sexta-feira, 26 de agosto de 2016

NOTÍCIAS DIVERSAS



O dia D – de Dilma e Despedida

Coluna Esplanada 



São previsíveis os momentos de constrangimento durante o depoimento da presidente afastada Dilma Rousseff no plenário do Senado, na segunda-feira, cujo processo se inicia hoje. Um deles será durante as perguntas de ex-ministros dos governos do PT, hoje no front de Michel Temer, chamado de golpista. Em resposta aos ex-aliados, a petista já guarda a expressão “Me admira você”. Ela vai levar um dossiê, em papel e na memória, contra cada um dos senadores que lhe viraram as costas.
Dia A, de Agripino
Para Agripino Maia (DEM-RN), a tese de golpe bradada por Dilma caiu por terra. “Só de ela vir fazer a defesa frente ao presidente do STF legitima o processo”.
Ela deu aula
Agripino não engoliu a resposta de Dilma em 2009 no Senado, então candidata ao Planalto, que o deixou mal, ao perguntar por que ela mentiu ao ser torturada na ditadura.
Poliana petista
O senador Paulo Paim (PT-RS) aponta que o discurso de Dilma será decisivo para “derrubar o impeachment”. “Grande parte dos senadores que a julgam responde processos e há até três meses estavam dentro do Palácio usufruindo do Governo dela”.
Vale-Fé
O senador Jorge Viana (PT-AC) recorre à fé ao afirmar que não é “impossível” conseguir seis votos para derrubar o impeachment no plenário. “Temos que acreditar até o último momento que essa marcha da insensatez possa ser interrompida”, profetiza.
Chumbo grosso
Seis aliados do presidente Michel Temer foram escalados para elevar o tom das perguntas à presidente afastada. Cássio Cunha (PSDB), Agripino Maia (DEM), Aloysio Nunes (PSDB), Aécio Neves (PSDB), Simone Tebet (PMDB) e Ana Amélia (PP).
Tropa com Moro
O Exército do Brasil vai conceder ao juiz federal Sérgio Moro a Medalha do Pacificador, sua maior honraria. Decisão publicada na Portaria nº 946, de 4 de agosto.
Linha de chegada
O ministro Eliseu Padilha está irritado com o jogo mole de diretores da Autoridade Pública Olímpica (APO), apadrinhados do PT, que insistem em ficar no cargo. Padilha deu prazo de 30 de agosto para a turma entregar os cargos e evitar constrangimentos. Marcelo Calero, da Cultura, vai assumir a APO, acumulando funções.
Volta pra casa
Alguns funcionários cedidos pela Caixa, segundo levantou a Casa Civil, correspondem a 30% dos custos da folha. Todos voltarão às suas funções no banco. Os salários passam de R$ 21 mil, mais os benefícios.
Polícia Montada
O departamento de combate a narcóticos da Polícia Civil de Goiás tem uma Range Rover novinha e ‘envelopada’. É dirigida por quatro delegadas. Mas calma, cidadão, é para bom uso. Foi apreendida numa operação e está cedida pela Justiça.
Efeito contrário
Pesquisa encomendada pelo Fórum Nacional Contra a Pirataria e a Ilegalidade (FNCP) mostra que 70% dos paulistas são contra o aumento de impostos de cigarro. Mais da metade acredita que elevar a carga tributária impulsiona o contrabando.
#magoei
O senador José Reguffe (sem partido) anda chateado com a operação da Polícia na Câmara do DF. “Tem que mudar; colocar lá quem realmente seja dedicado à política”, diagnostica Reguffe.
e-webtv
A Coluna reestreia amanhã a e-webtv, direto de nosso novo estúdio em Brasília, com vista para a Esplanada. Serão entrevistas para plataformas digitais (sites, smartphones, tablets, mobile media) com entrevista com autoridades, políticos, empresários, artistas.
Era digital
Os programas da e-webtv terão até 8 minutos, veiculados na TV UOL, no nosso canal no Youtube, e distribuídos para o site dos 30 jornais parceiros em 24 Estados.
Ponto Final
“Não vamos aceitar proselitismo nem que ela (Dilma) transforme o Senado em palanque”
Do líder do PSDB no Senado, senador Cássio Cunha Lima (PB).

A JUSTIÇA BRASILEIRA PENDE MAIS PARA UM LADO DO QUE PARA O OUTRO



Será preciso uma Lava Jato nas delações da Lava Jato?

