quinta-feira, 3 de março de 2016

DELAÇÃO PREMIADA DO SENADOR DELCÍDIO CAI COMO UMA BOMBA NO GOVERNO



Dilma já não gere os fatos, é governada por eles

Josias de Souza




O acordo de delação premiada firmado pelo senador Delcídio Amaral (PT-MS) com a Procuradoria-Geral da República deixou o governo tonto. Arrastada pela primeira vez para o epicentro do escândalo da Petrobras, Dilma Rousseff teve um primeiro impulso de desqualificar o delator. Um auxiliar recordou à presidente que, antes de ser preso, Delcídio era líder do governo dela no Senado. Como explicar a escolha de um desqualificado para exercer as atribuições de líder do governo? O Planalto se deu conta de que sua reação não poderia ser improvisada.
Dilma manteve a decisão de tentar desacreditar Delcídio, atacando-lhe a reputação. Não lhe restaram alternativas. Depois de passar a manhã remoendo os termos do acordo de delação do ex-líder, ainda pendente de homologação do STF, os auxiliares de Dilma começaram a se manifestar. Acertaram os ponteiros em reunião com a presidente. Referem-se a Delcídio como um falastrão. Afirmam que suas declarações não fazem nexo. O Ministério Público Federal pensa de outro modo, tanto que submeteu a delação ao crivo do ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no STF.
Em privado, Dilma repete um bordão que já recitou em público: Quem tem força moral, reputação ilibada e biografia limpa o bastante para atacar a minha honra?, ela pergunta. Delcídio, segundo Dilma, não teria. O problema da presidente é que nenhum delator da Lava Jato saiu de um convento. E a qualidade das revelações cresce na proporção direta do encolhimento das biografias.
Dois detalhes diferenciam Delcídio de outros delatores: 1) Ele é o primeiro petista a suar o dedo na Lava Jato. 2) Sua proximidade com o Planalto fez dele um personagem com um arsenal de informações que lhe permitem reescrever a fábula do “eu não sabia”, já bastante debilitada. Além de Dilma, o senador alvejou Lula. Mal comparando, Delcídio aciona um fósforo tão perigoso quanto o que foi riscado por Roberto Jefferson ao acender o pavio do mensalão, em 2005. Naquele escândalo, Delcídio estava do outro lado do balcão. Presidiu a CPI dos Correios, que ofereceu farta matéria-prima para a denúncia que levou a cúpula do PT para a penitenciária da Papuda.
A novidade sobre o destampatório de Delcídio chegou em péssima hora, um dia em que as manchetes escancaram o tamanho da ruína econômica produzida sob Dilma: o PIB de 2015 despencou 3,8%. Esse dado expõe, uma vez mais, a empulhação do enredo que embalou a campanha presidencial de Dilma em 2014. O mentor desse enredo, o marqueteiro João Santana, encontra-se na cadeia.
O maior receio do governo é o de que o encontro da estagnação da economia com a lama da Petrobras produza uma espécie de pororoca que leve o asfalto a roncar novamente nas manifestações programadas para 13 de março. Governistas e oposicionistas concordam num ponto: o impeachment só tem chances de avançar se as ruas empurrarem o pedido que se encontra na Câmara, pendente de votação.
De resto, a delação de Delcídio compromete o esforço que Dilma vinha fazendo para passar a impressão de que seu governo ainda tem capacidade para fazer e acontecer. Na verdade, a presidente tenta equilibrar-se em meio ao entrechoque de dois fenômenos: o desastre gerencial em que se converteu o seu governo e as investigações que expõem os porões da corrupção com uma voracidade histórica.
Dilma já não governo os fatos que condicionam o futuro do seu governo. É governada por eles. Até aqui, a presidente se limitava a persguir dois objetivos estratégicos: não cair e passar a sensação de que comanda. O segundo objetivo já foi comprometido. Dilma segura-se na cadeira como pode. Revela uma enorme disposição de permanecer ao volante, ainda que lhe falte um itinerário.

