segunda-feira, 12 de setembro de 2016

ONDE ESTÃO OS AMIGOS DE ONTEM?



Isolado, Cunha será julgado hoje por quebra de decoro parlamentar

Da Redação Jornal Hoje em Dia 




Ex-homem forte da República, o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que conseguiu articular o impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados, pode hoje ver o seu império ruir. Praticamente isolado, mesmo depois de enviar carta a seus pares na Casa para tentar evitar a cassação, o peemedebista, que chegou a ter a maioria do Congresso nas mãos, arrisca as últimas manobras para garantir o mandato.
A partir das 19h de hoje, a Câmara dos Deputados deve dar início ao julgamento da cassação do seu mandato. Eduardo Cunha é acusado de mentir à CPI da Petrobras, onde afirmou que não tinha contas no exterior.
No entanto, a Procuradoria Geral da República o acusa de ter recebido propinas no valor de US$ 5 milhões em contratos de navios-sonda da Petrobras e de ter depositado os valores em contas na Suíça.
Direitos políticos
As perspectivas de garantir pelo menos os direitos políticos, como conseguiu a ex-presidente Dilma no julgamento do impeachment, no final do mês passado, são quase nulas. No entanto, o que resta da “tropa de choque” do peemedebista prepara recurso, com efeito suspensivo, para tentar evitar que a votação ocorra hoje.
Para que o peemedebista perca o mandato são necessários 257 votos dos 513 deputados. No entanto, grande parte dos parlamentares que ajudou Eduardo Cunha a chegar à Presidência da Câmara já não o apoia mais.
Segundo levantamento do “Estadão”, realizado na última sexta-feira, 280 parlamentares já se posicionavam a favor da cassação de Cunha.
Na última semana, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), apostava em quorum acima de 400 parlamentares na sessão de hoje, assim como o deputado federal mineiro Júlio Delgado (PSB). A votação deve ser concluída na terça ou quarta-feira.



domingo, 11 de setembro de 2016

MORRE ENFERMEIRA DE FOTO FAMOSA



Morre enfermeira da icônica foto do beijo celebrando o fim da Segunda Guerra

Estadao Conteudo 



Greta Friedman foi homenageada em 2005 com uma estátua que reproduzia a famosa cena na Times Square, em Nova York

A mulher que foi beijada por um marinheiro em êxtase na Times Square, comemorando o fim da Segunda Guerra Mundial, morreu esta semana, aos 92 anos. O filho de Greta Zimmer Friedman disse que sua mãe morreu na última quinta-feira, em um hospital de Richmond, Virgínia (EUA), em decorrência de complicações da velhice.

Friedman era uma enfermeira de 21 anos quando, em 14 de agosto de 1945, os japoneses se renderam e deram fim à Segunda Guerra. Quando a notícia se espalhou em Nova York, as pessoas foram para as ruas. Foi quando George Mendonsa girou em torno dela e lhe deu um beijo. Os dois nunca se conheceram. Na verdade, Mendonsa estava comprometido com Rita Petry, que mais tarde se tornaria sua esposa.
A foto, feita por Alfred Eisenstaedt, é chamada "V-J Day in Times Square", mas é mais conhecida simplesmente como "The Kiss". A foto foi publicada pela primeira vez na revista Life, enterrada em uma de suas páginas. Ao longo dos anos, a foto ganhou reconhecimento e várias pessoas alegaram ser o casal. Em uma edição de agosto de 1980 da Life, 11 homens e três mulheres disseram estar na foto. Passaram-se anos até que Mendonsa e Friedman fossem confirmados como sendo o casal.

Joshua Friedman disse que sua mãe se lembrava de tudo que aconteceu naquele momento. "Não foi todo aquele beijo", disse Friedman, em uma entrevista. "Era apenas alguém comemorando. Não foi um evento romântico."

A fotografia tornou-se uma das mais famosas fotografias do século XX.

Os pais de Friedman morreram no Holocausto, de acordo com Lawrence
Verria, co-autora de "O Marinheiro beijoqueiro: o mistério atrás da foto que
terminou a Segunda Guerra Mundial".

