quinta-feira, 9 de junho de 2016

TEMER ESTÁ FAZENDO POLÍTICA À MODA ANTIGA, POR ISSO NÃO ESTÁ DANDO CERTO - É UM POLÍTICO ANALÓGICO

Governo Temer salta do anonimato para a rejeição

Orion Teixeira 



A cinco dias de completar um mês de gestão, o governo substituto de Michel Temer (PMDB) não emplacou junto à população. Vários fatores contribuíram para isso, como desconhecimento, os consecutivos erros, com demissão de dois ministros e manutenção de outros 15 com ligações diretas ou indiretas com investigações criminais, a sensação de tibieza e os sustos provocados pela operação “Lava Jato”, que investiga esquema de corrupção na Petrobras. É como se ainda não tivesse havido mudanças, pois a avaliação de Temer é próxima da presidente afastada Dilma Rousseff (PT). De reprovação e rejeição, para ser mais exato.
Em resumo, Temer saltou do anonimato direto para a rejeição de mais de 50% dos brasileiros em pesquisas diferentes. Na da CNT/MDA, bateu 54,5% de reprovação (leia mais nas páginas 4 e 5 desta edição). Em outra sondagem, do instituto Ideia Inteligência, sobre o início do governo, foi identificado desânimo: 60% acham que a economia não piora, mas também não irá melhorar até o fim deste ano. Para 55% dos consultados, Dilma e Temer são responsáveis pelo atual descontrole da economia, em levantamento com 10.003 pessoas.
Feita a checagem da pesquisa, é de se notar que não dá para fazer um comparado entre um e outro. Primeiro, Temer não constituiu ainda um governo, é substituto, provisório e não mexeu com a vida das pessoas, dentre as quais a maioria também não se deu conta. O próprio Temer é desconhecido da maioria e está no poder há menos de um mês. Daqui a um ano, se for mantido no cargo, poderá receber uma avaliação mais realista do que as que foram apresentadas ontem. Ao contrário dele, Dilma tem um grau de conhecimento de 100%.
Ainda assim, percebendo a tibieza e patinação do interino, empresários que apoiaram o impeachment foram nessa quarta-feira ao Palácio do Planalto reafirmar o apoio a ele, além de cobrar a adoção de medidas de ajuste e reaquecimento da economia. Aumento de impostos foi rechaçado. “Não adianta aumentar os impostos”, disse, avisou, advertiu o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, em fala endereçada ao ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. “Se o governo precisa de arrecadação, a solução é o crescimento”.
Desordem institucional
Outro relatório aponta que a instabilidade política fez o Brasil cair na lista dos países mais pacíficos, de acordo com o Instituto para Economia e Paz, um centro internacional de estudos sobre desenvolvimento humano. Em relação ao ano passado, o país é apenas o 105º mais pacífico entre 163 nações avaliadas no chamado Índice Global da Paz. Ficou atrás de países como Haiti (89º), Jordânia (96º) e Estados Unidos (103º). A avaliação inclui também a deterioração nas taxas de encarceramento e segurança pública.
Corrida presidencial maluca
Temer foi incluído, equivocadamente, na lista dos presidenciáveis; e, claro, perdeu para todos os outros. À exceção de Dilma, os mais conhecidos, como Lula (PT), Aécio Neves (PSDB) e Marina Silva (Rede) são os preferidos. Marina foi a surpresa negativa. Mesmo longe da crise política, não teve bom desempenho. Lula e Aécio tiveram avaliação melhor, e menos desidratada, apesar das investigações que os cercam.


AMOR PELA INTERNET



Onde conseguir uma pessoa legal para se relacionar?

