domingo, 16 de agosto de 2015

LADO MAU



  

Márcio Doti



O Brasil amadureceu com facilidade o seu lado mau, tanto no que diz respeito à criminalidade, à violência, o crime organizado, quanto no que se refere aos métodos e fórmulas de corrupção, os desvios da política, transformada em instrumento de conquistas pessoais e de grupo. Tudo isso, quase sempre em prejuízo do interesse publico, do interesse comum, transformando em privado o que é público, desviando de seus nobres objetivos os recursos do povo que são abundantes para render muito dinheiro em desvio, enquanto falta condição para equipar e manter funcionando a máquina pública que seja capaz de oferecer aos cidadãos a escola, o hospital, a segurança, indispensáveis à qualidade de vida de uma população.

A pergunta mais viva no interior de cada cidadão certamente diz respeito ao tanto que vai durar toda essa confusão, até que se tenha o Brasil nos trilhos, a economia estável, o país produzindo e os cidadãos vivendo com dignidade, ainda que em diferentes faixas sociais. Todavia, não há quem tenha a resposta. Nem sabemos se, de fato, as coisas vão melhorar nos próximos anos ou se vamos passar um longo tempo esperando o crescimento do brasileiro para, então, chegar a esse estágio de amadurecimento da sociedade. De uma coisa devemos nos convencer: dependemos da maturidade dos nossos cidadãos para ganhar de presente esse Brasil. É com a consciência de poder pressionar, cobrar, influir, rejeitar ou aceitar, aplaudir ou vaiar que assumiremos as rédeas da nação e caminharemos para esse outro Brasil que hoje nos parece tão distante.

Se não fosse a coragem de um juiz federal, o trabalho sério e dedicado de procuradores federais, a dedicação e a firmeza da Polícia Federal baseada no Paraná, se não fossem essas pequenas e modestas células, em comparação com o que existe no Brasil em matéria de justiça, polícia e ministério público, não fossem essas estruturas localizadas no Sul do país e provavelmente os bilhões continuariam sendo drenados e consumidos da Petrobras, continuariam alimentando falcatruas, distorcendo processos eleitorais, destruindo o que pode ser considerado como o maior patrimônio em matéria de empresa estatal brasileira. Isto chega a ser tenebroso, mas absolutamente verdadeiro.

Ainda agora estamos vendo o Senado Federal se esmerar para passar lei que obrigue a polícia a submeter detenções a um juiz no prazo de 24 horas para saber se o detido vai continuar na prisão ou se deverá ser solto. Nota-se uma grande preocupação com os criminosos, assegurar-lhes direitos que de fato devem ter, desde que igual preocupação viesse em socorro do cidadão de bem e sabemos que não é assim.

Vítimas continuam prestando depoimento no mesmo ambiente em que estão os acusados de agressões, não se dá a mínima para a intimidação que essas pessoas sofrem. Há muitas coisas para corrigir, aperfeiçoar e que dizem respeito ao cidadão de bem, agredido toda hora, atacado toda hora e nossos caríssimos senadores deixam tudo de lado para cuidar dos criminosos ou suspeitos de crimes. O Brasil precisa achar seu foco e isso somente acontecerá quando o povo aprender a cobrar de verdade daqueles que desprezam prioridades.

sábado, 15 de agosto de 2015

A ARTE DA GUERRA NAS EMPRESAS



Obra milenar, A Arte da Guerra dá lições de empreendedorismo
Escrito pelo general chinês Sun Tzu há mais de 2500 anos, livro de estratégia militar se tornou um guia para executivos e empresários

