terça-feira, 8 de março de 2016

DIA 13/03/2016 DIA "D"



Dilma trata manifestações do domingo como 'situação de emergência'

Carla Araújo e Tânia Monteiro 




Depois do temor de que as manifestações marcadas para o próximo domingo, 13, contra o seu mandato possam acirrar a violência entre manifestantes contrários e a favor e trazer danos ainda maiores para a imagem do governo e do PT, a presidente Dilma Rousseff dedicou a maior parte da segunda-feira, 7, para tratar sobre o tema. Assim que retornou de uma agenda do programa Minha Casa, Minha Vida, em Caxias do Sul (RJ), Dilma convocou seus ministros mais próximos para uma reunião de emergência em Brasília.

Enquanto Dilma ainda viajava, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, esteve pela manhã no Palácio do Planalto e, segundo fontes, alertou aos ministros petistas Jaques Wagner e Ricardo Berzoini sobre o risco que o partido corre caso episódios de violência sejam registrados no domingo.

A avaliação de petistas é de que a ação do juiz Sérgio Moro de decretar a condução coercitiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva levou o padrinho político de Dilma a insuflar a militância, que já tem feito convocações para contrapor as manifestações pró-impeachment marcadas para domingo. A partir daí surgiu o temor de que confrontos, até mesmo fatais, possam ampliar a crise política, já que na última sexta-feira, 4, o depoimento obrigatório de Lula gerou graves enfrentamentos.

Nesta linha, há quem defenda que também é preciso "responsabilidade" da oposição para acalmar os ânimos, pois não interessa a nenhum dos lados ter sua imagem atrelada a violência, "que se sabe como começa, mas não se sabe onde termina".

Apesar de ser tratada por interlocutores como uma reunião de coordenação política convocada de última hora por Dilma, o encontro, que durou grande parte da tarde e início da noite, foi "enxuta", apenas com a participação dos ministros Jaques Wagner (Casa Civil), Ricardo Berzoini (Secretaria Geral) e o assessor especial da presidente, Giles Azevedo. Em viagem ao Rio, o ministro da Defesa, Aldo Rebelo, se integrou ao encontro depois.


União

Nesta segunda, em cerimônia de entrega de casas do Programa Minha Casa, Minha Vida, em Caxias do Sul, a presidente disse que o governo tem de querer a unidade dos brasileiros. "Ele governa para todos, não parte ou pedaço da população. O governo sempre quer a unidade do País. A oposição tem absoluto direito de divergir, mas não pode sistematicamente ficar dividindo o País", afirmou.

A presidente reconheceu que o Brasil passa por um momento de dificuldades econômicas, mas disse que parte delas se deve à sistemática crise política, provocada "por aqueles inconformados que perderam as eleições" e que querem antecipar a eleição presidencial de 2018. "Tem certo tipo de luta política que cria um problema sistemático, não só para a política em si, mas para a economia, a criação de emprego, o crescimento das empresas. Ninguém fica satisfeito quando começa aquela briga".

Dilma usou seu discurso para reforçar sua "indignação" com a operação a Polícia Federal. Num discurso rápido, ela disse que não tem o menor sentido ter conduzido seu padrinho político 'sob vara' para prestar o depoimento. E, utilizando os mesmos argumentos que o ex-presidente usou na sexta-feira, em pronunciamento feito na sede nacional do PT, horas depois de prestar o depoimento, Dilma salientou que Lula "jamais se recusou a depor". E frisou: "Justiça seja feita, Lula nunca se julgou melhor do que ninguém."

Pauta-bomba

Outra preocupação que fez parte da reunião de Dilma no dia foi em relação à Proposta de Emenda à Constituição 1/2015, a chamada PEC da Saúde, que aumenta de 15% para 19,4% da Receita Corrente Líquida (RCL) o porcentual mínimo que a União é obrigada a investir em saúde. O governo é contra a matéria, pois argumenta que a "pauta-bomba" traz impacto de R$ 15 bilhões no próximo ano e R$ 207,1 bilhões até 2022, quando o porcentual máximo é atingido.

Segundo interlocutores do governo, a avaliação é que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), tem usado o cargo para fazer o enfrentamento e ao mesmo tempo tentar se proteger. "O governo tem que dar um jeito, buscar uma alternativa para a PEC da Saúde", disse uma fonte, reconhecendo que o governo ainda não tem "essa solução".


