sexta-feira, 16 de outubro de 2015

EMPREENDEDORISMO 4



EMPREENDEDORISMO 4 

Trechos do livro – O NEGÓCIO DO SÉCULO XXI – DE ROBERT T. KIYOSAKI 



EDUCAÇÃO DO MUNDO EMPRESARIAL REAL

Não me interpretem mal: não estou desmerecendo a educação. Acredito na educação; na verdade, acredito nisso com paixão. Mas a educação na qual mais creio é aquela que realmente ensina o que você precisa aprender para ser bem-sucedido na vida.
Quando recomendo que as pessoas construam os próprios negócios de marketing de rede, a primeira razão não é pelos muitos produtos excelentes, até mesmo transformadores de estilo de vida, que você pode representar. E não é pelo dinheiro que você pode ganhar ou a liberdade financeira que pode criar. Sim, os produtos são muitas vezes excelentes. E, sim, realmente acredito na possibilidade de que isso possa lhe mostrar um caminho real para a geração de riqueza. Mas estes não são os mais importantes benefícios que você ganha com essa experiência. O principal valor que você assimila da experiência é uma educação do mundo negocial real.
Se você quer ser bem-sucedido financeiramente, há três tipos diferentes de educação exigidas: acadêmica, profissional e financeira.
A educação acadêmica ensina a ler, escrever e fazer contas. É um tipo muito importante de formação, especialmente no mundo de hoje.
A educação profissional ensina como trabalhar por dinheiro. Em outras palavras, prepara para a vida nos quadrantes E e A.
Na educação financeira, você aprende a fazer o dinheiro trabalhar para você, em vez de você trabalhar para o dinheiro. Você talvez ache que pode conseguir uma boa educação financeira nas escolas de administração, mas, de modo geral, não é isso que acontece. O que as escolas de negócios geralmente fazem é pegar os jovens mais inteligentes e treiná-los para ser executivos das empresas dos ricos. Em outras palavras, eles treinam seus alunos para a vida do escalão superior do quadrante E – mas ainda é o quadrante E.
Ser um empreendedor e construir um negócio no quadrante D não é fácil. Na verdade, acredito que a construção de um negócio no quadrante D é um dos desafios mais difíceis que uma pessoa pode assumir. A razão para que existam tantas pessoas nos quadrantes E e A é que aquele quadrantes são menos exigentes do que o quadrante D. Se fosse fácil, todos estariam fazendo isso.
Se você quiser ser bem-sucedido nos negócios, existem habilidades técnicas que precisa conhecer e que provavelmente não aprendeu na escola. Por exemplo, a capacidade de se organizar e de definir a própria agenda. Isso é maior do que pode parecer. Pessoas que entram na arena do marketing de rede às vezes experimentam uma espécie de choque cultural, porque estão acostumadas a fazer o que lhes é mandado. Você pode trabalhar arduamente no quadrante E e, ainda assim, não ter absolutamente nenhuma experiência no estabelecimento de metas, na organização de um plano de ação, no controle de agenda e de tempo e na execução de uma sequência clara de ações produtivas. É chocante ver como as pessoas não têm essas habilidades básicas. Chocante, mas não surpreendente. Afinal, no quadrante E você realmente não precisa delas. Mas se está entrando no quadrante D, elas não são uma opção. São tão importantes quanto as habilidades de controlar um talão de cheques, elaborar um plano financeiro e ler um relatório anual.
Pessoas totalmente novas no marketing de rede ficam muitas vezes bastante surpresas ao aprender sobre as significativas vantagens fiscais nessa área.A maioria das pessoas tem pelo menos uma vaga ideia de que os ricos desfrutam de todos os tipos de vantagens no pagamento de impostos que elas próprias não têm, mas, como elas viveram o tempo todo dentro do quadrante E, geralmente não têm noção de quais sejam essas vantagens ou de como realmente funcionam. Portanto, as pessoas ficam frequentemente chocadas ao perceber que também podem desfrutar dessas mesmas vantagens fiscais e colocam quantidades significativas de dinheiro em seus bolsos já a partir do primeiro dia de seus novos negócios.
Uma das belezas do marketing de rede é que ele afasta o véu de mistério e revela a vida no quadrante D.
Criar o sucesso do negócio não é uma simples questão de habilidade técnica. Ainda mais importantes são as habilidades para a vida necessárias para se negociar com sucesso no quadrante D. A chave para o sucesso duradouro na vida é sua educação e suas competências, suas experiências de vida e, acima de tudo, seu caráter pessoal.
Por exemplo, você deve aprender a superar a insegurança, timidez e medo de rejeição. Outra habilidade de desenvolvimento pessoal que você deve aprender é como levantar, sacudir a poeira e seguir em frente, depois de fracassar. Estes são os traços pessoais que uma pessoa deve desenvolver se quiser ser bem-sucedida em um negócio no quadrante D, independentemente de ser um marketing de rede, uma franquia ou uma nova empresa. Se você não aprendeu essas coisas na escola – e você não as aprende no local de trabalho – e não lhe foi ensinado em casa enquanto crescia, onde vai aprendê-las? Onde cargas d’água você vai encontrar um negócio que vai investir tempo em sua educação e desenvolvimento pessoal, bem como ajudá-lo a realmente construir seu negócio? No marketing de rede!
O marketing de rede ensina as pessoas a superarem seus medos, a se comunicarem, a entenderem a psicologia de outras pessoas dizendo “Não” para elas e a manterem a persistência em face da rejeição e de outros desafios do mundo real.
Aqui estão algumas das habilidades críticas que a educação do mundo real do marketing de rede ensina:
         Ter uma atitude de sucesso
         Vestir-se para o sucesso
         Superar medos pessoais, dúvidas e falta de confiança
         Superar o medo de rejeição
         As habilidades de comunicação
         Capacidade de Lidar com Pessoas
         Competências de administração de tempo
         Habilidades de prestação de contas
         Estabelecimento de metas
         Gestão financeira
         Habilidades de Investimentos
Boas empresas de marketing de rede fornecem um sólido programa de treinamento em todas essas áreas. E eu concordo: esse tipo de educação é absolutamente impagável. Na verdade, você teria dificuldade para encontrar uma situação em qualquer outro lugar, mesmo pagando um bom dinheiro para obter esse tipo de treinamento – imagine, então, uma situação em que pagam a você para que aprenda.
Temos uma expressão comum no marketing da rede que é um negócio “onde você ganha enquanto aprende”. É um bom ditado, porque enfatiza o ponto chave desse tipo de negócio: você aprende a fazer fazendo, não porque esteve em uma sala de aula por anos ouvindo alguém falar sobre como se faz.

