segunda-feira, 24 de outubro de 2016

CIGARRO - O MAL DO SÉCULO AINDA VENDE MUITO



Gasto com cigarro é quase igual ao do arroz com feijão

Estadão Conteúdo 







Apesar da diminuição no consumo, o gasto com os cigarros ainda é alto
As campanhas de conscientização sobre os males causados pelo cigarro diminuíram o consumo, mas o peso dos gastos com o produto ainda é alto no bolso das famílias brasileiras. O cigarro leva uma fatia de 1,08% do orçamento mensal das famílias, participação mais de três vezes superior à da batata, por exemplo.

Os dados são da metodologia de cálculo da inflação oficial no País, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A fatia do orçamento mensal das famílias destinada ao fumo praticamente equivale à da despendida com o tradicional arroz com feijão carioca (1,12% do IPCA), ou a tudo o que se gasta no mês com manicure, cinema e médico juntos (1,1% do IPCA). O gasto dos consumidores com cigarro é ainda 13,5 vezes superior ao do cafezinho, a bebida predileta do brasileiro.

Por ter um peso relevante, qualquer movimento no preço do cigarro mexe com a inflação no País, mas Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de Índices de Preços do IBGE, lembra que a influência já foi maior. Há vinte anos, o peso do cigarro na cesta de produtos consumidos pelos brasileiros chegava a 1,4%. Como o item ficou 448,17% mais caro desde então, contra uma alta de 252,08% da inflação oficial, o movimento mostra que as famílias cortaram despesas com o item.

"Isso é principalmente aumento de imposto. Não só para aumentar a arrecadação, mas, por ser considerado um item supérfluo e prejudicial à saúde, aumentou muito a tributação como uma política mesmo. Mais de 70% do preço do cigarro são impostos", ressaltou Eulina.

Tributação
Segundo Leonardo Senra, diretor financeiro da fabricante de cigarros Souza Cruz, os impostos variam entre 75% a 88% do preço do produto, dependendo do Estado e das alíquotas locais de tributação. "Ou seja, se um maço de cigarro custa R$ 10, o consumidor está pagando entre R$ 7,50 e R$ 8,80 só de imposto", explicou Senra.

O Instituto Nacional de Câncer (Inca) divulgou recentemente que o número de mortes por câncer de pulmão entre homens caiu pela primeira vez, saindo de 18,5 a cada 100 mil, em 2005, para 16,3 por 100 mil em 2014. O resultado seria decorrente de políticas para redução do tabagismo, como proibição de propaganda, aumento de impostos e Lei Antifumo, que proíbe o fumo em locais fechados.

"A literatura mostra que o aumento dos impostos é o maior determinante para a redução do tabagismo. E no Brasil o preço do cigarro é 'zilhões' de vezes mais barato do que em outros lugares do mundo. Na Irlanda, o maço custa € 12. Aqui, R$ 4 ou R$ 5. A indústria está desesperada porque seus lucros estão caindo. Infelizmente, a gente ainda não conseguiu convencer o mundo de que essa é uma indústria que deveria fechar", defendeu a epidemiologista Liz Almeida, gerente da Divisão de Pesquisa Populacional do Inca.

Contrabando
Embora faça parte de uma política para desestimular o consumo, a elevação da tributação acabou também por reduzir a competitividade do produto brasileiro ante os cigarros que entram no País por meio do contrabando. Segundo dados da Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física, a indústria nacional de fumo acumula uma queda de 48,3% nos últimos 10 anos (até agosto de 2016, último dado disponível).

Na indústria do fumo, o cigarro responde por aproximadamente 60% do volume produzido, enquanto o fumo processado detém os 40% restantes.

A linha de produção do setor está operando atualmente 69,1% abaixo do pico da série histórica da pesquisa, registrado em agosto de 2006. O resultado ainda está apenas 6,3% acima do piso da série histórica, iniciada em janeiro de 2002 pelo IBGE.

O diretor da Souza Cruz lembra que, nos últimos dez anos, o imposto que incide sobre o cigarro aumentou 450%. Em cinco anos, a alta foi de 140%, uma das principais razões para que a fatia do produto ilegal no mercado brasileiro avançasse de 21% em 2011 para 35% em 2016.

Economia é percebida por quem para de fumar
O susto com a elevação de preços e a perspectiva de economizar um bom dinheiro acabaram por incentivar muitos fumantes a abandonar o vício. Só em 2016, os cigarros já estão 12,62% mais caros, segundo o IPCA.

