quinta-feira, 9 de junho de 2016

CAUSAS DA INFLAÇÃO NO BRASIL



As causas da inflação no Brasil
ADVFN


Entenda por que os preços sobem
Inflação é o aumento no nível de preços, que ocorre quando a média do crescimento dos preços de um conjunto de bens e serviços em um determinado período. É um fenômeno em que a maioria dos preços vai sendo reajustada com uma frequência mensal.
O aumento no nível dos preços pode ter uma causa monetária (impressão de dinheiro pelo governo), causas psicológicas (agentes ajustam o preço porque acham que outro também vai ajustar) ou uma causa real (um desajuste entre a oferta e a demanda por bens e serviços).
Os principais vilões da inflação são: Gastos Públicos, Cartéis, Custos de Produção, Produção em BaixaIndexação e Inércia.
Gastos Públicos
Veja o que acontece quando o governo gasta mais do que arrecada!
Há dois caminhos para os preços aumentarem:
O governo tende a aumentar os impostos para cobrir as despesas, repassando o custo para os consumidores. Os preços dos serviços e produtos finais sobem.
Ou, alternativamente, para pagar as contas, o governo imprime mais dinheiro. O volume de dinheiro é maior que a oferta de bens e serviços à venda. Com mais dinheiro em circulação, os preços tendem a subir.

Os gastos públicos no Brasil
A preocupação com os efeitos dos gastos públicos na economia é recorrente, sobretudo com os impactos deles sobre o crescimento econômico. A popula- ção espera melhor utilização dos recursos, pois existem limites para a expansão das receitas que financiam o aumento dos gastos per capita. Outra restrição importante ocorre nos países em processo de estabilização econômica, nos quais o ajuste fiscal é peça fundamental da política macroeconômica. Isso reforça a necessidade de aumento da produtividade dos gastos públicos.

Cartéis
Quando poucas empresas vendem um determinado produto, há sempre o temor delas se juntarem e combinarem preços mais altos ou restringirem a produção. Em ambas as situações, os preços tenderiam a subir.

Entenda o que é um cartel
Cartel é um acordo explícito ou implícito entre concorrentes para, principalmente, fixação de preços ou cotas de produção, divisão de clientes e de mercadosde atuação ou, por meio da ação coordenada entre os participantes, eliminar a concorrência e aumentar os preços dos produtos, obtendo maiores lucros, em prejuízo do bem-estar do consumidor.

Custos de Produção
Quando os custos de produção sobem, os preços dos produtos, obviamente, também subirão.
Em muitos casos, as empresas buscam empréstimos para viabilizar seus projetos. Se as taxas de juros subirem, os custos também tendem a subir.
Se o governo decide elevar a carga tributária, ou alterar as condições de determinada parceria público-privada ou acordo de concessão, o preço final dos produtos também aumenta.

Inflação de Custos
Inflação de custos é aquela que deriva de um aumento nos insumos utilizados na produção de um bem e que leva ao aumento deste. Por exemplo: imagine que por algum motivo qualquer, o preço do trigo tenha aumentado vertiginosamente no mercado internacional. Dado que o trigo brasileiro é importado, seu aumento impactaria diretamente os preços dos bens que o utiliza como matéria-prima. O pão francês, por exemplo. Cimento e Petróleo são outros bons exemplos de insumos que tendem a provocar inflação de custos.

Produção Baixa
Esta é basicamente uma consequência da lei da oferta e da procura.
Se as empresas produzirem menos que a demanda da população, os preços dos poucos bens produzidos, ou de serviços ofertados, tendem a subir. Isso ocorre por que o volume de dinheiro em circulação é superior à oferta de bens e serviço.
O consumidor com dinheiro na mão se dispõe a pagar mais pela mesma coisa.

Lei da Oferta e da Procura
Em economia, a Lei da Oferta e Procura, também chamada de Lei da Oferta e da Demanda, é a lei que estabelece a relação entre a demanda de um produto - isto é, a procura - e a quantidade que é oferecida, a oferta. A partir dela, é possível descrever o comportamento preponderante dos consumidores na aquisição de bens e serviços em determinados períodos, em função de quantidades e preços. Nos períodos em que a oferta de um determinado produto excede muito à procura, seu preço tende a cair. Já em períodos nos quais a demanda passa a superar a oferta, a tendência é o aumento do preço.


