quarta-feira, 24 de agosto de 2016

CASSADA CONDECORAÇÃO DE DOIS CORRUPTOS



Aeronáutica cassa condecoração de Dirceu e Genoino
Estadão Conteúdo




O comando da Aeronáutica decidiu cassar a condecoração concedida ao ex-ministro José Dirceu e ao ex-presidente do PT José Genoino, condenados no julgamento do mensalão. A decisão, assinada pelo comandante Nivaldo Rossato, foi publicada no último dia 18 no Diário Oficial da União e atendeu a um pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

Os dois tiveram as condecorações suspensas com base em um decreto de 2000, assinado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), que exclui das honrarias aquelas pessoas foram condenados em qualquer foro ou que tiverem seus direitos políticos perdidos ou suspensos.

Dirceu perdeu o grau de grande-oficial. E Genoino, de comendador. Em julho, a Marinha já havia retirado condecorações de ambos e de outros três ex-deputados condenados no mensalão: João Paulo Cunha (PT-SP), Roberto Jefferson (PTB-RJ) e Valdemar Costa Neto (PR-SP).

Após receber o aval para cumprir a pena do mensalão em casa, Dirceu voltou a ser preso por conta das investigações da Operação Lava Jato. Em maio deste ano, ele foi condenado a 23 anos e três meses de prisão pelos crimes de lavagem de dinheiro, corrupção ativa e organização criminosa pela participação no esquema de corrupção da Petrobras.

Genoino, por sua vez, foi condenado por corrupção ativa no mensalão e a uma pena de quatro anos e oito meses de prisão. Ele foi preso em 15 de novembro de 2013. No ano passado, recebeu perdão judicial com base no benefício do indulto de Natal aprovado pela presidente afastada Dilma Rousseff.

TERREMOTO OCORRIDO HOJE NA ITALIA



Terremoto na Itália deixou ao menos 38 mortos, dizem autoridades locais

Agência Brasil 






Equipe de busca procura por possíveis sobreviventes na região de Amatrice, centro da Itália
Subiu para 38 o número de mortos no terremoto desta quarta-feira (24) na Itália. Do total, 28 se dividem entre as cidades de Amatrice e Accumoli, no Lazio, e 10 são de Arquata del Tronto, em Marcas. As informações são da Agência Ansa.
Vinte solicitantes de refúgio abrigados em uma estrutura em Monteprandone, na região de Marcas, partiram para trabalhar como voluntários em Amandola, uma das cidades da Itália atingidas pelo terremoto.
"Foram eles que pediram para dar uma mão neste momento trágico para a região que os abriga", afirmou Paolo Bernabucci, dirigente do Grupo de Solidariedade Humana, órgão criado para atender milhares de pessoas que pedem refúgio quando entram no país todos os anos.
A Itália é um dos principais focos da crise migratória que afeta a Europa, resgatando todos os dias dezenas de pessoas de embarcações superlotadas no Mar Mediterrâneo. Os imigrantes que se disponibilizaram para ajudar em Amandola são todos do norte da África.
O presidente da Itália, Sergio Mattarella, afirmou que o país passa por um "momento de dor e de apelo à responsabilidade comum". "O meu primeiro pensamento vai às vítimas desse devastador sismo que atingiu parte do território nacional", disse ele.
  
Além disso, ele destacou que é preciso "usar todas as forças" para salvar vidas, curar feridos e oferecer as melhores condições possíveis aos desabrigados. "Depois, será necessário um rápido esforço para garantir a reconstrução dos centros destruídos e a retomada das atividades produtivas", finalizou Mattarella.


Amatrice soma 35 mortos
É de pelo menos 35 mortos o balanço do terremoto de hoje (24) em Amatrice, na região italiana de Marcas. O número foi confirmado pela agência Ansa.
  
A cidade está literalmente dividida em duas, e os corpos estão distribuídos por dois pontos distintos. No norte do município, estão 14 deles. No sul, uma escola abriga 21. Com isso, o número total de vítimas do sismo chegaria a 56, incluindo os 11 de Accumoli e os 10 de Arquata del Tronto.