Friedman, que escapou da Áustria, chegou aos EUA quando tinha 15 anos. Ela será enterrada no Cemitério Nacional de Arlington, ao lado de seu falecido marido, Misha Friedman.
Fonte: Associated Press


DIA PARA SER ESQUECIDO



Quinze anos depois, Nova York convive com as marcas do 11/9

AFP 





Mais de 2.750 pessoas morreram no dia 11 de setembro de 2001

NOVA YORK - Nova York chega ao 15° aniversário dos atentados de 11 de setembro de 2001 mais forte, mais rica e mais diversa do que nunca, mas a data nefasta permanece marcada a ferro e fogo na história da cidade.
Os atentados cometidos pela Al-Qaeda - o primeiro ataque estrangeiro no continente norte-americano em quase 200 anos, - romperam a sensação de segurança e empurraram o Ocidente para guerras que persistem até hoje.
Mais de 2.750 pessoas morreram no dia, quando a Al-Qaeda lançou dois dos quatro aviões de passageiros sequestrados contra as Torres Gêmeas do World Trade Center de Nova York, símbolo do poder financeiro e da confiança americana. Os corpos de apenas 1.640 pessoas foram identificados.
Outras 75.000 vivem com transtornos mentais e físicos como resultado dos atentados, incluindo muitos trabalhadores dos serviços de emergência que inalaram as toxinas cancerígenas quando tentavam, de maneira corajosa, salvar vidas.
Nos últimos 15 anos, Nova York buscou o equilíbrio entre recordar as vítimas dos atentados e fazer o aquilo em que é melhor: regenerar, reconstruir e olhar para o futuro.
O centro de Manhattan é uma das partes mais ricas de Nova York, com hotéis de luxo, lojas e restaurantes elegantes.
O local onde ficava o World Trade Center foi totalmente reconstruído. Abriga o Memorial e Museu dos atentados de 11 de setembro, a estação de trens mais cara do mundo, um centro cultural e escritórios.
"Pessoas de todas as partes do mundo vêm a este local. Agora é um símbolo de força para as pessoas ao redor do mundo", disse o prefeito Bill de Blasio.
A joia da coroa é o World Trade Center One, ou Freedom Tower (Torre da Liberdade), que com 1.776 pés (número que coincide com o ano da independência dos Estados Unidos) ou 541 metros, é o maior edifício do Ocidente. Suas luzes são observadas a quilômetros de distância.
   
Ensino histórico
O observatório do local oferece uma vista impactante e o centro de transportes Oculus é uma maravilha arquitetônica: uma área oval de aço e vidro que custou quatro bilhões de dólares, projetada por Santiago Calatrava.
Nos 15 meses após sua inauguração, o museu vizinho do 11/9 recebeu quase sete milhões de visitantes.
Turistas de todo o mundo e aqueles que choram pela morte de seus parentes depositam rosas nos muros que registram os nomes das vítimas, ao redor de dois espelhos d'água, localizados onde ficavam as bases das torres gêmeas.
À medida que passam os anos, o Museu diz que ensina os estudantes nascidos depois de 2001, que já observam os atentados como história.
"Para ter as ferramentas de um adulto capacitado neste mundo tão complicado, acredito que este local proporciona fundamentos para compreender este mundo", afirmou a diretora do local, Alice Greenwald.
"É como se todos que vêm a Nova York tivessem que passar por aqui", declarou Vicenzo Nardone, um ítalo-americano que mora na cidade há 47 anos e que perdeu um amigo nos atentados.
Ele percorreu o museu "chorando como louco", mas disse que depois da tragédia a cidade se tornou mais amigável e tolerante.
No entanto, Nova York tem controles de segurança rígidos e de rotina. Os nova-iorquinos têm a recomendação de informar sobre qualquer objeto suspeito.
O Departamento de Polícia da cidade, o mais rico e melhor equipado do país, anunciou no ano passado a incorporação de 1.300 novos agentes para fortalecer os esforços de combate ao terrorismo.
   
Em guarda
   
Os políticos eleitos falam constantemente de garantir que atentados jamais voltem a acontecer na cidade e afirmam ter frustrado 20 aparentes planos terroristas.
"Acredito que todos estamos um pouco mais em guarda", disse Hal Shane, de 68 anos, um aposentado da Broadway que visitou o memorial pela primeira vez esta semana.
"É assim no mundo todo, especialmente na Europa", completou.
"Me sinto como o cara de Marselha, que tem neste momento o mesmo problema que eu. Somos como uma família vítima, nos unimos a todos aqueles outros locais que sofreram o mesmo horror", declarou Shane.
A polarizada disputa presidencial entre dois nova-iorquinos - o magnata imobiliário Donald Trump e a ex-senadora do estado de Nova York Hillary Clinton - não colabora para apaziguar os nervos dos moradores da cidade.
Mas a possibilidade de que os atentados sejam relegados à história preocupa aqueles nova-iorquinos para os quais os ataques representam boa parte de sua vida cotidiana.
"O que realmente me dá medo é que o 11/9 vire uma nota de rodapé", disse Scott Matty, 62, que tem câncer.
Os médicos vincularam sua doença ao fato de ter retornado ao trabalho no Baixo Manhattan poucos dias depois dos atentados, quando o ar ainda estava saturado de poeira com substâncias cancerígenas.
"O 11/9 não terminou", disse Matty à AFP. "As pessoas continuam ficando doente, as pessoas continuam morrendo hoje pelo que aconteceu".

