terça-feira, 13 de setembro de 2016

PAÍS POBRE QUE BENEFICIA OS RICOS



Um país para quem tem dinheiro

Editorial Jornal Hoje em Dia 



Existem várias coisas no país que funcionam como décadas atrás. Nosso Código Penal, nossa Lei Trabalhista ou nossa visão em relação à educação são exemplos. Outro problema histórico brasileiro é a política de juros astronômicos. Até agora, nenhum governo conseguiu “domar” essa fera e trazer o custo do dinheiro para patamares dentro da média mundial.
O juro do cartão de crédito bateu o maior valor desde 1995, quando o Plano Real engatinhava, com uma taxa acima de 450% ao ano. O crédito pessoal chega a incríveis 155,98% em 12 meses. Não é por acaso que estamos recebendo em casa cada vez mais ligações de telemarketing dos bancos oferecendo cartões com as mais variadas vantagens.
Da década de 90 pra cá foram várias as fases da nossa economia: dólar a menos de R$ 1 ou acima dos R$4, reservas cambiais zeradas ou com mais de US$ 300 bilhões, economia em “ritmo chinês” ou em recessão. Mas o que não mudou significativamente foram os juros. Para pegar um empréstimo desse, somente estando louco, desesperado ou desinformado.
A lógica do mercado em relação aos juros também é contraditória no nosso país. Uma das regras econômicas mais básicas é que o preço de uma mercadoria ou serviço varia de acordo com a oferta e a demanda. Quanto mais gente querendo um bem, maior o preço. Já quando menos pessoas desejam o produto, o preço tende a cair para garantir as vendas.
No atual mercado financeiro, países também atingidos por crises, como é o nosso caso, reduziram as taxas de juros para incentivar pessoas a contrair empréstimos. Já aqui no Brasil, se pouca gente busca empréstimos por causa da queda da renda, o juro cresce. Se a população recuperar parte da renda e voltar a consumir, as taxas são elevadas para evitar a inflação. Não há economista que consiga uma explicação lógica para essa peculiaridade brasileira.
O que precisa é uma atitude de governo, por exemplo, baixando as taxas dos bancos que controla, forçando as instituições da iniciativa privada a fazer o mesmo, assim como foi ensaiado por Dilma Rousseff em seu primeiro ano de mandato. Pena que durou pouco.
Caso contrário, o Brasil continuará a ser, mais do que um país pobre, uma nação em que as regras e políticas são voltadas para quem tem dinheiro.

CÂMARA SEPULTOU POLITICAMENTE EDUARDO CUNHA - FALTAM OUTROS



Ex-presidente da câmara, Cunha disse que foi ‘vingança política’ e recorrerá à Justiça

Da Redação Jornal Hoje em Dia 





O plenário da Câmara dos Deputados aprovou nesta segunda-feira (12) por 450 a favor, 10 contra e 9 abstenções a cassação do mandato do deputado afastado Eduardo Cunha. A medida põe fim a um dos mais longos processos a tramitar no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, que se arrastava por 11 meses e interrompe o mandato de um dos políticos mais controvertidos dos últimos anos. Com o resultado, Cunha perde o mandato de deputado e fica inelegível por oito anos, mais o tempo que lhe resta da atual legislatura.

A sessão que culminou com a cassação do mandato de Cunha começou por volta das 19h, mas foi suspensa poucos minutos depois pelo presidente da Casa Rodrigo Maia (DEM-RJ), que esperava maior quórum e retomada pouco depois das 20h.

Na retomada falaram o relator do processo no Conselho de Ética, Marcos Rogério (DEM-RO), o advogado de Cunha, Marcelo Nobre, e o próprio deputado afastado.

Após a cassação do mandato, Eduardo Cunha, disse que foi vítima de “uma vingança política no meio eleitoral”. Afirmou que vai recorrer à Justiça para garantir seus direitos e que não teme o juiz Sérgio Moro, que coordena a “Lava Jato”. “Só temo a Deus”, disse.

Aliados de Cunha tentaram até o fim uma última manobra. O deputado Carlos Marun apresentou uma questão de ordem para que fosse votado um projeto de resolução no lugar do parecer do Conselho de Ética, o que poderia resultar numa pena mais branda, como a suspensão de mandato. A iniciativa foi indeferida pelo presidente da Casa, Rodrigo Maia.

Durante sua defesa no plenário da Casa, Cunha fez um discurso forte em que afirmou estar sofrendo um “processo político” por dar continuidade ao impeachment de Dilma Rousseff, negou ter contas na Suíça e ameaçou colegas: “Amanhã é contra vocês”.