             Mapa mostra o epicentro do terremoto, de 6,2 magnitude, que atingiu o centro da Itália

Igreja doa 1 milhão de euros
A Conferência Episcopal Italiana (CEI) determinou a imediata destinação de 1 milhão de euros (R$ 3,66 milhões) para as operações de socorro nas áreas atingidas pelo terremoto na Itália.
O dinheiro será usado para cobrir necessidades especiais e primeiras emergências. A entidade também fará uma arrecadação em todas as igrejas do país em 18 de setembro, quando acontece seu 26º Congresso Eucarístico.

APROVAÇÃO DE CRÉDITOS SUPLEMENTARES PELO CONGRESSO



Congresso aprova PL que abre crédito suplementar de R$ 28,069 milhões

Estadão Conteúdo




A resistência dentro do próprio Congresso emperra a votação de uma reforma política consistente

Em mais uma tumultuada sessão do Congresso Nacional, deputados e senadores aprovaram um Projeto de Lei (PL) que abre crédito suplementar de R$ 28,069 milhões.
Os congressistas evitaram inverter a pauta para votar a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) após os vetos, já que precisavam também aprovar os créditos suplementares e ficaram com medo de um esvaziamento da sessão.
Neste momento, os parlamentares apreciam a matéria que abre aos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social da União, em favor de diversos órgãos do Poder Executivo, crédito especial no valor de R$ 10,560 milhões. Em seguida, o PL 5 abre crédito suplementar de R$ 1,908 bilhão para reforçar dotações constantes da LOA de 2016.
A ideia é que outros créditos sejam aprovados para que, em seguida, a LDO passe a ser discutida. O presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), disse nesta terça que o projeto já tem 16 destaques.

Para agilizar a votação, há uma expectativa de que esses destaques sejam votados em gloco, ou seja, de uma só vez.


BRIGA NA JUSTIÇA BRASILEIRA



Gilmar Mendes diz que proposta defendida por Moro é coisa de 'cretino'

Folhapress
Hoje em Dia - Belo Horizonte




Ministro Gilmar Mendes

O ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), afirmou nesta terça (23) que integrantes do Ministério Público Federal devem "calçar as sandálias da humildade". Classificou ainda de "cretino" quem criou proposta de combate à corrupção defendida pelo juiz Sergio Moro e pelo coordenador da Lava Jato no Paraná, o procurador Deltan Dallagnol.
"É aquela coisa de delírio. Veja as dez propostas que apresentaram. Uma delas diz que prova ilícita feita de boa fé deve ser validada. Quem faz uma proposta dessa não conhece nada de sistema, é um cretino absoluto. Cretino absoluto. Imagina que amanhã eu posso justificar a tortura porque eu fiz de boa fé", disse o ministro.
Mendes refere-se ao pacote de projetos de lei entregue ao Congresso por integrantes do Ministério Público Federal em março com mais de dois milhões de assinaturas de apoio. O pacote propõe a adoção de novos instrumentos de investigação para combater a corrupção. Um dos principais entusiastas das chamadas "dez medidas contra a corrupção" é o procurador Deltan Dallagnol.
Um dos tópicos do texto flexibilizaria a utilização de provas obtidas ilicitamente, desde que não haja má fé por parte do investigador que a colheu. A proposta em questão tem apoio de Sergio Moro, responsável pela Lava Jato. O magistrado saiu em defesa da medida, por exemplo, quando participou de audiência na Câmara, no último dia 4.
Assim como disse à Folha de S.Paulo, Mendes voltou a criticar a decisão do Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, de suspender as negociações de um acordo de delação premiada com ex-executivos da empreiteira OAS após vazamento de detalhes confidenciais.
"Não acho que seja o caso suspender a delação ou prejudicar quem esteja disposto a contribuir à Justiça. Tenho impressão de que estamos vivendo momento singular [...] Depois, esses falsos heróis vão encher os cemitérios, a vida continua", afirmou o ministro.
Na opinião de Mendes, os investigadores foram os responsáveis pelo vazamento de informações publicadas pela revista "Veja" revelando que o ministro do STF Dias Toffoli foi mencionado em depoimento de Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS.
"E as investigações do vazamento daquelas prisões preventivas, onde estão? Já houve conclusão? O resumo da ópera é: você não combate crime cometendo crime. Ninguém pode se achar o 'o' do borogodó. Cada um vai ter seu tamanho no final da história. Um pouco mais de modéstia, calcem as sandálias da humildade", criticou Mendes, referindo-se aos investigadores.

