quinta-feira, 17 de março de 2016

SE TODAS AS PF DE OUTROS ESTADOS FOSSEM IGUAL A PF DE CURITIBA - O BRASIL SERIA OUTRO



Em dois anos, 'Lava Jato' consegue devolução de R$ 2,9 bi desviados da Petrobras

Agência Brasil 




                              Investigações preliminares da "Lava Jato" começaram em 2009

A Operação "Lava Jato" chega nesta quinta-feira (17) a dois anos de investigações com 93 condenações e R$ 2,9 bilhões devolvidos pelos investigados. Os trabalhos começaram em 2009, quando o juiz federal Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal em Curitiba, começou a apurar as operações financeiras do doleiro Alberto Youssef.
De acordo com dados recentes levantados pela força-tarefa de procuradores que atua na "Lava Jato", os desvios na Petrobras envolvem cerca de R$ 6,4 bilhões em propina a ex-diretores da estatal, executivos de empreiteiras que assinaram contratos com a empresa e agentes públicos.
Até o momento, foram recuperados R$ 2,9 bilhões e repatriados R$ 659 milhões, por meio de 97 pedidos de cooperação internacional. O total do ressarcimento pedido pelo Ministério Público Federal a empreiteiras e ex-diretores da Petrobras chega a R$ 21, 8 bilhões.
Em dois anos, Sérgio Moro proferiu 93 condenações, sentenças que somam 990 anos e sete meses de pena. Os crimes são corrupção, tráfico transacional de drogas, formação de organização criminosa e lavagem de ativos. As investigações também contaram com 49 acordos de delação premiada e cinco acordos de leniência com empresas.
Desde 2009
As  investigações preliminares da "Lava Jato" começaram em 2009, a partir da apuração do envolvimento do então deputado federal José Janene (PP), que morreu em 2010, com os doleiros Alberto Youssef e Carlos Habib Charter.
Em 2013, a Polícia Federal descobriu quatro organizações criminosas, todas comandadas por doleiros. Com base no monitoramento dos suspeitos, os investigadores chegaram a Paulo Roberto Costa, que recebeu um veículo da marca Land Rover como presente do doleiro Alberto Youssef.
A partir daí, por meio de depoimentos de delação premiada, os investigadores descobriram a participação de dirigentes de empreiteiras, que organizaram um clube para combinar quais as empresas que participariam das licitações da Petrobras.



quarta-feira, 16 de março de 2016

NÃO PRECISA MAIS QUER



Lula diz a Dilma que não precisa de foro privilegiado

Estadão Conteúdo 


 

                                     Presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse à presidente Dilma Rousseff, na noite desta terça-feira (15), que precisa amarrar todas as pontas com o PMDB antes de decidir se assume ou não a Secretaria de Governo. Dilma e Lula voltarão a se reunir nesta quarta-feira (16), em café da manhã no Palácio da Alvorada.

Na conversa de ontem, que durou quatro horas e meia, Lula mostrou dúvidas sobre a entrada na equipe e contou ter sido informado por integrantes do PMDB de que sua presença no ministério, nesse momento, não daria "governabilidade plena" a Dilma nem teria o condão de, por si só, barrar o impeachment.

Antes de dar a resposta definitiva, porém, Lula disse que vai sondar novamente o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). As ponderações do ex-presidente deixaram Dilma e os ministros Jaques Wagner (Casa Civil) e Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo) surpresos. Horas antes do jantar no Alvorada, Lula havia dito a amigos que aceitaria assumir a Secretaria de Governo. "Quero saber o que ela espera de mim", afirmara.

Apesar dos senões, ministros ainda avaliam que Lula pode aceitar o convite de Dilma. A ideia é que, além de cuidar da articulação política do governo com o Congresso, na ofensiva contra o impeachment, ele fique responsável pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social.

O Conselhão, como é conhecido, foi montado em 2003, no primeiro mandato de Lula, reunindo representantes do governo, de sindicatos, movimentos sociais e empresários. Acabou, porém, abandonado por Dilma.