Indexação
O preço do aluguel e o valor de outros contratos sobem por conta da inflação passada. Os preços mais altos entram no cálculo da inflação do próximo período. Assim, podemos concluir que a inflação de hoje passa a ser o patamar inicial da inflação de amanhã.

Os índices inflacionários e a Indexação
O IPCA é considerado o índice oficial de inflação do país. O IGP-M é usado na correção de contratos de aluguel e tarifas de serviços públicos. O IGP-DI é parte da cesta que corrige os preços de telefonia. O INCC mede a evolução dos custos de construções habitacionais nas dezoito principais capitais de estados do país.



Inércia
Os preços dos bens e dos serviços tendem a subir por inércia quando a empresa ou o trabalhador passam a acreditar que haverá inflação. Para não ter sua margem de lucro diminuída, a empresa tende a aumentar os preços. Já o trabalhador, para não perder seu poder de compra, reivindica uma remuneração maior para o empregador. Resultado: inflação.

Inflação inercial no Brasil
No Brasil, na época da inflação elevada (hiperinflação) os contratos de diversos tipos tinham cláusulas de correção que eram auto aplicáveis. Isso gerou na população um comportamento inflacionário: transferia-se para o mês seguinte a taxa de inflação do mês passado mesmo que não houvesse pressões de demanda ou de custo. Por ter sido real a correção da inflação no período 1964-1984, da economia brasileira ocorreu o que se chamou pelos acadêmicos de economia na época, de "Milagre Econômico", com crescimentos reais significantes e positivos nesse período.

Principais indicadores de inflação do Brasil
No Brasil há diversos índices de inflação. Os diferentes índices utilizam em seus cálculos faixas de renda diferentes, regiões diferentes, itens diferentes e até períodos diferentes. Isso contribui para tornar mais segura a medição da inflação no país.
IPCA
IGP-M
IGP-DI
Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna
INPC
IPC-S
Índice de Preços ao Consumidor Semanal
IPC-Fipe
Índice de Preços ao Consumidor - Fipe
INCC


COMISSÃO DE IMPEACHMENT EM ANDAMENTO COM DIFICULDADES



Comissão do Impeachment encerra trabalhos após 14 horas e adia próxima sessão
Próximo encontro, que continuará a ouvir testemunhas de acusação, acontecerá na segunda-feira às 16h

por Leticia Fernandes






Uma das autoras do pedido de impeachment, a advogada Janaína Paschoal, troca impressões com o advogado de Dilma, José Eduardo Cardozo

BRASÍLIA - O presidente da Comissão do Impeachment no Senado, Raimundo Lira (PMDB-PB), cancelou a sessão que aconteceria nesta quinta-feira. Ela foi adiada para a tarde de segunda-feira, quando os senadores continuarão a ouvir testemunhas de acusação, indicadas pelos próprios parlamentares. A sessão que abriu as oitivas, e varou a madrugada, durou quase quinze horas - começou por volta das 11h45m de quarta-feira e terminou às 2h10m desta quinta.
A oposição, contrária ao impeachment, tentou por várias vezes suspender a sessão e continuá-la na próxima semana, mas Lira foi implacável e negou todos os pedidos.
O calendário aprovado no início da semana prevê para agosto a conclusão do processo, que pode aprovar o afastamento definitivo de Dilma Rousseff do cargo. Aliados do presidente interino Michel Temer já tentavam encurtar o cronograma, mas recuaram diante de protestos do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). A oposição, por outro lado, aposta em postergar o processo na tentativa de enfraquecer o governo
Foram ouvidos, durante a sessão, quatro testemunhas de acusação: Júlio Marcelo de Oliveira, procurador do Tribunal de Contas da União (TCU); Antonio Carlos Costa d’Ávila Carvalho, auditor do TCU; Adriano Pereira de Paula, coordenador-geral de operações de crédito do Tesouro Nacional, e Otávio Ladeira de Medeiros, secretário adjunto do Tesouro desde dezembro de 2015.

