quinta-feira, 15 de setembro de 2016

O "CAPO" LULA DIZ QUE É INOCENTE - ACABOU "EU NÃO SABIA"



MPF aperta cerco a Lula; defesa aponta perseguição e tentativa de barrar candidatura do petista

Da Redação Jornal Hoje em Dia 






“FARSA” –Em um post no Facebook, Lula negou ser dono do triplex do Guarujá e afirmou que sequer dormiu uma noite no imóvel

Peça central da denúncia apresentada ontem à Justiça por corrupção e lavagem de dinheiro na reforma do tríplex no Guarujá, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi alçado à condição de “comandante máximo” do esquema do Petrolão. A acusação partiu do procurador Deltan Dallagnol, do Ministério Público Federal (MPF) paulista, para quem o petista teria recebido R$ 3,7 milhões em propinas e estaria à frente de um esquema que usou dinheiro público para manter o PT no poder.
As acusações sacudiram o mundo político e provocaram reação imediata do partido e do ex-presidente. Para a defesa de Lula, as declarações do representante do MPF fazem parte de um “truque de ilusionismo”. Aliados viram na denúncia uma tentativa de desestabilizar uma eventual candidatura do petista à Presidência da República em 2018.

O ex-presidente foi denunciado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, crimes cujas penas, somadas, podem chegar a 32 anos e 6 meses de prisão. A denúncia do MPF trata de crimes de corrupção ativa e passiva cometidos em contratos firmados entre a Petrobras e a empreiteira OAS entre 2006 e 2012, referentes às refinarias Repar e Renest.

O Ministério Público fala também em lavagem de dinheiro na aquisição, reforma e decoração de um apartamento tríplex em Guarujá, no litoral paulista, e em contratos de armazenamento de bens de Lula, que teriam sido bancados pela empreiteira.

Também foram denunciados pelo MPF a ex-primeira dama Marisa Letícia, o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, e o ex-presidente da OAS Léo Pinheiro, além de Agenor Franklin Magalhães Medeiros, Paulo Roberto Valente Gordilho, Fábio Hori Yonamine e Roberto Moreira Ferreira, todos ligados à empreiteira.

Durante coletiva, Dallagnol classificou o governo Lula de “propinocracia”: “é o governo regido pelas propinas”, afirmou. Seriam três os objetivos do esquema: manter a governabilidade, perpetuar o PT no poder e promover o enriquecimento ilícito de agentes públicos.

O esquema de propinas, segundo o procurador, buscou “dar ao próprio PT uma perpetuação criminosa no poder por meio da formação de colchão de recursos usados em campanhas eleitorais”.

“Essas provas demonstram que Lula era o grande general que comandou a realização e a continuidade da prática dos crimes com poderes para determinar o funcionamento e, se quisesse, para determinar sua interrupção”, disse Dallagnol.




Na denúncia contra Lula, o Ministério Público Federal pede o confisco de R$ 87 milhões. A acusação aponta “14 conjuntos de evidências que se juntam e apontam para Lula como peça central da Lava Jato”. Segundo a denúncia, o ex-presidente poderia ter determinado a interrupção do esquema criminoso.

“O funcionamento do mensalão e da “Lava Jato” dependia não só do seu poder como governante, mas do seu comando como líder partidário”, afirmou o procurador.

Defesa aponta cenário de perseguição e tentativa de barrar candidatura do petista

C
ristiano Zanin Martins, advogado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de Marisa Letícia, disse ontem, em entrevista coletiva, que a denúncia oferecida ontem contra seus clientes tem o objetivo de evitar que Lula se candidate à Presidência nas eleições de 2018. “Essa é uma narrativa da força tarefa mentirosa, incompatível com a realidade dos fatos e incompatível com as provas existentes”, disse.

“Eles ignoraram os documentos (que ele disse ter apresentado aos procuradores para provar que a propriedade do tríplex no Guarujá é da OAS). Eles usaram hipóteses e ilações apenas com o objetivo de acusar o ex-presidente Lula e Dona Marisa Letícia. É uma acusação que não se sustenta do ponto de vista jurídico e é uma acusação política para o fim, estabelecido desde o início dessa operação, que é impor, a todo custo, uma condenação indevida e injusta a Lula e Dona Marisa”, disse Martins.

Para o advogado, a ideia é evitar que Lula se candidate às eleições de 2018. “Entendo que há um cenário de perseguição e, mais do que isso, há uma real intenção de tirar o ex-presidente Lula do cenário político e eleitoral para 2018”, disse.