O marketing de rede é uma escola de negócios do mundo real para as pessoas que querem aprender as habilidades do mundo real de um empreendedor, e não as habilidades de um empregado.

No marketing de rede, o treinamento é mais do que teoria; é experiência. E, independentemente de chegar ou não chegar ao topo do programa específico em que você se encontra ou de fazer ou não uma grande quantidade de dinheiro, o treinamento em si é de grande valor para o resto de sua vida. Muitas pessoas, na verdade, acabam em outras empresas em que se tornam muito bem-sucedidas, devido ao treinamento e à formação que receberam em sua primeira experiência com marketing de rede.
Sei o que você provavelmente está dizendo: “Kiyosaki, você ficou sentimental? Por que essa conversa melosa sobre um ‘caminho de desenvolvimento pessoal’? Não preciso de um grupo de encontro; preciso sobreviver. Quero construir riqueza, não cantar ‘Kumbaya’!”
Calma, não amoleci: estou apenas sendo realista. Para ficar rico, não basta colocar sua moeda da sorte na máquina certa do cassino. Você não está procurando uma nova forma de suplementar renda. Na verdade, está fazendo uma mudança em seus valores essenciais. Não se trata apenas de mudar o que você faz, em um sentido muito real, é sobre mudar quem você é.
Passei por uma experiência dolorosa. Aos 30 anos, eu era um milionário. Dois anos mais tarde, minha empresa havia falido. Perder um negócio não foi uma experiência agradável, mas foi um grande aprendizado. Aprendi muito naqueles poucos anos – muito sobre negócios, mas ainda mais sobre mim mesmo. Após a crise, meu Pai Rico me disse: “Dinheiro e sucesso o tornaram arrogante e estúpido. Agora, com alguma pobreza e humildade, você pode se tornar um aluno novamente.” Ele estava certo. As lições aprendidas com a experiência provaram ser, ao longo do tempo, impagáveis. O fato de construir e, em seguida, perder um negócio global me proporcionou um aprendizado do mundo real que finalmente me fez rico. Ainda mais importante: foi um aprendizado que me libertou. As coisas mais importantes que aprendi no decorrer desse aprendizado não foram sobre negócio ou dinheiro – foram sobre mim.
O sucesso é definido de forma diferente por pessoas diferentes. O que é importante para uma pessoa pode não ser importante para outra. Algumas pessoas estão satisfeitas em suplementar seu nível atual de renda, enquanto outras estão verdadeiramente procurando uma oportunidade de negócio que possa ser transformadora, em termos de potencial de rendimento e objetivos de estilo de vida. Você tem de definir o fracasso em sentido muito amplo. Ser capaz de ganhar $1 mil por mês pode ser visto como um fracasso para a pessoa que estava tentando construir um negócio significativo, mas um grande sucesso para uma mãe cujo objetivo era complementar a renda familiar.
Independentemente do objetivo, sabemos que aqueles que persistem no marketing de rede tendem a ficar em uma situação cada vez melhor. Na verdade, acredito que a única maneira pela qual as pessoas fracassam é quando desistem.
Mas isso demanda mais detalhamento, para ser totalmente exato. Não é apenas uma questão de ficar ou sair da empresa – isto é, de desistir da distribuição e declarar formalmente: “Estou fora.” A questão aqui não é sobre desistir do negócio; é desistir de si mesmo.
