sábado, 17 de setembro de 2016

TEMPO SEM PREVISÃO



Sem previsão de tempo

Manoel Hygino 



O brasileiro reclama do tempo, não tão regular como antigamente. As estações não são tão delimitadas, pois o homem do campo antes sabia a época de plantar, quando as chuvas estavam por chegar, a hora da colheita. As cidades cresceram desmensuradamente e algumas são muito maiores do que vários estados. E falta água nos reservatórios das usinas hidrelétricas ou para atender a demanda da população sequiosa.
No século passado, já Euclides da Cunha informava sobre notícias que chagavam ao Rio de Janeiro “denunciando o recrudescimento do verão bravio”. Ah, se o autor de “Os Sertões” vivesse nos dias de hoje!
Aliás, Euclides escreveu, mutatis mutantis , como ora faço: Os velhos sertanejos, afeiçoados à passagem da harmonia de uma natureza exuberante, derivando na intercadência firme das estações, não fazem mais previsões sobre o tempo.
Procurando as causas, o escritor registra quanto contribuíram os índios com o mau costume do uso do fogo para sanar dificuldades imediatas, fazendo com que se cultivasse logo sobre as cinzas. Os que vinham de longe, os brancos, em busca tanto do aborígene, quanto do ouro principalmente, começaram a abrir caminhos e buracos pelas montanhas afora.
“Atacaram a terra nas explorações mineiras a céu aberto: esterilizaram-na com o lastro das grupiaras; retalharam-na nas plantações de alvião; degradaram-na com as torrentes revoltas; e deixaram áridos, ao cabo, aqui e ali, por toda a banda, para sempre, avermelhando os ermos com o vivo colorido da argila revolvida, as catas vazias e tristonhas com seu aspecto sugestivo de grandes cidades em ruínas. Ora, tais selvatiquezas atravessaram toda a nossa história”.
Teimávamos em destruir todo o território por ignorância, por inércia, por deixar como está para ver como fica. Nas regiões do regime pastoril, nos sertões, desbravados a fogo, incêndios duravam meses derramando-se pelas chapadas em fora. Estabelecia-se o regime desértico e da fatalidade das secas, que ameaçam anualmente o sistema energético hidrelétrico e o abastecimento de água às pequenas e às grandes cidades. As lições e as pregações, vamos dizer, até cívicas, para proteger o meio ambiente, praticamente nada ou muito pouco mudaram. Mesmo as advertências internacionais sobre os riscos que pairam sobre o planeta não produzem o efeito imprescindível.
Em “Contrastes e Confrontos”, em boa hora lançada pela Fundação Darcy Ribeiro, presidido por Paulo Ribeiro, em coletânea idealizada pelo conterrâneo de Montes Claros, se tem, ampliada, a advertência de Euclides. No livro, encontram-se as explicações que deveriam ser sabidas pelos que, ou promovem a desertificação do país, ou permitem que ela continue.
Desde o mau ensinamento do aborígene tudo tem mudado para pior. Novas derrubadas e estragos, novas capoeiras vegetando, tolhiças inaptas para reagir contra os elementos. Agravam-se cada vez mais os rigores do clima.
Em tempos mais modernos, os grandes rebanhos, a necessidade de abastecimento da crescente as plantações em longa escala, população, o atendimento ao mercado externo, sacrificando a terra, os mananciais, a vida como um todo.

TERRA EM CHAMAS



Terra bate recorde de calor pelo 11º mês em agosto

Estadão Conteúdo






A informação foi divulgada pela Agência Espacial Americana (Nasa) e a tendência é que fatos como este continuem a acontecer

Parece notícia velha. Mas aconteceu de novo. E vai continuar acontecendo enquanto o mundo não conseguir conter suas emissões de gases de efeito estufa. Pelo 11.º mês consecutivo, a Terra bateu recordes históricos de calor no mês de agosto, conforme divulgou na quarta-feira (14) a agência espacial americana (Nasa).

É o agosto mais quente dos últimos 136 anos, seguindo uma tendência que vem se repetindo mês a mês, ano a ano, como um sinal inequívoco do aquecimento global provocado por ações dos seres humanos. Em relação ao período de base (valor da temperatura média entre 1951 e 1980) para agosto, a temperatura média da Terra no mês passado foi 0,98°C mais quente. Foi ainda 0,16°C mais alta que o agosto mais quente registrado até então, o de 2014.