Orion Teixeira 




Se a suspensão da delação premiada da empreiteira OAS provocou tanta polêmica e até indignação entre os sábios da lei, imaginem em nosso meio, leigo e ainda crente nas instituições? A decisão do procurador geral da República, Rodrigo Janot, tomada sob a influência de vazamento de nomes poderosos, põe em risco toda a operação feita até agora sob o codinome Lava Jato. Há cerca de dois anos, consumimos diariamente vazamentos de delações que sequer haviam sido homologadas pela Justiça. Agora, o procurador geral disse que isso contraria a lei.
É preciso que eles, os de notável saber, se entendam porque, se o país está sendo passado a limpo, não pode haver incoerência do tamanho que a decisão sugeriu. Se a delação do ex-presidente da OAS Léo Pinheiro não serve mais por ter sido vazada - e pelo que se viu citou um ministro do Supremo Tribunal Federal (Dias Toffoli), ainda que sem indícios de delito -, como ficam as outras confissões? Vazamento, gotejamento ou delação, o que está valendo no mundo da lei, de sua interpretação e do foro privilegiado?
O ministro Gilmar Mendes (STF) soltou os cachorros contra o vazamento com o nome do colega, mas considerou normal quando divulgaram conversa telefônica da presidente afastada Dilma Rousseff com o ex-presidente Lula (ambos do PT). Reação semelhante envolveu a revelação dos áudios das conversas do ex-presidente José Sarney e do presidente do Senado, Renan Calheiros (ambos do PMDB), com o autor dos grampos, o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, quando este ainda negociava confissão premiada. Vazaram até o pedido de prisão deles. Agora, antecipam que a delação da OAS deverá ir para o Paraná, onde só os sem foro poderão ser citados, com vazamento ou sem. Quem tiver o privilégio do foro e for mencionado volta para o conforto de Brasília.
Passamos dois anos, assistindo aos vazamentos divulgados, antes da homologação, com exclusividade pelo Jornal Nacional. As revelações do empresário Bené (Benedito de Oliveira) contra o ex-amigo e ex-aliado governador Fernando Pimentel (PT) foram igualmente publicizadas antes de aceitas pelo Superior Tribunal de Justiça. Desde que foi ventilada, alguém sentou em cima da tentativa de delação do ex-empresário mineiro Marcos Valério. Desse jeito, alguém poderá lançar suspeição sobre os atos de Janot ou do juiz federal Sérgio Moro. Ou então, podem até fazer uma Lava Jato da Operação de mesmo nome.

DILMA FARÁ COMÍCIO NO SENADO



Além de Lula, Dilma trará comitiva de 35 pessoas para o Senado

Estadão Conteúdo 




Julgamento da presidente está marcado para o dia 25 de agosto

Além do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, uma comitiva de cerca de 35 pessoas deve acompanhar a presidente Dilma Rousseff na segunda-feira, 29, quando ela virá ao Senado apresentar a sua defesa no processo de impeachment.

A lista é composta principalmente por ex-ministros do governo da petista, como Jaques Wagner, Aloizio Mercadante, Ricardo Berzoini, Miguel Rossetto, Patrus Ananias, Aldo Rebelo, Izabela Teixeira e Eleonora Menicucci.

Nesta quinta-feira, 25, o senador Humberto Costa (PT-PE) disse que Lula estava disposto a acompanhar o depoimento da afilhada política. O ex-presidente consta na lista dos nomes enviada para o Senado.

A equipe de Dilma pediu uma sala reservada, para ela poder se reunir com seus aliados e se preparar para a audiência. Auxiliares do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmaram que uma sala ao lado do gabinete do peemedebista está sendo preparada para receber a presidente afastada.

Dilma deve permanecer na sala antes do início da sessão, previsto para as 9h. O Senado vai providenciar um café da manhã, com pães, sucos e água de coco. Também será servido um almoço, caso o depoimento dela se estenda até mais tarde.

A petista terá 30 minutos para fazer uma exposição inicial e depois poderá ser interrogada pelos 81 senadores. Cada um terá cinco minutos para fazer perguntas, mas não há limite de tempo para as respostas da presidente afastada.

ÂNIMOS EXALTADOS NO IMPEACHMENT DE DILMA



Bate-boca e ofensas marcam primeiro dia da sessão sobre afastamento de Dilma

Da Redação Jornal Hoje em Dia 



PROVOCAÇÕES – Ronado Caiado disse que Lindbergh Farias deveria fazer exame “antidoping” e não ficar “cheirando”