“Lamento profundamente que hoje a força tarefa da ‘Lava Jato’ tenha se utilizado do tempo e dos recursos dos cidadãos brasileiros para fazer uma narrativa que é falsa, de cunho político e que é estranha à própria denúncia que foi apresentada apenas para atingir a reputação de Lula e de seus familiares”, disse o advogado, que criticou também o fato dos procuradores terem convocado uma coletiva para apresentar a denúncia.

Para ele, os procuradores se utilizaram de “seu tempo de agentes públicos e de dinheiro público para fazer uma entrevista coletiva para enxovalhar a honra de um cidadão”.

Comparação

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu com indignação a informação de que ele e a mulher, Marisa Letícia, foram denunciados pelo Ministério Público. Ele foi informado por um assessor após o almoço, enquanto tomava café.

Segundo presentes à mesa, Lula ficou particularmente incomodado com a inclusão de dona Marisa. Ele leu a notícia no celular de um dos assessores. “Ficamos todos indignados”, disse o ex-ministro Carlos Gabas, que testemunhou a reação.

Também presente no café, Fernando Morais disse que não há surpresa, já que Lula é, na sua opinião, o alvo de um golpe. “Seria o cúmulo da ingenuidade supor que fariam o carnaval que fizeram para depois deixar o Lula ganhar a eleição em 2018”, disse.

quarta-feira, 14 de setembro de 2016

DOENÇA ATRAPALHA CANDIDATA AMERICANA



Hillary Clinton irá divulgar histórico médico, afirma campanha

Estadão Conteúdo





A candidata democrata à Casa Branca, Hillary Clinton

A candidata democrata à Casa Branca, Hillary Clinton, irá divulgar mais informações sobre seu histórico de saúde nesta semana, afirmou hoje seu assessor de imprensa, Brian Fallon.

O estado de saúde de Hillary entrou no foco após a ela passar mal e abandonar uma cerimônia em homenagem às vítimas do atentado de 11 de setembro de 2001 no domingo. Horas depois, foi divulgado que a ex-secretária de Estado havia sido diagnosticada com pneumonia.

No ano passado, ela publicou um resumo sobre sua condição física, incluindo os resultados de alguns exames. Até o momento, essas informações eram consideradas suficientes pela campanha. Após o incidente de ontem, porém, quando vídeos gravados por pessoas que estavam no local mostraram a candidata cambaleando e sendo ajudada por seu estafe a entrar no carro da campanha.

Hoje, o candidato republicano, Donald Trump, afirmou que também irá divulgar novas informações sobre seu estado de saúde.

Clinton irá passar a segunda descansando, segundo Fallon. Antes do episódio de ontem, ela não pretendia mudar sua agenda após o diagnóstico, completou. Agora, é possível que as atividades sejam retomadas na quarta-feira, quando ela terá um compromisso em Nevada. Fonte: Dow Jones Newswires.

CUNHA O MAIOR ARQUIVO VIVO DA CORRUPÇÃO NO BRASIL



'Espero que ventos de delatores não se transformem em tempestade', diz Cunha

Estadão Conteúdo 





A frase foi dita por Eduardo Cunha em nota que rebatia os comentários do presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL)

Cassado na última segunda-feria (12) pelo plenário da Câmara, o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) divulgou nota rebatendo os comentários do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Em três parágrafos, Cunha reclama que matérias relevantes oriundas da Câmara não foram apreciadas pelo Senado e repete que as investigações da Operação "Lava Jato" não tiveram as mesmas consequências sobre Renan. Ao final, Cunha alfineta o colega de partido.

"Com todo desejo de sucesso ao presidente do Senado no comando da Casa, e acreditando na sua inocência, espero que os ventos que nele chegam através de mais de uma dezena de delatores e inquéritos no STF, incluindo Sérgio Machado, não se transformem em tempestade", diz a nota. "E que ele consiga manter o cálice afastado dele", finalizou.
Mais cedo, Renan tentou se distanciar da imagem de Cunha. "Afasta de mim esse cálice", brincou o senador, evitando comentar afirmações de Cunha, que disse ontem na Câmara que as denúncias dos parlamentares teriam um tratamento diferenciado das dele no Supremo Tribunal Federal.

Na sessão de cassação, Cunha reclamou que virou alvo prioritário das investigações. O ex-deputado é réu em dois processos no STF e é alvo de investigação em outras sete frentes. Já o senador não é réu, mas é investigado em 12 inquéritos no STF. "Eu não quero de forma nenhuma falar sobre isso (cassação de Cunha), mas quem planta vento, colhe tempestade, isso é uma lei da natureza", comentou o presidente do Senado.

