sábado, 22 de outubro de 2016

CONTRA-ESPIONAGEM LEVA A PRISÃO NO SENADO FEDERAL DO BRASIL



‘Homem de confiança’ ordenou varreduras, diz juiz

Estadão Conteúdo
Hoje em Dia - Belo Horizonte





A Polícia Federal também prendeu nesta sexta-feira (21) quatro policiais legislativos em caráter temporário

Preso nessa sexta-feira (21) pela Polícia Federal durante a Operação Métis, Pedro Ricardo Araújo de Carvalho, conhecido no Senado como "Pedrão", comanda a Polícia Legislativa há 11 anos e é considerado homem de confiança do presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL).

Funcionário de carreira, Pedro Ricardo é apontado pelo Ministério Público como o principal responsável pela atuação da polícia da Casa em obstrução às investigações da Operação Lava Jato contra senadores.
Na decisão que autoriza a operação, o juiz aponta o diretor como "principal responsável pelas condutas e autor das ordens aos demais membros". Para ele, o grupo formou uma "associação criminosa".

Renan nomeou Pedro Ricardo para a diretoria da Polícia do Senado em 2005. Ele ocupou o cargo também durante a presidência de José Sarney (PMDB-AP), entre 2009 e 2012, atuando próximo aos caciques peemedebistas. A Secretaria de Polícia responde diretamente à Mesa Diretora do Senado, coordenada pelo presidente da Casa.
Na gestão de Pedro Ricardo, uma norma da Mesa Diretora modificou a Secretaria de Polícia, criando novos departamentos, como a Subsecretaria de Polícia Judiciária, que tem serviço de investigação, vigilância e captura. Com isso, a instituição começou a se aparelhar para atuar na proteção de senadores também fora do Senado. De acordo com as competências do órgão, endereços dos parlamentares em outros Estados são de responsabilidade do Senado.

Apreensão

Em 2011, Pedro Ricardo também solicitou a compra de equipamentos de rastreamento, alegando que o aparato da Polícia do Senado estava defasado. O kit continha rastreadores de grampo telefônico e câmeras-sonda, para visualização em locais de difícil acesso. Os equipamentos foram apreendidos.
A operação foi batizada de Métis, em referência "à deusa da proteção", "capaz de antever acontecimentos".

A FILA DOS QUE SERÃO PUNIDOS É MUITO GRANDE



Na fila de espera

Manoel Hygino 



Ao estrangeiro causará estranheza o noticiário da imprensa sobre acontecimentos registrados no Brasil. Os espaços destinados aos registros políticos se confundem com os dos fatos policiais. Impressiona realmente, mesmo aos patrícios já acostumados com as mazelas da administração pública.
Diante dos inúmeros crimes (disse, inúmeros, sem quantidade exata, imensurável?, e não numerosos, isto é, de grande número) descritos em minúcias pelos veículos de comunicação, envolvendo integrantes dos altos escalões do poder, em seus três níveis. Fica-se quase perplexo: como conseguiram seus autores chegar a tal ponto de degradação, devassidão e delinquência sem que se tomassem em tempo hábil providências impeditivas?
Têm os chefes de Executivo de tomar extremo cuidado quando acolhem auxiliares. Esses podem já estar nas malhas de Justiça ou terem passado por elas, não ter ficha limpa, responder a processos ou estar à sua beira, porque investigados pela Polícia Federal, pela Civil, pela Promotoria Pública, enfim por quantos organismos agem em nome da lei.
Eduardo Cunha prometera que, se fosse preso, não cairia sozinho. Brasília incrementou em suas farmácias a venda de calmantes. Se ninguém está efetivamente acima e além da lei, e forem efetivamente denunciados ou delatados, tremerão as paredes dos edifícios projetados por Niemeyer. A bela igreja, ali erguida, inspirada nas antevisões de Dom João Bosco, estão certamente a receber fiéis e infiéis em busca da remissão dos pecados.
Verdade verdadeira e irrefutável é que as listas dos futuros ocupantes das celas da PF são enormes, firmadas por gente do mais alto gabarito na vida política, econômica e social do país inventado por Cabral. Pode até chegar o instante em que as autoridades judiciárias e policiais darão o aviso: não há vagas.
Conta-se, em todas as grandes capitais brasileiras, que se está criando um sorteio com atos prêmios: quem será o próximo a ser julgado pelo destemido juiz Sérgio Moro?
Da relação fatídica consta um preferencial, que nos remete a velho e aplaudido cantor de músicas com letras doridas de amor na primeira metade do século passado. Refiro-me a Augusto Calheiros, que encantava e suscitava lágrimas dos ouvintes de discos de 78 rotações ou rádios na época.
O Calheiros de agora é mais pomposo: José Renan Vasconcelos Calheiros, que consagrado magistrado mineiro identificou como “reformista constitucional, especialista em fatiamentos”. Segundo o Estadão, trata-se de um político profissional, em toda a extensão pejorativa do termo.
As manchetes de grandes jornais no dia seguinte à prisão de Cunha eram enfáticas: “Governo e Congresso temem delação”; “Lava Jato prende Cunha e amedronta mundo político”; “Prisão acende o alerta do Planalto”; “Cunha preso, aliados tensos”; “Prisão deixa a República de cabelos em pé”.
O “Estado de S. Paulo” via Renan: são 12 inquéritos junto ao STF, nove dos quais relativos à Lava Jato; em 7 de junho último, o procurador-geral da República chegou a pedir-lhe a prisão, assim como de Sarney, Cunha e Jucá, sob acusação de tentar obstruir os trabalhos da operação. Conclui o editorial: “O alagoano é um devoto das sombras e evita desafiar abertamente o governo – qualquer governo”.