No primeiro dia do julgamento final do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff, os ânimos estavam exaltados no Senado. A sessão na manhã de ontem, dedicada a discutir questões de ordem apresentadas pelos senadores, foi marcada por bate-boca entre os parlamentares e teve que ser suspensa. O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, responsável por conduzir o processo, negou todos os dez questionamentos apresentados por aliados da petista. A principal testemunha da acusação, um procurador do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), foi ouvida apenas como informante e afirmou que Dilma cometeu crime de responsabilidade.
Em jantar na noite de quarta-feira, o presidente do Senado, Renan Calheiros, informou ao presidente interino Michel Temer que o processo pode ser concluído na madrugada da próxima terça-feira, um dia antes do estimado em cronograma fechado na semana passada. A hipótese atende ao desejo do chefe do Executivo, que pretende viajar na noite do dia 30 para a China, para participar de reunião do G-20, já como presidente efetivo. No entanto, Lewandowskidisse que o processo “tem prazo para começar, mas não tem para terminar”.
Tumulto
A sessão na manhã de ontem começou às 9h33, com pouco mais de meia hora de atraso. O momento mais tenso ocorreu depois de a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) acusar os pares de não terem “moral” para julgar a presidente afastada. A crítica causou reação e fez o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) disparar contra o marido de Gleisi, o ex-ministro Paulo Bernardo, que chegou a ser preso em uma operação da Polícia Federal. “Eu exijo respeito. Eu não sou assaltante de aposentado”, disse.
Senadores do PT reagiram, chamaram o democrata de “canalha” e pediram respeito ao PT. Durante o bate-boca, Caiado chegou a dizer para o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) fazer exame “antidoping” e não ficar “cheirando”. Após o fim do bate-boca, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) pediu “serenidade” aos colegas para que o julgamento pudesse continuar. Senadores ainda protestaram contra o tom usado por Gleisi.
Vergonha nacional
Ontem, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva classificou como “semana da vergonha nacional” o início do julgamento do impeachment.“Estou envergonhado de perceber que o Senado está discutindo a condenação de uma pessoa inocente”, disse Lula, que questionou a legitimidade do julgamento.

Informante usou rede social
em campanha pró-impeachment

Após o intervalo da sessão para o almoço, Ricardo Lewandowski aceitou o pedido feito pelo advogado de Dilma, José Eduardo Cardozo, para que o procurador do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), Júlio Marcelo de Oliveira, fosse ouvido apenas como informante e não mais como testemunha.
Cardozo levantou suspeição do procurador por ter atuado como “militante político” da causa. Ele teria usado página pessoal em uma rede social convocando um ato em favor do processo de impeachment.
Oliveira disse na tarde de ontem que a presidente afastada violou a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que estabelece que os decretos só podem ser abertos mediante autorização do Congresso, órgão competente para autorizar os gastos da União. Ele acrescentou que o TCU determinou que os decretos precisam ser compatíveis com a meta fiscal em vigor, o que também não foi observado por Dilma. Oliveira chamou também as ações do governo Dilma de um “grande plano de fraude fiscal”.
Na condição de testemunha de acusação, o auditor federal de Controle Externo do TCU, Carlos Costa D’Ávila Carvalho Júnior, começou a depor por volta das 22 horas de ontem. Em relação às pedaladas fiscais, ele afirmou que “o dano ao erário que não é desprezível, é muito grande”.
Estavam previstas para serem ouvidas ontem ainda duas testemunhas de defesa, o economista Luiz Gonzaga Belluzzo e o consultor jurídico Geraldo Mascarenhas. O julgamento deve ser retomado hoje às 9 horas. A expectativa é de que o processo termine na próxima quarta-feira, dia 31 de agosto.

Temer diz que processo é coisa ‘natural na democracia’
O presidente interino, Michel Temer, negou ontem que esteja nervoso com a fase final do processo de impedimento da presidente afastada, Dilma Rousseff, e afirmou que o impeachment é “uma coisa tão natural na democracia”.
Na história do país, contudo, houve apenas a abertura de dois processos de impeachment pelo Congresso Nacional: do ex-presidente Fernando Collor de Mello, que renunciou ao cargo, e agora de Dilma Rousseff.
A afirmação do peemedebista foi feita após cerimônia de acendimento da tocha paraolímpica, no Palácio do Planalto.
Em entrevista à imprensa, o presidente interino foi questionado se estava nervoso com a última etapa do processo de impeachment.“Imagine. É uma coisa tão natural na democracia”, disse.
Na quarta-feira, o peemedebista já havia negado nervosismo e indicou estar seguro de que já tem os votos necessários para que assuma definitivamente o comando do Palácio do Planalto.
Apesar de trabalhar intensamente pela aprovação do impeachment, e nos bastidores contar com um apoio maior do que os 54 votos necessários, o peemedebista nunca havia explicitado a certeza da vitória antes.
A expectativa do Planalto, nos bastidores, é ter até 63 votos pelo impeachment –quatro a mais em relação à votação que deu aval para o julgamento da petista.
Para chegar a esse placar estimado, o governo tem trabalhado, por exemplo, para conseguir o apoio do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e dos senadores Otto Alencar (PSD-BA) e Elmano Férrer (PTB-PI). O primeiro não votou e os dois últimos se posicionaram contra o afastamento.

Cantando vitória
Um dos principais aliados do presidente em exercício, Michel Temer, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) já está cantando vitória sobre o resultado do processo do impeachment.
Segundo o senador, o número de votos contra Dilma aumenta a cada votação no Senado. “O jogo está definido com a consciência do povo brasileiro. A cada votação, ampliamos a vantagem e o número dos parlamentares que apoiam o impeachment é maior. Os senadores representam os seus Estados e sabem o que pensam, que querem a saída de Dilma. Nós vamos ter no final um resultado exemplar mostrando que o Brasil quer mudar, que queremos um Brasil diferente desse que o PT deixou”, afirmou.



AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

  Brasil e Mundo ...