Desde outubro de 2015 que a temperatura vem quebrando recordes sucessivos no monitoramento que começou a ser feito em 1880. Mantendo o ritmo pelos próximos meses, 2016 deverá ser o novo ano mais quente da história, superando 2015, que, por sua vez, bateu 2014. "Ressaltamos que as tendências de longo prazo são as mais importantes para a compreensão das mudanças em curso que estão afetando nosso planeta", afirmou Gavin Schmidt, diretor do Instituto Goddard para Estudos Espaciais da Nasa.

São Paulo
E o calorão parece ter continuado pelo mês de setembro, ao menos se forem tomadas como exemplo as temperaturas registradas na capital paulista. Apesar de para esta quinta-feira (15) a previsão ser de clima ameno, a cidade vem passando por dias anormalmente quentes e secos.

A madrugada de quarta-feira (14) foi a mais quente em São Paulo desde 20 de abril, com temperatura mínima de 21,9°C. O valor, apesar de não ser um recorde, supera em muito a média histórica de temperaturas mínimas na madrugada para o mês, que é de 14,8°C. A terça à tarde também já havia registrado as mais altas temperaturas desde o dia 18 de abril, com 32,4°C.

O calor vem acompanhado de secura. Na tarde de terça, a umidade relativa do ar foi muito baixa, em torno de 19% no começo da tarde. Valores nessa faixa vêm sendo registrados desde o fim de agosto.

A relações-públicas Solange Branco, de 47 anos, que sofre com rinite, conjuntivite e outras alergias, até de pele, conta que vem sofrendo muito nos últimos dias. Tanto que resolveu fugir para Rio na terça-feira. "Minha vida vira o caos no inverno. Tenho umidificador em casa e costumo controlar as alergias com homeopatia. Mas nesses dias secos, quando vem a crise, aí tenho de tomar anti-histamínico todos os dias."

De acordo com previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), nesta quinta-feira a temperatura cai (fica entre 14°C e 23°C) e a umidade sobe para até 95%. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.



REFORMA DA PREVIDÊNCIA NÃO SERÁ BOA PARA O POVO



Medo de mudanças na previdência gera corrida ao INSS e a advogados

Janaína Oliveira 




O temor de que a reforma da Previdência prolongue o tempo para poder se aposentar tem aumentado a procura por informações nos postos de atendimento do INSS e escritórios de advocacia especializados em Direito Previdenciário.
Conforme a Superintendência Regional do INSS em Minas, foram 170 mil agendamentos solicitados pelos segurados para formalização de requerimentos de aposentadorias urbanas e rurais no Estado de janeiro a agosto de 2016. O número é 16% superior aos 147,5 mil pedidos em igual período de 2015. No país, desde o início do ano, foram registradas centenas de milhares de solicitações.
Nos escritórios advocatícios, a maratona é para tirar dúvidas, fazer contas e tentar antecipar a aposentadoria. Desde que o governo anunciou o pente-fino nos benefícios e anunciou que enviará ao Congresso proposta com regras mais rígidas, a clientela aumentou em 50%.
Idade
O escritório Aith, Badari e Luchin Advogados viu o movimento dobrar nos últimos dois meses. “As pessoas nos procuram com medo da proposta que prevê idade mínima de 65 anos para a aposentadoria. Mas isso é retrocesso social, pois de forma indireta acaba com a aposentadoria por tempo de contribuição, um direito já adquirido pelo trabalhador que contribui mensalmente. Caso seja aprovada essa fixação, o brasileiro terá que contribuir por 50, 40 anos até conseguir se aposentar”, observa o advogado João Badari.
Especialista em Direito Previdenciário, Juliardi Ziviani conta que a demanda cresceu pelo menos 40% no escritório da rua da Bahia. “A gente está aqui tentando apagar o fogo. Está chovendo demanda. E não são só trabalhadores perto de aposentar, mas muitos que recebem auxílio-doença e estão preocupados com o pente-fino, que vai incluir até pesquisa no Facebook”, afirma.
Para ele, o pânico é, em certa medida, causado pela falta de clareza do governo. “Ninguém sabe ainda como vai ser. O que a gente sabe é que terá uma idade mínima, de 65 anos. Mas o pior é a ausência de uma campanha de esclarecimento, além de ser necessário que deputados e senadores cortem na própria carne”, destaca.
Trabalhador muda planos e aceita receber benefício menor
Com receio das mudanças, muita gente que já possui a idade mínima para aposentadoria (60 anos para mulher e 65 para homem) corre para solicitar o início do processo. Esses trabalhadores esperavam completar a pontuação da fórmula 85/95 para obter o benefício integral, mas já cogitam antecipar o pedido e receber um valor menor do que o planejado.
“Escutamos isso todos os dias. Assustadas, as pessoas têm inclusive mudado os planos para o futuro. Ou esperam mais anos para se aposentar com 100% ou se veem obrigadas a pedir a aposentadoria antecipada com benefício menor”, afirma a presidente do Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário (IBDP), Jane Berwanger, que calcula aumento de 30% de clientes com esse perfil.
Para o presidente da Comissão de Direito Previdenciário da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MG), Anderson Avelino, as novas regras devem impactar mais trabalhadores com menos de 50 anos. “Neste caso, uma vez aprovado o projeto, não haverá saída. Já contribuintes com idade acima dessa faixa etária terão que pagar um pedágio”, afirma.
Transição
Braço direito do presidente Michel Temer, o ministro Eliseu Padilha usou as redes sociais para dizer que haverá uma regra de transição, em que o contribuinte deverá trabalhar até 40% mais tempo para se aposentar antes da idade mínima.
É esse pedágio que vem tirando o sono de Vanda Lúcia de Jesus. Aos 54 anos, trabalhou como doméstica e servente de obra e diz que não aguenta o ofício por muito mais tempo. “Comecei aos 17 anos, em um frigorífico. Quase sempre fui fichada. Agora estou com diabetes, pressão alta, não tenho mais saúde. Estou desesperada”, conta.


