Orion Teixeira
A segunda vitória consecutiva no
Congresso Nacional, ainda que apertada, sinaliza que o pior já passou e que o
governo Dilma recuperou sua base de sustentação política nas duas casas,
especialmente na Câmara. Desta, vieram duas boas notícias para o governo e o
mandato da presidente. Ao conseguir placar favorável, o governo derrubou as
pautas-bomba que ameaçavam quebrá-lo com o aumento de despesas em mais de R$ 50
bilhões: manteve o veto ao reajuste de quase 60% dos servidores do Judiciário
federal e das aposentadorias maiores que um salário mínimo. Se a maioria
quisesse acabar com o governo, era só votar a favor do voto que deu em julho passado.
De lá pra cá, a diferença é que a situação política mudou.
A outra notícia que vem da Câmara é que o seu presidente, Eduardo Cunha (PMDB), reconhece que o impeachment da presidente perdeu força e que, por isso, adiou a análise dos 10 pedidos que estão lá parados. Entre eles, o dos advogados Hélio Bicudo (ex-petista) e Miguel Reale (ligado aos tucanos), com apoio do PSDB e dos movimentos anti-Dilma, do qual Cunha havia prometido dar parecer neste mês. Mudou de ideia, claro, sua situação tem risco maior, já que está para ser julgado, pelo Conselho de Ética da Câmara, e pode ser cassado pela acusação de esconder contas milionárias no exterior.
Outra possibilidade de impeachment seria o Congresso Nacional confirmar o parecer técnico do Tribunal de Contas da União, que recomendou a rejeição das contas de 2014 de Dilma. Nessa hora, porém, poderá prevalecer o que foi dito acima, ou seja, a recuperação da base política a favor e capaz de derrubar pautas-bomba, entre elas, a principal que é o impeachment. A mudança irá favorecer também dar sobrevida ao ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que poderá sair do ajuste e pensar em crescer.
Pimentel versus Lacerda
Dois sinais de que a pré-candidatura a governador de Marcio Lacerda (PSB), atual prefeito de Belo Horizonte, já está incomodando foram as reações anotadas. Um dia depois que Lacerda, na condição de presidente da Frente Nacional dos Prefeitos, chamou reunião, para a próxima segunda-feira, com prefeitos de Mariana e região, atingidos direta e indiretamente pelo rompimento da barragem da Samarco, o governador (e candidato à reeleição) Fernando Pimentel (PT) apertou o passo e fez o mesmo para amanhã, na Cidade Administrativa.
O assunto da pauta são os efeitos do desastre humano e ambiental na região, com repercussão para os anos que virão. Outra foi a queixa de aliados que reagiram dizendo que chamar Lacerda de “poste” é desconhecer sua trajetória política “vitoriosa” ao se reeleger prefeito numa disputa com o petista Patrus Ananias, hoje ministro do Desenvolvimento Agrário. Disseram mais: que o governador só tomou a decisão de reunir os prefeitos depois que Lacerda teve a iniciativa e ainda criticaram o atraso dele em decretar calamidade pública.
Hora de fechar as contas
A Assembleia Legislativa vota hoje, em turno único, projeto do governador, que autoriza a abertura de crédito suplementar ao orçamento de 2015 em favor da própria Assembleia, do Judiciário estadual, do Tribunal de Contas e do Ministério Público do Estado. A matéria autoriza a abertura de crédito até o valor de R$ 342,62 milhões.
A outra notícia que vem da Câmara é que o seu presidente, Eduardo Cunha (PMDB), reconhece que o impeachment da presidente perdeu força e que, por isso, adiou a análise dos 10 pedidos que estão lá parados. Entre eles, o dos advogados Hélio Bicudo (ex-petista) e Miguel Reale (ligado aos tucanos), com apoio do PSDB e dos movimentos anti-Dilma, do qual Cunha havia prometido dar parecer neste mês. Mudou de ideia, claro, sua situação tem risco maior, já que está para ser julgado, pelo Conselho de Ética da Câmara, e pode ser cassado pela acusação de esconder contas milionárias no exterior.
Outra possibilidade de impeachment seria o Congresso Nacional confirmar o parecer técnico do Tribunal de Contas da União, que recomendou a rejeição das contas de 2014 de Dilma. Nessa hora, porém, poderá prevalecer o que foi dito acima, ou seja, a recuperação da base política a favor e capaz de derrubar pautas-bomba, entre elas, a principal que é o impeachment. A mudança irá favorecer também dar sobrevida ao ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que poderá sair do ajuste e pensar em crescer.
Pimentel versus Lacerda
Dois sinais de que a pré-candidatura a governador de Marcio Lacerda (PSB), atual prefeito de Belo Horizonte, já está incomodando foram as reações anotadas. Um dia depois que Lacerda, na condição de presidente da Frente Nacional dos Prefeitos, chamou reunião, para a próxima segunda-feira, com prefeitos de Mariana e região, atingidos direta e indiretamente pelo rompimento da barragem da Samarco, o governador (e candidato à reeleição) Fernando Pimentel (PT) apertou o passo e fez o mesmo para amanhã, na Cidade Administrativa.
O assunto da pauta são os efeitos do desastre humano e ambiental na região, com repercussão para os anos que virão. Outra foi a queixa de aliados que reagiram dizendo que chamar Lacerda de “poste” é desconhecer sua trajetória política “vitoriosa” ao se reeleger prefeito numa disputa com o petista Patrus Ananias, hoje ministro do Desenvolvimento Agrário. Disseram mais: que o governador só tomou a decisão de reunir os prefeitos depois que Lacerda teve a iniciativa e ainda criticaram o atraso dele em decretar calamidade pública.
Hora de fechar as contas
A Assembleia Legislativa vota hoje, em turno único, projeto do governador, que autoriza a abertura de crédito suplementar ao orçamento de 2015 em favor da própria Assembleia, do Judiciário estadual, do Tribunal de Contas e do Ministério Público do Estado. A matéria autoriza a abertura de crédito até o valor de R$ 342,62 milhões.

Nenhum comentário:
Postar um comentário