THE END PARA EDUARDO CUNHA



Caso Cunha caminha para desfecho após 355 dias

Folhapress 





Os pouco mais de 19 meses de ascensão e queda de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) abrigaram acontecimentos marcantes nos salões, gabinetes e plenários da Câmara.

Prestes a completar 58 anos de idade -- seu aniversário é no dia 29 --, o deputado do PMDB foi eleito para comandar a Casa após derrotar em primeiro turno o candidato oficial do governo de Dilma Rousseff, em fevereiro de 2015, e desde então se transformou em um dos protagonistas da cena política nacional.

Político de bastidores e com péssima fama nos corredores do Congresso, Cunha ancorou sua eleição na insatisfação parlamentar contra Dilma, de um lado, e na rede de cerca de cem deputados que receberam recursos para suas campanhas por intermédio do peemedebista -- ele admite ter acionado empresários para ajudar apenas os candidatos do PMDB.

Sua gestão pode ser dividida em capítulos, a maioria deles polêmicos e conturbados.

Desde o início o presidente da Câmara jogou por terra a promessa de não ser fonte de instabilidade política e partiu para o confronto com os adversários.

O líder do governo na Câmara, Henrique Fontana (PT-RS), o ministro da articulação política de Dilma, Pepe Vargas (PT-RS), e o ministro Cid Gomes (Educação) foram os primeiros a perder os cargos.

A força de Cunha era tal na época que ele anunciou em primeira mão a demissão de Cid -- confirmada por Dilma no mesmo dia -- após o ministro lançar contra ele suspeita de achaque. Aloizio Mercadante (Casa Civil), outro desafeto, tomou um "gelo" que o inviabilizou no cargo.

Em um segundo movimento, o peemedebista patrocinou um ritmo intenso de votações no plenário da Casa, batendo o recorde de aprovação de projetos que não tinham participação do Planalto. Contribuiu a combinação de um governo enfraquecido com a cobrança da presença dos deputados.

Foram aplicadas diversas derrotas a Dilma, seja no campo econômico, com temas que elevaram os gastos federais, seja no comportamental, em que passaram projetos que contrariam a esquerda, como a redução da maioridade penal de 18 para 16 anos em alguns casos.

'LAVA JATO'

Coube a uma ação vinda de fora do Legislativo ou do Executivo impulsionar ainda mais a escalada de ineditismos da gestão de Cunha.

Incluído na lista de investigados por suspeita de participação no petrolão, o peemedebista foi à CPI que investigou o caso em março de 2015. Acabou ovacionado por quase todos os colegas.

Nessa sessão, Cunha declararia não ter "qualquer tipo de conta" no exterior, o que depois da revelação de dinheiro seu na Suíça virou a base de seu processo de cassação, iniciado por representação de PSOL e Rede em 13 de outubro de 2015.

Nos 355 dias que separam essa representação da sessão em que Cunha pode ser cassado, nesta segunda-feira (12), ele e aliados patrocinaram manobras para tentar enterrar o caso. Entre outras ações, o relator foi trocado e a primeira votação, anulada.

Uma fracassada tentativa de acordão com o governo Dilma o levou a deflagrar a tramitação do processo de impeachment da petista no início de dezembro de 2015.

Cunha trabalhou metodicamente na condução política e regimental desse processo, que culminou com a aprovação da autorização para a abertura do processo de destituição, em abril deste ano.

Mais uma vez de forma inédita, o STF decidiu dias depois, em 5 de maio, afastá-lo do cargo e do mandato sob o argumento de que ele usava suas funções para atrapalhar as investigações contra ele.

Réu em duas ações penais no STF e alvo de outras investigações na Corte, sob a acusação de ser um dos protagonistas do petrolão, Cunha tentará nesta segunda um feito inédito: à beira de uma eleição em que os deputados estão mergulhados, ser o primeiro político a não perder o mandato desde que as votações de cassação deixaram de ser secretas, em 2013.

ORAÇÃO PROFÉTICA DE UM PASTOR DOS EUA

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