IRA DA NATUREZA



  

Luiz Carlos Amorim (*)




O ser humano deve, com certeza, ter feito coisas muito ruins, coisas terríveis para termos contra nós a ira gigantesca da natureza que estamos vendo a se manifestar de várias maneiras e em diferentes partes do mundo. São tragédias umas mais terríveis do que as outras, acontecendo com frequência cada vez maior.
E não podemos dizer, nós, brasileiros, que estamos assistindo as calamidades terríveis acontecerem ao longe, pois elas têm se abatido sobre o Brasil, também.
Enquanto acontecem terremotos, tsunamis, guerras, terrorismo e outras tragédias pelo mundo, por exemplo, as chuvas torrenciais e a irresponsabilidade e a ganância humana, como no caso das barragens em Mariana, causam enchentes, deslizamentos, destruição de cidades e do meio ambiente, e mais mortes.
Mortos aos milhares, desabrigados aos milhões, cidades devastadas, um sem número de lares destruídos. O ser humano precisa refletir sobre a sua trajetória sobre o nosso planeta, pois tudo o que fazemos de errado parece que está se voltando contra nós.
Sei que o ser humano não tem influência sobre tragédias como terremotos, mas sabemos o que fizemos errado e a natureza suporta até certo ponto ser agredida. Chega uma hora que ela não aguenta, se exaspera e dá nisso que estamos vendo.
Gostaria que o que já tivemos fosse tudo, que as tragédias parassem por aí, mas sabemos que mais deve vir. Quando vamos aprender? Não quero ser pessimista, mas receio não termos mais tempo para nos redimirmos. Ou será que temos?
*Escritor, editor e revisor, fundador e presidente do Grupo Literário A ILHA (luizcarlosamorim.blogspot.com.br)

AS MALANDRAGENS DA OAS SÃO BEM ANTIGAS




Manoel Hygino




Os mais recentes acontecimentos deixam uma imagem crescentemente duvidosa sobre o futuro do Brasil, atingido pela mais avassaladora crise ético-política que a história registra. Parece, contudo, positivo que as instituições resistem, a despeito dos apelos furiosos de acusados pela vindita.
Por muito menos, Getúlio se matara em 1954. E em março de 1987, a situação também se agravou, evidentemente muito distante em dimensão e profundidade da extensão da crise dos dias de hoje.
No governo Sarney, houve uma série de denúncias, enfatizados em reportagens na “Folha de S. Paulo”, “um festival de descalabros”, na opinião do jornalista Gilberto Dimenstein, que resultou no livro “República dos Padrinhos”, que exigiu várias edições. Então, foi elaborado um rol dos beneficiários de dinheiros públicos desviados ou mal empregados. O repórter declarou: “A lista da fisiologia”, como foi batizada pela Folha, seria marco para uma guerra sangrenta. Uma guerra que desnudou a batalha de lobbies que envolvem os ministérios, a ponto de os inquéritos da Polícia Federal se reproduzirem velozmente”. Na batalha, envolveu-se o alto escalão da República, inclusive o próprio presidente.
Constituiu-se uma Comissão Parlamentar de Inquérito, presidida pelo senador José Ignácio Ferreira. Este afirmou ser “inevitável” a convocação de Jorge Murad, secretário particular de Sarney, seu genro, e auxiliar predileto. Propalara-se que Jorginho estaria envolvido numa “negociata” de U$ 3 bilhões, operada por seu protegido Michel Gartenkraut, ex-secretário-geral do Ministério do Planejamento. Admitia-se que, caso confirmada, a convocação de Murad para depor na CPI da Corrupção acenava com a possibilidade de um suicídio, como o de Vargas, ou renúncia. Nem uma, nem outra.
Formado o clima de tempestade no Planalto, o senador Ulysses Guimarães aconselhou clama: “Take it easy”. O ambiente era quente no Congresso e no Palácio, Lembra-se de que Sarney tinha comprado benfeitorias, em 1975, na Fazenda Maguary. O presidente contestou que não comprara a terra, mas as benfeitorias, por saber da existência de problemas legais.
Pólvora por todos os lados e Antônio Carlos Magalhães, ex-governador da Bahia, em plena atividade. O baiano se tornou famoso por ser duro nas respostas,tanto que apelidado de Toninho Malvadeza. Acusado de favorecimentos, seu opositor Jutahy, também Magalhães, admitia que não existiam provas de corrupção contra o já ministro de Sarney, mas suspeitava de posses em nome de testas-de-ferro e parentes.
Houve o caso de Paulo Gabem Souto, também baiano, seu amigo, ex-diretor da OAS, cujos proprietários eram César Araújo Pires, genro de Antônio Carlos e sócio de seu filho, Eduardo Magalhães, na TV Bahia, retransmissora da Globo. Entrevistado pela Folha sobre o novo superintendente da Sudene e por suas ligações com a atividade privada de sua família e com o diretor da OAS, Antônio Carlos se exaltou: - Ele é diretor de uma empresa que é muito injustiçada por vocês, porque vocês não poupam injustiças quando querem ferir uma pessoa. “Ele trabalhou na parte de consultoria da OAS, que só faz dignificá-lo”. Concluiu: “Eu repito a pergunta com a energia do homem de bem”.