Em um discurso de defesa de pouco mais de trinta minutos, Cunha fez um apanhado da tramitação dos processos contra ele e a petista e disse que os deputados presentes no plenário não queriam ouvir “qualquer argumento”, pois estavam “com a decisão tomada”.

Segundo Cunha, “ninguém conhece” uma peça que tem sete mil páginas. Mesmo assim, pediu que seus colegas o julgassem “com isenção”, pois ele estava “pagando o preço” por “livrar” o país do PT. “Estou pagando o preço de ter meu mandato cassado por ter dado continuidade ao processo de impeachment. É o preço que estou pagando para o Brasil ficar livre do PT. [...]Por mais que o PT chore, esse criminoso governo foi embora graças à atividade que foi feita por mim”, disse Cunha.





Supremo negou mais uma liminar que beneficiava peemedebista

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou na manhã de ontem mais um pedido de liminar para interferir na votação sobre a perda de mandato do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Dessa vez, Fachin negou pedido feito pelo deputado José Wellington Roberto (PR-PB), por meio de mandado de segurança, no qual ele solicitava que fosse anulada a decisão da mesa diretora da Câmara de levar à votação em plenário o parecer pela cassação de Cunha aprovado no Conselho de Ética, e não um projeto de resolução.

Diferentemente do parecer, o projeto de resolução é um instrumento da Câmara que permite a apresentação de emendas e destaques pelos deputados, o que poderia beneficiar Cunha, abrandando ou mesmo anulando sua punição.

No domingo, Fachin tinha negado a primeira liminar, dessa vez pedida pelo próprio Cunha, para que o seu processo de cassação fosse suspenso. Nesta solicitação, o peemedebista voltou a argumentar erros de processo. Para o deputado afastado, o regimento interno da Câmara determina que cassações sejam votadas por meio de projetos de resolução e não por meio de parecer. Ele não conseguiu convencer o ministro relator do pedido no Supremo. Antes, numa discussão de mérito realizada na última quinta-feira, o plenário do STF já havia negado a Cunha a suspensão de seu processo de cassação.

Renúncia

A possibilidade de o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha renunciar a seu mandato para adiar a votação de sua cassação foi discutida por aliados e adversários do deputado no domingo na casa de Rodrigo Maia, atual presidente da Casa. Ontem, poucas horas antes do início da sessão que decidiria seu futuro parlamentar, Cunha declarou a disposição de não renunciar. “É mais fácil o Sargento García prender o Zorro do que eu renunciar”, afirmou Cunha, em referência à série de TV dos anos 1950.

A intenção da renúncia seria, segundo aliados, era estender o benefício do foro privilegiado, evitando o deslocamento de seus processos do petrolão do STF (Supremo Tribunal Federal) para o juiz Sergio Moro.

O presidente da Casa convidou parlamentares e outras pessoas para um rodízio de pizza na residência oficial. Estavam presentes dois dos principais auxiliares de Michel Temer, o ministro Geddel Vieira Lima (Governo) e o secretário de Parcerias e Investimentos, Moreira Franco, sogro de Maia.

Peemedebista admitiu ter falado com Temer ‘algumas vezes’

O deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) disse já ter falado “algumas vezes” com Michel Temer já na condição de presidente. “É uma conversa natural, temos uma relação”, afirmou o ex-presidente da Câmara. Perguntado pelo repórter Roberto Cabrini, do programa Conexão Repórter, do SBT, sobre o teor dos diálogos com Temer, Cunha preferiu manter sigilo. “Conversas com presidentes a gente não revela, a não ser que parta deles.”

Exibido na madrugada de ontem, o programa apresentado por Cabrini mostrou a rotina do parlamentar nas últimas duas semanas – incluindo o momento em que Cunha dá um leve sorriso ao acompanhar pela televisão, em seu apartamento funcional em Brasília, o desfecho do processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, em 31 de agosto. “Não foi uma vitória pessoal, busquei cumprir o meu dever”, afirmou, sobre a deposição da petista.

Foi Cunha quem acatou, como presidente da Câmara, em dezembro do ano passado, a denúncia que resultaria no impeachment. Ele também presidiu a sessão da Casa, em 17 de abril, que autorizou a ida do processo para o Senado e que destitui Dilma provisoriamente. “Não sinto orgulho, sinto que cumpri minha obrigação de dar curso à denúncia. Foi o coletivo da Câmara e do Senado que concluiu pela culpa da presidente”.