Simone Demolinari 



Encontrar uma parceria afetiva pode ser considerado um dos desejos universais permanentes da humanidade. Já a forma de buscá-la está sempre mudando.
Enquanto pouco tempo atrás a única alternativa de se conhecer alguém era “saindo de casa”, hoje em dia é possível encontrar um grande amor sem ao menos sair do sofá. Sim, isso é possível através dos sites de relacionamento, uma ferramenta que não só cresceu como caiu no gosto popular.
Quando surgiu, na década de 90, esses sites eram considerados, sobretudo aqui no Brasil, uma alternativa para os desesperados – aqueles incapazes de conseguir alguém presencialmente que recorriam a esse recurso. Devido à vergonha de fazer parte do time dos “fracassados no amor”, poucos tinham coragem de se inscreverem. Se o fazia, era disfarçadamente. Usava codinome, fotos de paisagem e informações distorcidas, ao melhor estilo antagônico: quero encontrar alguém, sem me expor.
Com o passar do tempo isso mudou. A internet, que antes gerava preconceito e desconfiança, atualmente tem se mostrado grande aliada dos solteiros. Além disso, tem se observado uma maior chance do relacionamento dar certo. Isso porque somos mais verdadeiros quando estamos sob algum tipo de proteção – e a internet é uma excelente blindagem. A se ver pela maior facilidade das pessoas em escrever do que falar. É mais confortável enviar uma mensagem de “eu te amo” do que verbalizar a declaração, assim como é mais suave “negativar” um pretendente via aplicativo do que pessoalmente. A sensação de proteção nos torna mais valentes, corajosos e sinceros.
Outra vantagem de escolher o parceiro via web é a opção de estabelecer as características preferidas, sem que isso cause constrangimento. Uma pesquisa recente, feita por um site de relacionamento, listou as três opções mais solicitadas: corpo em forma, querer ter filho e não ser fumante. O ponto interessante é que, quando se está frente a frente com alguém, dificilmente esses pré-requisitos são ditos. O que geralmente ocorre é relevar o ponto negativo do outro e fingir que lida bem com aquilo. Tempos depois o incômodo bate à porta e o conflito também.
A mesma pesquisa também revelou alguns truques mais usados por usuários para se tornarem mais atraentes: foto cinco anos mais novo, mentir peso para menos e aumentar em torno de 10 cm a altura.
Outro dado curioso é que as pessoas cujo perfis se apresentam como românticas, fiéis e dispostas a formarem uma família são bem mais cotadas que aquelas com faixa salarial alta mas que não querem compromisso.
Nesse universo cibernético, as semelhanças têm gerado mais interesses que as diferenças e, para a surpresa de muitos, os aplicativos de paquera têm se mostrado um ambiente democrático e sincero, inclusive libertando algumas amarras sociais do exibicionismo e da hipocrisia: onde nem os rapazes precisam acelerar seus carrões e nem as moças precisam fingir que são semi-virgens. Menos máscara e mais amor. Quem diria! Parece que esse jogo está virando, não é mesmo?

quarta-feira, 8 de junho de 2016

REFLEXOS DO ROMPIMENTO DA BARRAGEM DA SAMARCO



Cenibra diz que foi prejudicada por rompimento da barragem em mariana

Tatiana Moraes 



MAR DE LAMA – 60 milhões de metros cúbicos de rejeito foram liberados da barragem 

O rompimento da barragem de Fundão, da Samarco, no município de Mariana, Região Central de Minas Gerais, teria provocado um prejuízo de R$ 8 milhões à Cenibra. O valor é referente ao desembolso para recuperar a água utilizada na produção, captada no Rio Doce. A empresa prevê gastar mais R$ 1 milhão por mês até que a mineradora apresente alguma solução para o problema. O caso se arrasta na Justiça, onde a Cenibra acionou a Samarco.

Segundo determinação do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), a Samarco teria 120 dias para iniciar o fornecimento de água para a Cenibra. O prazo foi fixado em 15 de março, com vencimento em 15 de julho. Agora, um imbróglio sobre quem julgaria os casos referentes à maior tragédia ambiental da história do país, se a esfera estadual ou federal, pode ampliar o prejuízo da empresa de celulose.

