segunda-feira, 23 de novembro de 2015

PAÍS ENDIVIDADO COM OS BANCOS, DÁ NISSO AÍ!



  

José Antônio Bicalho




Desemprego é o efeito mais cruel da crise. Deveria ser combatido por qualquer governo, independentemente da filiação ideológica, mas não é o que acontece. Desemprego também é variável de política econômica e, como tal, é manipulada por quem manda na economia.

O principal objetivo atual da equipe econômica é frear a inflação, que já ultrapassa dois dígitos. Para tal, conta com o “ajuste do mercado de trabalho” como “força desinflacionária” (os termos são da ata da última reunião do Copom). E esse ajuste ainda estaria longe do fim.

Nos próximos meses, por um período razoavelmente longo que ninguém sabe precisar, continuaremos a ter aumento da taxa de desemprego. A Pesquisa Mensal de Emprego, divulgada na semana passada pelo IBGE, mostra que a depressão do emprego já é profunda. A taxa atingiu 7,9% em outubro, aumento de 3,2 pontos percentuais na comparação com o mesmo mês de 2014.

O desemprego já é equivalente ao verificado em 2009, ano em que a crise americana do subprime atingiu em cheio o Brasil. Não seria o suficiente? Para os gestores da economia, parece que não.

O raciocínio é simples. É preciso tirar dinheiro da economia para reduzir a pressão de demanda sobre a inflação. Com menos consumidores, a concorrência aumenta e os preços param de subir. E o governo tem como induzir empresários a demitir: aumento dos juros, corte do crédito ao consumo, aumento de impostos, fim de isenções, freio nos gastos e investimentos públicos.

O problema é que a inflação está mostrando uma capacidade de resistência surpreendente. Os 7,9% de desemprego representaram queda de 7% na renda real dos trabalhadores (outubro contra outubro). E mesmo com menos dinheiro em circulação, os preços não param de subir. O que fazer então? Aumentar a dose do remédio, até que a doença recue.

Do outro lado, as empresas estão demitindo porque não estão vendendo. Mas essas demissões não acontecem todas de uma só vez. Elas vão sendo feitas paulatinamente porque o empresário resiste o quanto pode a demitir o trabalhador que ele mesmo treinou.

Mas com uma queda esperada do PIB de 3,1% (projeção do próprio governo) para este ano, não será possível segurar trabalhadores por muito mais tempo. O desemprego continuará subindo enquanto não houver sinalização positiva de retomada da atividade econômica. Triste país em que desemprego é o remédio para a economia.

sábado, 21 de novembro de 2015

PRECISAMOS DE CONSCIÊNCIA HUMANA


BARRAGENS E MINERAÇÃO VÃO ACABAR COM O BRASIL



Mais da metade das espécies de árvores da Amazônia está ameaçada
Fábio de castro 






Mais da metade das espécies de árvores da Amazônia está sob ameaça em todo o planeta, de acordo com um novo estudo internacional. A pesquisa sugere, no entanto, que os parques nacionais, reservas e territórios indígenas podem proteger a maior parte das espécies ameaçadas, caso sejam gerenciados corretamente.

A descoberta foi anunciada nesta sexta-feira, 20, por uma equipe de pesquisa que envolve 158 cientistas de 21 países, sob a liderança de Hans der Steege, do Centro Naturalis de Biodiversidade, na Holanda, e por Nigel Pitman, do Museu Field, em Chicago, nos Estados Unidos.

No novo estudo, publicado na revista científica Science Advances, os pesquisadores compararam dados de inventários florestais em toda a Amazônia com mapas das estimativas de desmatamento atuais e projetadas. Com isso, eles avaliaram quantas espécies de árvores foram perdidas e qual sua localização.

Os autores concluíram que de 36% a 57% das cerca de 15 mil espécies de árvores do bioma provavelmente estão classificadas como "globalmente ameaçadas", segundo os critérios do Livro Vermelho de Espécies Ameaçadas da União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN).

"Não estamos dizendo que a situação na Amazônia piorou subitamente para as espécies de árvores. Só estamos oferecendo uma nova estimativa de como as espécies de árvores foram afetadas pelo desmatamento histórico e como elas serão afetadas com as futuras perdas florestais", afirmou Pitman.