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

IMPERADOR DO JAPÃO AKIHITO QUER RENUNCIAR AO TRONO



Comitê especial começa a estudar abdicação do imperador do Japão

Estadão Conteúdo 







Akihito, imperador do Japão

Especialistas de um comitê do governo do Japão realizaram seu primeiro encontro nesta segunda-feira para estudar como acomodar o aparente desejo do Imperador Akihito de abdicar do trono, em um país no qual o líder não pode se expressar politicamente.

Ao contrário de muitos países europeus, nos quais a abdicação de reis e rainhas é relativamente comum, as leis imperiais do Japão não permitem a renúncia do trono e a constituição pós-guerra do país estipulam o imperador como um mero "símbolo", com nenhum poder político.

A aceitação da renúncia de Akihito representa um grande desafio ao sistema e levanta uma série de questões legais e políticas.

Os membros do comitê - cinco acadêmico e um empresário - deve entregar um relatório no começo do ano que vem após entrevistarem especialistas em constituição, monarquia e história.

O imperador, de 82 anos, sugeriu abdicar do trono em uma rara mensagem pública em vídeo divulgada em agosto, citando sua idade e preocupação com sua capacidade de cumprir com suas responsabilidades. A mensagem de Akihito foi sutil e o imperador não usou a palavra "abdicação", pois a falar de forma aberta poderia ter violado seu status constitucional. Fonte: Associated Press.

SONDA EUROPEIA EM MARTE



Agência Espacial Europeia não sabe se módulo sobreviveu ao pouso em Marte

AFP






A sonda europeia enviada a Marte conseguiu enviar informações antes de pousar no planeta vermelho, mas a Agência Espacial Europeia (ESA) afirmou nesta quinta-feira ignorar se o módulo sobreviveu à manobra.

"Não temos como determinar as condições dinâmicas nas quais o módulo tocou o solo", afirmou em uma entrevista coletiva o diretor das missões solares e planetárias da ESA, Andrea Accomazzo.

Ele disse que será necessária uma análise mais profunda das informações enviadas para "saber se sobreviveu estruturalmente ou não".

O diretor geral da ESA, Jan Woerner, celebrou o sucesso da operação para colocar em órbita a nave TGO, "que está agora pronta para as atividades científicas e para enviar os dados que necessitamos para a missão em 2020".

"A missão é um sucesso e dispomos das funções que necessitamos para a missão em 2020", insistiu.

Mas os diretores da ESA reunidos no centro de controle de Darmstadt (Alemanha) admitiram que durante a manobra do módulo de pouso, justamente após a abertura do paraquedas quase 50 segundos antes de tocar o solo, "os dados recebidos não foram os esperados".

De acordo com Accomazzo será necessário "certo tempo para avaliar o que aconteceu".

"Tudo foi normal até a última parte, quando o paraquedas abriu", disse o italiano.

A sonda e o módulo de pouso "Schiaparelli" constituem a primeira etapa da ExoMars, uma ambiciosa missão científica russo-europeia dividida em duas fases (2016 e 2020) que pretende buscar indícios de vida atual e passada em Marte.

Esta é a segunda vez que a Europa tenta conquistar Marte. Em 2003, a sonda Mars Express liberou o pequeno robô Beagle 2, de concepção britânica, mas o módulo nunca deu sinais de vida. Os cientistas sabem desde 2015 que pousou, mas que estava danificado.

GOVER NO LULA NÃO CONCORDA COM AS REDES SOCIAIS LIVRES DE CENSURA

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