Parlamentares criticam decisão da PGR de suspender delação da OAS após vazamento

Estadão Conteúdo




Grupo formado pelo procurador-geral, Rodrigo Janot, avançou em denúncias contra 13 pessoas

Parlamentares da oposição e da base aliada do presidente em exercício, Michel Temer, criticaram nesta terça-feira (23) a decisão do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de suspender as negociações do acordo de delação premiada do ex-presidente da OAS Léo Pinheiro e de outros executivos da empreiteira.

Janot determinou a suspensão após vazamento de informações sobre conversas entre Pinheiro e os investigadores da Operação 'Lava Jato', citando o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli. No fim de semana, a revista Veja revelou que Toffoli é citado na proposta de delação do ex-dono da empreiteira.

"Essa decisão leva o brasileiro a entender que a cidadania é diferente para todos. Quem deveria estar dando o exemplo não está", criticou o líder do PSB na Câmara, deputado Paulo Foletto (ES). Para o parlamentar, o Judiciário deveria, "no mínimo", ter checado se procede o envolvimento de Toffoli, antes de suspender as negociações da delação.

"Se eu for citado, serei investigado. Por que um ministro do STF também não pode?", afirmou. Foletto disse que a suspensão determinada pela PGR deixa o caso sem conclusão. "Se a cidadania é normal para todo mundo, deveria investigar. Se a cidadania é igual para todo mundo, é de se estranhar a suspensão da delação", acrescentou.

O líder do DEM na Câmara, deputado Pauderney Avelino (AM), também considerou a decisão da procuradoria "controversa". "É uma coisa meio controversa. Como ficarão as outras delações? Como fica a delação da Odebrecht (que teve alguns trechos da negociação vazados)?", afirmou o parlamentar.

Investigado no âmbito da Operação Lava Jato, o líder do PP na Câmara, deputado Aguinaldo Ribeiro (PB), também cobrou tratamento isonômico para todos os citados. "Por que quando vaza informação contra políticos não suspende e com ministros do STF suspende?", questionou.

O deputado Wadih Damous (PT-RJ) afirmou que pretende convidar o procurador-geral da República a vir à Câmara explicar a suspensão das negociações de delação. "Não achei correta a decisão dele. Não havia por que suspender", disse o petista, que é bastante próximo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Damous também criticou o que chamou de "indignação seletiva" do ministro do STF Gilmar Mendes, que criticou o vazamento das informações sobre Toffoli e acusou a PGR de ter vazado. "Ele não pode se indignar apenas quando são os amigos dele", disse. Janot classificou de "especulação" a acusação de que o MP vazou termos do acordo de delação da OAS.

O vazamento das informações do acordo de delação da OAS deixou Janot muito incomodado, segundo fontes ligadas à PGR. Para integrantes do Ministério Público, a divulgação das informações soa como uma tentativa de pressionar a instituição a celebrar o acordo, que pode beneficiar Léo Pinheiro.

A delação de Léo Pinheiro tem sido uma das negociações mais complicadas na Lava Jato, mas nas últimas semanas a negociação avançou após a assinatura de um acordo de confidencialidade entre as partes. Agora, com a suspeita de quebra de sigilo, as tratativas foram interrompidas.

AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

  Brasil e Mundo ...