quinta-feira, 27 de outubro de 2016

CONFLITOS ARMADOS EM TODO O BRASIL - MUITOS BANDIDOS SOLTOS



Ao apertar do gatilho

Manoel Hygino 




O viajor que chega ao Brasil lendo os jornais, ouvindo os noticiários ou assistindo à programação das tevês, ficará assustado, no mínimo, com o teor dos fatos de que toma conhecimento. Sem Estado Islâmico, sem os brutais embates na luta intestina e fratricida na Síria, sem os incidentes entre palestinos e israelenses ou, ainda, sem as escaramuças entre turcos e curdos, a impressão que se tem é de que nos tornamos também aqui campos de batalha.
Há conflitos por todos os lados. As notícias do Rio Grande do Sul despertam especial atenção, porque ali as pelejas sempre foram por outros motivos e meios. As mortes presentemente se dão nos bairros e no próprio centro urbano da bela Porto Alegre, à luz do dia ou nas trevas da noite. No Rio Grande do Norte, escaramuças se registram diariamente, com mortos e feridos, inclusive em Natal tão decantada em verso e prosa.
Em São Luís, Maranhão, Estado de ilustres brasileiros, os fatos são cruéis e deploráveis, desde o presídio de Pedrinhas, núcleo de permanente rebelião de detentos contra a polícia estadual. Criminosos incendeiam os alojamentos e os coletivos na capital, durante noites sucessivas, obedecendo a ordens recebidas de detrás das grades, prejudicando o transporte coletivo e o sossego da população.
Em Franco da Rocha, São Paulo, presídio-hospital psiquiátrico, que acolhe centenas de detentos, estes se rebelam e ateiam fogo aos alojamentos, permitindo que dezenas deles escapem. Um consolo: autoridades alertam que se trata de criminosos de alta periculosidade. Agora, cabe ao poder público, reconstruir tudo e recuperar. Quem paga?
Em São Paulo ainda, a Secretaria de Administração Penitenciária informa que “o clima de harmonia que predominava” entre as grandes facções criminosas do Estado terminou. Elas partiram, novamente, para a guerra e, evidentemente, quem terá de suportá-la é a sociedade.
Os mais importantes presídios de Rondônia e Roraima se tornaram caldeirões em permanente ebulição. Em ambos, multiplicaram-se mortos e feridos e os governos estaduais se veem na contingência de apelar para a União.
No Sudeste impressiona a sucessão de ataques a bancos e repartições públicas. Em Belo Horizonte, a Polícia Civil prendeu grupo responsável por mais de trinta investidas contra caixas eletrônicos com prejuízo acima de R$ 1,5 milhão. Os criminosos são previdentes: fabricam os próprios explosivos. Também na capital das Alterosas, bandidos obrigam motoristas do Uber a atuar em crimes. Mas os taxistas também protestam: cinco deles são vítimas de meliantes todos os dias.
Pelo que se vê, não ingressamos no rol dos crimes ‘daselite’. É outro segmento expressivo no cotidiano do crime. Pergunto-me: ‘vale a pena ainda tocar no assunto?’.
No dia 1º deste mês, militares do Exército, destacados na segurança da Presidência da República, foram presos.Três deles são suspeitos de assaltar seis pessoas. O grupo usava pistolas das Forças Armadas para roubar dinheiro, celulares e objetos pessoais de pedestres em Ceilândia. Estavam com distintivos e crachás do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República. Este é responsável pela segurança do chefe da nação e pela coordenação dos serviços de inteligência federal, entre outras atribuições.

