quinta-feira, 3 de março de 2016

RELÍQUIA DA AVIAÇÃO



Primeiro Boeing 727 volta a voar depois de 25 anos parado em um museu

Depois de ficar “estacionado'' por 25 anos em um centro de restauração do Museum of Flight de Seattle (EUA), o primeiro modelo 727 construído pela Boeing voltou a voar na tarde de quarta-feira (2).


Crédito: Museum of Flight

O percurso foi bem curto, saindo do centro de restauração para o próprio museu, onde ficará exposto. No total, foram 15 minutos de voo. Apenas quatro pessoas estavam a bordo: dois pilotos com mais de 20 mil horas de tempo de voo em um 727, o gerente do projeto e um engenheiro.
O avião foi construído em 1963 e doado ao museu em 1991 pela United Airlines, após completar 27 anos de serviço na companhia aérea americana. Antes da transferência, foi repintado em suas cores originais.
Desde que chegou ao museu, a aeronave era restaurada por voluntários. O avião estava sem várias peças, que foram usadas no conserto de outros aviões que ainda estavam em operação.


Crédito: Museum of Flight

Segundo o site do museu, foi preciso garimpar peças de vários outros Boeing 727 para completar a restauração. Equipamentos de outros dois aviões doados por outras empresas foram usados.


Crédito: Museum of Flight

O avião foi o primeiro dos mais de 1.800 do mesmo modelo fabricados pela Boeing. No início dos anos 2000, os 727 passaram ter custos de combustível e operacionais mais elevados. Em 2003, as principais companhias aéreas americanas já haviam aposentado o modelo.
Hoje, existem poucos 727 em serviço, a maioria atuando como cargueiro ou como transporte VIP.

Marcello1

Um lugar que é um bom exemplo de como preservar a sua história e motivar as futuras gerações a seguirem carreira na área aeroespacial é o Kennedy Space Center da Nasa. Excelente! Foi concebido de forma a apresentar (relatar) todas as dificuldades e desafios que tiveram de ser superados, e os resultados que foram alcançados. Há informações sobre as pessoas envolvidas, e como participaram. Com certeza, é um lugar que desperta nos mais jovens o desejo de se envolveram com essa área (aeroespacial), quer seja sendo astronautas, engenheiros, técnicos, designers, etc. Muitos acham que tais lugares não servem para nada (depósito de velharias), mas tem, sim, o seu papel. Tendo oportunidade, vale a pena visitar o Kennedy Space Center, fica a cerca de 50 milhas de Orlando, próximo a Cabo Canaveral, que fica próximo ao litoral.


DESOBEDIÊNCIA DA COREIA DO NORTE

Coreia do Norte lança mísseis de curto alcance após sanções da ONU

Agência Brasil 




A Coreia do Norte lançou nesta quinta-feira (3) vários mísseis de curto alcance a partir da sua costa oriental, em aparente demonstração de força após as sanções impostas pelo Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), informou o Ministério da Defesa da Coreia do Sul.
O Exército Popular norte-coreano lançou os mísseis para o Mar do Japão a partir da localidade de Wonsan, no Sudeste do país, disse à agência EFE um porta-voz da Defesa sul-coreana, sem dar mais detalhes.
A ação da Coreia do Norte surge horas depois de o Conselho de Segurança da ONU ter aprovado, em Nova York, resolução que impõe duras restrições comerciais ao país comunista em resposta aos últimos testes nucleares e de mísseis de longo alcance.
Projéteis
O ministério sul-coreano informou que seis projéteis, com aparente alcance de 100 a 150 quilômetros, foram lançados ao Mar do Japão. O porta-voz do ministério, Moon Sang-Gyun, disse que o governo ainda analisa se se trataram mesmo de mísseis de curto alcance ou de foguetes. “O Exército da Coreia do Sul está monitorando movimentos do Norte”, acrescentou.
A Coreia do Norte dispara regularmente mísseis ou foguetes para mostrar descontentamento com os seus vizinhos ou com a comunidade internacional.
As sanções impostas pelo Conselho de Segurança da ONU nessa quarta-feira foram as mais duras até agora contra a Coreia do Norte, que fez o seu quarto teste nuclear no dia 6 de janeiro e lançou um foguete de longo alcance no mês passado.
A resolução do Conselho de Segurança impõe a todos os países a medida sem precedente de inspecionar todas as mercadorias com origem ou destinadas à Coreia do Norte e a proibição de entrada nos portos de navios e de voos suspeitos de transportar bens ilegais.
Pacote
O pacote inclui a proibição das exportações norte-coreanas de carvão, ferro e minério de ferro, ouro, titânio e minerais raros, assim como a importação de combustível de aviação, além de combustível para mísseis.
As sanções preveem ainda a expulsão, pelos países-membros da ONU, de diplomatas norte-coreanos que estejam envolvidos em contrabando ou outras atividades ilegais e acrescenta 16 indivíduos e 12 entidades à lista “negra” das sanções, incluindo a agência espacial e os serviços de informações norte-coreanos.
Sanções anteriores contra a elite do regime foram ampliadas, com a proibição de exportação para a Coreia do Norte de relógios de luxo, motos de neve, embarcações de recreio e equipamentos desportivos.