Duas semanas depois de liderar a sessão que tirou Dilma do Palácio do Planalto, Cunha foi afastado do cargo de deputado pelo Supremo Tribunal Federal por suspeita de participar de esquemas de arrecadação de propinas em obras investigadas pela Operação “Lava Jato”. No início de julho, ele renunciou ao cargo de presidente da Câmara.

Na entrevista, o parlamentar negou diversas vezes ter recebido propina ou participado de qualquer esquema irregular. “Eu não sou corrupto”, afirmou.

Os diversos delatores que apontaram o deputado afastado como beneficiário de propina, segundo ele, são “mentirosos”, já que seus depoimentos seriam contraditórios. “Não recebi US$ 5 milhões, nem um, nem zero” Além disso, disse Cunha, “palavra não é comprovante”. 

Além disso

Nascido no Rio de Janeiro em 1958, Eduardo Cunha é radialista, evangélico, casado e pai de quatro filhos. Formou-se em economia na Universidade Cândido Mendes. Antes de se tornar, com a eleição para a presidência da Câmara em fevereiro de 2015, o terceiro na linha de sucessão da presidência da República, o deputado afastado teve a trajetória política iniciada em 1989, quando se filiou ao Partido da Reconstrução Nacional (PRN) do então candidato e ex-presidente Fernando Collor de Mello. Com a eleição de Collor, foi nomeado em 1991 para o cargo de presidente da Telerj, empresa estatal de telecomunicações do Rio de Janeiro, permanecendo no cargo até 1993.

A passagem de Cunha pela estatal foi marcada pelo processo de implantação da telefonia celular no Rio e por denúncias de irregularidades na contratação de servidores sem concurso. Durante sua gestão, o Tribunal de Contas da União constatou falhas na licitação para a edição de catálogos telefônicos e tratamento privilegiado a fornecedores.

Após a saída da Telerj, Cunha atuou alguns anos como operador na Bolsa de Valores. Ele também se filiou ao PPB (Partido Progressista Brasileiro, atual PP), em 1995.

Em 1998, concorreu à vaga de deputado estadual. Tendo obtido pequena votação, acabou sendo suplente. Em 1999, passou a ocupar o cargo de subsecretário de Habitação (órgão posteriormente transformado em Companhia Estadual de Habitação) no governo de Anthony Garotinho, que colocou Francisco Silva para chefiar a entidade.

Em abril de 2000, já como secretário, Cunha é afastado da função após denúncias de irregularidades em contratos sem licitação e favorecimento a empresas fantasmas que somavam R$ 34 milhões.

Em 2002, teve início o processo de inserção na política nacional, quando se lançou candidato a deputado federal, sendo eleito com 101.495 votos. Repetiu o feito, já filiado ao PMDB, em 2006, quando obteve 130.773 votos, e em 2010, com 150.616 votos. Cunha conquistou, em 2013, o cargo de líder do PMDB na Câmara.

Em 2014, foi reeleito para mais uma legislatura, tendo obtido 232.708 votos, sendo o terceiro mais votado do Rio. Com a decisão, tomada em 2014, de se candidatar à presidência da Câmara dos Deputados, o até então líder do PMDB cristaliza a sua posição como um dos principais atores políticos do país.

segunda-feira, 12 de setembro de 2016

VEÍCULOS MUITO CAROS E POVO SEM DINHEIRO



Em dois anos, setor automotivo corta 200 mil empregos

Estadão Conteúdo
Hoje em Dia - Belo Horizonte







Montadora que fica em Betim com pátio lotado por causa da baixa revenda de veículos

A crise que levou à redução drástica nas vendas e na produção de veículos no Brasil provocou o fechamento, de 2014 até agora, de 31 mil vagas nas montadoras, onde normalmente os empregos são considerados de melhor qualidade. Na rasteira, foram demitidos mais de 50 mil trabalhadores nas autopeças e mais de 124 mil nas concessionárias, numa conta que supera 200 mil cortes.

Os números vão seguir em alta, pois ainda há ajustes a serem feitos em algumas fábricas, como as de Taubaté (SP) e São José dos Pinhais (PR), onde a Volkswagen deve seguir o mesmo procedimento realizado na unidade do ABC paulista, com abertura de programa de demissão voluntária (PDV), que atraiu pelo menos 1,2 mil funcionários nos últimos dias.

Na Mercedes-Benz em São Bernardo do Campo (SP), 1.047 trabalhadores se inscreveram em um PDV nas duas últimas semanas, após a montadora oferecer R$ 100 mil como incentivo, além dos direitos da rescisão. Apesar disso, a empresa não obteve as 1,4 mil adesões que esperava e, por isso, demitiu mais 370 funcionários.

