Paulo Haddad
A economia mundial continua com
enormes dificuldades para retomar um ciclo de expansão sustentada. A zona do
Euro e o Japão persistem em sua trajetória de baixo crescimento. A
desaceleração da economia da China torna-se inequívoca. Países emergentes como
o Brasil e a Rússia estão em recessão. Até mesmo os EUA, que têm prenunciado
melhores indicadores de crescimento após uma longa estagnação desde a crise de
2008, têm sido impactado desfavoravelmente pelo dólar cada vez mais forte e
pela economia global cada vez mais fraca.
Nesse contexto de desalento econômico, reapareceu a tese do economista Alvin Hansen que, em 1938, previa que o capitalismo caminharia para uma estagnação secular. Uma situação em que as economias capitalistas maduras seriam caracterizadas por baixo crescimento econômico, novos padrões demográficos, taxas de juros reais negativas, baixa capacidade de inovar, índices de produtividade pouco significativos. Embora a tese da estagnação secular do capitalismo tenha sido retomada recentemente, os economistas clássicos (Malthus, Ricardo, Marx) já previam a falta de progresso econômico no capitalismo a partir do argumento de que a taxa de lucro apresentava tendência declinante com desestímulo à acumulação de capital no longo prazo. Estamos efetivamente num momento de estagnação secular do regime capitalista nas economias que mais se desenvolveram? Não creio.
Constata-se, historicamente, que o capitalismo evoluiu segundo grandes ondas de inovação tecnológica (energia a vapor, eletricidade, construção de ferrovias, produção de petróleo, indústria automobilística etc.). As revoluções industriais, que vêm ocorrendo na história mundial desde o século 18, resultaram em aumentos significativos na produtividade de mão de obra. As ondas de inovação, que vão desde a energia a vapor às redes digitais, trouxeram grande prosperidade para muitas nações, multiplicando o rendimento do trabalho por centenas de vezes em relação aos valores que prevaleciam em 1785. Quando se esgotam os impactos dessas inovações sobre a expansão econômica, inicia-se um período de estagnação e decadência nas economias de mercado.
Estamos, contudo, no limiar de uma nova onda de inovações que irá resgatar a dinâmica do capitalismo com a emergência de novas oportunidades de realização para o bem-estar social das populações. Essa nova onda de inovações está concentrada na sustentabilidade ambiental e na produtividade dos recursos naturais, na reestruturação das matrizes energéticas, nos investimentos para a sustentação, a restauração e a expansão dos estoques de capital natural.
A humanidade se conscientizou de que os limites do Planeta não têm capacidade de suporte para o crescimento acelerado se persistirem os atuais padrões de tecnologia, de consumo e de negócios. O que a nova revolução industrial do capitalismo propõe para o porvir dos ciclos de expansão é coordenar adequadamente o processo de desenvolvimento sustentável com soluções inovadoras para a promoção da competitividade sistêmica: ecologia industrial, química verde, nanotecnologia, biomimética, sistemas de design integrado etc. Para haver prosperidade no futuro, a sociedade tem de usar seus recursos ambientais de forma imensamente mais produtiva e socialmente mais justa com as atuais e futuras gerações.
Nesse contexto de desalento econômico, reapareceu a tese do economista Alvin Hansen que, em 1938, previa que o capitalismo caminharia para uma estagnação secular. Uma situação em que as economias capitalistas maduras seriam caracterizadas por baixo crescimento econômico, novos padrões demográficos, taxas de juros reais negativas, baixa capacidade de inovar, índices de produtividade pouco significativos. Embora a tese da estagnação secular do capitalismo tenha sido retomada recentemente, os economistas clássicos (Malthus, Ricardo, Marx) já previam a falta de progresso econômico no capitalismo a partir do argumento de que a taxa de lucro apresentava tendência declinante com desestímulo à acumulação de capital no longo prazo. Estamos efetivamente num momento de estagnação secular do regime capitalista nas economias que mais se desenvolveram? Não creio.
Constata-se, historicamente, que o capitalismo evoluiu segundo grandes ondas de inovação tecnológica (energia a vapor, eletricidade, construção de ferrovias, produção de petróleo, indústria automobilística etc.). As revoluções industriais, que vêm ocorrendo na história mundial desde o século 18, resultaram em aumentos significativos na produtividade de mão de obra. As ondas de inovação, que vão desde a energia a vapor às redes digitais, trouxeram grande prosperidade para muitas nações, multiplicando o rendimento do trabalho por centenas de vezes em relação aos valores que prevaleciam em 1785. Quando se esgotam os impactos dessas inovações sobre a expansão econômica, inicia-se um período de estagnação e decadência nas economias de mercado.
Estamos, contudo, no limiar de uma nova onda de inovações que irá resgatar a dinâmica do capitalismo com a emergência de novas oportunidades de realização para o bem-estar social das populações. Essa nova onda de inovações está concentrada na sustentabilidade ambiental e na produtividade dos recursos naturais, na reestruturação das matrizes energéticas, nos investimentos para a sustentação, a restauração e a expansão dos estoques de capital natural.
A humanidade se conscientizou de que os limites do Planeta não têm capacidade de suporte para o crescimento acelerado se persistirem os atuais padrões de tecnologia, de consumo e de negócios. O que a nova revolução industrial do capitalismo propõe para o porvir dos ciclos de expansão é coordenar adequadamente o processo de desenvolvimento sustentável com soluções inovadoras para a promoção da competitividade sistêmica: ecologia industrial, química verde, nanotecnologia, biomimética, sistemas de design integrado etc. Para haver prosperidade no futuro, a sociedade tem de usar seus recursos ambientais de forma imensamente mais produtiva e socialmente mais justa com as atuais e futuras gerações.