EDUCAÇÃO NO MUNDO



Quase 16 milhões de meninas entre 6 e 11 anos nunca irão à escola


                       Há uma desvinculação da escola com o projeto de vida do estudante

Quase 16 milhões de meninas entre 6 e 11 anos nunca irão à escola, de acordo com levantamento da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). O número é duas vezes maior que o de meninos. Entre eles, no mundo, 8 milhões nunca frequentarão as salas de aula.

Os números estão no Atlas de Desigualdade de Gênero na Educação, disponível na internet, divulgado pela Unesco em razão do Dia Internacional da Mulher, comemorado em 8 de março.

De acordo com a Unesco, as meninas são as primeiras a ter negado o direito à educação. A desigualdade segue principalmente nos Estados Árabes, na África Subsaariana e na Ásia Meridional e Ocidental. Na África Subsaariana, 9,5 milhões de meninas nunca entrarão em uma sala de aula. No caso dos meninos, serão 5 milhões.

Na Ásia, 80% das meninas que estão atualmente fora da escola nunca receberão educação formal, o que equivale a 4 milhões. Entre os meninos, menos de 1 milhão nunca receberá educação formal, o que equivale a 16% daqueles que estão hoje fora da escola.

Em relação aos Estados Árabes, a Unesco diz que as meninas são a maioria das milhões de crianças fora da escola, mas não é possível precisar quantas, devido aos conflitos na região, que dificultam a elaboração de estatísticas exatas.

O Brasil aparece no Atlas como um país sem dados estatísticos específicos sobre gênero na educação básica.

As informações são do Instituto de Estatística da Unesco. Anualmente o instituto faz um levantamento do número de crianças fora da escola e calcula as probabilidades futuras de terem acesso às salas de aula, caso as circunstâncias atuais sejam mantidas. As projeções podem variar ano a ano.

Objetivos de Desenvolvimento Sustentável

Eliminar as desigualdades de gênero no acesso à escola é um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), que devem ser cumpridos até 2030. Atualmente, uma em cada oito crianças entre 6 e 15 anos está fora da escola e as meninas são as primeiras a serem excluídas. Mais de 63 milhões de meninas no mundo inteiro não recebem educação formal.

"Nunca alcançaremos os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável se não conseguirmos vencer a discriminação e a pobreza que paralisam  a vida das meninas e das mulheres de geração a geração", diz a diretora-geral da Unesco, Irina Bokova, em nota divulgada nessa quarta-feira (2). "Devemos trabalhar em todos os níveis, desde a base social até os dirigentes mundiais, para fazer da equidade e integração os eixos de toda política, de forma que todas as meninas, sejam quais forem as suas circunstâncias, vão à escola, prossigam os estudos e cheguem a ser cidadãs emancipadas".

Os ODS são uma agenda global que tem a finalidade de promover o desenvolvimento social, a proteção ambiental e a prosperidade econômica em todo o mundo. Os objetivos começaram a valer este ano. Ao todo, são 17 objetivos e 169 metas que foram acordados pelos países-membros em setembro de 2015, em Nova York, na Cúpula das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável.


VERDADES HISTÓRICAS




Manoel Hygino




Neste ano de 2016, registra-se o bicentenário da proclamação de Francia, como ditador perpétuo do Paraguai, durante congresso especificamente para esse fim realizado em Assunção. Carlos de Oliveira Lopes retrata como um homem alto, magro, de olhos e cabelos negros encaracolados sobre os ombros. Era um misantropo sul-americano, que lia Voltaire e Rousseau no original, dedicando-se em seus vagares à álgebra e à astronomia.

Duro nas jogadas. Bloqueada a pátria por Buenos Aires, sob Mitre, fechou o país ao resto do mundo, sofrendo hostilidades do empresariado, do clero e da aristocracia de sangue espanhol, vinculados à capital argentina. Corta cabeças e nacionaliza a igreja paraguaia, obrigada a quebrar os vínculos com Roma. Sábio professor, dividiu as terras em pequenas e médias propriedades, alugadas aos cidadãos. Cada um passou a ter sua chácara, plantação e gado.

Num folheto, explicou que as receitas – das “estâncias da pátria” – existiam porque as pessoas trabalham em união comunitária, cultivando áreas que se destinam ao bem-estar público, dessa forma diminuindo em muito nossas necessidades, segundo as regras do Divino Mestre Jesus Cristo”.

