quinta-feira, 11 de agosto de 2016

AMOR PRÓPRIO



Você está satisfeito com as suas condutas?

Simone Demolinari 



“Eu sei exatamente o que devo fazer, mas algo me trava e não consigo sair do lugar”.

Essa é uma frase comum de se ouvir no consultório. Muitas pessoas buscam ajuda profissional, não para saber o que devem fazer, já que isso elas geralmente sabem. O que realmente lhes falta é a proatividade para ação. Sabem que estão agindo de maneira inadequada, mas simplesmente não conseguem alterar a rota de suas condutas.

Equívocos grosseiros em relação à administração da vida pessoal destoam da inteligência, levando o indivíduo a degustar um grande sofrimento, sentindo-se estagnado frente a uma situação, que em tese, é solucionável.

Um bom exemplo é alguém que quer perder peso. Esta pessoa sabe exatamente onde exagera na comida e quando perde o controle. Sabe também que precisa se exercitar, ter disciplina e honrar com o que combina consigo mesma. Porém, não consegue colocar em prática o que tem em mente.
Da mesma forma são os fumantes que gostariam de largar o vício. Eles vivem com a ideação, mas sempre deixam para depois. Assim como aqueles que vivem relacionamentos doentios. Eles sabem que precisam ter uma postura mais firme em favor de si próprios, mas não conseguem se impor.

O sujeito que tem consciência daquilo que deveria ser feito, mas não o faz, vive angustiado. A sensação de derrota o consome. Alguns chegam até tentar, mas desistem frente aos obstáculos. Outros, após acumularem tentativas frustradas, entram num estágio de desesperança e “jogam a toalha”, não confiam mais na sua capacidade de virar o jogo e desistem de vez. Há também aqueles que, de tão descrentes de si, terceirizam para o plano espiritual aquilo que deveria fazer, e vivem à espera de um milagre.

Mas afinal porque algumas pessoas conseguem agir, enquanto outras permanecem paralisadas?

Isso se deve ao nível de Inteligência Emocional (IE), popularmente chamada de “força de vontade”. Quanto mais próximos estiverem os sentimentos, razão e emoção, mais inteligente emocional é o indivíduo e mais solucionador ele se torna.

É importante salientar que há um forte vínculo entre amor próprio e IE. Indivíduos inteligentes emocionais não tem apetite para autodestruição. Simplesmente agem. Por mais complexo que pareça ser, eles jamais estacionam na zona de sofrimento.

Já aqueles com menos amor por si, fazem uma espécie de pacto com a dor. Acostumam com o que é ruim e como forma de alívio usam a lamentação.

O nível de amor por si faz toda a diferença entre agir ou estagnar. Este é um jogo interno no qual não é possível trapaça.

Amor próprio não se adquire através de frases de auto ajuda, lições de moral forjadas, ou discursos proferidos da boca para fora. Amor próprio se consegue construindo um código de valores interno e agindo de acordo com ele. Fazer boas escolhas, ser fiel a si e afastar o que é prejudicial é fundamental. Psiquicamente falando, você é o que você sente!


quarta-feira, 10 de agosto de 2016

MICHEL TEMER NÃO TEM NADA A TEMER



"Correu tudo conforme o esperado", diz Temer

Estadão Conteúdo 






O presidente em exercício assistiu, de seu gabinete, a sessão que tornou ré a presidente afastada Dilma Rousseff

O presidente em exercício, Michel Temer, assistiu em seu gabinete, no Palácio do Planalto, à sessão do Senado que decidiu, na madrugada desta quarta-feira, tornar ré, no processo de impeachment, a presidente afastada Dilma Rousseff.

"Correu tudo conforme o esperado", disse Temer, no terceiro andar do Planalto, com seu habitual tom comedido. Ao seu lado, o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, lembrou que, mais uma vez, suas estimativas chegaram bem perto do resultado da votação. Padilha previu de 58 a 60 votos a favor do parecer do relator, Antonio Anastasia (PSDB-MG) - o resultado final marcou 59 a 21.