RELÍQUIA DA AVIAÇÃO



Primeiro Boeing 727 volta a voar depois de 25 anos parado em um museu

Depois de ficar “estacionado'' por 25 anos em um centro de restauração do Museum of Flight de Seattle (EUA), o primeiro modelo 727 construído pela Boeing voltou a voar na tarde de quarta-feira (2).


Crédito: Museum of Flight

O percurso foi bem curto, saindo do centro de restauração para o próprio museu, onde ficará exposto. No total, foram 15 minutos de voo. Apenas quatro pessoas estavam a bordo: dois pilotos com mais de 20 mil horas de tempo de voo em um 727, o gerente do projeto e um engenheiro.
O avião foi construído em 1963 e doado ao museu em 1991 pela United Airlines, após completar 27 anos de serviço na companhia aérea americana. Antes da transferência, foi repintado em suas cores originais.
Desde que chegou ao museu, a aeronave era restaurada por voluntários. O avião estava sem várias peças, que foram usadas no conserto de outros aviões que ainda estavam em operação.


Crédito: Museum of Flight

Segundo o site do museu, foi preciso garimpar peças de vários outros Boeing 727 para completar a restauração. Equipamentos de outros dois aviões doados por outras empresas foram usados.


Crédito: Museum of Flight

O avião foi o primeiro dos mais de 1.800 do mesmo modelo fabricados pela Boeing. No início dos anos 2000, os 727 passaram ter custos de combustível e operacionais mais elevados. Em 2003, as principais companhias aéreas americanas já haviam aposentado o modelo.
Hoje, existem poucos 727 em serviço, a maioria atuando como cargueiro ou como transporte VIP.

Marcello1

Um lugar que é um bom exemplo de como preservar a sua história e motivar as futuras gerações a seguirem carreira na área aeroespacial é o Kennedy Space Center da Nasa. Excelente! Foi concebido de forma a apresentar (relatar) todas as dificuldades e desafios que tiveram de ser superados, e os resultados que foram alcançados. Há informações sobre as pessoas envolvidas, e como participaram. Com certeza, é um lugar que desperta nos mais jovens o desejo de se envolveram com essa área (aeroespacial), quer seja sendo astronautas, engenheiros, técnicos, designers, etc. Muitos acham que tais lugares não servem para nada (depósito de velharias), mas tem, sim, o seu papel. Tendo oportunidade, vale a pena visitar o Kennedy Space Center, fica a cerca de 50 milhas de Orlando, próximo a Cabo Canaveral, que fica próximo ao litoral.


DESOBEDIÊNCIA DA COREIA DO NORTE

Coreia do Norte lança mísseis de curto alcance após sanções da ONU

Agência Brasil 




A Coreia do Norte lançou nesta quinta-feira (3) vários mísseis de curto alcance a partir da sua costa oriental, em aparente demonstração de força após as sanções impostas pelo Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), informou o Ministério da Defesa da Coreia do Sul.
O Exército Popular norte-coreano lançou os mísseis para o Mar do Japão a partir da localidade de Wonsan, no Sudeste do país, disse à agência EFE um porta-voz da Defesa sul-coreana, sem dar mais detalhes.
A ação da Coreia do Norte surge horas depois de o Conselho de Segurança da ONU ter aprovado, em Nova York, resolução que impõe duras restrições comerciais ao país comunista em resposta aos últimos testes nucleares e de mísseis de longo alcance.
Projéteis
O ministério sul-coreano informou que seis projéteis, com aparente alcance de 100 a 150 quilômetros, foram lançados ao Mar do Japão. O porta-voz do ministério, Moon Sang-Gyun, disse que o governo ainda analisa se se trataram mesmo de mísseis de curto alcance ou de foguetes. “O Exército da Coreia do Sul está monitorando movimentos do Norte”, acrescentou.
A Coreia do Norte dispara regularmente mísseis ou foguetes para mostrar descontentamento com os seus vizinhos ou com a comunidade internacional.
As sanções impostas pelo Conselho de Segurança da ONU nessa quarta-feira foram as mais duras até agora contra a Coreia do Norte, que fez o seu quarto teste nuclear no dia 6 de janeiro e lançou um foguete de longo alcance no mês passado.
A resolução do Conselho de Segurança impõe a todos os países a medida sem precedente de inspecionar todas as mercadorias com origem ou destinadas à Coreia do Norte e a proibição de entrada nos portos de navios e de voos suspeitos de transportar bens ilegais.
Pacote
O pacote inclui a proibição das exportações norte-coreanas de carvão, ferro e minério de ferro, ouro, titânio e minerais raros, assim como a importação de combustível de aviação, além de combustível para mísseis.
As sanções preveem ainda a expulsão, pelos países-membros da ONU, de diplomatas norte-coreanos que estejam envolvidos em contrabando ou outras atividades ilegais e acrescenta 16 indivíduos e 12 entidades à lista “negra” das sanções, incluindo a agência espacial e os serviços de informações norte-coreanos.
Sanções anteriores contra a elite do regime foram ampliadas, com a proibição de exportação para a Coreia do Norte de relógios de luxo, motos de neve, embarcações de recreio e equipamentos desportivos.