O governo assume a importação e exportação de tudo. O que chega do exterior passa por esse processo. Os paraguaios se satisfazem, mas no estrangeiro nasce o ódio. Francia cuida da instrução pública e, em 1824, não há mais analfabetos. O diplomata brasileiro Correa da Câmara, em 1825, declara solenemente: “sem sombra de dúvidas este país é a primeira potência da América do Sul ... excetuando-se o Brasil”.

Figura rara, Gaspar Rodrigues Francia falece em 1840, sozinho em acomodação de asceta, sem deixar testamento, bens ou dinheiro. Mas o país em que nasceu e ajudou a construir já era efetivamente uma potência, capaz de causar inveja aos vizinhos, embora sem independência formalizada. Esta se dá com Carlos António López, que sucedeu ao ditador, ao conseguir apoio de Bolívia, Chile e Brasil, pela ordem. A Argentina se negou.

Em seguida, o mais grave conflito armado da América Latina no século XIX, envolvendo quatro países. No entanto, como enfatiza Rui Mourão (autor do excelente “Mergulho na Região do Espanto”, em cujas águas me revolvo), a guerra teve tamanhas consequências e produziu tal desentendimento, que até hoje não existe consenso sequer ao nome com o qual ela entrou para a história”.

A guerra não acabou no sentimento do povo guarani. Por isso, o Museu da Inconfidência, de Ouro Preto, de que Rui é diretor, em acordo com autoridades paraguaias e com a colaboração do Centro Cultural “El Cabildo”, reunirá acervos de ambos os países para uma exposição temporária. Primeiro, na antiga capital de Minas, depois transferida a Assunção, com o nome da Guerra da Tríplice Aliança.

Uma oportuna ideia. Segundo Mourão, “trata-se de experiência planejada para permitir que cada lado apresente sua versão do fato histórico, na esperança de que, através da pública exibição das divergências, possa surgir um Neste ano de 2016, registra-se o bicentenário da proclamação de Francia, como ditador perpétuo do Paraguai, durante congresso especificamente para esse fim realizado em Assunção. Carlos de Oliveira Lopes retrata como um homem alto, magro, de olhos e cabelos negros encaracolados sobre os ombros. Era um misantropo sul-americano, que lia Voltaire e Rousseau no original, dedicando-se em seus vagares à álgebra e à astronomia.

Duro nas jogadas. Bloqueada a pátria por Buenos Aires, sob Mitre, fechou o país ao resto do mundo, sofrendo hostilidades do empresariado, do clero e da aristocracia de sangue espanhol, vinculados à capital argentina. Corta cabeças e nacionaliza a igreja paraguaia, obrigada a quebrar os vínculos com Roma. Sábio professor, dividiu as terras em pequenas e médias propriedades, alugadas aos cidadãos. Cada um passou a ter sua chácara, plantação e gado.

Num folheto, explicou que as receitas – das “estâncias da pátria” – existiam porque as pessoas trabalham em união comunitária, cultivando áreas que se destinam ao bem-estar público, dessa forma diminuindo em muito nossas necessidades, segundo as regras do Divino Mestre Jesus Cristo”.

O governo assume a importação e exportação de tudo. O que chega do exterior passa por esse processo. Os paraguaios se satisfazem, mas no estrangeiro nasce o ódio. Francia cuida da instrução pública e, em 1824, não há mais analfabetos. O diplomata brasileiro Correa da Câmara, em 1825, declara solenemente: “sem sombra de dúvidas este país é a primeira potência da América do Sul ... excetuando-se o Brasil”.

Figura rara, Gaspar Rodrigues Francia falece em 1840, sozinho em acomodação de asceta, sem deixar testamento, bens ou dinheiro. Mas o país em que nasceu e ajudou a construir já era efetivamente uma potência, capaz de causar inveja aos vizinhos, embora sem independência formalizada. Esta se dá com Carlos António López, que sucedeu ao ditador, ao conseguir apoio de Bolívia, Chile e Brasil, pela ordem. A Argentina se negou.

Em seguida, o mais grave conflito armado da América Latina no século XIX, envolvendo quatro países. No entanto, como enfatiza Rui Mourão (autor do excelente “Mergulho na Região do Espanto”, em cujas águas me revolvo), a guerra teve tamanhas consequências e produziu tal desentendimento, que até hoje não existe consenso sequer ao nome com o qual ela entrou para a história”.

A guerra não acabou no sentimento do povo guarani. Por isso, o Museu da Inconfidência, de Ouro Preto, de que Rui é diretor, em acordo com autoridades paraguaias e com a colaboração do Centro Cultural “El Cabildo”, reunirá acervos de ambos os países para uma exposição temporária. Primeiro, na antiga capital de Minas, depois transferida a Assunção, com o nome da Guerra da Tríplice Aliança.

Uma oportuna ideia. Segundo Mourão, “trata-se de experiência planejada para permitir que cada lado apresente sua versão do fato histórico, na esperança de que, através da pública exibição das divergências, pocomeço de superação de reservas que ainda dificultam o relacionamento entre as partes”.

AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

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