'Não preciso disso'

Durante o jantar, Lula não escondeu o incômodo com notícias dando conta de que ele quer entrar no governo para fugir do juiz Sérgio Moro. "Eu não preciso disso, a esta altura da vida", disse o ex-presidente. "Minha defesa eu mesmo faço."

Se for para o ministério, Lula ganha foro privilegiado de julgamento. Isso significa que, em caso de denúncia criminal, uma ação contra ele terá de ser julgada pelo Supremo Tribunal Federal, saindo da alçada de Moro, que conduz a Operação "Lava Jato" na primeira instância.

Lula é alvo da "Lava Jato" e, além disso, Moro será o encarregado de decidir se aceita ou não o pedido de prisão preventiva contra ele, apresentado pelo Ministério Público de São Paulo, que o acusa de ocultar um tríplex no Guarujá, reformado pela OAS.

Dobradinha

Na proposta de reformulação da equipe apresentada na noite de ontem a Lula, Berzoini atuaria em dobradinha com ele e seria deslocado para a secretaria executiva do ministério.

O ex-presidente condicionou a entrada na equipe a uma espécie de carta branca para mudar os rumos do governo e até mesmo a política econômica. A deputados e senadores do PT, Lula chegou a afirmar que a salvação de Dilma depende de uma guinada na economia.

Assustado com o tamanho dos protestos de domingo passado, os maiores da história do País, e com a atual debandada dos aliados, principalmente do PMDB, Lula avalia que o governo e o PT precisam anunciar medidas para o "andar de baixo" porque só isso impedirá a queda da presidente.


ÍDOLO DO CINEMA



Um dos melhores comediantes do cinema, Jerry Lewis completa nesta quarta 90 anos

Paulo Henrique Silva - Hoje em Dia 




                                   Como assim? – O comediante nunca ganhou um Oscar

Pelo menos para aquela geração que cresceu diante da TV, vendo os filmes da “Sessão da Tarde” após chegar da escola, ele continua insuperável na arte de provocar risos. Se a simples menção de títulos como “Bancando a Ama-Seca” e “O Professor Aloprado” – hoje clássicos da comédia mundial – ainda não for suficiente para remeter à Joseph Levitch, basta dizer Jerry Lewis.

Aí logo vêm à mente cenas impagáveis, como o momento em que, ingenuamente, ele acredita que um leão é um dócil gatinho. Esse judeu americano sabia como ninguém fazer as mais variadas caretas e aparentava ter um corpo de elástico. Nesta quarta-feira (16), Lewis completa 90 anos.

A sequência pertence ao filme “O Terror das Mulheres” (1961), um de seus melhores trabalhos, em que interpreta um rapaz virginal, atrapalhado e de coração de ouro, amedrontado ao notar que um emprego conseguido na noite anterior era num pensionato só de mulheres. E numa época em que feminismo não era a palavra da moda.

Nesse filme, dirigido pelo próprio Lewis, ele amplia essa sensação de vulnerabilidade a partir de um prédio de vários andares, com o personagem se tornando ainda menor diante do mundo que o rodeia. Essa é uma das características do comediante nos filmes. Mas ele sempre consegue superar com sua credulidade no ser humano.

Não é a toa que, no início da carreira, Lewis tinha como parceiro o cantor Dean Martin, que encarnava o tipo charmoso, inteligente e malandro. Era uma forma de equilibrar essas forças numa sociedade cada vez mais competitiva e capitalista – outro ingrediente caro aos longas do ator.

Errado pra cachorro

A parceria começou em 1949, com “O Amigo da Onça”, e prosseguiu até “Ou Vai ou Racha”, de 1956, totalizando 15 longas bem-sucedidos. Com o maior destaque do lado “palhaço” da dupla, Martin preferiu investir na carreira solo e Lewis passou a ter mais liberdade em seus roteiros, iniciando o que, para muitos, foi a sua fase áurea.