Não é apenas sobre mudar o tipo de negócio com o qual você está trabalhando; é sobre a mudança em você. Posso até lhe mostrar o negócio perfeito, mas, para que esse empreendimento evolua, você terá de evoluir também.
Há duas palavras para o que  acabei de descrever. Um é o vencedor, o outro é o perdedor. Cada um de nós tem um vencedor e um perdedor dentro de nós. Isso inclui a mim: há um vencedor em mim e um perdedor também e, muitas vezes, eles competem para entrar em ação. A principal razão para que a maioria das pessoas “apenas siga em frente”, em vez de realmente ter sucesso na vida, é que elas permitem que o perdedor em seu interior domine. Eu não. Insisto para que o vencedor leve a melhor. Como você sabe quando o perdedor está dominando? “Ah, não tenho dinheiro.” “Ah, isso é muito arriscado.” Ou: “E se eu falhar?” O vencedor está sempre pronto para assumir riscos, mas o perdedor só pensa em segurança.
É irônico. O perdedor fala incansavelmente sobre segurança e acaba preso a uma carreira e a uma vida que nunca são verdadeiramente seguras. O que há de seguro em trabalhar 40 horas por semana para uma empresa que, provavelmente, irá demitir você nos próximos anos?
Dentro de cada um de nós, há um vencedor e um perdedor, o cara rico e o pobre, aquele que trabalha e aquele que se senta no sofá. Essa é a batalha. A razão pela qual você quer participar de uma empresa de marketing de rede é que eles vão apoiar o rico dentro de você. Seus amigos perdedores querem que você fique no sofá, querem que você busque segurança e trabalhe suas 40 horas, porque, se você se conformar, então não os estará desafiando a fazer algo diferente. Não é assim para o patrocinador de seu marketing de rede. Sua equipe de marketing de rede quer que você seja bem-sucedido, quer que você vá além daquilo a que está acostumado, vá além de sua história e traga à tona o que há de mais excepcional, de mais extraordinário em você, e não permanecer comum.
É fácil dizer: “Não posso me dar esse luxo” ou “É muito caro” ou ainda “Só quero meus benefícios; não quero ter de trabalhar tão arduamente ou assumir riscos”. Esse é o perdedor falando.E você não deveria se sentir mal com isso. Todos nós temos um perdedor. Tenho um em mim, e muitas vezes ele ganha, pelo menos por um tempo curto. Todas as manhãs, penso: Quem levantou esta manhã em mim, o rico ou o pobre em mim? O vencedor ou o perdedor? Essa é a nossa batalha.
Na verdade, cada um de nós tem um elenco inteiro de personagens dentro de nós, todo um espectro de quem poderíamos vir a ser. Eu quis ser uma pessoa feliz no casamento, que faria uma contribuição para o planeta e que estaria espiritualmente inclinada para a liberdade. Toda vez que deixamos nossos medos, nossas dúvidas ou nossa baixa autoestima ganharem, o perdedor surge e domina. Aprender a compartilhar sua visão e contar uma história poderosa, persuasiva, implica aprender a substituir o perdedor dentro de você e permitir que o vencedor venha à tona. Aprender a contar uma história poderosa é aprender a se mostrar como o vencedor que você é.
A maioria das pessoas não tem a capacidade de seguir em frente, de lidar com a decepção e de nunca perder de vista o caminho que percorrem. Elas não foram treinadas nessa habilidade. Mas ela é extremamente importante. Essa é a habilidade real de alguém que dominou o quadrante D. Isso é pensar como um empresário – e é o atributo mais importante que você pode aprender com a construção da própria empresa de marketing de rede.
CONTINUA