A especialista em finanças pessoais Carolina Ruhman, fundadora do site Finanças Femininas, conta que economizou R$ 40 mil após decidir deixar o vício. Ao completar dez anos sem fumar, ela calculou quanto teria gastado se tivesse mantido o hábito de consumir dois maços por dia.

"No curto prazo não faz muita diferença. Você vai deixar de gastar entre R$ 5 e R$ 10 por dia, não dá para perceber no bolso. Para um fumante parece um dinheiro bem gasto. Mas, quando você coloca esse custo no longo prazo, você consegue ver o tamanho do rombo", diz Carolina.

Ela só lamenta que não tenha se organizado para juntar o dinheiro economizado. "Quando parei de fumar estava com 22 anos, morava com meus pais, infelizmente não pensava em economizar. Continuei gastando tudo", disse.

Já a cozinheira Daniele Borges usa um aplicativo no telefone celular para ajudá-la a contar os dias livre do vício e o montante economizado. Em 491 dias sem fumar, ela evitou 19.654 cigarros e poupou R$ 5.896. Vítima de depressão e síndrome do pânico, ela encontrou forças nos resultados e num grupo de apoio para conseguir se libertar.

"Comprei uma geladeira, um jogo de mesa, uma televisão e paguei a cirurgia da minha gata", conta. "Nunca parei para ver quanto gastava, nenhum fumante quer fazer isso. Fumei por 20 anos", acrescentou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

PROIBIDO FAZER DÍVIDAS NO BRASIL - JUROS ALTÍSSIMOS



Brasileiro abusa do parcelamento e cartões devem movimentar R$ 1,1 trilhão em 2016

Janaína Oliveira 




Exorbitância – A praticidade do cartão de crédito pode se transformar em armadilha: os juros anuais estão em 475%

A tradutora Gilda Garcia tem sete cartões de crédito na carteira. E não quer abrir mão de nenhum deles. Já a decoradora Márcia Ferreira tem cinco. Aqueles com limite maior, ela utiliza para comprar passagens de avião e materiais de construção para a reforma da casa. Os demais são utilizados no dia a dia.
Gilda e Márcia fazem parte de um grupo que deve levar o setor de cartões a movimentar aproximadamente R$ 1,138 trilhão neste ano, se confirmada a projeção de expansão de 7% ante 2015.
A despeito da crise, somente no primeiro semestre de 2016, os brasileiros movimentaram R$ 546 bilhões com cartões de crédito e débito no país e no exterior, crescimento de 7,2% em relação aos seis primeiros meses de 2015.
Os cartões de crédito registraram R$ 337 bilhões (aumento de 3,8%), enquanto os cartões de débito, R$ 209 bilhões (13%).
Contabilizando apenas as transações feitas no Brasil, a cifra alcançou R$ 544 bilhões entre janeiro e junho deste ano, aumento de 8,3 % ante o primeiro semestre de 2015. Os números, de fazer inveja em qualquer segmento da economia, são da Associação das Empresas de Cartões e Serviços (Abecs).
Parcelamento
Em um cenário de escalada dos índices de desempreg[/TEXTO]o, queda da renda e persistência da inflação, as compras parceladas em três, seis ou até 10 vezes sem juros no cartão são uma tentação para os usuários.
“Por meio do parcelamento sem juros, os emissores dos cartões concederam aos brasileiros a quantia de R$ 163 bilhões, o que representou 53% do volume de crédito concedido à pessoa física para financiar o consumo de bens e serviços”, diz o diretor-executivo da Abecs, Ricardo Vieira.
Pesquisa da entidade em parceria com o instituto Datafolha aponta que 62% dos consumidores fazem uso do pagamento parcelado sem juros todo mês. Mas a praticidade de se carregar crédito na carteira pode virar pesadelo.
“O problema é que, empolgados com a facilidade de financiamento, muitas pessoas gastam mais do que podem. Confundem-se e, sem fazer contas, acumulam parcelas que individualmente caberiam no orçamento, mas quando somadas estouram a conta”, alerta o professor universitário e consultor de finanças pessoais, Paulo Vieira.
Foi o que aconteceu com a Gilda. “Compro sapato, roupa, bolsa e faço supermercado sempre usando a modalidade de parcelamento. Já me enrolei toda por conta disso e acabei tendo que pegar um empréstimo pessoal para quitar a dívida com o cartão”, conta ela, que mesmo após a experiência ruim mantém a coleção de cartões.
Assim como a tradutora, os brasileiros têm recorrido mais ao dinheiro de plástico para pagar itens do dia a dia. Os pagamentos com cartões representaram 28,5% do consumo das famílias no primeiro semestre do ano, contra 27,5% no mesmo período de 2015.