"É que aqui existe articulação política", disse Padilha, numa crítica velada à gestão de Dilma. "O presidente Michel Temer sempre falou com deputados e senadores e continua falando. A grande marca desse governo é a pacificação."



Diante do avanço do processo de impeachment, Temer manterá a programação da viagem para a China. Ele pretende participar da cúpula do G-20, nos dias 4 e 5 de setembro, em Hangzhou. "Nós confiamos nos senadores, que têm, literalmente, correspondido às expectativas", disse Padilha.

O presidente em exercício só deixou o Planalto por volta de 2h30, depois que a sessão do Senado terminou.

OUTRO EX-PRESIDENTE CORRE SÉRIO RISCO DE SER PRESO



O ex-presidente preso

Manoel Hygino 



Amaury Brandão, lá de Pouso Alegre, há muito tempo, lembrou que o primeiro presidente de nossa “república rocambolesca” a ser preso, foi Hermes da Fonseca, por ordem de Epitácio Pessoa. Para Leôncio Basbaum, os primeiros anos da nova forma de governo se transformaram em “verdadeira comédia de absurdos, que começou com a própria proclamação”.
O primeiro desses absurdos: existia um Partido Republicano, mas não foi este que proclamou a República – “Quem o fez foi o exército que, em seu conjunto, não era republicano. Este o segundo dos absurdos”.
O “Correio da Manhã”, em 15 de novembro de 1914, enfatizava: o Tesouro Nacional, “exausto e raspado até o fundo, se mantém, dia a dia, das migalhas de uma arrecadação decrescente, de experientes humilhantes e até de indelicadezas criminosas”.
Mais adiante afirmava: “O partido do presidente, vivendo do bafejo do governo, do qual tirava as vantagens mais necessárias à sua existência e ao exercício de sua força como agremiação poderosa, não hesitava em querer os maiores absurdos, nem o chefe do Estado em concedê-los”.
Os destinos do país se tornaram “joguete de uma meia dúzia”, não possuindo a nação “verdadeiramente um governo, mais um diretório de facção política, que a explora em benefício dos seus, sem olhar aos grandes interesses gerais”. Oitavo presidente do Brasil, de 1910 a 1914, Hermes fora ministro do Superior Tribunal Militar e Ministro da Guerra. Sobrinho do marechal Deodoro, proclamador da República, e gaúcho de São Gabriel, bacharel em Ciências e Letras, era um positivista não ortodoxo. Durante a revolta da esquadra, em 1893, comandou a defesa do governo Floriano, mas reprimiu a movimento dos marinheiros contra os castigos na Marinha, também a Revolta da Vacina, em 1904.
Enfrentou um período conturbado da história republicana. Quando na chefia do governo, perdeu a esposa Orsina, mas se casou em seguida com Nair de Tefé Von Hoonholtz, filha do Barão de Tefé, em cerimônia no Palácio Rio Negro, em Petrópolis. Um dos dois únicos militares a chegar ao Catete de forma direta e pelo voto (o outro, Dutra), foi o primeiro a usar a faixa presidencial.
Bem mais jovem, Nair era mulher de novas ideias, feminista, aproximou-se de segmentos populares, introduziu o “maxixe”, um novo ritmo e dança nos salões do Catete, causando reboliço nos meios sociais, culturais e artísticos. Caricaturista, publicava suas criações nos jornais cariocas.
Terminado o quatriênio, Hermes elegeu-se à presidência do Clube Militar em 1921 e envolveu-se na revolta militar do ano seguinte. Recusou auxílio vitalício, sendo preso em julho do ano seguinte no encouraçado “Floriano”. Seu filho e biógrafo anotou que, “após 14 longos e penosos meses”, voltou à liberdade, e viajou à Europa.
De retorno a Petrópolis, sofreu o primeiro ataque cardíaco. No segundo, em 9 de setembro de 1923, duas palavras finais: “Ai, que dor!”. Sua esposa recebeu ainda uma intimação do Estado maior do Exército para prestar depoimento, porém não atendeu. O Barão dispensou honras militares e foi sepultado à paisana.