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

BALCÃO DE NEGÓCIOS

Em momento difícil, governo federal adia o corte de três mil comissionados para obter apoio daqueles que só pensam neles próprios – seus deputados e senadores.



                                                  
O Palácio do Planalto decidiu adiar o corte de três mil cargos comissionados anunciado pela presidente Dilma Rousseff como parte da reforma administrativa. A ideia é esperar passar este momento de crise para desencadear a dispensa de pessoal. A avaliação é de que isso poderá abrir novo flanco de insatisfação da base parlamentar no Congresso, em um momento em que o governo busca evitar o impeachment da petista.
Ainda não há nova data fixada para a extinção dos cargos, tecnicamente chamados de Direção e Assessoramento Superior (DAS).
Neste momento, o Palácio do Planalto discute com os partidos as nomeações de segundo e terceiros escalões, após a reforma ministerial que extinguiu pastas e ampliou a presença do PMDB na Esplanada dos Ministérios. A liberação dos cargos é uma das exigências dos partidos para garantir o apoio da base governista à presidente, que está ameaçada pela possível abertura de um processo de impeachment.
Para assessores de Dilma, seria temerário anunciar a demissão de possíveis afilhados de políticos que ocupam DAS quando o governo está justamente tentando reconstruir a sua base parlamentar.
Pelo anúncio inicial, o governo esperava economizar R$ 200 milhões com o corte de três mil dos 22,6 mil cargos comissionados, com a extinção de ministérios e de 30 secretarias.
A reforma, contudo, segue onde não afeta muito a política. Viagens de primeira classe bancadas com dinheiro público passaram a ser, desde ontem, exclusividade do presidente e do vice-presidente da República. Em viagens de trabalho, os ministros e os comandantes das Forças Armadas, que antes tinham direito a essa regalia, só poderão embarcar agora na classe executiva. Todos os demais agentes públicos e dependentes só terão direito a bilhetes da classe econômica. A medida foi publicada ontem em decreto no Diário Oficial da União.
Transporte
O governo federal também restringiu o uso de carros oficiais a ministros e chefes das Forças Armadas. A norma diz que dirigentes máximos de autarquias e fundações, ocupantes de cargos comissionados, chefes de gabinete de ministros e dirigentes estaduais ou regionais de órgãos da administração pública federal, que tinham direito ao uso individual de carros oficiais, só poderão usar "veículos de transporte institucional de modo compartilhado".
Segundo o Ministério do Planejamento, 280 pessoas perderão direito ao uso exclusivo de veículos oficiais. A regra se aplica a presidentes de todas as agências reguladoras - como a Aneel (energia), ANS (saúde), Anatel (telecomunicações) e Anvisa (vigilância sanitária) -, reitores de universidades federais, presidentes do Conselho de Administrativo de Defesa Econômica (Cade), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), entre outras autarquias.
Dilma manteve o privilégio do uso de carros oficias para familiares do presidente e do vice "se razões de segurança o exigirem" e para ocupantes de cargos de natureza especial, como ministros de Estado.
O Ministério do Planejamento informou que, no curto prazo, a previsão é de que haja compartilhamento dos carros entre os ministérios.
Na terça-feira, o governo também fixou medidas para reduzir em 20% despesas com a contratação de bens e serviços e com o uso de telefones corporativos. Foi limitado a R$ 500 o valor que ministros poderão gastar por mês com a conta de celular.