Como as mesmas tendências observadas na Amazônia se aplicam a toda a região dos Trópicos, os cientistas afirmam que a maior parte das mais de 40 mil espécies de árvores tropicais do mundo provavelmente seriam classificadas também como "globalmente ameaçadas".

Felizmente, segundo os autores, as áreas protegidas e os territórios indígenas cobrem atualmente mais da metade da Bacia Amazônica e possuem uma população considerável das espécies de árvores mais ameaçadas.

"Essa é uma boa notícia sobre Amazônia. Nas últimas décadas, os países amazônicos deram passos importantes para expandir os parques e fortalecer os direitos indígenas à terra. Nosso estudo mostra que isso traz grandes benefícios para a biodiversidade", declarou Steege.

Barragens e mineração

Entretanto, parques e reservas só serão capazes de impedir a extinção de espécies ameaçadas, segundo o artigo, se não sofrerem mais degradação. Os autores alertam que a floresta amazônica e as reservas ainda enfrentam ameaças graves como a construção de barragens, a mineração, as queimadas e as secas intensificadas pelo aquecimento global - além da invasão direta e criminosa das terras indígenas.

"É uma batalha que vamos ver ao longo de toda a nossa vida. Ou nós nos levantamos e protegemos esses importantes parques e reservas indígenas, ou o desmatamento vai erodi-los até que nós vejamos extinções em grande escala", disse outro dos autores do estudo, William Laurance, da Universidade James Cook, na Austrália.

PROBLEMAS DE BELO HORIZONTE E MINAS GERAIS



  

Eduardo Costa




Há relação entre o rompimento da barragem em Mariana e o susto provocado pelas chuvas de duas horas na quarta-feira em Belo Horizonte? Absoluta. Se você quiser pode incluir aí outra denúncia da semana – a de que o trem metropolitano pode parar a qualquer momento por falta de manutenção. Ou dar ouvidos a parentes que se desesperaram com a falta de energia no Instituto Médico-Legal, atrasando necropsias e exames urgentes. Estes e muitos outros fatos do nosso cotidiano revelam a pouca importância que se dá ao cidadão, ao pagador de impostos, e, por extensão, à vida.

A barragem rompeu porque não prevenimos. É só pensar que temos 750 e, segundo o órgão estadual que “controla”, 35 estão sem qualquer segurança comprovada e auditada. Não adianta buscar meias palavras, desconversar: o financiamento de campanhas faz com que os donos do poder fiquem à mercê das mineradoras, fingindo que cumprem missões básicas de estabelecer critérios respeitosos na mineração, fiscalizar e exigir correções. Entidades como a poderosa Federação das Indústrias levam em conta apenas o interesse de seus associados, sem considerar que a sobrevivência deles em médio e longo prazo depende do meio ambiente. Jornalistas que se “especializam” em meio ambiente, com publicações, prêmios e outras ações tornam-se confeiteiros da mineração, encarregados de dourar a pílula ou cobrir de doce colorido o bolo de cocô que os donos do dinheiro produzem...

A enchente de quarta assustou porque qualquer chuva mais forte significa alto risco para uma cidade cuja topografia inclui morros nas laterais e 700 quilômetros de vales no centro... Ora, se a chuva cai na Serra e não é absorvida, vai correr até as vias que indevidamente construímos no lugar dos rios e aí... “Sai de baixo”! Vamos esquecer o passado e aproveitar o Plano Diretor que está em discussão na Câmara Municipal. Vamos, em nome de Deus e de nossos netos, diminuir o asfaltamento e o concreto a todo custo, exigir que os imóveis tenham um pedaço de grama ou terra para a água entrar; tornar as calçadas permeáveis, com mais flores e menos cimento; dotar nossa avenidas de canaletas, capazes de levar a água até bocas de lobo nas quais não jogaremos lixo..

Mesma coisa é a Polícia Civil. No passado, faltou energia no Instituto de Criminalística e perdemos amostras de DNA que estavam na geladeira; agora falta luz no IML. Mas como fazer diferente se a corporação continua sob administrações definidas pela política e não pela lógica da competência e do interesse geral? E tem o metrô... Quer dizer, nosso trem, essa vergonha, que a CBTU quer entregar, o governo de Minas não aceita, a Prefeitura de Belo Horizonte não quer saber...

Mais e mais me encanto com os lemas de “causa e efeito” e “nada acontece por acaso”... Assim, reclamar de quê?

