sexta-feira, 16 de setembro de 2016

CONCESSÕES PARALISADAS NO BRASIL



Há uma série de concessões paradas devido a regras irrealistas, diz BNDES

Estadão Conteúdo 




Maria Silva falou na última terça-feira (13) na coletiva sobre concessões de infraestrutura, no Palácio do Planalto


A presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Maria Silva, afirmou que diante da crise fiscal enfrentada pelo país não é possível fazer concessões apenas consistentes apenas com recursos públicos. Ao comentar o lançamento do Programa de Parceria de Investimentos (PPI), lançado na terça pelo governo federal, a executiva frisou que o BNDES trabalhará junto com o setor privado para viabilizar as novas concessões.

"Temos concessões paradas devido a regras irrealistas e funding que não foi estabelecido na largada", afirmou sobre os programas de concessão realizados no governo Dilma Rousseff.

Maria Silvia destacou que preferencialmente os financiamentos aos projetos serão feitos via emissão de debêntures, mas que não será possível financiar 80% com esses títulos de dívida na largada. Diante disso, o BNDES e a Caixa se propõem a entrar em um primeiro momento com 50% cada um no financiamento das debêntures para, mais tarde, repassá-las ao setor privado.

A presidente do BNDES admitiu que setores meritórios podem precisar de subsídios que podem ser concedidos desde que de forma transparente.

Eficiência

Maria Silvia Bastos afirmou que a prioridade no comando do banco é a busca por eficiência no financiamento de projetos de infraestrutura logística e urbana. Segundo a executiva, sua gestão está focada na revisão das políticas operacionais realizadas nos últimos anos para permitir a melhor estruturação financeira dos projetos de concessões anunciados pelo governo. Para tanto, Maria Silvia disse não ter "preocupação se o banco será menor no futuro".

Na abertura do Fórum Nacional, no Rio, Maria Silvia indicou que o momento econômico do País é um dos mais difíceis de sua história, com investimentos parados em função da crise de confiança e credibilidade. "Nos defrontamos de novo com a questão fiscal de forma muito grave, a inflação ainda é um problema, todos os indicadores retroagidos em pelo menos dez anos", resumiu a presidente. "O trabalho não vai ser simples nem rápido, mas temos que começar", completou.

Sobre o papel do BNDES na retomada do crescimento econômico, Maria Silvia indicou que não tem preocupação se o banco será menor no futuro. "Vou ficar muito feliz no dia que não tivermos nenhum recurso, por que significará que a economia se recuperou e que voltaremos ao mercado", afirmou. A presidente destacou que seu foco é a "eficácia" das ações desenvolvidas pelo banco.

"Estamos em um processo extenso de revisão, o que não quer dizer mudança", disse. Segundo ela, o BNDES está analisando todo os programas para "verificar onde têm sido efetivos ou não, e as politicas operacionais, condições de apoio a diversos setores". "Entendemos que nesse período o principal mandato é a questão da infraestrutura. É crucial para o que precisamos no Brasil, retomada de investimentos para geração e manutenção de empregos, competitividade", completou.
Saneamento

A presidente do BNDES indicou que se reunirá a partir da próxima semana com governadores interessados no programa de concessões na área de saneamento básico. Na terça o governo anunciou concessões em três empresas estaduais do setor no Rio de Janeiro, Roraima e Pará. A área de saneamento será o foco do programa estadual de concessões. Segundo Maria Silvia, a área de saneamento, resíduos sólidos e eficiência energética, ligados à infraestrutura urbana, ganharão prioridade nos financiamentos do banco.

"Nos reuniremos com todos os estados na próxima semana que têm demonstrado interesse nas concessões de saneamento. Muitos tem demonstrado interesse em ter suas empresas no programa e vamos discutir junto com o Ministério das Cidades e a Caixa", indicou a presidente.

Segundo Maria Silvia, o saneamento será prioritário entre as concessões estaduais, devido ao déficit de assistência nas cidades brasileiras. Ela destacou que o tema de infraestrutura urbana terá foco do banco por afetar a qualidade de vida e a produtividade no trabalho nas grandes cidades. "Teremos outros programas nas áreas de eficiência energética e resíduos sólidos. Sem saneamento e sem atacar problemas de resíduos não vamos avançar", sinalizou a presidente do BNDES.

Micro e pequenas

Maria Silvia ainda indicou que o banco deverá se aproximar de micro, pequenas e médias empresas, para permitir que o crescimento econômico se dissemine no País. "O banco sempre foi grande parceiro de grandes empresas e quer buscar ser cada vez mais banco de micro, pequenas e médias empresas. São elo fundamental crescimento e caminho para ele se espalhar. Estamos tentando aumentar capilaridade e ter mais acesso físico a elas", afirmou, sinalizando que poderá estimular investimentos com foco em energias renováveis, tecnologias e cidades inteligentes, além do apoio ao comércio exterior.