Nesta terça-feira (13), Cunha disse que, durante o período em que presidiu a Câmara, não houve matérias de caráter relevante provenientes do Senado que não foram apreciadas pelos deputados, ao contrário do Senado, que não colocou em votação o projeto de terceirização, a redução da maioridade penal, a PEC da Reforma Política, entre outros projetos encampados por Cunha e aprovados pela Casa. "Esperamos que o Senado aprecie essas matérias", destacou.

Cunha lembrou que a ação penal 982 - que envolve delações referentes às negociações de sondas da Petrobras - só atingiu a ele. "Os mesmos delatores, nas suas delações, acusam como beneficiários das supostas vantagens indevidas montando a US$ 6 milhões os senadores Renan Calheiros, Jader Barbalho, Delcídio Amaral e Silas Rondeau. Entretanto, a ação penal que deveria ser indivisível, segundo o Código Penal, foi aberta apenas contra mim", lamenta o ex-parlamentar.

TUDO PARA OS BANCOS - NADA PARA O POVO



Os bancos são responsáveis pela alta na inadimplência

José Antônio Bicalho



É irônico como os bancos brasileiros são tratados de maneira corriqueira pelo mercado. Analistas falam de juros e desempenho com a maior naturalidade, como se estivessem tratando de empresas submetidas às regras de mercado e da livre concorrência. Mas não é assim. Já disse diversas vezes nessa coluna e volto a insistir: os cinco grandes bancos brasileiros combinam entre si as taxas de juros que praticam. E isso caracteriza formação de cartel, o que é crime.
Não existe conexão entre o custo do dinheiro (quanto os bancos pagam para quem investe) e as taxas para empréstimo que praticam. A caderneta de poupança pagou em 12 meses ao final de agosto 8,5% de juro, ou seja, menos que a inflação do período, que foi de 8,97%. Enquanto isso, o juro médio do cartão de crédito bateu em 451,4% ao ano em agosto, conforme levantamento divulgado ontem pela associação dos profissionais do mercado financeiro, a Anefac.
Os juros também estão absolutamente desconectados da Selic, que é a taxa cobrada nas operações de empréstimo entre os próprios bancos. Por também ser uma referência do custo do dinheiro para os bancos, a Selic representaria, em tese, o menor juro que um banco poderia praticar. No entanto, o juro cobrado no empréstimo rotativo do cartão de crédito equivale a 32 vezes o custo de captação pela Selic, atualmente em 14,25%.
Quem suporta pagar quase 500% de juros ao ano? Quem suporta tomar emprestado, digamos, R$ 10 mil por conta de uma emergência financeira e, ao final de um ano, ter que pagar R$ 45 mil?
Ganância e cegueira
Há algum tempo venho alertando que a ganância dos bancos brasileiros os cegaram para uma consequência óbvia de suas políticas de juros: chegará o momento em que a inadimplência explodirá, levando consigo os lucros astronômicos. E esse movimento já começou a tomar forma.
Quando o juro é de 500%, o calote deixa de ser moralmente condenável
Com o crescimento expressivo da inadimplência, principalmente das empresas engolfadas pela crise, e diante do esfriamento da demanda por crédito, o lucro combinado do cartel dos cinco grandes bancos brasileiros (Banco do Brasil, Bradesco, Itaú Unibanco, Santander e Caixa Econômica Federal) encolheu 20,4% no segundo trimestre do ano, passando de R$ 18,6 bilhões de abril a junho do ano passado para R$ 14,8 bilhões no mesmo período desse ano. Uma queda bastante significativa, mas que tende a ser maior se nada for feito.
Pessoas e empresas vão deixando de pagar aos poucos, na medida em que seus esforços para honrar compromissos vão se mostrando inúteis. O fato é que quando as taxas sobem à estratosfera, os tomadores de empréstimo são lançados à inadimplência contra suas vontades.
Não sou consultor nem conselheiro financeiro. Mas, para aqueles que estão endividados junto aos bancos, sugiro analisar com bastante racionalidade os prós e os contras de simplesmente não pagar a dívida. Cá para nós, quando o banco passa a cobrar juro de quase 500% ao ano, o não pagamento do empréstimo deixa de ser moralmente condenável.

ORAÇÃO PROFÉTICA DE UM PASTOR DOS EUA

  Brasil e Mundo ...