A NOSSA BURROCRACIA É LASTIMÁVEL



Há 55 anos o primeiro brasileiro era laureado com o Prêmio Nobel de Medicina

Após o anúncio oficial dos ganhadores do Nobel de 2015, o Brasil ficou mais uma vez fora da lista dos laureados. O que muitos não sabem é que um brasileiro foi agraciado com o prêmio em 1960, mas por questões burocráticas não veio para o nosso país. 



  
Nascido em Petrópolis, mais exatamente na Cidade Imperial como consta em seu registro de nascimento, em 28 de fevereiro de 1915, Peter Brian Medawar morou no Brasil até seus 13 anos de idade

Todos os anos durante o período de anúncio dos agraciados pelo Nobel, os brasileiros esperam que a medalha venha pela primeira vez para solo nacional. Em alguns casos, o Brasil quase trouxe a conquista na bagagem, mas 'bateu na trave'. O que muitos não sabem é que em 1960, esta escrita foi quebrada, mas por questões “burocráticas” a premiação nunca constou no ranking do Brasil.
Nascido em Petrópolis, mais exatamente na Cidade Imperial como consta em seu registro de nascimento, em 28 de fevereiro de 1915, Peter Brian Medawar morou no Brasil até seus 13 anos de idade, quando rumou à Inglaterra para cursar o segundo grau (equivalente ao atual Ensino Médio). Em terras estrangeiras, o brasileiro, que também possuía cidadania inglesa desde seu nascimento, se destacou estudando biologia e zoologia no conceituado Marlborough College. A partir daí, sua carreira foi marcada por diversas conquistas, entre eles o título de 'sir', dado pela Rainha Elizabeth, em 1965.
Em 1960, veio a mais importante de todas as conquistas, após o reconhecimento do seu trabalho, em conjunto com o australiano Frank Burnet, pela descoberta sobre a "tolerância imunológica adquirida" com a invenção do soro antilinfocitário. O Nobel de Medicina daquele ano premiou o trabalho que possibilitou a criação de uma metodologia para a não rejeição do novo tecido durante um transplante de órgãos. Em 1962, ocorreu o primeiro bem sucedido transplante de órgãos entre um doador morto e um paciente vivo. Baseado no método Medawar e Burnet, os médicos transplantaram um rim e o paciente ganhou uma sobrevida de 21 meses. Após as descobertas foi possível popularizar os transplantes de órgãos que ajudam até os dias atuais a salvar milhões de vidas.
Inglês ou brasileiro?
Ao nascer, Peter Brian Medawar foi registrado num cartório de Petrópolis, mas também na embaixada do Reino Unido, como cidadão inglês. Em 1913, sua família havia vindo da Inglaterra rumo ao Brasil para instalar uma filial da "Óptica Inglesa" e permaneceu no país por mais de uma década até retornar ao Velho Continente. Quando o jovem Medawar decidiu ir à Inglaterra estudar, ele ainda possuía nacionalidade brasileira, mas ao completar sua maioridade foi convocado a retornar ao Brasil para se alistar ao serviço militar obrigatório. Naquela época, ele não quis abdicar dos estudos para vir ao país e tentou junto ao seu padrinho, o Ministro da Aeronáutica, Salgado Filho, obter a liberação do alistamento militar, porém foram recusados. Após isso, sua nacionalidade brasileira foi 'apagada' e o país 'perdeu', oficialmente, um dos maiores cientistas de sua época. 

Retorno ao Brasil
Pouco mais de um ano após ser laureado com o Nobel, Medawar retornou ao Brasil para receber o título de Doutor Honoris Causa pela atual Universidade Federal do Rio de Janeiro, além de rever parte da família e amigos de infância. Naquela época, a imprensa brasileira não deu destaque à ilustre visita, mas ainda assim ele realizou palestras no Instituto de Biofísica da Universidade do Brasil e na Academia Brasileira de Ciências. Durante a estadia, ele afirmou que o retorno ao Brasil foi uma das suas maiores emoções e ainda comentou sobre sua paixão por um bom prato de arroz, feijão e farofa.

AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

  Brasil e Mundo ...