sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

ECONOMIA DECADENTE

Minas fechou postos de trabalho em todos os setores da economia em 2015, sobretudo na indústria
Janaína Oliveira - Hoje em Dia*


O ano de 2015 foi duro para o trabalhador. De janeiro a dezembro, mais de 19 milhões de brasileiros ouviram do chefe a notícia que todo funcionário teme receber: a demissão. No mesmo período, foram 17,7 milhões de contratações, o que gerou um resultado de 1,5 milhão de vagas a menos no país. O dado é o pior da série histórica do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), iniciada em 1992, conforme divulgado nessa quinta (21) pelo Ministério do Trabalho e Previdência Social.

Em Minas, o ano encerrou com a eliminação de quase 200 mil postos. O número negativo rendeu ao Estado o segundo pior saldo entre os demais, atrás apenas de São Paulo, que sozinho acabou com 466 mil vagas.

Os dados negativos foram puxados, principalmente, pela indústria e pela construção civil. “Demitir é a última opção, já que é caro e difícil preparar a mão de obra para depois dispensá-la. Mas sem capital de giro, investimentos e os necessários ajustes fiscais, a economia fica parada. E não há outra saída senão cortar custos”, diz o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais, Olavo Machado.

Perfil

Segundo o Caged, a indústria de Transformação eliminou mais de 608 mil empregos em todo o país. Em Minas, o corte atingiu 70 mil trabalhadores.

Para o diretor de Política e Relações Trabalhistas do Sindicato da Indústria da Construção Civil de Minas Gerais, Ricardo Catão, o quadro de desemprego continuará instalado enquanto as indefinições políticas persistirem.

“Está todo mundo em compasso de espera. A retomada de investimentos depende de confiança e da demanda, mas por enquanto o consumidor está com o pé no freio”, diz.

Em Minas, pelo menos 60 mil pedreiros, ajudantes e engenheiros, entre outros profissionais da área, perderam a colocação. A tesoura não poupou nem os empregados da agropecuária. Em 2015, o setor tradicionalmente forte em Minas sofreu com o fim de aproximadamente 2 mil vagas.

Desempenho do mercado é o pior dos últimos 23 anos

O jovem João Lucas Bizzotto, 28 anos, é um dos profissionais que engrossam as estatísticas sobre o desemprego no país. Estudante do curso de Educação Física, ele foi dispensado do antigo emprego em julho do ano passado. Desde então, distribuiu currículos e entrou em contato com agências de recrutamento e círculo de amigos, mas permanece sem emprego fixo.

“Apesar da atual situação do mercado, acredito que Belo Horizonte vai conseguir absorver os profissionais da minha área. Não quero sair da cidade”, diz. De acordo com o Caged, a capital mineira encerrou dezembro de 2015 com quase 14,7 mil postos de trabalho fechados.

O desempenho do mercado de trabalho em 2015 foi o pior desde 1992, quando começou a série estatística do governo. O ministro do Trabalho, Miguel Rossetto, minimizou o resultado. “A crise não foi capaz de destruir as conquistas dos trabalhadores dos últimos anos”, declarou.

* Colaborou Alex Bessas



quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

EFEITO DA POLUIÇÃO GLOBAL



Nasa declara 2015 como o ano mais quente da história
Agência Brasil 




A média da temperatura global em 2015 foi a mais alta já registrada desde o início da medição das temperaturas na superfície da Terra, em 1880. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (20) pela Nasa e confirmada pela Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, que chegaram a essa conclusão em estudos independentes.

A temperatura média global no ano passado superou o recorde anterior, de 2014, em 0,13 °C. A Nasa informou que o recorde de 2015 acompanha a tendência de aquecimento observada nos últimos anos. Segundo a agência espacial, de 2001 para cá, ocorreram 15 dos 16 anos mais quentes já registrados na história.

A temperatura média do planeta subiu 1°C desde o final do século 19, aumento atribuído em grande medida às emissões de dióxido de carbono e outros gases resultantes da atividade humana na atmosfera.

Segundo a agência espacial, fenômenos como El Niño, com forte efeito no aquecimento das águas do Oceano Pacífico, ao longo do ano passado, podem contribuir com variações temporárias da temperatura média global.

No entanto, o especialista Gavin Schmidt, que dirigiu a análise da Nasa, diz que 2015 foi um ano notável mesmo no contexto do El Nino. “As temperaturas do ano passado tiveram, sim, influência de El Niño, mas é o efeito cumulativo da tendência de longo prazo que resultou no registro de aquecimento que estamos vendo”, afirma Schmidt, em declaração publicada no no site da Nasa.

As análises da Nasa têm por base medições feitas em 6.300 estações meteorológicas, navios e boias de temperatura nos oceanos, além de estações de pesquisa da Antartida. As medições brutas são analisadas com o uso de um algoritmo que leva em conta a distância entre as estações em todo o mundo e os efeitos do aquecimento urbano, que poderiam distorcer os resultados.

