franco: mesmo com PEC e reforma da Previdência, dívida vai a 80% do PIB

Estadão Conteúdo 




O ex-presidente do Banco Central Gustavo Franco disse nesta quinta-feira, 27, que, mesmo com a aprovação do novo regime fiscal e da reforma da Previdência, a dívida pública vai se estabilizar em 80% do Produto Interno Bruto (PIB), o que ele considera ser ainda um patamar absurdo a um País como o Brasil.

Ao participar de congresso no Insper, o economista fez uma comparação da situação brasileira com a dos Estados Unidos, uma das nações mais endividadas do mundo, mas onde a dívida, equivalente a 107% do PIB - no maior nível desde a Segunda Guerra -, representa apenas cerca de 20% da riqueza financeira privada americana.

No Brasil, a dívida, comentou Franco, chegará a uma menor proporção do PIB, mas num País, em termos de riqueza privada, cinco vezes mais pobre do que os EUA. Citando estimativas de um estudo de 2005 feito pelo colega Fabio Giambiagi, ele destacou que a dívida saltaria para 270% do PIB se somado o pesado passivo previdenciário - entre 95% do PIB vindo das aposentadorias do funcionalismo público e outros 95% da previdência do setor privado (INSS).

"Acho que isso traz para nós uma dimensão de conflito distributivo intergeracional que o País jamais teve. Os meninos que estão nas escolas talvez estejam com a ideia errada do que deveriam protestar", disse Franco, numa provocação aos estudantes que ocupam escolas em protesto contra temas como a reforma do ensino e a proposta que limita os gastos públicos, a PEC 241. "Quem vai pagar a conta da Previdência são eles (...) E eles não sabem disso", acrescentou, mais tarde, já durante a sessão de perguntas do painel em que foi um dos debatedores.

Ao abordar os estragos da política econômica adotada durante o governo Dilma Rousseff, Franco elencou seis erros do que chamou de "furacão Dilma": "minicongelamento" de preços públicos para camuflar inflação; protecionismo, com intervenção excessiva no mercado de câmbio; política de financiamentos do BNDES a "campeões nacionais"; não cumprimento da meta de inflação; reversão do superávit primário; e escândalo de corrupção na Petrobras.

O ex-presidente do BC considerou que, embora o impacto financeiro tenha sido trágico, o prejuízo institucional causado pela gestão Dilma foi pequeno. "O problema foram as dúvidas em razão dessa imensa malversação e desse furacão."

Mais tarde, em entrevista ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, Franco considerou que as aposentadorias vão pressionar as demais despesas da União se a aprovação da PEC 241, agora no Senado, não for seguida pela reforma da Previdência, cuja tramitação ainda nem foi iniciada no Congresso.

"A própria lógica do teto é que haja uma espécie de competição de prioridades, como é saudável em toda democracia. E a prioridade previdenciária está um pouco exagerada da forma como está na Constituição. Talvez ela precise voltar a nível onde há espaço a outras demandas sociais", afirmou o economista.

CONTRIBUIÇÃO DE CAMPANHAS POLÍTICAS NÃO DÁ RETORNO



Captação de recursos para campanhas pela internet foi nula ou irrisória

Tatiana Lagôa e Raul Mariano 







ARRECADAÇÃO - Marcelo Freixo, que concorre ao segundo turno no Rio de Janeiro, foi o único bem-sucedido na web