TCHAU QUERIDA - NÃO TEM MAIS SALVAÇÃO



Por 59 votos a 21, Dilma vira ré no processo de impeachment

Agência Brasil
Hoje em Dia - Belo Horizonte





O Senado aprovou por 59 votos a 21, na madrugada desta quarta-feira (10) o relatório do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) que julga procedente a denúncia contra a presidente afastada Dilma Rousseff por crime de responsabilidade. Dilma agora vai a julgamento final pelo plenário do Senado.
O resultado da votação foi bastante próximo do esperado pelo governo do presidente interino Michel Temer. Integrantes do governo avaliavam que o governo teria cerca de 60 votos favoráveis pela admissão da pronúncia. Após a aprovação do texto, os senadores votaram três destaques propostos pelos senadores da oposição. O primeiro queria a retirada da denúncia da imputação de crime de responsabilidade por repasses não realizados ou realizados com atrasos pelo Tesouro Nacional ao Banco do Brasil, relativos à equalização de taxas de juros referentes ao Plano Safra, no exercício de 2015. O texto de Anastasia foi mantido por 58 votos a 22.
Os outros dois destaques estavam relacionados a decretos de créditos suplementares sem autorização do Congresso Nacional; o primeiro no valor de R$ 29,9 bilhões e o segundo de R$ 600 milhões. Os dois destaques foram rejeitados. O primeiro também por 58 a 22 e o segundo por 59 a 21.
Seguimento do processo
Acusação e defesa terão que apresentar, no prazo sucessivo de até 48 horas, respectivamente, o libelo acusatório e sua contrariedade, juntamente com até cinco testemunhas legais e mais uma extranumerária para cada uma das partes.
Pela parte da defesa de Dilma, José Eduardo Cardozo disse que vai utilizar as seis testemunhas. Já Miguel Reale Jr, advogado da acusação, comunicou que entregará em 24 horas o libelo acusatório e utilizará três testemunhas. A expectativa é que o julgamento final de Dilma ocorra no final do mês de agosto.
Com a decisão de hoje, Dilma vira ré no processo de impeachment. Na última etapa, após o depoimento das testemunhas, os senadores decidirão pela condenação ou a absolvição de Dilma. Na fase final, é preciso o voto de 54 dos 81 senadores para confirmar o impedimento. As sessões de julgamento devem ser agendadas a partir do dia 25 de agosto.

Argumentações
Falaram pela aprovação do parecer Simone Tebet (PMDB-MS) e Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) e, contra, os senadores Humberto Costa (PT-PE) e Jorge Viana (PT-AC). Para o senador Humberto Costa, o parecer é falho. “É absolutamente falho esse relatório no sentido de demonstrar que essas pedaladas fiscais possam representar crime de responsabilidade por serem operações de crédito. Por último, os decretos. Aqui já foi absolutamente demonstrado que o fato dos decretos terem sido editados, não houve alteração da meta fiscal, porque a meta fiscal se mede anualmente. E, no final do ano, ficou novamente comprovado que a meta foi cumprida”.
Em sua defesa do parecer, o senador Cassio Cunha Lima disse que o tema está sendo debatido, discutido e analisado há quatro meses. “Não serão em cinco minutos que vamos mudar a posição de nenhum dos senadores, de nenhuma das senadoras. Todos já estão com suas convicções firmadas, e a maioria já manifestada, há poucos instantes conclui pela prática do crime de responsabilidade, porque, sim, a presidente Dilma Rousseff cometeu crime de responsabilidade”.

AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

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