quarta-feira, 6 de abril de 2016

ATUAÇÃO DE FORMA DESIDIOSA DO MINISTRO



MBL pedirá impeachment do ministro do STF Marco Aurélio

PAULA REVERBEL
DE SÃO PAULO 



O MBL (Movimento Brasil Livre) entrará nesta quarta-feira (6) com um pedido abertura de impeachment contra o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Marco Aurélio Mello.
A ação será protocolada no Senado em resposta à decisão do ministro de obrigar o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, a dar seguimento a um pedido de impeachment contra o vice-presidente da República Michel Temer.
O advogado Rubens Nunes, coordenador nacional do MBL, viajará nesta quarta à Brasília para cuidar do caso. O grupo acredita que Marco Aurélio passou por cima da separação dos Poderes ao desfazer um ato interno da Câmara.
O pedido terá como base o artigo 39, da Lei 1.079 de 1950, uma das normas usadas para fundamentar o pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff que tramita na Câmara dos Deputados. O artigo em questão define os crimes de responsabilidade dos ministros do STF.
O MBL argumentará que Marco Aurélio atuou de forma "desidiosa" (desleixada) ao tomar sua decisão.
"Eu não acho preocupante existir um processo de impeachment contra o vice-presidente Michel Temer, uma vez que ele siga os trâmites legais", disse Nunes. "O que nós não achamos normal é o STF intervindo na Câmara, a função do STF é julgar e da Câmara, legislar", completou.
TRÂMITE
A Constituição determina que cabe ao Senado processar e julgar os ministros do STF. Se a solicitação for aceita pelo presidente da Casa, Renan Calheiros, será criada uma comissão especial para avaliar se houve crime. O parecer da comissão deve ser votado e, caso se opte por abrir o processo, 54 senadores teriam que votar contra Marco Aurélio para removê-lo do STF.
Para o ministro, Eduardo Cunha não poderia ter arquivado o pedido de Temer, a decisão caberia a uma comissão especial integrada por parlamentares, que deve avaliar se as acusações contra Temer têm ou não consistência.
O autor do pedido é o advogado mineiro Mariel Márley Marra. Em dezembro, ele protocolou pedido de abertura de impeachment contra Temer na Câmara dos Deputados.
O advogado argumentou que o vice-presidente cometeu crime de responsabilidade e teria atentado contra a lei orçamentária ao assinar decretos autorizando a abertura de crédito suplementar sem autorização do Congresso. As irregularidades são as mesmas que motivam o atual pedido de impeachment de Dilma.


Art. 39 da Lei do Impeachment - Lei 1079/50
Define os crimes de responsabilidade e regula o respectivo processo de julgamento.
Art. 39. São crimes de responsabilidade dos Ministros do Supremo Tribunal Federal:
1- altera, por qualquer forma, exceto por via de recurso, a decisão ou voto já proferido em sessão do Tribunal;
2 - proferir julgamento, quando, por lei, seja suspeito na causa;
3 - exercer atividade político-partidária;
4 - ser patentemente desidioso no cumprimento dos deveres do cargo;
5 - proceder de modo incompatível com a honra dignidade e decôro de suas funções.
Art. 39-A. Constituem, também, crimes de responsabilidade do Presidente do Supremo Tribunal Federal ou de seu substituto quando no exercício da Presidência, as condutas previstas no art. 10 desta Lei, quando por eles ordenadas ou praticadas. (Incluído pela Lei nº 10.028, de .2000)
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se aos Presidentes, e respectivos substitutos quando no exercício da Presidência, dos Tribunais Superiores, dos Tribunais de Contas, dos Tribunais Regionais Federais, do Trabalho e Eleitorais, dos Tribunais de Justiça e de Alçada dos Estados e do Distrito Federal, e aos Juízes Diretores de Foro ou função equivalente no primeiro grau de jurisdição. (Incluído pela Lei nº 10.028, de .2000)

 

COMBATE AO MOSQUITO AEDES AEGYPTI



Pesquisa usa plantas da Amazônia para produzir larvicida contra o Aedes

Agência Brasil 


                                      Mosquito Aedes aegypti é o transmissor da dengue

Pesquisadores da Universidade Federal do Amapá investigam o potencial de plantas da Amazônia no controle de mosquitos vetores no Brasil – em especial, o Aedes aegypti, transmissor da dengue, da febre chikungunya e do vírus Zika. O estudo analisa extratos vegetais e óleos essenciais das plantas e sintetiza as chamadas nanoemulsões – substâncias concentradas e que têm princípios ativos que podem, por exemplo, matar larvas de mosquito ou afastar picadas de inseto.