O GOVERNO DO PT QUEBROU MINAS GERAIS



Minas Gerais está próximo de decretar calamidade financeira, diz secretário de Fazenda

Estadão Conteúdo 




O secretário de Fazenda de Minas Gerais, José Afonso Bicalho, alertou nesta quinta-feira, 15, para o risco de o Estado decretar estado de calamidade financeira, como o Rio de Janeiro. Segundo ele, o déficit projetado para o período de 2014 a 2017 é de R$ 25 bilhões. "Não tenho como pagar. Estamos acumulando déficit e, daqui a pouco, isso vai explodir", afirmou Bicalho, ao participar do Fórum Nacional, no Rio.

Ele destacou que 25% da atual dívida dos Estados foi contraída com bancos e não com a União, e está atrelada ao dólar. "A dívida nova é indexada ao câmbio e pode ser um problema para frente. Não temos receita em dólar", disse o secretário.

Além dos gastos com serviço da dívida e também com aposentadoria, o secretário atribuiu a crise fiscal de Minas a outros fatores estruturais, que, em sua opinião, não podem ser solucionados sem que a Constituição seja alterada. Ele destacou despesas com o pagamento de salários nas áreas de educação e saúde, e de outros grupos de trabalhadores, como da Justiça, vinculadas à União. Toda vez que o governo federal concede reajustes salariais, a despesa de Minas cresce.

"Uma retomada (na economia) não será suficiente para aliviar os Estados. Sem mexer na Constituição, não chegaremos a um equilíbrio", afirmou o secretário.

O PALCO E A PLATEIA ESTAVAM PREPARADOS PARA O TEATRO DE LULA



Indignado, Lula cobra provas do MPF

Flávia Ivo 





VOZ EMBARGADA – “Só Deus pode me fazer parar de luta pelo que acredito. Tenho uma razão e motivação, e quando se tem isso, não tem tempo pra canseira”, afirmou Lula

Aos gritos de “Lula, guerreiro do povo brasileiro”, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, denunciado pela “Lava Jato” na última quarta-feira por lavagem de dinheiro, corrupção passiva e falsidade ideológica, discursou com tranquilidade, emocionado e até foi às lágrimas, nesta quinta-feira, em evento organizado pelo PT em São Paulo.

Rodeado por muitos militantes e lideranças do Partido dos Trabalhadores, o petista afirmou ser vítima de perseguição “pelas coisas boas que fez pelo país” e que a denúncia apresentada pelos procuradores Ministério Público Federal (MPF) à Justiça foi um show de fogos de artifício.

“Não conheço pessoalmente os ‘meninos’ que fizeram o espetáculo de pirotecnia. Mas pela educação que eu tive de berço, eu respeitaria mais a família deles do que eles respeitaram a minha”, declarou Lula referindo-se à denúncia do MPF feita contra a esposa dele, Marisa Letícia.

Mentira

O ex-presidente negou que seja dono do apartamento citado pelos procuradores e ressaltou ser vítima de uma mentira. “Me dedicaram um apartamento que não tenho, me dedicaram uma chácara que não é minha, me dedicaram até a ser comandante (do esquema de corrupção na Petrobras). ‘Não tenho prova, mas tenho convicção’ (em referência a comentário dos procuradores durante detalhamento da denúncia) de que quem mentiu está em uma enrascada. Não vou perder sono por causa disso. Quem vai perder o sono é quem achaque eu perderei o sono. A história mal começou. E eu ainda vou viver muito”, disse.

Lágrimas

Lula usou boa parte do tempo do discurso tecendo críticas aos procuradores do MPF. O petista atribuiu as graves acusações de corrupção contra ele à vontade das “elites” de acabar com sua vida política. “Estou falando como um cidadão indignado”, declarou.

Às lágrimas, o ex-presidente reafirmou estar à disposição da Justiça. “Em respeito à lei, vou prestar quantos depoimentos forem necessários. Se tem uma coisa que eles têm que aprender é que eles não estão habituados com o cidadão, que a única coisa que tenho orgulho é que conquistei o direito de andar de cabeça erguida. Provem uma corrupção minha e eu irei a pé para ser preso”, desafiou.

Convictos

De acordo a denúncia, o ex-presidente era o “comandante máximo do esquema de corrupção identificado na ‘Lava Jato’”. Em resposta, Lula disse não ter ficado zangado, mas questiona o motivo da acusação sem provas.

“Por que se convoca a coletiva e se diz ‘não tenho prova, mas tenho convicção’? Não posso dizer qual é a convicção que eu tenho deles. Eles tinham a prova do avião em referência ao helicóptero da família do senador Zezé Perrella (PDT), apreendido em 2013, com cocaína, eles viram a cocaína, tinham a prova, mas eles não tinham convicção”, acrescentou, sendo aplaudido pelo público que acompanhava o discurso.