Doações pela internet que poderiam ser a salvação das campanhas após a proibição do financiamento empresarial simplesmente não decolaram no país. Entre as capitais dos 26 estados brasileiros, apenas em seis os candidatos eleitos ou que foram para o segundo turno puderam contar com essa modalidade de ajuda financeira. Os valores, porém, são irrisórios na maioria dos casos.
Em Belo Horizonte, por exemplo, tanto João Leite (PSDB) quanto Alexandre Kalil (PHS) não tiveram nem um centavo arrecadado pela internet. Por outras fontes, o tucano conseguiu angariar R$ 3,074 milhões e o empresário R$ 3,175 milhões, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Na região Sudeste, também ficaram zeradas as contas de recursos vindos da internet em Vitória, no Espírito Santo.
Traduzindo em números de candidatos, entre os 54 que tiveram as contas analisadas pela reportagem, apenas seis receberam doações pela rede.
Dentre os analisados, o único postulante ao cargo de prefeito que foi bem sucedido na arrecadação virtual foi Marcelo Freixo (PSOL), que disputa o segundo turno contra Crivella (PRB), no Rio de Janeiro. Freixo arrecadou R$ 668,146 mil até o momento. O montante equivale a 46,24% do R$ 1,444 milhão angariado no total por ele.
Os outros que conseguiram doação nessa modalidade alcançaram valores muito baixos proporcionalmente ao total arrecadado. Em São Paulo, por exemplo, o candidato eleito em primeiro turno, João Dória (PSDB), conseguiu R$ 4.227, o equivalente a 0,052% dos R$ 8,092 milhões amealhados pelo tucano.
O mesmo ocorreu com Edmilson (PSOL), que concorre ao segundo turno em Belém, no Pará. Apenas 0,58% do total arrecadado por ele veio da internet, ou R$ 2.680. Em Natal, o candidato Carlos Eduardo (PDT) recebeu R$ 50 de doação pela internet. Já João Paulo (PT), do Recife, conseguiu R$ 200, e Rose Modesto (PSDB), candidata em Campo Grande, R$ 2.200.

Desempenho pífio
Nos maiores colégios eleitorais mineiros, o quadro também não é nada animador. Analisando as oito cidades que poderiam ter segundo turno por possuírem mais de 200 mil eleitores, incluindo Belo Horizonte, não houve qualquer doação pela internet para os eleitos em primeiro turno e os que foram para o segundo turno. Nessa lista estão Contagem, Betim, Uberlândia, Uberaba, Montes Claros, Juiz de Fora e Governador Valadares.



DISPUTA ACIRRADA - João Leite, do PSDB, participou de encontro com delegados da Polícia Federal; Kalil (PHS) gravou entrevistas e visitou o museu Inimá de Paula, no Centro da capital

Visão negativa
Segundo especialistas, são várias as explicações para que essa modalidade não tenha decolado no país. Uma delas é cultural. “Aqui no Brasil as pessoas têm uma visão negativa da política. Não é como nos Estados Unidos onde a doação aos candidatos é vista como o fomento à democracia e à defesa de uma causa. Aqui as pessoas acreditam que precisam receber e não dar algo para políticos”, afirma o presidente da Associação Brasileira dos Consultores Políticos, Carlos Manhanelli.

Burocracia
O especialista em marketing eleitoral, Felipe Leite, explica que a burocracia também atrapalhou a modalidade. Foi proibida a intermediação de empresas no processo de doações. Porém não ficou claro, desde o início da campanha, se as operadoras de cartão de crédito seriam consideradas intermediadoras de doações virtuais. Uma decisão judicial tirou essa dúvida apenas no dia 15 de agosto, atrasando um pouco essas doações. “É preciso que as regras fiquem mais claras para que as pessoas tenham segurança para doar pela internet”, afirma.
Caminhadas e troca de acusações marcam últimos dias de campanha em Belo Horizonte
A três dias do segundo turno, o corpo a corpo pela cidade continua tomando conta das agendas dos candidatos. Em visita ao museu Inimá de Paula, no Centro de Belo Horizonte, o candidato Alexandre Kalil (PHS) conversou com artistas, produtores e representantes do setor cultural e propôs mudanças na estrutura existente na cidade.
Ele pretende recriar a Secretaria de Cultura do município, fundindo a Fundação Municipal de Cultura e a Belotur. No encontro, na tarde de ontem, Kalil contou com o apoio do atual presidente da Fundação, Leônidas de Oliveira.
União
Questionado sobre o aumento de custos trazidos com a criação de uma nova secretaria, Kalil afirmou que “fundir não é aumentar custo. É dinamizar a administração, facilitar a interlocução de setores que têm o mesmo interesse. Nós temos que unir esse setor para todos falarem a mesma língua. Temos que deixar essa cidade mais alegre”.
O candidato destacou ainda a necessidade de um planejamento de longo prazo para o setor e da autonomia para que os agentes possam trabalhar e definir o que é melhor para a cidade. “Temos que ter um calendário cultural anual. Sem isso, não é possível mudar a cultura em Belo Horizonte. A própria Secretaria é que vai comandar o projeto dentro das nove regionais. Não é o prefeito que vai fazer, mas sim quem entende”, afirmou Kalil.