ACUSAÇÃO DE MACHISMO


O auditor do TCU Antonio Carlos Costa D’Ávila na comissão do impeachment  

Durante a madrugada desta quinta, a sessão chegou a ser suspensa por alguns minutos porque o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) disse que as senadoras Gleisi Hoffmann (PT-RS) e Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) estavam "ansiosas" em rebater o que ele falava, relativo a uma questão de ordem pedida por ele, e negada pelo presidente da Comissão. Como as críticas ao senador também estavam sendo feitas por parlamentares homens, elas criticaram o emprego da palavra e o uso da palavra no feminino, acusando-o de machismo.
— Por quê ansiosas, se aqui também tem homens? Machista! Machista — atacou Gleisi Hoffmann.
O senador preferiu não responder às críticas, feitas também por Lindbergh Farias (PT-RJ). Após alguns minutos de discussão, Raimundo Lira retomou a sessão.
Entre embates com senadores de oposição, o procurador Júlio Marcelo criticou o déficit fiscal deixado pelo governo Dilma e disse que isso se deve a um aumento de gastos "irresponsável". O procurador afirmou que houve um dolo que "grita aos olhos".
— Esse déficit fiscal atual decorre em parte desse aumento irresponsável de gastos. Se criou uma ilusão de que havia renda disponível para o estado, e não havia — disse o procurador, respondendo a questionamento da senadora Simone Tebet (PMDB-MS). — A omissão foi essencial para o plano de fraude fiscal. É um elemento que tem um dolo evidente, o dolo grita aos olhos.
O ex-ministro José Eduardo Cardozo, que defende Dilma, insistiu, em sua fala, que a presidente afastada não cometeu dolo pois assinou os decretos com base em pareceres do TCU.
— Pode ser que juridicamente vossa excelência tenha mais razões do que eu, mas quando um chefe do Executivo decide com base em pareceres, não tem dolo. E para crime de responsabilidade é necessário o dolo — disse Cardozo, respondendo ao procurador.
'BONECO LOUCO'
Um dos desentendimentos na comissão ocorreu quando a jurista Janaína Paschoal, uma das autoras do pedido de impeachment contra Dilma, fez perguntas ao procurador do TCU que fugiam do escopo da denúncia apreciada pelos parlamentares. Raimundo Lira alertou que a testemunha não poderia responder, e a oposição a criticou. Ainda assim, ela reagiu:
— A defesa tem medo de enfrentar o todo, mas eu não vou me calar. Não é que faltam crimes em 2015, é que sobram, se somar tudo — criticou Janaína.
O presidente da Comissão alertou a jurista:
— Isso é um tribunal jurídico, mas com conotação política. Outros assuntos podem ser abordados na fala, mas não podem ser dirigidas perguntas à testemunha. Gostaria que isso ficasse bem claro.
Em outro momento, quando Lindbergh Farias contraditava a testemunha, dizendo que o procurador havia distorcido sua fala, o senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO) chamou o petista de "boneco louco":
—- O senador que me antecedeu parece ser tão sabido, mas não passa de um boneco louco.
O petista evitou polemizar:
— Não vou responder a baixarias nem argumentos desqualificados.
'FRIO NA BARRIGA'
Segunda testemunha a ser ouvida pelos senadores, o auditor fiscal Antonio Carlos Costa D'Ávila disse que sentiu um "frio na barriga" quando constatou irregularidades cometidas pelo governo afastado, as pedaladas fiscais - atraso de repasses a bancos oficiais por parte do governo, obrigando as instituições a usarem recursos próprios para pagar benefícios como o Bolsa Família. Ele falou à comissão por mais de duas horas.
Respondendo a um questionamento do senador Ronaldo Caiado (DEM-GO), o auditor do TCU disse que não acreditou quando se viu "diante daquela situação".
— Eu não acreditava que estava diante daquela situação, de tal sorte que, ao receber os argumentos da outra parte, me dava um frio na barriga grande. Eu pensava: 'não é possível, eu devo estar errado' - contou a testemunha de acusação, que elogiou, durante a oitiva, a história do senador Lindbergh Farias e disse que trabalhou e "gosta muito" do ex-ministro Paulo Bernardo, marido de Gleisi Hoffmann.
— Mas, infelizmente, o que eu estava vivenciando era o cometimento de atos que, no meu ponto de vista, contrariavam os mais fundamentais, sensiveis e caros fundamentos da Lei de Responsabilidade Fiscal. Não fico feliz em ter encontrado esse conjunto de achados, mas enquanto a sociedade tiver me pagando um salário para exercer minha função, farei de tudo pra que a Lei de Responsabilidade Fiscal seja respeitada, um dos mais importantes pilares da nossa democracia — acrescentou D'Ávila.