VEJAM O ESTADO DAS RODOVIAS DE MINAS GERAIS - BRASIL



Mais de 60% das rodovias mineiras apresentam problemas, mostra pesquisa da CNT

Renato Fonseca 








Desgaste do asfalto, traçado sinuoso e precariedade das placas colocam em risco a vida de quem trafega nas rodovias mineiras. Mais da metade das estradas apresentam falhas no pavimento, geometria da via e sinalização. Pesquisa divulgada ontem mostra que as condições são regulares, ruins ou péssimas em 61,8% da malha analisada. Apenas 38,2% foram avaliadas como boas ou ótimas.
Os dados da Confederação Nacional dos Transportes (CNT) colocam Minas acima da média nacional. No país, 58,2% das rodovias apresentaram algum tipo de problema. O levantamento foi feito entre 4 de julho e 2 de agosto em toda a malha pavimentada federal e nas principais pistas estaduais, incluindo trechos concedidos à iniciativa privada.
Dos mais de 100 mil quilômetros analisados, quase 15 mil ficam no Estado. A pesquisa é divulgada anualmente e, em 2015, a quantidade de quilômetros avaliados em Minas foi menor, o que impede uma comparação entre os resultados.
Pista simples
Reclamação antiga de muitos condutores, a quantidade de vias com pista simples de mão dupla também ganha destaque no relatório. De cada dez estradas mineiras, oito têm essa característica. Com relação à superfície do asfalto há problemas como trincas, remendos, afundamentos, ondulações e buracos.
“A manutenção deveria ser feita de forma mais efetiva e frequente, pois (a falta de manutenção) é um processo evolutivo de perda de qualidade e vai gerando incrementos de elevação de custo e de queda de segurança”, disse o diretor-executivo da CNT, Bruno Batista. “Lembrando que o Brasil está investindo hoje uma média de R$ 6 bilhões a R$ 7 bilhões (em rodovias), estamos a anos-luz da situação ideal e equacionar esse problema é uma atribuição que o governo terá que fazer”, acrescenta.
Possível solução
Engenheiro civil especialista em transporte e trânsito, Márcio Aguiar engrossa o coro da falta de investimento em manutenção. Para ele, a melhor solução é incentivar os processos de concessão. “A iniciativa privada, em parceria com o Estado, ajuda a injetar investimentos em recuperação”. Sobre os 38% de trechos analisados como bons ou ótimos, Aguiar foi categórico. Ele acredita que o número é bem menor. “Encontrar uma rodovia em estado ótimo é algo raro”, afirma.
Em nota, o Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DEER/MG) informou que não iria se manifestar sobre a pesquisa porque ela ainda não tinha sido analisada pelos técnicos do órgão. No entanto, frisou que o investimento previsto para a manutenção rodoviária e implantação e pavimentação de estradas no Estado, em 2016, é de R$ 750 milhões.

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

A SECA NO NORDESTE EXIGE AÇÃO VIGOROSA DO GOVERNO PARA ACABAR COM ELA



Seca avança no Nordeste e assume contornos severos, mostra estudo

Agência Brasil
Hoje em Dia - Belo Horizonte




Seca afeta estados do Nordeste

Os cenários de seca extrema e seca excepcional cresceram no Nordeste, abrangendo partes de todos os 9 estados. É o que mostra o mapa de setembro do Monitor de Secas do Nordeste do Brasil. O Ceará é um dos que apresentam maior avanço da estiagem. Segundo a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), 75% do território do estado apresenta seca extrema ou seca excepcional.
Em relação ao mesmo período do ano passado, o quadro se agravou de forma significativa na região. Em setembro de 2015, o Maranhão, por exemplo, possuía áreas de seca grave, moderada e fraca. O mapa de setembro deste ano mostra grande parte do território do estado com seca extrema.
“O avanço da intensidade de seca mais severa tem atingido até regiões litorâneas que, geralmente, são mais beneficiadas com chuvas. Por exemplo, o litoral do leste do Nordeste, desde o Rio Grande do Norte até parte da Bahia”, cita o meteorologista da Funceme, Raul Fritz.
No Ceará, o mapa do Monitor mostra a expansão da seca extrema em direção ao norte e o aumento da área com seca excepcional no Centro Sul. Os contornos de seca extrema em municípios da Região Metropolitana de Fortaleza também ficam evidentes em setembro. Até agosto, a área apresentava seca grave.
“Essa situação já era esperada porque, de agosto para setembro, a ocorrência de chuvas é insignificante e o segundo semestre é considerado seco. Geralmente, tem um chuvisco ao longo do litoral. Sem chuva, a condição de seca tende a se agravar. As condições já vinham secas e pioraram ainda mais”, explica Fritz.
Ele acrescenta que a tendência é de o quadro se agravar até dezembro tanto devido à ausência de chuva como pela elevada radiação solar, que provoca a evaporação da água dos reservatórios do estado. Os 153 açudes monitorados pelo Governo do Ceará possuem, juntos, apenas 8% de sua capacidade.
Em Quixadá, no Sertão Central (a 215 quilômetros de Fortaleza), não se vê chuva desde o fim da quadra invernosa deste ano (período entre fevereiro e maio que concentra a maior parte da chuva no estado). O relato é do presidente da Associação dos Agricultores do Distrito de Riacho Verde, Francisco Rodrigues. O centenário açude Cedro, símbolo das primeiras intervenções para enfrentar os efeitos da seca, já não contribui mais nem com água nem com forragem para alimentar os animais.
“A maioria dos produtores teve que se desfazer do rebanho para não ver os animais morrerem e alguns que ainda têm gado sobrevivem a duras penas. Na agricultura, não teve produção porque o inverno foi muito fraco. A situação está difícil.”
O Ceará enfrenta cinco secas seguidas desde 2011 e a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) ainda não se pronunciou sobre a estação chuvosa de 2017. De acordo com o meteorologista da fundação, ainda não há definições sobre as condições dos oceanos Atlântico e Pacífico, que influenciam as chuvas no estado.
Pelo quadro atual, conforme Rodrigues, existe uma baixa probabilidade de que ocorra um El Niño (aquecimento anormal das águas do Pacífico Equatorial, que atrapalha o regime de chuva). Por outro lado, é possível que haja La Niña (resfriamento da mesma área do oceano, que têm efeito inverso do El Niño), mas o fenômeno pode não ser intenso nem se prolongar por toda a quadra invernosa no Ceará.
“As pessoas, vendo esse resfriamento do Oceano Pacífico, ficaram animadas, mas a gente tem que ter cautela. Vamos ver se vai se configurar como fenômeno típico, se vai ter uma intensidade que permita ter uma repercussão positiva.”

