Eduardo Costa
Há relação entre o rompimento da
barragem em Mariana e o susto provocado pelas chuvas de duas horas na
quarta-feira em Belo Horizonte? Absoluta. Se você quiser pode incluir aí outra
denúncia da semana – a de que o trem metropolitano pode parar a qualquer
momento por falta de manutenção. Ou dar ouvidos a parentes que se desesperaram
com a falta de energia no Instituto Médico-Legal, atrasando necropsias e exames
urgentes. Estes e muitos outros fatos do nosso cotidiano revelam a pouca
importância que se dá ao cidadão, ao pagador de impostos, e, por extensão, à
vida.
A barragem rompeu porque não prevenimos. É só pensar que temos 750 e, segundo o órgão estadual que “controla”, 35 estão sem qualquer segurança comprovada e auditada. Não adianta buscar meias palavras, desconversar: o financiamento de campanhas faz com que os donos do poder fiquem à mercê das mineradoras, fingindo que cumprem missões básicas de estabelecer critérios respeitosos na mineração, fiscalizar e exigir correções. Entidades como a poderosa Federação das Indústrias levam em conta apenas o interesse de seus associados, sem considerar que a sobrevivência deles em médio e longo prazo depende do meio ambiente. Jornalistas que se “especializam” em meio ambiente, com publicações, prêmios e outras ações tornam-se confeiteiros da mineração, encarregados de dourar a pílula ou cobrir de doce colorido o bolo de cocô que os donos do dinheiro produzem...
A enchente de quarta assustou porque qualquer chuva mais forte significa alto risco para uma cidade cuja topografia inclui morros nas laterais e 700 quilômetros de vales no centro... Ora, se a chuva cai na Serra e não é absorvida, vai correr até as vias que indevidamente construímos no lugar dos rios e aí... “Sai de baixo”! Vamos esquecer o passado e aproveitar o Plano Diretor que está em discussão na Câmara Municipal. Vamos, em nome de Deus e de nossos netos, diminuir o asfaltamento e o concreto a todo custo, exigir que os imóveis tenham um pedaço de grama ou terra para a água entrar; tornar as calçadas permeáveis, com mais flores e menos cimento; dotar nossa avenidas de canaletas, capazes de levar a água até bocas de lobo nas quais não jogaremos lixo..
Mesma coisa é a Polícia Civil. No passado, faltou energia no Instituto de Criminalística e perdemos amostras de DNA que estavam na geladeira; agora falta luz no IML. Mas como fazer diferente se a corporação continua sob administrações definidas pela política e não pela lógica da competência e do interesse geral? E tem o metrô... Quer dizer, nosso trem, essa vergonha, que a CBTU quer entregar, o governo de Minas não aceita, a Prefeitura de Belo Horizonte não quer saber...
Mais e mais me encanto com os lemas de “causa e efeito” e “nada acontece por acaso”... Assim, reclamar de quê?
A barragem rompeu porque não prevenimos. É só pensar que temos 750 e, segundo o órgão estadual que “controla”, 35 estão sem qualquer segurança comprovada e auditada. Não adianta buscar meias palavras, desconversar: o financiamento de campanhas faz com que os donos do poder fiquem à mercê das mineradoras, fingindo que cumprem missões básicas de estabelecer critérios respeitosos na mineração, fiscalizar e exigir correções. Entidades como a poderosa Federação das Indústrias levam em conta apenas o interesse de seus associados, sem considerar que a sobrevivência deles em médio e longo prazo depende do meio ambiente. Jornalistas que se “especializam” em meio ambiente, com publicações, prêmios e outras ações tornam-se confeiteiros da mineração, encarregados de dourar a pílula ou cobrir de doce colorido o bolo de cocô que os donos do dinheiro produzem...
A enchente de quarta assustou porque qualquer chuva mais forte significa alto risco para uma cidade cuja topografia inclui morros nas laterais e 700 quilômetros de vales no centro... Ora, se a chuva cai na Serra e não é absorvida, vai correr até as vias que indevidamente construímos no lugar dos rios e aí... “Sai de baixo”! Vamos esquecer o passado e aproveitar o Plano Diretor que está em discussão na Câmara Municipal. Vamos, em nome de Deus e de nossos netos, diminuir o asfaltamento e o concreto a todo custo, exigir que os imóveis tenham um pedaço de grama ou terra para a água entrar; tornar as calçadas permeáveis, com mais flores e menos cimento; dotar nossa avenidas de canaletas, capazes de levar a água até bocas de lobo nas quais não jogaremos lixo..
Mesma coisa é a Polícia Civil. No passado, faltou energia no Instituto de Criminalística e perdemos amostras de DNA que estavam na geladeira; agora falta luz no IML. Mas como fazer diferente se a corporação continua sob administrações definidas pela política e não pela lógica da competência e do interesse geral? E tem o metrô... Quer dizer, nosso trem, essa vergonha, que a CBTU quer entregar, o governo de Minas não aceita, a Prefeitura de Belo Horizonte não quer saber...
Mais e mais me encanto com os lemas de “causa e efeito” e “nada acontece por acaso”... Assim, reclamar de quê?
COMENTÁRIO:
Primeiro vamos
relacionar também o controle das barragens com o controle das balanças nas
estradas. O DNPM - produção mineral é ocupado por cargos do PMDB, assim como o
DER e DNIT então enquanto não temos fiscalização nas barragens e na mineração,
beneficiando as empresas, nas estradas de minas não temos balnças, que
evitariam a destruição do asfalto, mas deixaria a máfia das empreiteiras sem
serviço. Agora fala do plano Diretor de BH, o que tem a ver com as barragens e
com as estradas sem balanças, tudo a ver, se perceber, o plano diretor vai
atender as empreiteiras, destruir bairros, beneficiar o capital, não importante
o bem estar da cidade, onde temos o Prefeito e o Você Prefeito sob o controle
das Direcional e Rossi da vida

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