Alguns trabalhadores aderiram ao programa por não verem mais o futuro que esperavam no setor, até pouco tempo muito cobiçado. "O ambiente atual é de muita pressão", diz Gustavo, funcionário da Mercedes há cinco anos que pediu para não ter o sobrenome divulgado, por questão de segurança.

Ele vai aproveitar o salário extra e a rescisão para quitar as prestações do apartamento em Santo André (SP), onde mora com a esposa, que trabalha numa administradora de condomínios, e a enteada, de 12 anos. "Com isso, me livro da maior dívida que tenho."

Gustavo, de 39 anos, vai começar a distribuir currículos em indústrias, mas já dá "este fim de ano como perdido". Se não conseguir emprego nessa área, pretende voltar a dar aulas de história, área em que é graduado.

Outro funcionário que também pede para não ter o nome divulgado - e se identifica apenas pelas iniciais J.S. - quer aproveitar o dinheiro do PDV para fazer um curso de línguas fora do País e, quem sabe, uma pós-graduação. "Enquanto a situação não melhora, vou tentar investir nos estudos", afirma ele, que tem 38 anos e também trabalhou por cinco anos na Mercedes no setor de CKD (veículos desmontados).

A intenção do ex-metalúrgico é ir para o Canadá ou Austrália, mas ele se preocupa com a dívida que deixará no Brasil, de "muitas" prestações do imóvel adquirido em São Bernardo do Campo (SP) há poucos anos.

A esposa e os três filhos de 17, 10 e 7 anos ficarão no País. Ela faz bicos como manicure e em confecção de roupas.

No fim de 2013, as montadoras do País empregavam 157 mil trabalhadores, número que, em agosto, era de 126 mil. Desse total, 2,5 mil estão em lay-off (com contratos suspensos por cinco meses) e 19,8 mil no Programa de Proteção ao Emprego (PPE), que reduz jornada e salários.

Retomada
A partir de 2014, quando as crises econômica e política se intensificaram, a produção nacional despencou de 3,7 milhões de veículos para as esperadas 2,3 milhões de unidades neste ano.

O mercado interno encolheu 1,7 milhão de veículos e caminha para chegar ao fim do ano com vendas de no máximo 2 milhões de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus, retornando assim a volumes próximos aos de dez anos atrás.

Voltar a vender anualmente mais de 3 milhões de unidades, como ocorreu de 2009 a 2014, deve levar no mínimo quatro anos, prevê Rodrigo Custódio, diretor da área automotiva da consultoria Roland Berger para a América do Sul.

O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Antonio Megale, também vê uma recuperação lenta. Neste ano, a entidade estima nova queda de 19% nas vendas em relação ao anterior, mas, para 2017, o executivo espera o início da retomada.

"Certamente vamos ficar acima dos 2 milhões de veículos deste ano, que é um número muito baixo", prevê Megale. "Pode ser até que o volume cresça pouco, mas não vai ser negativo."

Queda de vendas no Brasil causa prejuízo bilionário a fabricantes
Nos últimos dois anos e meio, apenas duas das quatro maiores montadoras do País - as americanas General Motors e Ford - somaram prejuízos de US$ 3,9 bilhões na América do Sul, região em que o Brasil responde por quase 60% das vendas. As duas marcas e a Fiat Chrysler são as únicas que divulgam balanços financeiros na região.

O grupo Fiat Chrysler teve lucro de US$ 218 milhões em 2014 e prejuízo de US$ 78 milhões no ano passado. No primeiro semestre deste ano, voltou a se recuperar e registrou ganho de US$ 10 milhões. A Ford, contudo, perdeu no período US$ 521 milhões, quase 40% a mais que em igual intervalo de 2015.

A GM, por sua vez, teve prejuízo de US$ 188 milhões, melhora significativa em relação ao resultado negativo de US$ 358 milhões no primeiro semestre de 2015. "Provavelmente a empresa adotou medidas de eficiência, redução de custos e de pessoal", afirma o diretor da Roland Berger, Rodrigo Custódio.

Ele acredita que o quadro de perdas se estenda para a maioria das demais montadoras. O setor opera com menos de 50% de sua capacidade produtiva, de 5,3 milhões de veículos, atingida nos últimos anos com a inauguração de novas fábricas.

Uma das novas construções, a unidade da Honda em Itirapina (SP), ficou pronta no fim de 2015, mas até hoje não ligou as máquinas. A fábrica com capacidade para 120 mil carros ao ano está fechada, à espera da retomada do mercado. Não há previsão de quando será inaugurada.