IGREJA CATÓLICA CONDENA A CREMAÇÃO DE CORPOS



Igreja Católica mantém preferência por enterro e condena lançamento de cinzas

Estadão Conteúdo
Hoje em Dia - Belo Horizonte








Em documento divulgado nesta terça-feira (25), a Igreja Católica especificou regras para conservação dos restos mortais dos corpos de cristão submetidos a cremação. A instituição, por exemplo, proíbe a preservação das cinzas em casa e o lançamento dos vestígios em terrenos, no ar ou no oceano.

Por quase dois mil anos, o Vaticano permitia apenas o enterro dos defuntos, uma vez que o método expressava melhor a esperança cristã na ressurreição. Essa norma mudou em 1963, quando a incineração dos corpos passou a ser aceita, contanto que não indicasse a negação da fé pelo renascimento.

O comunicado da Congregação do Vaticano para Doutrina da Fé mantém o enterro como primeira opção. Ao mesmo tempo, limita as formas para conservação da cinzas dos mortos.

Para a instituição, as cinzas e fragmentos de ossos dos mortos não podem ser conservados em casa uma vez que privaria a comunidade católica de lembrar os entes passados. Os vestígios, portanto, devem ser mantidos em locais sagrados, como cemitérios ou igrejas. Apenas em situações específicas as cinzas poderiam ser guardadas em residências, mediante autorização prévia de um bispo local. A Igreja não detalhou quais seriam esses cenários.

"O corpo morto não é uma propriedade privada dos parentes, mas um filho de Deus, integrante do povo de Deus. Precisamos superar esse pensamento individualista", afirmou o cardeal Gerhard Mueller, autor do texto.

A Igreja se mostra fortemente contrária às ideias de que a morte é uma "fusão" com a Mãe Natureza e o universo, ou que significa uma "liberação definitiva" da prisão corporal. O lançamento das cinzas em terrenos, no ar, em oceanos ou lagos é visto como culto ao "panteísmo, naturalismo e niilismo".

O documento ainda declara que um funeral católico pode ser negado a uma pessoa que indicar que o lançamento das cinzas signifique zombaria da fé.

Os restos mortais também não podem ser divididos entre parentes, nem colocados em medalhões ou outras peças de lembrança. A Igreja, contudo, declarou que não tentará reunir as diversas partes de corpos de santos espalhados pelo mundo, usados como relíquias por paróquias. "Ir a todos esses países que possuem a mão de alguém começaria uma guerra entre os fiéis", argumentou o Monsenhor Angel Rodriguez Luno, conselheiro teológico do Vaticano.


DEMOCRACIA RELATIVA DE LULA E MADURO CADA UM AO SEU MODO

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