EDUCAÇÃO NO MUNDO



Quase 16 milhões de meninas entre 6 e 11 anos nunca irão à escola


                       Há uma desvinculação da escola com o projeto de vida do estudante

Quase 16 milhões de meninas entre 6 e 11 anos nunca irão à escola, de acordo com levantamento da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). O número é duas vezes maior que o de meninos. Entre eles, no mundo, 8 milhões nunca frequentarão as salas de aula.

Os números estão no Atlas de Desigualdade de Gênero na Educação, disponível na internet, divulgado pela Unesco em razão do Dia Internacional da Mulher, comemorado em 8 de março.

De acordo com a Unesco, as meninas são as primeiras a ter negado o direito à educação. A desigualdade segue principalmente nos Estados Árabes, na África Subsaariana e na Ásia Meridional e Ocidental. Na África Subsaariana, 9,5 milhões de meninas nunca entrarão em uma sala de aula. No caso dos meninos, serão 5 milhões.

Na Ásia, 80% das meninas que estão atualmente fora da escola nunca receberão educação formal, o que equivale a 4 milhões. Entre os meninos, menos de 1 milhão nunca receberá educação formal, o que equivale a 16% daqueles que estão hoje fora da escola.

Em relação aos Estados Árabes, a Unesco diz que as meninas são a maioria das milhões de crianças fora da escola, mas não é possível precisar quantas, devido aos conflitos na região, que dificultam a elaboração de estatísticas exatas.

O Brasil aparece no Atlas como um país sem dados estatísticos específicos sobre gênero na educação básica.

As informações são do Instituto de Estatística da Unesco. Anualmente o instituto faz um levantamento do número de crianças fora da escola e calcula as probabilidades futuras de terem acesso às salas de aula, caso as circunstâncias atuais sejam mantidas. As projeções podem variar ano a ano.

Objetivos de Desenvolvimento Sustentável

Eliminar as desigualdades de gênero no acesso à escola é um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), que devem ser cumpridos até 2030. Atualmente, uma em cada oito crianças entre 6 e 15 anos está fora da escola e as meninas são as primeiras a serem excluídas. Mais de 63 milhões de meninas no mundo inteiro não recebem educação formal.

"Nunca alcançaremos os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável se não conseguirmos vencer a discriminação e a pobreza que paralisam  a vida das meninas e das mulheres de geração a geração", diz a diretora-geral da Unesco, Irina Bokova, em nota divulgada nessa quarta-feira (2). "Devemos trabalhar em todos os níveis, desde a base social até os dirigentes mundiais, para fazer da equidade e integração os eixos de toda política, de forma que todas as meninas, sejam quais forem as suas circunstâncias, vão à escola, prossigam os estudos e cheguem a ser cidadãs emancipadas".

Os ODS são uma agenda global que tem a finalidade de promover o desenvolvimento social, a proteção ambiental e a prosperidade econômica em todo o mundo. Os objetivos começaram a valer este ano. Ao todo, são 17 objetivos e 169 metas que foram acordados pelos países-membros em setembro de 2015, em Nova York, na Cúpula das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável.


AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

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