Os cientistas da NOAA baseiam-se nos mesmos dados brutos de temperatura, mas usam métodos diferentes para analisar as temperaturas globais.

AUMENTOU POR QUE NÃO TINHA ÁGUA, AGORA TEM ÁGUA E NÃO ABAIXA.



Taxa extra na conta de luz mesmo com a chuva

Tatiana Moraes - Hoje em Dia 







As fortes chuvas registradas nos últimos dias deram uma trégua aos reservatórios do Sudeste e do Centro-Oeste, que respondem por 70% da geração elétrica do país, e afastaram, por hora, o fantasma do racionamento. Somente de 1º a 18 de janeiro, segundo relatório do Operador Nacional do Sistema (ONS), o nível médio dos reservatórios saltou de 29,9% para 37,47%. O índice é mais de duas vezes superior ao registrado no mesmo mês de 2015, quando fechou em 16,84%.

Apesar da melhoria no cenário, uma redução na conta em decorrência de mudança na bandeira tarifária de vermelho para verde é descartada por especialistas do setor para o curto prazo. A previsão do ONS é a de que ao final de janeiro os reservatórios cheguem a 42%, se as chuvas permanecerem nesse ritmo, Mas o ideal para baratear a conta de luz são 70%.

Nos primeiros 18 dias de janeiro foram registrados 360 milímetros de chuva no Triângulo mineiro, polo de hidrelétricas, segundo o meteorologista do TempoClima PUC-Minas Claudemir Félix. O volume é superior à média do mês. Félix explica, no entanto, que as fortes chuvas em janeiro são comuns. Ou, pelo menos, deveriam ser.

“Não podemos dizer que 2016 tem surpreendido. Na verdade, as chuvas de 2015 decepcionaram. O período chuvoso é crucial para a recuperação dos reservatórios, como vemos agora”, afirma o especialista.

Cobrança

A bandeira tarifária foi instituída em janeiro de 2015 e, de lá para cá, a cobrança já sofreu algumas alterações no preço. Atualmente, na bandeira vermelha, a cada 100 quilowatts-hora (KWh) o consumidor deve arcar com R$ 4,50, fora os impostos (só de ICMS são 42%). Na bandeira amarela, o valor é de R$ 2,50 a cada 100 KWh. Na bandeira verde, não há cobrança excedente.

O objetivo do encargo é quitar os custos de geração das térmicas, que, antigamente, ficavam por conta das concessionárias e somente eram repassados ao consumidor no reajuste anual. Ou seja, causavam um rombo no caixa das empresas. No caso da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), o reajuste acontece sempre em 8 de abril.

Térmicas

Desde o início da cobrança, a bandeira vermelha está “hasteada”. E, para garantir a segurança energética, a previsão é a de que continue assim. Ou seja, as térmicas, cujos combustíveis são mais caros do que a água, não serão desligadas no curto prazo.

“As térmicas mais caras foram desligadas. O objetivo agora é encher os reservatórios”, explica o gerente de regulação da Safira Energia, Fábio Cuberos. Em 18 de janeiro, 8.001 megawatts eram despachados via térmicas. Na mesma data de 2015, o volume era de 6.783 MW. “Os níveis dos reservatórios das regiões Sul e Sudeste estão muito bons, acima dos 30% na região Sudeste e próximo de 100% na região Sul. No entanto, o armazenamento no Norte e Nordeste está comprometido”.

Cautela

“É necessário que haja cautela por parte do ONS a fim de administrar de maneira responsável a energia proveniente das diversas matrizes energéticas e atender a demanda do Sistema Interligado Nacional (SIN),” adverte o gerente de regulação da Safira Energia.

Em entrevista recente ao Hoje em Dia, o presidente da Cemig, Mauro Borges, também rechaçou um eventual hasteamento de bandeira verde. “Se mudasse a bandeira para amarela ou verde, você mudaria a geração hidráulica fortemente, o que impediria de recuperação dos reservatórios. O que a ONS está fazendo é garantir a recuperação dos reservatórios, dilapidados nos três anos anteriores”.

Retração econômica contribuiu para evitar o racionamento

Mas São Pedro não é o único responsável por afastar os riscos de apagão. É difícil admitir, mas, se não fosse a retração econômica, possivelmente o Brasil já estaria mergulhado em medidas para evitar o racionamento. Ou, pelo menos, para minimizar os problemas da falta de energia.

Em novembro, houve retração de 4,4% na carga de energia, ou seja, no consumo de eletricidade no país, na comparação com igual mês anterior. É o que aponta o último relatório da Empresa de Pesquisa Energética (EPE). O resultado é o pior para novembro. A indústria foi responsável por puxar o índice para baixo, com retração de 8,9%. Em 12 meses, a queda foi de 2,6%.

O faturamento da indústria mineira, por exemplo, fechou em queda de 23,6% em novembro, frente a igual mês anterior. No acumulado de 2015 até o penúltimo mês do ano houve retração de 15,8%, no confronto com o mesmo intervalo de 2014. As informações foram divulgadas nessa quarta (20) no relatório Indicadores da Indústria, da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg).