segunda-feira, 7 de março de 2016

LULA É O MAHATMA GANDHI BRASILEIRO - NÃO TEM NADA



Lula usa cobertura em São Bernardo que foi comprada por primo de Bumlai

Estadão Conteúdo 



   
Um primo do empresário José Carlos Bumlai, preso na Operação "Lava Jato", é o dono de uma cobertura usada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e família no prédio onde o petista mora em São Bernardo do Campo. O imóvel foi alvo de busca e apreensão na 24.ª fase da Operação "Lava Jato", após o síndico do prédio indicar aos policiais federais que o imóvel pertenceria ao ex-presidente.

Lula é suspeito de ocultar patrimônio e receber vantagens de empreiteiras envolvidas em esquema de corrupção na Petrobras. Para os investigadores, ele seria o verdadeiro dono de um sítio em Atibaia, registrado em nome de dois empresários sócios de seu filho, e de um tríplex no Guarujá que oficialmente é da OAS.

Documentos obtidos pelo jornal O Estado de S. Paulo revelam que Lula usa mais um imóvel em nome de outros. A cobertura número 121 do edifício Hill House fica em frente à que pertence ao petista, a 122. Nesse caso, o aposentado Glaucos da Costamarques garante que Lula lhe paga aluguel - ele é primo de Bumlai, cujo nome completo é José Carlos Bumlai da Costa Marques, e disse ter comprado o apartamento em 2011.
Desde 2003
Essa segunda cobertura já era usada por Lula desde o primeiro ano na Presidência, em 2003. Até 2007, o PT pagou pelas despesas do imóvel para que ele guardasse o acervo que doou ao partido. No segundo mandato, o governo assumiu os custos sob a justificativa de que era necessário para a segurança do então presidente.

Glaucos nega que a compra do imóvel tenha sido um pedido de Bumlai, amigo de Lula e investigado na "Lava Jato" por suspeita de contratar empréstimos simulados para beneficiar o PT e de pagar parte da reforma do sítio em Atibaia. Morador de Campo Grande (MS), o primo de Bumlai disse à reportagem que adquiriu a cobertura por sugestão do advogado Roberto Teixeira. A "Lava Jato" investiga se Teixeira atuou para ajudar Lula a ocultar a propriedade do sítio em Atibaia.

"Eu sou amigo do Roberto Teixeira e ele me falou: 'Olha, tem um negócio bom aqui. O governo vai parar de alugar (o imóvel) e comprando você consegue uma boa porcentagem se quiser alugar.'"

Glaucos disse que, após uma única visita à cobertura em 2011, aceitou a sugestão e desembolsou cerca de R$ 500 mil pela propriedade. Lula foi mantido como inquilino e paga R$ 4,3 mil por mês, segundo ele, por meio de transferência bancária.

No cartório, a cobertura comprada por Glaucos está registrada em nome de Elenice Silva Campos, que morreu em fevereiro de 2015. Ela vendeu o imóvel que pertencia ao marido e não pagou o imposto que permitiria a transferência do registro. O caso agora está na Justiça. O primo de Bumlai é representado por Teixeira.

Autorização

Os policiais federais só conseguiram identificar a existência da segunda cobertura porque o síndico do prédio informou que ela era usada por Lula. Ele teria indicado um terceiro apartamento. Chamou a atenção dos investigadores o fato de a ex-primeira-dama ter autorizado a busca e apreensão nos imóveis que não pertencem ao casal.

Embora alugue a cobertura para Lula há cinco anos, Glaucos disse que, "se falarem no nome dele para Lula, ele não sabe quem é".

Em 2010, o aposentado emprestou o endereço de uma empresa que estava em seu nome, a Bilmaker 600, para que os filhos de Lula Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, e Luís Claudio Lula da Silva registrassem na Junta Comercial de São Paulo a holding LLCS no mesmo local.

Na época, a Bilmaker era controlada por Glaucos, Otavio Ramos e Fabio Tsukamoto, que eram sócios de Luís Cláudio em outra empresa. Glaucos disse ao Estado que fez o empréstimo do endereço atendendo a um pedido do primo Bumlai. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

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