sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

UM POUCO DE CIÊNCIA



Clique Ciência: por que os planetas sempre têm formato arredondado?
Cintia Baio
Colaboração para o UOL 


  
Embora seja comum dizer que os planetas são redondos, isso não é exatamente verdade

Já reparou que a maioria dos objetos descobertos no Universo tem o formato de uma esfera? Pense nos planetas, luas e estrelas... Todos são arredondados.
Os planetas são formados por aglomeração de matéria (como gases e poeira) que antes estava espalhada pelo espaço e que, por conta da força da gravidade, é atraída para um centro de gravidade comum.
Quanto maior o objeto, ou seja, quanto mais massa ele tiver, maior será seu campo gravitacional e mais redondo ele tende a ser, porque todas as partículas são fortemente atraídas pelo núcleo.
A força da gravidade age sobre toda matéria e faz com que as partículas atraídas acabem colidindo umas com as outras, criando uma massa quente e fluida. Com o passar do tempo, essa massa esfria, formando uma superfície esférica.
A forma perfeita
A esfera é considerada a forma geométrica mais estável que existe na natureza --ela é a única figura onde todos os pontos da superfície estão na mesma distância em relação ao núcleo e se atraem da mesma maneira em todas as direções.
Nos planetas, que possuem massas enormes e força gravitacional muito forte, esse equilíbrio é especialmente importante por que garante que nada que esteja na superfície seja sugado para o centro.
A esfera também é a forma que demanda menos energia das partículas para ser "modelada". O princípio da "mínima energia" permeia toda a natureza, principalmente os corpos com muita massa, como é o caso dos planetas.
Por outro lado, alguns objetos são tão pequenos, que não possuem campo gravitacional suficiente para aglomerar matéria.
Outra explicação é que muitos corpos pequenos acabaram por se solidificar antes de adquirir o formato redondo.
Mas a Terra é redonda?
Embora seja comum dizer que a Terra e outros planetas são redondos, isso não é exatamente verdade. Na maioria das vezes, eles são levemente achatados nos polos, o que vai contra a ideia de esfera perfeita.
No caso da Terra, isso acontece por causa do movimento de rotação (que corresponde a volta que o planeta dá em torno de si mesmo).
Imagine que o nosso planeta é uma bola de gelatina. Quando viramos essa bola ao redor de um eixo, à medida que a velocidade aumenta, a bola começa a se achatar e a região equatorial fica mais "gordinha".
Isso acontece por que o objeto não é absolutamente rígido e perfeito --a Terra tem rochas na superfície que estão constantemente mudando e tem um interior pastoso e quente, ou seja, não parece nada com "uma bola de bilhar".
Quanto maior a velocidade da rotação, mais achatada a bola maleável ficará.
Especialistas consultados: Jorge Honel, físico da USP; Cláudio Bevilacqua, físico e diretor do Observatório Astronômico da UFRGS; e Rodrigo Nemmen, professor do IAG/USP

O MUNDO DO MARQUETEIRO JOÃO SANTANA É ILUSÓRIO



Todos querem viver no mundo de João Santana

Josias de Souza




Qualquer pessoa, depois de conhecer o teor do depoimento de João Santana à Polícia Federal, poderia pedir para viver no mundo que o marqueteiro descreve com tanta naturalidade, seja ele onde for.
No mundo convencional, muita gente sente tonteiras ao notar que acumulou responsabilidades financeiras acima de suas possibilidades. No mundo de Santana, pode-se amealhar fortuna sem que isso seja uma questão financeira relevante.
Santana admitiu possuir conta secreta na Suíça. Nela pingaram pelo menos US$ 7,5 milhões —ou cerca de R$ 30 milhões. E o marqueteiro não tem a mais remota ideia da origem da dinheirama. Não sabe quem, como e quando depositou.
O mundo de Mônica Moura, mulher e sócia de João Santana, também é invejável. Ela conhece a origem do dinheiro. Sabe que a verba, por clandestina, não veio de um convento. Mas recebe tudo dizendo amém. E não enxerga a culpa no espelho.
Depois de ouvir o casal do marketing insinuar que quase tudo é possível, salvo encontrar sujeira no financiamento das campanhas do PT no Brasil, todos têm o direito de pedir para viver no mundo da dupla, pois o ar respirado lá, obviamente leva ao delírio. Não fosse pela Lava Jato, seria um mundo de sonho, superado apenas por aquele que Santana criou para Dilma na campanha presidencial de 2014.

