quarta-feira, 4 de maio de 2016

BONDADE COM O CHAPEU DOS OUTROS



Pacote de 'bondades' de Dilma eleva gastos do governo em R$ 10 bilhões
Publicação de Medida Provisória (MP) que dá reajuste salarial diferenciado a auditores da Receita Federal, com direito a bônus de produtividade, é um dos principais problemas que devem ser deixados pela petista em caso de impeachment

Estadão Conteúdo 







A oito dias da votação do impeachment pelo Senado Federal, a presidente Dilma Rousseff já contratou um aumento de R$ 8 bilhões de despesas que vão afetar as contas do provável governo do vice-presidente Michel Temer. E a 'bomba fiscal' que cairá no colo da nova equipe econômica, sob o comando de Henrique Meirelles, pode chegar a pelo menos R$ 10 bilhões com a publicação, nos próximos dias, de uma Medida Provisória (MP) que dá reajuste salarial diferenciado a auditores da Receita Federal, com direito a bônus de produtividade.

A edição da MP sofre resistência do Ministério do Planejamento, mas a orientação do Palácio do Planalto é seguir adiante com a medida, que custará R$ 400 milhões em 2016 e mais R$ 1,5 bilhão no ano que vem. O governo também ampliou em mais R$ 1 bilhão as despesas previstas com subsídios no Plano Safra, que será anunciado hoje, além de mais R$ 1 bilhão para o Minha Casa Minha Vida.

A presidente já havia anunciado reajuste de 9% no Bolsa Família, com custo de R$ 1 bilhão, e de 5% da tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física, com impacto de R$ 5 bilhões.

De acordo com o Ministério da Fazenda, todas as discussões que estão sendo tratadas com a Receita referem-se ao encaminhamento de Projeto de Lei, e não de Medida Provisória. A Fazenda afirma ainda que não vai deixar uma "bomba fiscal" e que as medidas, enviadas ao Congresso, poderão ser alteradas, como a correção da tabela do IRPF.

Segundo a Fazenda, o governo está conduzindo o processo de reajuste da tabela para que o efeito seja neutro com o aumento da carga tributária.

Rombo

Mesmo assim, fontes da área econômica veem com preocupação a elevação de despesas, porque ampliam o rombo das contas públicas em 2016 e 2017. Além do impacto direto nas contas, o efeito do reajuste salarial da Receita vai influenciar outras categorias do Executivo, que já se movimentam para ter as mesmas condições dos auditores. Entre elas, os servidores do Banco Central, Controladoria-Geral da União, analistas do Orçamento, Tesouro Nacional e de gestores públicos do Ministério do Planejamento.

Uma fonte da área econômica, que vê as medidas na contramão da necessidade de ajuste fiscal, disse que isso vai "abrir a porteira". A MP vai condicionar a vigência do reajuste à aprovação da mudança da meta fiscal deste ano pelo Congresso.

Os aliados do vice-presidente estão mapeando o impacto de todas essas medidas. O temor do grupo que assessora Temer é com o custo político de retirar "bondades" já anunciadas, mesmo com a justificativa de que foram tomadas de forma "irresponsável".

Até as medidas de alta de impostos - como a elevação do IOF na compra de dólar -, que reforçam o caixa, colocam o governo Temer numa encruzilhada, porque ele prometeu não elevar a carga tributária. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