Em entrevista à Agência Brasil, o professor do Departamento de Ciências Biológicas e da Saúde, Raimundo Nonato, informou que a equipe é composta por aproximadamente dez pessoas – três profissionais da biologia e sete da área de ciências farmacêuticas. A pesquisa, segundo ele, está em andamento há pelo menos 12 meses. Recentemente, um artigo sobre os avanços alcançados pelo grupo foi publicado na revista norte-americana Plus One.
“Já temos mais de cinco substâncias que se mostraram extremamente eficientes na atividade larvicida e que são oriundas de plantas testadas”, disse Nonato. “A prioridade foi dada por causa da necessidade iminente de desenvolver substâncias que possam colaborar para o controle das larvas de forma ecologicamente mais correta, causando danos menores ao meio ambiente”, completou.
Pelo avanço dos trabalhos, a previsão do pesquisador é de que, com mais um ano de estudo, a equipe consiga chegar à formulação final desses produtos. Em seguida, inicia-se o processo de pedido de patente e o registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). “Sendo otimista, mais dois anos, no máximo”.
“A Índia, o Paquistão e alguns grupos de pesquisadores nos Estados Unidos já têm estudos bastante avançados na produção de repelentes a partir de extratos naturais e óleos vegetais”, comentou Raimundo Nonato. “A produção, nesses casos, tende a ter um custo menor, mas não é algo simples de se fazer. Para que se produza um inseticida natural em grande escala, é necessário dominar técnicas de cultivo e um conhecimento paralelo da parte agronômica”.

DILMA E TEMER VÃO CAIR?



Planalto aproveita decisão sobre Temer para apontar 'fragilidade' de acusações

Estadão Conteúdo 




O governo e o PT avaliam que a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal Marco Aurélio Mello, obrigando a Câmara a dar continuidade ao pedido de impeachment do vice Michel Temer, favorece a presidente Dilma Rousseff. Em conversas reservadas, auxiliares da petista dizem que fica claro para a opinião pública, a partir de agora, a "contaminação" da linha sucessória e a "fragilidade" das acusações envolvendo os decretos orçamentários.

Na prática, o PT quer mostrar que, no cenário de hoje, se a presidente cair e o vice estiver impedido, quem assume o comando do País é o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), réu em ação penal aberta pelo Supremo, acusado de corrupção e lavagem de dinheiro no esquema de desvio de recursos da Petrobras - ainda que essa situação fosse temporária e o peemedebista tivesse de convocar novas eleições.

Advogados do PT pretendem entrar, nos próximos dias, com outro pedido de impeachment contra Temer. O comentário nas fileiras petistas é que o vice foi "com muita sede ao pote" na briga para ocupar a cadeira de Dilma e acabou agravando a divisão no PMDB.

"Não falam que é preciso investigar Dilma? Então é preciso investigar Temer também", afirmou o líder do PT no Senado, Paulo Rocha (PA). "Agora, dizer que o governo está com problema de credibilidade e com dificuldades para resolver a crise na economia não pode ser motivo para interromper mandato nem da presidente nem do vice."

O senador foi um dos petistas que conversaram ontem com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em Brasília. Lula almoçou com o ministro do Gabinete Pessoal, Jaques Wagner, e fez reuniões com deputados e senadores de partidos aliados, no "varejo" das articulações para derrotar o impeachment. À noite, o ex-presidente também se reuniu com Dilma.

Na avaliação do ex-presidente, a ação contra Temer enfraquece a posição dos defensores do afastamento de Dilma. Na contabilidade do Planalto, Dilma tem, hoje, 198 votos na Câmara contra o impeachment. A margem é considerada apertada, uma vez que o governo precisa do apoio de 171 deputados. Mesmo assim, a percepção no Planalto é de que Dilma começa a "sair das cordas".