sexta-feira, 16 de setembro de 2016

HILLARY APARECE MUITO ABATIDA



De volta à campanha, Hillary divulgará mais informações sobre a saúde em breve

Estadão Conteúdo 






Hillary quer dar satisfações para as pessoas que quiseram saber sobre sua saúde e que se sentiu "tocada" com preocupação sobre seu bem-estar

A candidata democrata à presidência dos Estados Unidos, Hillary Clinton, afirmou nesta quinta-feira que divulgará em breve mais informações sobre sua saúde. A ex-secretária de Estado disse que deseja dar satisfações para "questões legítimas que as pessoas têm" sobre seu quadro e também que se sentiu "tocada" pela preocupação com seu bem-estar.

Hillary falou no programa de rádio de Tom Joyner. Na quarta-feira, a candidata divulgou uma carta de seu médico, no qual este declara que ela está "apta a servir" como presidente. A ex-primeira-dama enfrentou críticas por falta de transparência por não revelar que havia recebido um diagnóstico de pneumonia até que um vídeo mostrou-a quase desmaiando, depois de deixar abruptamente uma cerimônia em memória das vítimas do 11 de Setembro.

O rival de Hillary, o candidato republicano Donald Trump, deve divulgar mais informações sobre sua saúde nesta quinta-feira. Trump também sugeriu que, caso seja eleito presidente, venderia alguns ativos no exterior para evitar potenciais conflitos de interesse.

O candidato oposicionista foi questionado na rede Fox sobre como responderia a potenciais sanções impostas contra um país se isso pudesse eventualmente prejudicar o resultado de suas companhias ou hotéis. Ele respondeu que, caso fosse o dono dos negócios, teria de vendê-los. Trump disse que, se eleito, iria "cortar as conexões" com suas companhias. Seus filhos executivos ficariam encarregados de tocar os negócios e não discutiriam essas questões com ele.

Ainda em sua entrevista no rádio, Hillary disse que não comentaria os e-mails vazados do secretário de Estado Colin Powell. Em uma mensagem, Powell criticou o fato de que Hillary citou o comportamento dele em relação a seus e-mails pessoais para justificar sua própria ação de usar um servidor pessoal de e-mails quando era secretária de Estado.

A candidata democrata volta à campanha nesta quinta-feira, após três dias de resguardo por causa da pneumonia. Na carta do médico, foram divulgados os níveis de colesterol e outros resultados de exames, bem como as medicações tomadas por ela.

Trump disse que também pretende divulgar detalhes de exames físicos recentes. Fonte: Associated Press.

ORAÇÃO PROFÉTICA DE UM PASTOR DOS EUA

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