Competitividade
O único dado positivo das montadoras são as exportações, em parte ajudadas pela questão cambial.

No ano passado as vendas externas somaram 417 mil veículos, quase 25% a mais que em 2014. Neste ano, a previsão é de superar 500 mil unidades.

O problema é que o carro nacional só consegue chegar a países da América Latina, cuja demanda total é inferior ao mercado brasileiro. Além disso, para alguns deles, é mais barato importar da China ou dos Estados Unidos.

"O Brasil precisa sair para fora da América Latina, pois o mundo é muito maior que isso", diz Custódio. Mas a falta de acordos comerciais com outros países, e principalmente a falta de competitividade do produto nacional, torna esse caminho bastante difícil.

O consultor da Roland Berger cita, por exemplo, o nível de automação - que é um elemento de competitividade - na indústria local. "O Brasil tem 30 mil robôs nas fábricas e, para se equiparar à média mundial precisaria ter 200 mil".

Outro exemplo é a falta de escala de produção. Levando-se em conta a grande quantidade de modelos produzidos no País, a média brasileira é de 30 mil unidades ao ano por modelo. Nos EUA é de 110 mil, no México de 90 mil e na Alemanha de 80 mil. Segundo Custódio, o investimento em um novo carro é muito alto e, sem escala produtiva, pode ser inviável.

Outro fator citado por ele é a urgente necessidade de recuperação do parque de fornecedores, que passa por grandes dificuldades e muitas empresas estão quebrando ou entrando em recuperação judicial. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


A SAÚDE DA MULHER É MAIS FRÁGIL DO QUE A DO HOMEM



Com pneumonia, Hillary Clinton cancela viagem à Califórnia

Agência Brasil 






Hillary Clinton em campanha para disputar as eleições presidenciais pelo partido Democrata norte americano

A candidata do Partido Democrata à presidência dos Estados Unidos, Hillary Clinton, cancelou uma viagem ao estado da Califórnia para participar, hoje (12) e amanhã, de eventos com o objetivo de angariar fundos a fim de fortalecer sua campanha. O cancelamento ocorreu depois que Hillary Clinton se sentiu mal, durante uma cerimônia ontem (11) em Nova York, que lembrava as vítimas dos ataques terroristas em 11 de setembro de 2001.
Ela teve que sair às pressas do local. Um vídeo exibido nas redes sociais mostra que, depois que saiu da cerimônia, a candidata aparentemente se desequilibrou e só não caiu porque foi amparada por agentes de segurança ao entrar em um carro.
Horas depois da exibição do vídeo, a médica da candidata, Lisa Bardack, disse - em comunicado - que Hillary foi diagnosticada com pneumonia na sexta-feira (9). A coordenação da campanha não explicou por que o diagnóstico de pneumonia não foi divulgado antes da cerimônia de ontem. A falta de uma explicação sobre o real estado de saúde de Hillary Clinton está  provocando um questionamento sobre a transparência das informações relacionadas ao estado de saúde dos candidatos dos dois principais partidos norte-americanos. Tanto Hillary, de 68 anos, quanto Donald Trump, de 70 anos, este representando o Partido Republicano, são os dois candidatos mais velhos da história dos Estados Unidos, em eleições presidenciais.
Os jornalistas já tinham percebido, durante um encontro com Hillary, no início da semana, que a candidata estava com sintomas de gripe. Nesse encontro, no estado de Ohio, ela chegou a interromper a conversa durante vários minutos devido a uma tosse insistente.
No comunicado sobre a saúde de Hillary, a médica Lisa Bardack mencionou a tosse como decorrente de uma alergia e afirmou que a candidata precisava "descansar e modificar sua agenda". E acrescentou que ela também estava "superaquecida e desidratada". Lisa concluiu, no documento, que Hillary já estava "se recuperando bem".
Apesar de o comunicado da médica falar em recuperação, a saída apressada de Hillary Clinton da cerimônia de ontem está levantando perguntas nos meios políticos sobre a real capacidade da candidata democrata de enfrentar o maior desafio da corrida eleitoral, que são as atividades dos últimos dois meses. Uma dessas atividades é o debate político, a ser transmitido ao vivo pela televisão. Um desses debates está previsto para o fim deste mês. Trump tem repetidamente questionado, nos últimos meses, a saúde de Hillary. Segundo ele, a candidata "está esgotada" e sem resistência.

ORAÇÃO PROFÉTICA DE UM PASTOR DOS EUA

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