Se pudesse viajar 25 séculos no futuro, o general, estrategista e filósofo chinês Sun Tzu provavelmente ficaria surpreso ao ver homens de terno e gravata, sentados dentro de um jatinho, lendo e relendo “A Arte da Guerra” para se preparar para uma reunião especialmente difícil. O livro de 513 a.C. nunca deixou de ser referência no meio militar. Mas há décadas continua sendo um dos mais lidos e mais influentes do mundo dos negócios.
A obra foi escrita em 13 capítulos concisos e diretos, com dicas preciosas para qualquer exército sair vitorioso de uma batalha. Ao longo da história, existiram outras dezenas de livros deste estilo, mas nenhum se mostrou tão popular, primeiro no Oriente e, muito tempo depois, no Ocidente. Desde que foi traduzido para o francês, em 1772, ele se tornou leitura de cabeceira de comandantes tão diferentes quanto o francês Napoleão Bonaparte, o britânico Everard Calthrop e o americano Douglas MacArthur. A novidade, em décadas mais recentes, é o uso da obra como base para comparar os ambientes militar e empresarial.
“A Arte da Guerra é um clássico, e como tal pode ser lido sob diversas perspectivas”, diz o administrador Leonardo Secchi, professor da Universidade do Estado de Santa Catarina. “Pode-se fazer a metáfora da guerra para o ambiente de mercado competitivo, dentro do qual a empresa precisa ter conhecimento de três elementos essenciais”. Nesta comparação, o exército seria a própria empresa, o inimigo seriam os competidores, e o terreno seriam o mercado, os fornecedores e os acionistas.


Semelhanças entre os ambientes militar e corporativo transformaram o clássico de Sun Tzu em um best-seller no meio empresarial
Foto: Elnur / Shutterstock

A obra contém lições que podem ser extrapoladas para o ambiente corporativo:
Conheça a si e ao concorrente – Uma das máximas mais famosas de Sun Tzu afirma: “Se você conhece o inimigo e conhece a si mesmo, não precisa temer o resultado de cem batalhas”.

Reconheça sua inferioridade – Diante de um concorrente mais tradicional ou mais poderoso, não ataque de maneira frontal nem mostre seus trunfos abertamente. Prefira agir de surpresa.

Aja com firmeza – A cautela é válida, até que chega o momento certo de agir. Neste caso, seja para um lançamento de produto ou a abertura de uma filial, o importante é ser decidido.

Valorize a criatividade – O general chinês diz que a força de um exército não depende de seu tamanho. Agir de maneira inovadora, com criatividade, é sempre mais valioso.
Mantenha a equipe motivada – Não há estratégia bem pensada e capacidade de inovação que funcione se o time está disperso, desmotivado ou com problemas graves de hierarquia.

O professor Secchi alerta, no entanto, que não é possível pautar toda a política da empresa em uma única obra. “Como toda metáfora, a da guerra possui limitações. Uma delas é o desenho organizacional: empresas modernas, intensivas em conhecimento, buscam desenhos mais horizontais, de autonomia gerencial, de criatividade e desenvolvimento holístico dos funcionários”, afirma.
“Outra limitação é relativa ao ambiente externo competitivo”, continua Secchi. “Nos dias atuais as empresas buscam estabelecer relacionamentos cooperativos e de longo prazo com clientes, fornecedores e até competidores, no sentido de posicionar-se estrategicamente no mercado e entregar produtos e serviços mais úteis à sociedade”, conclui o professor.

DESTA VEZ O POVO SERÁ OUVIDO



  

Márcio Doti



Finalmente, está chegando a hora da verdade. Qual verdade? Se a presença do povo nas ruas, depois de amanhã, confirma ou desmente as medições de pesquisa e os panelaços estrondosos apesar das tentativas de minimizar, mas que apontam um grande descontentamento do cidadão brasileiro. Descontentamento com a presidente Dilma, com os políticos, com a situação do país e uma grande descrença quanto à mudanças e correções. O povo nas ruas pode ser para dizer que não quer mais a presidente Dilma. Pode não ser isso, pode ser para dizer que está cheio de tudo o que está aí, que espera e exige mudanças, correções. Que não suporta ouvir essa desculpa de país sem dinheiro para pagar salário digno para aposentado, sem recursos para cuidar da boa educação, para assistir o brasileiro na doença e para garantir a segurança pública. Mas que tem dinheiro para conceder reajustes salariais para categorias de servidores públicos, na base da pressão, que também tem dinheiro para assegurar reajustes de 16% a 46% para o Judiciário porque a falta de comando é uma das características de um governo enfraquecido, frágil, desrespeitado. As manifestações podem dizer, também, que um país de tantas necessidades é o mesmo em que empreiteiras e gente do governo se juntam para roubar bilhões de reais.