João Leite
João Leite (PSDB) esteve durante a manhã na associação da Polícia Federal, onde conversou com agentes sobre demandas de Belo Horizonte, como o fortalecimento dos conselhos tutelares e o combate ao comércio de produtos contrabandeados no centro da capital.
“Meu convite à polícia federal é para tentarmos manter uma mesa permanente de discussões para combatermos os crimes”, disse. <EM>
Gastos
Questionado sobre as despesas com as contratações para a campanha, que já passam dos R$ 8 milhões, mais que o dobro do valor gasto pelo concorrente, João Leite justificou. “Vocês sabem que eu tinha três minutos no primeiro turno e ele (Kalil) tinha apenas segundos. O custo é alto dessa produção. Ele não teve que gastar tanto quanto eu”, afirmou.
O candidato falou ainda sobre os ataques feitos pelo candidato Alexandre Kalil, que o chamou de “pateta” em entrevista no dia anterior.
“Essas acusações não merecem respostas. Não é esse o nível. Ele (Kalil) tem que responder sobre a relação que tem com os próprios ex-funcionários. Que bom que houve o segundo turno e essas pessoas apareceram”.

Editoria de Arte
Pesquisa
Pesquisa Ibope aponta redução na diferença entre candidatos
Pesquisa divulgada ontem pelo Ibope mostrou uma redução na diferença entre os dois candidatos que disputam a Prefeitura de BH. Enquanto Alexandre Kalil (PHS) caiu dois pontos na comparação com o levantamento anterior, João Leite (PSDB) subiu um ponto.
Dente os 1001 eleitores ouvidos na capital, 39% dizem que pretendem votar em Kalil. Na pesquisa anterior, realizada pelo mesmo instituto e divulgada no dia 20 de outubro, ele tinha 41%. Já João Leite passou de 35% para 36% no mesmo período.
O número de pessoas que decidiram por votar em branco ou nulo subiu de 18% para 20%. Já os que não sabem e não responderam passaram de 6% para 5%.
Dos votos válidos, Alexandre Kalil ficou com 52%. Pela margem de erro, fica entre 49% e 55%. João Leite, que tem 48% dos votos válidos, fica entre 45% e 51% levando em conta a margem de erro.
Incerteza
A pesquisa revela um cenário ainda indefinido para o próximo domingo, quando ocorrerão as eleições. Os que disseram que o voto ainda pode mudar somam 18%. Os que acreditam que a decisão é definitiva somam 81%; e 1% não soube responder.
O nível de interesse nas eleições continua em baixa. Os que revelaram ter muito interesse são 25%. Outros 26% disseram estar com médio interesse no pleito. Já para 21% dos ouvidos as eleições geram pouco interesse e outros 28% admitem não ter nenhum interesse no tema.

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

A TRAIÇÃO VAI MUITO ALÉM DA PRESENÇA DE UMA TERCEIRA PESSOA.