COMENTÁRIO:
Primeiro vamos relacionar também o controle das barragens com o controle das balanças nas estradas. O DNPM - produção mineral é ocupado por cargos do PMDB, assim como o DER e DNIT então enquanto não temos fiscalização nas barragens e na mineração, beneficiando as empresas, nas estradas de minas não temos balnças, que evitariam a destruição do asfalto, mas deixaria a máfia das empreiteiras sem serviço. Agora fala do plano Diretor de BH, o que tem a ver com as barragens e com as estradas sem balanças, tudo a ver, se perceber, o plano diretor vai atender as empreiteiras, destruir bairros, beneficiar o capital, não importante o bem estar da cidade, onde temos o Prefeito e o Você Prefeito sob o controle das Direcional e Rossi da vida

SEM COMENTÁRIOS


sexta-feira, 20 de novembro de 2015

RUIM COM ELE, PIOR SEM ELE.





Cunha nega manobra e chama de 'aberração' sessão informal do Conselho de Ética

Estadão Conteúdo




                                                                      Eduardo Cunha

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), se disse vítima de golpe por parte de alguns parlamentares petistas e chamou de "aberração" a sessão informal do Conselho de Ética desta quinta-feira (19). "Na prática, tem uns do PT que reclamam que tem golpe contra eles, mas tentam dar o mesmo golpe. Isso que aconteceu", afirmou. "Este processo é político. Politicamente, os meus adversários, aos gritos, entre eles têm vários do PT, querem tentar aquilo que não obtiveram na eleição", disse, em referência à disputa pela presidência da Câmara, quando Cunha derrotou o petista Arlindo Chinaglia.

Mesmo diante da revogação da decisão da Mesa Diretora suspendendo a sessão desta manhã, os parlamentares contrários a Cunha fizeram uma sessão informal do Conselho de Ética que acabou se tornando um ato político contra o presidente da Casa. "O presidente do Conselho de Ética é que hoje, ao que me parece, desrespeitou o regimento", disse Cunha. "Me parece que estão querendo atropelar o regimento interno e a Constituição visando buscar outro tipo de coisa".

O presidente da Câmara negou que ele e seus aliados tenham manobrado para impedir a votação no Conselho de Ética. "Não fiz manobra nenhuma nem vou fazer. Não há razão para isso. Não estou preocupado", disse.

Cunha minimizou as críticas feitas a ele durante a sessão plenária, de que estaria manobrando para evitar o andamento de seu processo de cassação, e disse que a suspensão da decisão de anular a reunião do Conselho Ética foi um ato simbólico. "Isso foi um gesto para mostrar que efetivamente eu não estava preocupado com a decisão (do Conselho de Ética). Eu o fiz depois que acabou o tumulto. Debaixo do tumulto eu não faria", disse.

A sessão plenária foi esvaziada após um discurso duro da deputada Mara Gabrilli (PSDB-SP). Colocada de pé em sua cadeira de rodas, ela falou cara a cara com o presidente. Seus pares ficaram em silêncio. "Chega, senhor presidente. O senhor não consegue mais presidir. Levante desta cadeira, Eduardo Cunha, por favor".

Cunha negou que tenha receio de perder apoio para continuar na presidência da Casa e disse que não vai se constranger. "Já estou vivendo esse processo faz um tempo e nada disso vai mudar meu comportamento", disse. "Não vejo nem que enfraquece nem que fortalece."

Ele reforçou que apresentará uma defesa consistente e voltou a criticar o cerceamento de defesa no Conselho de Ética. "Para mim está configurado uma série de irregularidades", afirmou, ressaltando que pode recorrer dos procedimentos do Conselho na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelo que chamou de "violações regimentais e cerceamento de defesa". "Meus advogados vão falar no tempo devido e fazer os recursos que acharem que devem", disse.

Cunha disse ainda que "não perderia tempo" respondendo ao PSOL, que o acusou de usar o cargo para se defender. "O PSOL faz toda hora uma coisa, não dá para levar em consideração", disse.

Próxima reunião

A sessão do Conselho de Ética para a leitura do relatório do deputado Fausto Pinato (PRB-SP) ficou marcada para a próxima terça-feira, 24. Como está previsto que os aliados de Cunha pedirão vista, a votação do parecer prévio pela admissibilidade do processo contra o peemedebista ocorrerá só no dia 1º de dezembro.



AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

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