Manoel Hygino
Reformas políticas são reclamadas
insistentemente, nelas muito se fala, mas as preconizadas ou anunciadas
geralmente não correspondem à vontade ou necessidade popular, isto é, ao
cidadão pensante e cônscio de suas responsabilidades perante a pátria. Aliás,
“pátria” é uma palavra de que hoje pouco se lembra, daí decorrentemente ser
menos usado o substantivo “patriota”.
Recordo, por sinal, um e-mail recebido, não sei de que fonte, sugerindo uma emenda à Constituição, ou seja, uma PEC de iniciativa popular com objetivos suficientemente claros. Assim, ficariam abolidas sessões secretas e não públicas para qualquer deliberação efetiva de uma das Casas do Congresso Nacional. Traduzindo-se: todas as reuniões passariam a ser abertas ao público e à imprensa escrita, radiofônica e televisiva.
Valeria a pena meditar. Como conviria determinar que o parlamentar será assalariado somente durante o exercício do mandato. Não haverá “aposentadoria”como membro do Congresso, apenas se contando o período cumprido no cargo, a seu agregado ao do INSS referente à profissão.
O autor da proposta quer também que os senhores congressistas e assessores paguem os próprios planos de aposentadoria, como fazem todos os brasileiros. Serão cancelados os atuais seguros de saúde dos deputados e senadores pagos pelos contribuintes, passando todos a participar do sistema de saúde do povo brasileiro.
Pergunta-se: por que os privilégios ora vigentes?
Mas há mais: aos congressistas ficam vendo aumentar seus próprios salários e gratificações acima dos padrões de evolução das remunerações da população, na duração do mandato. Um item desperta especial atenção: é vedada a atividade de lobista ou consultor, quando o objetivo tiver qualquer laço com a coisa pública. A vedação se tornou coercitiva, principalmente desde os fatos constatados no escândalo do petrolão, uma vergonha para a República.
O membro do Congresso deve ainda cumprir todas as leis que impõe ao povo, sem qualquer imunidade senão quanto à total legalidade de opinião quando na tribuna. Exercer um mandato é uma honra, um privilégio e uma responsabilidade, não na simples carreira. Finalmente, parlamentares não devem servir em mais de duas legislaturas consecutivas, evitando-se o clientelismo, que constitui uma das máculas do Sistema.
No fundo, o que se pretende é que se implante cá na terra descoberta ou achada pro Cabral aqueles preceitos da suposta Constituição imaginada por Capistrano de Abreu:
“Art. 1º – Todo brasileiro é obrigado a ter vergonha na cara.
Parágrafo Único: Revogam-se disposições em contrário”.
As reformas políticas podem não ser tão complexas como parecem. Devem ser claras e representar os verdadeiros objetos e pensamento da população.
Recordo, por sinal, um e-mail recebido, não sei de que fonte, sugerindo uma emenda à Constituição, ou seja, uma PEC de iniciativa popular com objetivos suficientemente claros. Assim, ficariam abolidas sessões secretas e não públicas para qualquer deliberação efetiva de uma das Casas do Congresso Nacional. Traduzindo-se: todas as reuniões passariam a ser abertas ao público e à imprensa escrita, radiofônica e televisiva.
Valeria a pena meditar. Como conviria determinar que o parlamentar será assalariado somente durante o exercício do mandato. Não haverá “aposentadoria”como membro do Congresso, apenas se contando o período cumprido no cargo, a seu agregado ao do INSS referente à profissão.
O autor da proposta quer também que os senhores congressistas e assessores paguem os próprios planos de aposentadoria, como fazem todos os brasileiros. Serão cancelados os atuais seguros de saúde dos deputados e senadores pagos pelos contribuintes, passando todos a participar do sistema de saúde do povo brasileiro.
Pergunta-se: por que os privilégios ora vigentes?
Mas há mais: aos congressistas ficam vendo aumentar seus próprios salários e gratificações acima dos padrões de evolução das remunerações da população, na duração do mandato. Um item desperta especial atenção: é vedada a atividade de lobista ou consultor, quando o objetivo tiver qualquer laço com a coisa pública. A vedação se tornou coercitiva, principalmente desde os fatos constatados no escândalo do petrolão, uma vergonha para a República.
O membro do Congresso deve ainda cumprir todas as leis que impõe ao povo, sem qualquer imunidade senão quanto à total legalidade de opinião quando na tribuna. Exercer um mandato é uma honra, um privilégio e uma responsabilidade, não na simples carreira. Finalmente, parlamentares não devem servir em mais de duas legislaturas consecutivas, evitando-se o clientelismo, que constitui uma das máculas do Sistema.
No fundo, o que se pretende é que se implante cá na terra descoberta ou achada pro Cabral aqueles preceitos da suposta Constituição imaginada por Capistrano de Abreu:
“Art. 1º – Todo brasileiro é obrigado a ter vergonha na cara.
Parágrafo Único: Revogam-se disposições em contrário”.
As reformas políticas podem não ser tão complexas como parecem. Devem ser claras e representar os verdadeiros objetos e pensamento da população.