Conforme a assessoria de imprensa do TJMG, a indeterminação sobre a competência fez com que alguns prazos fossem suspensos. A assessoria disse não saber se o processo da Cenibra está entre os alterados.

Ainda segundo a assessoria, a juíza da 2ª Vara Cível, Criminal e da Infância e da Juventude de Mariana, Marcela Oliveira Decat de Moura, responsável pela decisão, não informou se houve alguma mudança.

Incrédulo

“Mesmo que o prazo seja fixado em 15 de julho, nosso pessoal acha difícil que a Samarco consiga cumprí-lo”, afirmou o presidente da Cenibra, Paulo Brant. A empresa faz a captação da água do Rio Doce, produz e devolve o insumo limpo, segundo o executivo. No entanto, com o rio afetado pelo rejeito da Samarco, o processo de produção é prejudicado.

Além de ter ficado um mês parada, sem produzir, a Cenibra precisou contratar uma empresa para ‘limpar’ a água utilizada.

Determinação

Para cumprir a decisão da juíza, a Samarco tem que fornecer água limpa à Cenibra com índice de turbidez médio dos últimos 12 meses que antecederam o rompimento.

Caso a mineradora não consiga apresentar uma solução, está prevista multa de R$ 500 mil por dia, limitada a R$ 100 milhões.

O presidente da Cenibra afirma que tentou conversar com o antigo presidente da Samarco, Ricardo Vescovi. “Os problemas aumentaram e a Cenibra ficou para depois”, lamenta Brant.

“A questão foi judicializada pela Cenibra. A Samarco tem se manifestado regularmente no respectivo processo”, diz a Samarco, por meio de assessoria.


DIFICILMENTE SERÃO PRESOS CONFORME ACORDOS ENTRE ELES



Pedidos de prisão podem afetar votações e impeachment

Tânia Monteiro e Carla Araújo, colaborou Ricardo Galhardo 



Os pedidos do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de prisão de caciques do PMDB ao Supremo Tribunal Federal trouxeram grande preocupação ao Palácio do Planalto. A avaliação de interlocutores do presidente em exercício Michel Temer é de que o episódio pode atingir a governabilidade, com o atraso de votações importantes, principalmente das medidas econômicas que já estão no Congresso e as que ainda serão enviadas em breve.

Eles lembram que, além do recesso parlamentar em julho, em agosto as atenções estarão voltadas para os Jogos Olímpicos e as eleições, em seguida. Há preocupação também sobre o impacto dos pedidos no processo de impeachment de Dilma Rousseff, embora o Planalto diga que há convicção de que o número de votos que garantirá o afastamento definitivo da petista está consolidado.

Apesar do discurso, o fato de os peemedebistas que estão na mira da Procuradoria serem importantes caciques do partido também preocupa o governo, porque pode haver uma vinculação automática deles à imagem de Temer, o que pode desfavorecê-lo no impeachment.

O Planalto acompanhou a mobilização ontem dos senadores petistas, que contavam com os pedidos de prisão para ajudar a agravar a instabilidade do governo Temer e a reverter votos de senadores indecisos na votação do impeachment.

Distância

A estratégia do presidente em exercício foi a de tentar se distanciar da crise, cumprir a agenda normalmente e tentar considerar o problema como algo restrito ao Congresso e ao STF. Interlocutores salientaram que a possível saída do presidente do Congresso, Renan Calheiros, do senador Romero Jucá e de Eduardo Cunha, do cenário político possa desarticular o "plano Temer".

Para tentar deixar Temer distante da crise, os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo) evitaram o tema. Ao deixar a reunião com líderes da Câmara, Geddel afirmou que os pedidos não causavam "nenhum constrangimento".
Padilha agiu de forma semelhante. "Em um outro momento, talvez (comente os pedidos). Agora, aqui, Olimpíada. Só quem pode responder é o dr. Janot, ele sabe porque fez, o que fez, o que escreveu e o que pediu. Eu não sei nada", disse o ministro da Casa Civil. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

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