COMO EXPORTAR? - NÃO TEMOS COMPETIVIDADE?



A única saída é exportar

José Antônio Bicalho 



O governo interino de Michel Temer, que tem cortado sistematicamente os subsídios oferecidos às indústrias durante os governos Lula e Dilma, enfrentará forte pressão dos setores exportadores para o retorno do Reintegra, o regime especial para recuperação dos impostos embutidos nos produtos exportados. De acordo com representantes da indústria, não existe qualquer perspectiva de retomada da produção neste ou no próximo ano via consumo interno. Por isso, fazem gestões para o estabelecimento de mecanismos e políticas de incentivo à exportação.

Empresários dos setores siderúrgico, automotivo e de máquinas e equipamentos, reunidos ontem e hoje no Congresso Brasileiro do Aço, que acontece em São Paulo, foram unânimes em apontar a exportação como única porta de saída para a crise. E, além do Reintegra, levantaram a necessidade de um câmbio mais favorável e estável, oferta de financiamento às exportações e juros compatíveis com os praticados internacionalmente.

A indústria pede, portanto, tudo o que o governo Temer e a nova equipe econômica sinalizam que não farão.Para financiar pesadamente as exportações, o governo precisaria de um BNDES capitalizado e ofertando juros, se não subsidiados, ao menos próximos aos custos de captação.
Mas, para contribuir para o acerto de suas próprias contas, o governo já anunciou que pretende retornar ao seu caixa R$ 100 bilhões em forma de adiantamento pelo BNDES das capitalizações feitas pelo Tesouro. E que a prática do juro subsidiado para segmentos considerados estruturantes está encerrada.

COMPETITIVIDADE
Jorge Gerdau Johannpeter, presidente do Conselho de Administração da Gerdau, foi sintético ao apontar o que precisa mudar: “Câmbio, tributo e custo do dinheiro”, disse. “O Reintegra não é benefício tributário. Esse pensamento precisa mudar. É isonomia competitiva com os outros países”, defendeu.
Marco Polo de Mello, presidente executivo do Instituto Aço Brasil, que representa as empresas siderúrgicas, lembrou que a produção de aço no Brasil voltou ao nível de 2007, um retrocesso de quase uma década, que a utilização da capacidade instalada das indústrias está atualmente em 59% e que o setor, que já havia demitido 30 mil trabalhadores, fechará este semestre com outros 11 mil demitidos.

Sem perspectiva de retomada no curto prazo do consumo interno de automóveis e eletrodomésticos, nem de reação das indústrias da construção civil e de máquinas e equipamentos, que juntos são responsáveis por mais de 80% do consumo de aço no país, fica claro que a única alternativa colocada hoje para a siderurgia seria, de fato, a exportação.

Mas não seria alternativa para alavancar a rentabilidade das empresas. Em função da depressão dos preços no mercado externo, exportar não significa lucro, mas apenas ocupação da capacidade instalada e geração de caixa. Tanto que nos primeiros cinco meses deste ano, as exportações de aço já cresceram 21,1%, para 4,471 bilhões de toneladas, mas a receita em dólar encolheu 25,7%, para US$ 2,711 bilhões. Pode não ser rentável, mas pelo menos mantém a roda da siderurgia girando, o que não é pouca coisa.

AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

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