Ele convocou o diretor Frank Tashlin, que já havia assinado “Artistas e Modelos” e “Ou Vai ou Racha”, e passou, a cada novo trabalho, a ampliar suas habilidades cômicas. A nova dupla realizou, entre outros, “Bancando a Ama-Seca” (1958) e “Errado pra Cachorro” (1963). Neste filme, ele enfrenta a resistência da família da namorada abastada e, sem perceber as intenções dos pais da moça, aceita trabalhar na loja de departamentos deles, sendo seguidamente humilhado. Mas, em se tratando de Jerry Lewis, a gente já pode imaginar quem saiu mais prejudicado nessa “briga de classes”.

As fortes dores na costas e o vício em analgésicos abreviaram, a partir da década de 70, a jornada de Lewis nas telonas, resumida a poucas participações – entre elas, no brasileiro “Até que a Sorte nos Separe 2”. Mas seus filmes continuarão influenciando gerações e sendo sinônimos de gargalhadas garantidas.

MERCADO VOLÁTIL




José Antônio Bicalho




Navegando sob a tempestade política, o barco da economia vaza água por todos os lados. Essa terça-feira (15) foi um dia duríssimo. Mas se é verdade que tudo que fragiliza o governo é bem recebido pelo mercado, a queda acentuada da bolsa e a alta do dólar mostram um refluxo na tese do impeachment. O mercado acredita que o governo Dilma se fortalece com a possibilidade de Lula ocupar a Secretaria de Governo.
Às 17h10, enquanto escrevo essa coluna, o dólar disparava 3%, a R$ 3,761, e o Ibovespa despencava 3,58%. Ou seja, o efeito Lula havia sido suficientemente forte para contrabalançar o furacão gerado pela homologação da delação premiada do senador Delcídio do Amaral pelo STF e pelo vazamento das gravações do ministro da Educação, Aloizio Mercadante, tentando comprar o silêncio de Delcídio.
Qual a leitura do mercado? Que não resta alternativa ao governo Dilma senão uma guinada à esquerda na política econômica, e que isso poderá fortalecer a presidente. Com ou sem o ministro da Fazenda Nelson Barbosa, o governo precisaria usar toda a capacidade econômica e os instrumentos financeiros que lhe resta para reanimar a economia. E estes não fazem parte da cartilha ortodoxa.
Dilma ainda estaria insistindo numa agenda econômica morna e insossa por falta de amparo político para uma radicalização. E Lula, na Secretaria de Governo, seria esse amparo.
Desemprego
Nessa terça-feira (15) também tivemos a notícia de que a taxa média de desemprego no Brasil subiu para 8,5% em 2015, contra 6,8% no ano anterior. O número médio de desempregados no ano passado subiu para 8,59 milhões, contra 6,74 milhões um ano antes.
Os números do IBGE mostram, ainda, uma aceleração do número de desempregados ao longo do ano. Na média do último trimestre, o número de desempregados já teria atingido os 9,09 milhões, contra 6,45 milhões no mesmo período de 2014, um aumento de 40,8%.
Mas vamos prestar atenção a outro número que relativiza a questão do desemprego. De acordo com o levantamento, o número de ocupados caiu apenas 0,6% no quarto trimestre de 2015, para 92,274 milhões de pessoas, contra os 92,875 milhões do mesmo período do ano anterior. Já o nível de ocupação, que é o indicador que mede a fatia da população ocupada em relação à população em idade de trabalhar, ficou em 55,9% na média do último trimestre, contra 56,9% em igual período do ano anterior, uma diferença de apenas um ponto percentual.
Não tão ruim
O que podemos extrair de tais números? Se a taxa de desemprego aumentou numa velocidade muito superior que a do fechamento de postos de trabalho, isso só se justifica por conta da entrada de novas levas de pessoas inativas em busca de trabalho. Isso sempre acontece em períodos de instabilidade econômica. Com medo de perder o emprego, o pai de família coloca seus filhos e esposa, que estavam estudando e tomando conta do lar, para procurar emprego. Daí a diferença. A leitura dos números do desemprego deve ser minuciosa para que não tenhamos uma visão distorcida do tamanho do problema social.

AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

  Brasil e Mundo ...