De acordo com o diretor do Instituto de Desenvolvimento para o Setor Energético (Ilumina) e ex-conselheiro de Furnas, Roberto D’Araújo, em 2015 a demanda caiu o equivalente ao crescimento da demanda dos últimos dois anos.

“Se não fosse essa queda, estaríamos atravessando medidas desesperadas para evitar desabastecimento energético. O problema é que não podemos contar com a queda da indústria para salvar o sistema elétrica. Esta não é a solução”, pondera D’Araújo.

Cemig

Pelo bem ou pelo mal, os reservatórios registraram recuperação vertiginosa no último ano. Conforme exemplifica o engenheiro de Planejamento Energético da Cemig, Ivan Sérgio Carneiro, em janeiro de 2015 o nível da usina de Camargos, localizada no Rio Grande, estava em 20,23%. Em 18 deste mês ela fechou em 46,90%, mais do que o dobro.

“Camargos passou por uma fase muito ruim, chegou a 0,7% em 2014. Agora, começa a se recuperar”. O engenheiro destaca que a usina fica na cabeceira do Rio Grande e, portanto, a água que passa em Camargos é capaz de gerar energia em todas as demais usinas que ficam abaixo no rio. Inclusive, as que são movidas a fio d’água, ou seja, que não possuem reservatórios.

Mercado livre

Para o mercado livre – ambiente em que há liberdade de negociação de energia entre grandes consumidores e fornecedores –, as chuvas também trazem boas notícias. Projeções da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) indicam que o Preço de Liquidação de Diferença (PLD) deve manter o valor mínimo (R$ 30,25/MWh) nos submercados Sudeste/Centro-Oeste, Sul e Norte ao longo de 2016.

O PLD é utilizado como balizador para que o MWh possa ser vendido no mercado à vista, ou seja, no mercado spot. No Nordeste, a expectativa é que o PLD deve chegar a R$ 30,25/MWh apenas a partir de junho.

NÃO, NÃO À CPMF



  

Márcio Doti



Aumento e criação de impostos têm dura resistência de entidades lideradas pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Confederação Nacional da Indústria (CNI), Confederação Nacional do Transporte (CNT) e a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). O mínimo que dirigentes estão dizendo é que a presidente Dilma Rousseff não tem legitimidade política para propor aumento de carga tributária. Trata-se de uma resposta mais do que necessária aos acenos que a presidente tem feito na direção de mais imposto e de impostos mais altos para, no seu dizer, reequilibrar as contas.
É muito fácil assim, não? Gasta-se o que não tem, faz-se incrível farra com o dinheiro público e depois é só apresentar a conta para a população pagar, mesmo que isso vá custar sangue e suor. E a presidente faz parte de um grupo que outrora saía em campo para gritar ao menor sinal de novo imposto ou imposto mais caro. Era o que o PT fazia, dizendo-se sempre ao lado do povo. Foi só assumir o poder e aí está o grande defensor do povo gastando sem medida e solucionando os problemas com o aumento da carga tributária.
Nesta hora, onde estão os defensores do governo petista? Justificando a tendência de criar imposto? Aumentar imposto? Seus bolsos comportam? Têm ideia de que esses aumentos vão estar em seus bolsos através dos produtos mais caros que serão obrigados a comprar? Claro que sabem disso. E, se ainda assim, defendem o que vem praticando esse governo, ou esse desgoverno, então, é porque são sortudos servidores recrutados sem concurso nem nada para ganhar bem independentemente do que possa estar acontecendo com a economia do país. Diferente da grande maioria que a cada dia ganha pior, ganha menos para enfrentar a carestia e a inflação ou que estão sem ganhar nada porque foram demitidos nessa leva de dispensas que a cada dia fica maior e mais cruel.
O manifesto das entidades representativas do empresariado afirma que a presidente precisa garantir o cumprimento de seu programa apresentado na campanha eleitoral e que não previa aumento de tributos. Além de dificultar a vida dos brasileiros, Dilma ainda foi capaz de gastar muito mais do que lhe permitia o orçamento público e as dificuldades já visíveis pelos indicadores da economia. Foram mais de R$50 bilhões que acabaram por produzir um gigantesco rombo nas contas públicas. Além de nos obrigar a pagar por isto ela ainda acena com novos ataques aos bolsos nacionais através da recriação do imposto do cheque que as entidades repudiam.
O manifesto publicado pelas entidades diz que, ao contrário de novos e maiores impostos, o equilíbrio das contas públicas será encontrado com cortes de despesas e com o incremento da atividade econômica, com a redução dos juros e o estímulo à atividade produtiva. Isso a presidente nem quer ouvir falar. Ainda mais num ano eleitoral onde pretende é gastar para atender a aliados que não se importam com o sofrimento dos brasileiros, consideram que basta dinheiro para alimentar novas farsas com as quais conquista-se votos.

AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

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