ANTES VETAVA AGORA NÃO - BONDADES DE ÚLTIMA HORA



Saída pela esquerda

Bernardo Mello Franco  



BRASÍLIA - Quase faltou tinta na caneta presidencial. No primeiro dia de abril, Dilma Rousseff assinou nada menos que 25 decretos no Planalto. Desapropriou 35,5 mil hectares de terra para a reforma agrária e destinou outros 21 mil hectares a comunidades quilombolas.
Na mesma solenidade, ela liberou recursos para projetos de promoção da igualdade racial. Militantes do MST e do movimento negro, que andavam insatisfeitos com o governo, lotaram o maior salão do palácio e gritaram "Não vai ter golpe".
"Entendemos que é uma retomada do processo da reforma agrária", declarou o presidente da Contag. Ele foi sutil. No primeiro mandato de Dilma, o país registrou o menor número de famílias assentadas desde a longínqua gestão de Itamar Franco.
Ainda em abril, a presidente assinou decreto que permite aos transexuais usar o nome social no serviço público. Também participou de uma conferência LGBT. O setor estava irritado desde que ela vetou a distribuição de material didático contra a homofobia, no início do governo.
Na semana passada, a presidente assinou mais dois decretos de criação de reservas indígenas. Sua gestão foi uma decepção na área. A média de demarcações não era tão baixa desde o quinquênio de José Sarney.
Em cinco anos no poder, Dilma deu pouca atenção aos movimentos sociais e de minorias que ajudaram a elegê-la. Preferiu ceder às bancadas religiosas e ruralistas, que depois se uniriam a favor do impeachment.
Prestes a cair, a presidente ensaia uma guinada à esquerda. Não há mais tempo para agitar as ruas. Na melhor hipótese, ela terá plateia para aplaudi-la quando descer a rampa.

VAMOS DIMINUIR DRASTICAMENTE OS JUROS



Impostômetro atingirá R$ 700 bilhões nesta terça-feira

Estadão Conteúdo
Hoje em Dia - Belo Horizonte




O Impostômetro, espécie de medidor eletrônico desenvolvido pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP) para dimensionar o pagamentos de impostos no Brasil, deverá atingir hoje, às 23h20, o patamar de R$ 700 bilhões. No ano passado, essa mesma marca foi alcançada no dia 4 de maio. O valor representa o total de impostos, taxas e contribuições que o brasileiro pagou desde o início do ano.

Em nota, o presidente da ACSP, Alencar Burti, cita a dimensão do número para descartar a criação de novos impostos. "Qualquer tentativa de elevação de impostos irá aprofundar a recessão. Esperamos que o governo comece a revisar seus gastos para ajustar o orçamento. Só assim será possível recuperar a confiança do consumidor e do empresariado, juntamente com a desaceleração da inflação que se avista", destaca Burti.
COMENTÁRIO:
Vamos abaixar os JUROS para patamares mais civilizados e haverá dinheiro suficiente para atender as necessidades da nação e menos dinheiro para os AGIOTAS.
Os países mais desenvolvidos do mundo enfrentam crises econômicas diminuindo os JUROS.

OBSTRUÇÃO A JUSTIÇA É CRIME



Janot decide pedir para STF abrir inquérito contra Dilma por obstruir a 'Lava Jato'

Estadão Conteúdo
Hoje em Dia - Belo Horizonte




O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, decidiu que já há elementos suficientes para pedir a abertura de um inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os dois serão investigados juntos, sob a acusação de tentar obstruir as investigações da Operação "Lava Jato".

A investigação tem como base a delação premiada do senador Delcídio Amaral (sem partido-MS) e o imbróglio causado pela tentativa de Dilma indicar Lula para ministro-chefe da Casa Civil. Para que a presidente seja formalmente alvo de inquérito no STF, o procedimento ainda precisa ser autorizado pelo ministro Teori Zavascki.

Para os procuradores do grupo de Janot, a nomeação de Lula para o ministério fez parte de um "cenário" em que foram identificadas diversas tentativas de atrapalhar as investigações criminais da "Lava Jato", que apura o esquema de corrupção na Petrobras.

Em parecer enviado ao Supremo, Janot diz que a decisão de Dilma de transformar Lula em ministro teve a intenção de "tumultuar" o andamento das investigações ao tentar retirar o caso do ex-presidente das mãos do juiz Sérgio Moro, responsável pela Lava Jato na primeira instância.

Esse entendimento foi reforçado após o vazamento de conversas telefônicas entre Dilma e Lula. Em uma delas, a presidente afirma que vai enviar o termo de posse com antecedência para que o petista use caso seja necessário.