DESEMPREGO NO BRASIL



Desemprego sobe para 7,6%, maior taxa para janeiro desde 2009

Agência Brasil 



                        Pesquisa indica que 146 mil pessoas perderam emprego em janeiro

A taxa de desemprego para as seis principais regiões metropolitanas do país analisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) subiu em janeiro para 7,6%, a maior para os meses de janeiro desde os 8,2% de janeiro de 2009.
Os dados da Pesquisa Mensal de Emprego foram divulgados nesta quinta-feira (25) e indicam que a alta em relação a dezembro do ano passado (6,9%) é de 0,7 ponto percentual, passando a 2,3 pontos percentuais em relação a janeiro de 2015 (5,3%).
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população desocupada em janeiro era de 1,9 milhão de pessoas, crescendo 8,4% (mais 146 mil pessoas) frente a dezembro último e 42,7% em relação a janeiro de 2015 (mais 562 mil pessoas em busca de trabalho).


DEPRESSÃO HUMANA




Simone Demolinari



Entristecer faz parte da condição humana. É uma reação comum frente a uma frustração que impacta de maneira particular cada pessoa.
Por exemplo: alguém que foi demitido pode se sentir muito triste, enquanto outro nem se abala com o fato.
O que vai determinar o esmorecimento é a estrutura emocional de cada um – por isso, é um equívoco medir o sofrimento alheio através da autorreferência: “se eu perdi o emprego com dois filhos para criar, por que fulano, que é solteiro, está nesse sofrimento todo?”
Outro equívoco de quem julga é tentar demover a tristeza usando a desqualificação: “Não acredito que você esteja triste por ter perdido aquele emprego, que nem era bom”.
Há também quem compare o problema a uma dor maior que não tem nada a ver: “tanta gente doente no mundo e você aí triste porque perdeu o emprego?”.
Na maioria das vezes, essas falas têm a boa intenção de atenuar o sofrimento. O problema é que o fato principal perde a relevância e dá lugar a outras angústias: perder o emprego vai além da demissão, sente-se a dor de ser dispensável, inferiorizado, trocado, rejeitado. Fragilidades adormecidas vêm à tona. É preciso tratar com zelo a dor alheia – não é porque você não a sente que o outro também não deve sentir.
Se a tristeza merece cuidado, a depressão merece todo respeito.
Um quadro depressivo não é só aquele que incapacita o indivíduo. A distimia por exemplo, por não ser tão severa, acaba se incorporando ao estilo de vida da pessoa como se fosse um traço da sua personalidade. São indivíduos constantemente com o humor deprimido, sem energia, com sono ruim, apetite alterado, sem entusiasmo, irritadiços e que acabam levando o rótulo de “pessoas difíceis de conviver”. Já a depressão maior é marcante – nela, o indivíduo perde completamente o sentido da vida, juntamente com a incapacidade de sentir prazer, e apresenta fadiga crônica, falta de forças até para atividades simples, como tomar banho. O corpo da pessoa fica tão pesado que sua melhor amiga passa a ser a cama. Passa-se ali horas, dias ou meses.
Infelizmente, o maior entrave para superar a doença ainda é o preconceito. Doenças mentais são preconceituosamente vinculadas à fraqueza. Prova disso é que dificilmente algum diabético se recusaria a usar a insulina, alguém com câncer, a fazer quimioterapia, ou um doente renal, a se submeter à hemodiálise – mas frequentemente alguém deprimido recusa tratamento. Prefere vencer a doença com a força de vontade. Talvez, uma tentativa de mostrar para si mesmo que não é fraco.
Não há dúvida que mudar hábitos ruins e adquirir métodos saudáveis seja imprescindível para ajudar na recuperação não só da depressão, mas de qualquer doença, porém, é inegável o preconceito que acomete as doenças mentais. Como se a mente não pudesse adoecer.
Com base nesse preconceito e sem entender ao certo onde começa a depressão, muitos demoram a pedir ajuda. O escritor Andrew Salomon narrou com rara sabedoria a diferença entre tristeza e depressão: quando perguntaram a Santo Antônio como ele conseguia diferenciar entre os anjos que vinham a ele humildemente e os demônios que vinham sob rico disfarce, ele disse que percebia a diferença pelo modo como se sentia depois que eles iam embora.
Quando um anjo nos deixa, nos sentimos fortalecidos pela sua presença; já quando um demônio nos deixa, sentimos o terror de sua passagem.


AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

  Brasil e Mundo ...