Líderes do PSDB evitam ataques duros a petista

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o senador Aécio Neves, os dois principais líderes do PSDB, não comentaram as acusações do Ministério Público Federal (MPF) nem as respostas do petista.

FHC afirmou ver com cautela as acusações do MPF. Para ele, é necessário aguardar a decisão da Justiça. “Sou uma pessoa cautelosa. Preciso saber o que o Judiciário diz. Há o processo de provas para ver o que é errado”, destacou o tucano, após encontro com o candidato do partido à Prefeitura do Rio, Carlos Roberto Osório.

O ex-presidente não comentou as declarações de Lula, para quem a denúncia é uma forma de tirá-lo das eleições presidenciais de 2018. “O presidente Lula passa por um momento difícil. O que ele diz não vou contestar. Não cabe a mim ficar fazendo comentário sobre o que ele disse ou deixou de dizer. É o momento de ele estar desabafando”, observou o ex-presidente tucano.

Aécio seguiu linha semelhante a de FHC, mas fez críticas sobre o tom político da resposta do petista. “Com a [EX-]presidente Dilma foi a mesma coisa. Não há mea culpa, reconhecimento de que cometeram equívocos graves, ilegalidades. A resposta acaba caminhando para o jogo político. É natural, mas é pouco relevante nessa hora”, disse.

Frase sobre provas e convicção não foi dita como divulgado

A frase atribuída a um procurador da Operação “Lava Jato” –“Não temos prova, mas temos convicção” – que se espalhou pela internet e virou até argumento de defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não foi dita como tem sido divulgado.

Na entrevista coletiva que anunciou a denúncia contra Lula, na quarta-feira, dois procuradores afirmaram, em momentos diferentes, que “não temos prova cabal” e que havia “convicção” sobre o papel do petista no esquema de corrupção na Petrobras. As duas afirmações, porém, não foram ditas na sequência, e nem por um único procurador.

A frase que gerou mais polêmica é do procurador da República Roberson Pozzobon, que, ao explicar a acusação de corrupção contra Lula no tríplex do Guarujá, declarou: “Não teremos aqui provas cabais de que Lula é o efetivo proprietário, no papel, do apartamento, pois justamente o fato de ele não figurar como proprietário é uma forma de ocultação”.

Termo

Em pelo menos outros dois momentos, o procurador Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa, disse que as provas coletadas até ali davam “convicção” sobre o papel central de Lula no esquema da Petrobras.

“Provas são pedaços da realidade, que geram convicção sobre um determinado fato ou hipótese. Todas essas informações, como num quebra-cabeça, permitem formar a figura de Lula no comando do esquema criminoso identificado na ‘Lava Jato’”, afirmou Dallagnol.

No final da entrevista, o procurador voltou a usar o termo. “Dentro das evidências que nós coletamos, a nossa convicção, com base em tudo o que nós expusemos, é que Lula continuou tendo proeminência no esquema e continuou sendo líder desse esquema mesmo depois de ter saído do governo”.

quinta-feira, 15 de setembro de 2016

TRUMP CANDIDATO AMERICANO



Donald Trump apresenta documentos sobre seu estado de saúde

Estadão Conteúdo 







Em meio à polêmica sobre o estado de saúde da candidata democrata à presidência dos Estados Unidos, Hillary Clinton - que foi diagnosticada com pneumonia -, seu rival republicano, Donald Trump, passou a ser questionado sobre suas próprias condições. Caso eleito, Trump seria o presidente mais velho a assumir a Casa Branca, aos 70 anos, e divulgou poucas informações sobre sua saúde. Até agora.

Durante entrevista no programa televisivo do médico-celebridade Mehmet Oz, Trump respondeu à questão do médico sobre por que ele não compartilhava seus históricos médicos tirando do bolso do paletó uma série de papéis. "Bom, eu realmente não tenho qualquer problema em fazer isso. Eu os tenho bem aqui. Devo mostrá-los?", perguntou Trump à plateia.

De acordo com Trump, os papéis incluem um relatório médico e uma carta do Hospital Lenox Hill, de Manhattan, que mostrava "todos os exames" que ele havia feito na semana passada. A campanha do republicano se negou a fornecer os documentos.

Segundo um membro da plateia, Daniel Sinasohn, quando perguntado sobre sua rotina de exercícios, Trump disse que sair em campanha o mantinha em forma. "Donald Trump disse que ele faz muitos discursos e que suas gesticulações são a maior fonte de seus exercícios", disse Sinasohn.

Além disso, Trump, conhecido por comer fast food, defendeu sua dieta dizendo que "pelo menos você sabe o que tem nela".

ORAÇÃO PROFÉTICA DE UM PASTOR DOS EUA

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