Em sua delação, Delcídio também fez declarações nesse sentido. Ele citou como exemplo uma investida do Planalto sobre o Judiciário para influir nas investigações com a suposta indicação do ministro do Superior Tribunal de Justiça Marcelo Navarro Ribeiro Dantas.

A decisão de Janot de pedir uma investigação contra Dilma acontece no momento em que o Senado se prepara para votar o pedido de impeachment da presidente. Se o processo for aprovado pela maioria do plenário, Dilma ficará afastada do cargo por até 180 dias e o vice, Michel Temer, assume a Presidência no seu lugar.

Dilma, no entanto, continua com foro privilegiado até a análise sobre o processo que pede o seu afastamento ser concluída pelo Congresso. Por isso, a competência sobre os casos que envolvem Dilma permanece do Supremo.

No ano passado, Janot descartou a possibilidade de investigar a presidente mesmo após menção ao nome de Dilma por delatores da Lava Jato. Pela Constituição, alegou o procurador, não caberia uma investigação de presidente da República durante o mandato por atos alheios ao período e à função de presidente.

Lula

Nesta terça-feira, Lula foi denunciado pelo procurador-geral da República com base na delação de Delcídio. Ele e outras 29 pessoas também foram incluídos no principal inquérito da "Lava Jato", conhecido como quadrilhão. Para Janot, a organização criminosa que atuou na Petrobras "jamais poderia ter funcionado por tantos anos e de uma forma tão ampla e agressiva no âmbito do governo federal sem que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva dela participasse".

Na segunda, Janot havia enviado um pacote de pedidos de abertura de inquérito contra políticos com base na delação de Delcídio, entre eles o senador Aécio Neves (PSDB-AL) e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-AL).

ARGUMENTOS JURÍDICOS CONTRA E A FAVOR DO IMPEACHMENT



Argumentos jurídicos

Editorial Jornal Hoje em Dia 




Desde o início da discussão do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, sabia-se que os argumentos usados pelos defensores do afastamento da petista seriam mais políticos do que técnicos. Agora chega à apreciação da comissão do Senado o relatório do senador Antonio Anastasia, ex-governador de Minas e advogado mestre em Direito Administrativo pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), acostumado às teses, ponderações e argumentos jurídicos.
A intenção do tucano é de que não paire dúvidas sobre a culpabilidade de Dilma nas chamadas “pedaladas fiscais”, com consequente crime de responsabilidade. A escolha do relator já se deu com esse intuito, visto sua experiência, ainda como secretário de Estado, no governo de Aécio Neves, com assuntos jurídicos. O que se pretende é que o relatório a ser aprovado na comissão do Senado não deixe margem para contestações no Supremo Tribunal Federal (STF), enterrando o argumento de golpe tão propalado pelos petistas e outros apoiadores da presidente Dilma. O assunto da operação “Lava Jato”, as suspeitas de que dinheiro da Petrobras tenha financiado a campanha presidencial em 2014 deve entrar no relatório, mesmo não sendo o objeto principal da conclusão.
Nessa terça-feira (3), o ex-presidente da OAB Marcello Lavenère, escalado para defender o governo na sessão da comissão do impeachment, afirmou que as manobras contábeis que editaram créditos suplementares sem aprovação do Congresso Nacional não são motivo para impeachment. Ele gastou bastante tempo da sua fala fazendo comparação com o afastamento do então presidente Fernando Collor e reclamou que o processo de impeachment começou, na verdade, no dia seguinte à eleição de Dilma Rousseff. A vitória da presidente nas urnas, disse, não foi aceita pela oposição que sempre buscou uma forma de tirá-la no Planalto, bem antes da formulação de um argumento que justificasse o pedido de impeachment.
Um especialista em direito tributário também argumentou. Mas de que adiantará? É certo que o PSDB de Anastasia dá as mãos ao vice-presidente Michel Temer no jogo político para conseguir que o processo seja aceito pelo plenário do Senado. A nova gestão, do PMDB, chega, portanto, embasada muito mais na força política da oposição que Dilma não conseguiu neutralizar, embora tente provar que a tese é técnica, meramente jurídica.

AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

  Brasil e Mundo ...