Temos percebido muitos sinais a indicar que tudo vem sendo feito para ajeitar situações, já se conseguiu aumentar o prazo no Tribunal de Contas da União para que a presidente Dilma explique as suas pedaladas pelas quais a corte pode reprovar as contas presidenciais e assim abrir caminho para um processo de impeachment. Sabemos que esse gigantesco escândalo da Petrobras não seria descoberto, o dinheiro continuaria jorrando até hoje, se não fosse um empresário chamado Hermes Magnus, preocupado com a sua reputação, que colocou a boca no mundo até ser aconselhado a procurar o juiz federal Sérgio Moro e contar tudo o que permitiu chegar ao ex-deputado José Janene, depois falecido, e ao doleiro Youssef e, a partir daí, a tudo isso que vai sendo desvendado pela operação “Lava Jato”. Em busca de financiador para as máquinas que pretendia fabricar, o empresário frequentou festas na casa de Janene até receber a primeira remessa de 15 mil reais. O dinheiro chegou através de caixas eletrônicas, com vários nomes e cpf’s e em valores pequenos, o que o levou à suspeita de estar sendo usado para lavagem de dinheiro. Foi a partir daí que procurou autoridades, muitas vezes sem sucesso, até encontrar o juiz Sérgio Moro, quando as coisas andaram. Segundo Hermes Magnus, quando se chegar às transações do BNDES vai se descobrir escândalos bem maiores do que esses da Petrobras.

E não devemos nos esquecer de que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, continua disposto a dar trabalho ao governo Dilma e conseguiu tirar o PT do comando da CPI dos fundos de pensão das estatais, outra fonte de dores de cabeça para o Planalto porque recursos de funcionários foram usados para aplicar em papéis sem qualquer valor. Com tantas bombas armadas e tanta disposição governamental para desarmar cada uma, o povo sofrido, sem salário, sem emprego, sem poder aquisitivo que decida se vai se sujeitar ou se vai cobrar atitude, mostrando presença.

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

O VOO DA ÁGUIA



O voo da renovação



A águia é a ave que possui a maior longevidade da espécie. Chegam a viver 70 anos. Mas para chegar a essa idade, ela tem que algumas vezes se recolher e procurar se renovar.

Depois de um longo período, as suas unhas ficam compridas e flexíveis e não consegue mais agarrar as suas presas das quais se alimenta. O seu bico alongado e pontiagudo se curva. As suas asas, ficam envelhecidas e pesadas em função da grossura das penas, e voar fica tão difícil!

Então, a águia vive um processo de renovação. Esse processo consiste em voar para o alto de uma montanha e se recolher em um ninho próximo a um paredão onde ela não necessite voar.

Então, após encontrar esse lugar, a águia começa a bater com o bico em uma parede até conseguir arrancá-lo.

Após arrancá-lo, espera nascer um novo bico, com o qual vai depois arrancar suas unhas. Quando as novas unhas começam a nascer, ela passa a arrancar as velhas penas.

Durante todo o processo a águia é alimentada por outras do seu grupo. Refeito dessa primeira fase, o animal começa a arrancar suas penas, para que novas ressurjam. São cerca de 150 dias de preparação para o famoso vôo da águia, quando a ave ressurge no auge do seu vigor, com mais 35 anos pela frente.

E finalmente, a águia sai para o famoso voo de renovação e para viver então um novo tempo, cheia de muita vitalidade e nova energia.

Em nossa vida, muitas vezes, temos de nos resguardar por algum tempo e começar um processo de renovação. Para que continuemos a voar um voo de vitória, devemos nos desprender de lembranças, costumes e outras tradições que nos causaram dor. Somente quando nos livrarmos do peso do passado é que podemos aproveitar o resultado valioso que uma auto renovação sempre nos traz.

AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

  Brasil e Mundo ...