Vice-versa

Para o líder do governo no Senado, Humberto Costa (PT-PE), a decisão de Marco Aurélio mostraria que tanto Dilma quanto o vice não deveriam ser alvo de impeachment. "As razões para um impedimento do Michel Temer que estão sendo apresentadas são as mesmas apresentadas para Dilma. Se nós achamos que não há crime de responsabilidade naquele que está sendo argumentado, não vale para ela e não vale para ele." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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ILUSTRE BRASILEIRO AMIGO DOS LIVROS



O dinheiro da Revolução de 1842

Manoel Hygino 




O nome apareceu em minha memória quando um dentista, com gabinete na rua Carijós, que se esforçava por repatriamento de 55 mil libras esterlinas, transferidas (?) ao Banco de Londres por um dos líderes da revolução liberal de 1842, o Barão de Cocais, José Feliciano Pinto Coelho da Cunha, a ele se referiu: Lamim, topônimo alusivo a José Pires Lamim, fundador do distrito que pertenceu a Queluz, atual Conselheiro Lafaiete, município desde 1962.
Interessei-me, porque constava existir ali uma grande biblioteca, formada graças a Napoleão Reis, segundo nome de Antônio Severiano Nogueira, lá nascido em 1867. A curiosidade residia não simplesmente na troca de nome do menino, que, amigo dos livros, andava léguas para estudar latim com o professor particular José Garcez. O pai, fazendeiro, com mais oito filhos, não tinha condições de oferecer ensino a todos. Transferiu-se o menino a Barbacena a fim de continuar seu projeto de vida em um colégio. Para custear, ofereceu-se como repetidor de matérias e, logo, ingressou no magistério particular, passando a dele viver
A cidade dos Bias Fortes e Andradas tampouco o satisfazia, deslocando-se para São Paulo, movido por férrea vontade e adotando o nome de Napoleão Reis. Fez-se propagandista da libertação dos escravos e dos ideais republicanos. A seguinte mudança para o Rio de Janeiro abriu-lhe novas portas. Ingressou na Escola Militar, mas se viu vítima da febre amarela e do beribéri. Insistiu. Professor do prestigioso Colégio Alfredo Gomes e seu diretor, notabilizou-se pelo estudo e conhecimento de línguas.
A curiosidade residia não simplesmente na troca de nome do menino, que, amigo dos livros, andava léguas para estudar latim...
Como Guimarães Rosa, de Cordisburgo, muitos anos depois, falava e escrevia em quinze línguas. Entre elas, latim, espanhol, francês, inglês, italiano, alemão, japonês, chinês, grego, russo, árabe, hebraico, sânscrito, tupi-guarani, indu e industani, fazendo-se entender em turco.
Na Escola Militar, fez contatos com os líderes positivistas que planejaram a República, tornando-se companheiro de ideais e iniciativas. Casou-se, assim, com Maria Peçanha de Magalhães, da família do líder Benjamim Constant, com quem teve três filhos. Do Exército, passou para o Ministério das Relações Exteriores, conquistou a confiança do chanceler Barão do Rio Branco, que o admirava, e soube aproveitar sua capacidade de trabalho. Era uma espécie de arquivo ambulante e, assumindo Lauro Muller a pasta, foi nomeado ministro plenipotenciário.
Durante a Primeira Grande Guerra, foi mandado ao Extremo Oriente, pronunciando conferências em Inglês, em Honolulu, e em Japonês, em Tóquio. Foi o primeiro diplomata estrangeiro a ingressar em terras japonesas, discursando e escrevendo corretamente a língua nacional. Durante suas viagens, encaminhava livros e moedas dos países visitados para a Biblioteca Laminense, o modesto mas querido rincão em que nasceu, que chegou a ter 26 mil volumes.
Faleceu em 24 de julho de 1935, um filólogo verdadeiro, que quis transmitir o que aprendera nos livros aos conterrâneos do interior. E constato, neste momento, que o dentista que lutava pela repatriação das libras esterlinas do Banco de Londres era João Nogueira Chagas, era seu sobrinho. Do dinheiro, nada sei.


AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

  Brasil e Mundo ...