‘Homem de confiança’
ordenou varreduras, diz juiz
Estadão Conteúdo
Hoje em Dia - Belo
Horizonte
A Polícia Federal também prendeu nesta sexta-feira (21) quatro policiais
legislativos em caráter temporário
Preso nessa sexta-feira (21) pela Polícia Federal durante a Operação
Métis, Pedro Ricardo Araújo de Carvalho, conhecido no Senado como
"Pedrão", comanda a Polícia Legislativa há 11 anos e é considerado
homem de confiança do presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL).
Funcionário de carreira, Pedro Ricardo é apontado pelo Ministério Público como o principal responsável pela atuação da polícia da Casa em obstrução às investigações da Operação Lava Jato contra senadores.
Na decisão que autoriza a operação, o juiz aponta o diretor como "principal responsável pelas condutas e autor das ordens aos demais membros". Para ele, o grupo formou uma "associação criminosa".
Renan nomeou Pedro Ricardo para a diretoria da Polícia do Senado em 2005. Ele ocupou o cargo também durante a presidência de José Sarney (PMDB-AP), entre 2009 e 2012, atuando próximo aos caciques peemedebistas. A Secretaria de Polícia responde diretamente à Mesa Diretora do Senado, coordenada pelo presidente da Casa.
Funcionário de carreira, Pedro Ricardo é apontado pelo Ministério Público como o principal responsável pela atuação da polícia da Casa em obstrução às investigações da Operação Lava Jato contra senadores.
Na decisão que autoriza a operação, o juiz aponta o diretor como "principal responsável pelas condutas e autor das ordens aos demais membros". Para ele, o grupo formou uma "associação criminosa".
Renan nomeou Pedro Ricardo para a diretoria da Polícia do Senado em 2005. Ele ocupou o cargo também durante a presidência de José Sarney (PMDB-AP), entre 2009 e 2012, atuando próximo aos caciques peemedebistas. A Secretaria de Polícia responde diretamente à Mesa Diretora do Senado, coordenada pelo presidente da Casa.
Na gestão de Pedro Ricardo, uma norma da Mesa Diretora modificou a
Secretaria de Polícia, criando novos departamentos, como a Subsecretaria de
Polícia Judiciária, que tem serviço de investigação, vigilância e captura. Com
isso, a instituição começou a se aparelhar para atuar na proteção de senadores
também fora do Senado. De acordo com as competências do órgão, endereços dos
parlamentares em outros Estados são de responsabilidade do Senado.
Apreensão
Em 2011, Pedro Ricardo também solicitou a compra de equipamentos de rastreamento, alegando que o aparato da Polícia do Senado estava defasado. O kit continha rastreadores de grampo telefônico e câmeras-sonda, para visualização em locais de difícil acesso. Os equipamentos foram apreendidos.
A operação foi batizada de Métis, em referência "à deusa da proteção", "capaz de antever acontecimentos".
Apreensão
Em 2011, Pedro Ricardo também solicitou a compra de equipamentos de rastreamento, alegando que o aparato da Polícia do Senado estava defasado. O kit continha rastreadores de grampo telefônico e câmeras-sonda, para visualização em locais de difícil acesso. Os equipamentos foram apreendidos.
A operação foi batizada de Métis, em referência "à deusa da proteção", "capaz de antever acontecimentos".