Além da traição

Simone Demolinari 




A traição numa relação amorosa vai muito além da presença de uma terceira pessoa. Um relacionamento é um acordo de confiança, respeito e ajuda mútua. Tudo que viole este contrato pode constituir infidelidade. Como por exemplo:
- Promessa quebrada: o casal combina algo, porém só um lado cumpre, o outro trai o acordo. Combinado a dois, “descombinado” a um.
- Ausência de reciprocidade: parceiro que ajuda o outro na dificuldade, porém não tem a mesma resposta quando está na condição desfavorável.
- Intimidade revelada: segredos e intimidades vivenciadas a dois que são deliberadamente compartilhadas.
- Aliança oculta: ocorre quando um dos parceiros se une a outras pessoas (parentes e amigos) para falar mal, criticar e tramar contra o outro.
- Indiferença e frieza: quando o parceiro não vivencia a emoção do outro e nem se esforça para tal. Há um descaso pela vida do parceiro.
- Traição virtual: quando há uma relação íntima com alguém – troca de confidência, intimidade, fotos e mensagens de cunho erótico.
- Ataque ao ponto fraco: ocorre quando um faz uso da fraqueza do outro para feri-lo. É como matar alguém com a própria arma dele. O parceiro confidencia a posse de uma arma, revela onde ela está escondida e a senha do cofre. O confidente vai lá, abre o cofre, pega a arma e atira contra ele. Tudo que você disse foi usado contra você.
- Traição sexual – aqui temos dois tipos de pessoas: os frequentes e os casuais. Os frequentes são aqueles que não conseguem se relacionar sem trair. Não freiam seu desejo, traem sempre que sentem vontade. Estes, são indivíduos sem freio moral. Mesmo comprometidos vivem seduzindo e cavando novas oportunidades de conquista. Traem o parceiro sem remorso nem culpa e ainda se gabam da sua competência. Usam desse expediente como fonte de prazer e artifício para manter a relação principal. Já os casuais são aqueles que, em situações específicas, sentem-se motivados para trair, mas, por terem um freio moral mais acentuado, sentem-se culpados, com receio de magoar o outro, e tentam ao máximo conter seus desejos.
- Traição fatal: acontece quando um dos dois traz para o parceiro uma doença sexualmente transmissível.
Frente a diversas formas de traição vem à tona a questão: É possível perdoar?
Isso vai depender de cada um. Mas acredito que o perdão torna-se mais fácil quando há um arrependimento por parte de quem violou o contrato. E até nessa hora é preciso estar atento, pois há pessoas que só se arrependem por interesse– um arrependimento burocrático. Não querem perder as regalias do casamento e por isso juram nunca mais errar e prometem mudança. Mas como não estão verdadeiramente arrependidos, em pouco tempo voltam a cometer os mesmos erros. Mas há os que de fato se arrependem – os genuinamente arrependidos. Estes sentem-se culpados, percebem o erro que cometeram, o mal que causaram ao companheiro, e mudam.
A diferença entre um e outro, não está na prédica, mas sim na prática. Só o tempo dirá.
                                                

OPOSITOR DESTROI A HOMENAGEM A DONALD TRUMP NA CALÇADA DA FAMA



Estrela de Donald Trump na calçada da fama é destruída a marretadas

Estadao Conteudo
Hoje em Dia - Belo Horizonte







Se encontrado, o suspeito pode enfrentar acusações criminais de vandalismo

A estrela de Donald Trump na Calçada da Fama foi destruída por um suspeito que usava uma picareta e uma marreta para tirar o nome do candidato republicano à presidência dos Estados Unidos da calçada. Poucas horas depois, a polícia já havia isolado a estrela, que se tornou um ponto de manifestações políticas ao longo da campanha eleitoral.

A polícia de Los Angeles foi notificada por volta das 5h45 (horário local) sobre o ato de vandalismo, segundo a detetive Meghan Aguilar, porta-voz do departamento de polícia. O vídeo da destruição foi compartilhado na internet e as autoridade recuperaram as ferramentas usados pelo suspeito, bem como o colete de construção que ele vestia. A Câmara de Comércio de Hollywood, encarregada de fazer a segurança da calçada, disse que reconstruiria a calçada ainda hoje.

Se encontrado, o suspeito pode enfrentar acusações criminais de vandalismo que podem levá-lo a passar mais de um ano na prisão. Com base nas imagens de câmaras de segurança, o indivíduo é um homem branco, com cerca de 1,8 metro de altura. Fonte: Dow Jones Newswires.

DEMOCRACIA RELATIVA DE LULA E MADURO CADA UM AO SEU MODO

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