Dívida de R$ 1 mil pode chegar a R$ 1 milhão em 4 anos
Atualmente, os juros praticados no rotativo do cartão, cobrado quando a fatura é atrasada ou quando o consumidor paga o mínimo, estão em 475% ao ano, de acordo com as médias de taxas de juros divulgadas pelo Banco Central.
Com taxas estratosféricas, as parcelas pendentes no cartão de crédito já são citadas por 62% dos consumidores com alguma dívida em atraso.
Pesquisa nacional realizada apenas com inadimplentes pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) aponta ainda que as compras feitas no cartão de loja foram responsáveis por incluir o nome de 73% desse usuários no cadastro de devedores.
“É preciso muita cautela para usar o cartão, pois os juros são exorbitantes e a pessoa pode se complicar. Para se ter uma ideia, o consumidor que estiver com uma dívida de R$ 1 mil pendente agora, em um ano terá uma conta de mais de R$ 5 mil para pagar. Em dois, a dívida subirá para R$ 33 mil, e em três anos será de aproximadamente 190 mil. Em quatro, a dívida já estará em R$ 1 milhão”, adverte a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.
Segundo ela, no atual momento de incertezas na economia, é importante que os consumidores sejam conservadores e pensem muito bem na hora de contrair novas dívidas.


domingo, 23 de outubro de 2016

IMIGRANTES BRASILEIROS DE GOVERNADOR VALADARES-MG APOIAM HILLARY CLINTON



Imigrantes de Governador Valadares se unem por Hillary Clinton

Estadão Conteúdo 









Governador Valadares, em Minas Gerais, é reconhecida por ser a cidade brasileira que mais "exporta" cidadãos para os Estados Unidos - principalmente quando a economia por aqui não anda muito bem.
Agora, às vésperas da eleição norte-americana, moradores do município mineiro com cidadania americana se uniram em torno de uma causa: a eleição de Hillary Clinton.
"A impressão que muitos têm é de que o Donald Trump pode causar problemas para quem não for nascido nos Estados Unidos. Por isso, acredito, que a comunidade de Governador Valadares vai votar em peso em Hillary", diz o advogado Ailton Gomes, nascido na cidade mineira, mas vivendo em Nova York.
Segundo Gomes, mesmo os brasileiros ilegais estariam se mobilizando para convencer seus compatriotas com dupla cidadania a votar em favor da candidata democrata. "Com Trump, a perseguição contra os ilegais deve ser ainda mais dura - e a possibilidade de conseguir uma regularização muito mais difícil.
Hillary tem um discurso menos duro em relação aos imigrantes", afirma o advogado. A estimativa é de que cerca de 40 mil cidadãos de Governador Valadares vivam nos EUA. 

CONTENSÃO DE GASTOS É PRIORIDADE NO GOVERNO

Meirelles: governo precisa fazer uma contenção permanente do gasto total

Estadão Conteúdo
Hoje em Dia - Belo Horizonte








"Para os próximos anos ou, quem sabe, para as próximas décadas", fala de Meirelles sobre estabilidade econômica.

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou nesta sexta-feira, 21, em evento na capital paulista, que o País precisa fazer uma contenção permanente do gasto total no governo. "Precisamos fazer contenção permanente de gastos total (do governo) e aumento temporário de receitas", disse. Ele reforçou que a contenção de gastos é necessária em virtude de um cenário histórico que mostra que a arrecadação cresce mais que o Produto Interno Bruno (PIB) em épocas de crescimento da economia, mas que cai mais do que a queda do PIB em períodos de recessão.

Meirelles reforçou que a intenção do governo é consubstanciar as condições para a estabilidade econômica do País. "Nós queremos aqui consubstanciar porque de fato precisamos ter confiança para fazer projeções com base nisso, e não apenas em plano ou intenção de governo", disse. Ele comentou que o governo atual está criando condições de estabilidade "para os próximos anos ou, quem sabe, para as próximas décadas". As medidas, segundo o ministro, criam condições para a estabilidade econômica do Brasil, depois de cair sistematicamente de 2011 até maio de 2016.

"A mudança não foi apenas subjetiva, ela é objetiva, a expectativa começa a subir combinada com índices de indicadores antecedentes da economia, que começam a dar sinais positivos, e isso reflete na expectativa dos agentes que a mudança vai ocorrer e que o ajuste vai ser feito."



GOVER NO LULA NÃO CONCORDA COM AS REDES SOCIAIS LIVRES DE CENSURA

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