quarta-feira, 29 de julho de 2015

CORRUPÇÃO ENDÊMICA



O petrolão era só o começo

Bernardo Mello Franco 


BRASÍLIA - A prisão do presidente da Eletronuclear mostra que a Lava Jato ultrapassou as fronteiras da Petrobras. A investigação chegou com força ao setor elétrico, que concentra alguns dos maiores investimentos do governo federal. Ao que tudo indica, o petrolão era só o começo.
O enredo da nova série, já chamada de eletrolão, parece reprise da anterior. O governo repartia as estatais entre os partidos aliados. As estatais repartiam os contratos entre as empreiteiras. As empreiteiras repartiam a propina entre os dirigentes das estatais e seus padrinhos em Brasília.
O último elo da partilha são os políticos, que ainda não apareceram na história. "É possível que no avanço das investigações a gente chegue a isso", disse o delegado Igor Romário de Paula. Para bons entendedores, o recado não poderia ser mais claro.
No início do governo Lula, o setor elétrico era propriedade do PT. Dilma Rousseff, ainda pouco conhecida, comandava o Ministério de Minas e Energia. Depois do mensalão, a pasta passou ao controle do PMDB. Foi chefiada por figuras como Silas Rondeau e Edison Lobão, ambos aliados do ex-presidente José Sarney.
Rondeau caiu ao ser citado na Operação Navalha. Lobão, que voltou ao Senado, é investigado na Lava Jato. Estava no ministério quando a Eletronuclear licitou as obras de Angra 3, novo foco da investigação.
Segundo o delator Dalton Avancini, a partilha beneficiou sete empreiteiras. "Já havia um acerto entre os consórcios com a prévia definição de quem ganharia cada pacote", contou. Depois, as empresa pagariam propina a dirigentes da estatal e ao PMDB.
Apesar do enredo repetido, o caso da Eletronuclear traz uma novidade. O presidente da estatal, Othon Luiz Pinheiro da Silva, é vice-almirante reformado. Sua prisão, sob suspeita de embolsar R$ 4,5 milhões, serve de alerta a quem pensa que uma "intervenção militar" salvaria o país da corrupção. Em tempo: na ditadura, nunca haveria espaço para uma operação como a Lava Jato.

RADIOTIVIDADE ESPALHA



Planalto teme que investigação da Lava Jato atinja aliados de Renan Calheiros


 

A preocupação do Palácio do Planalto com a nova fase da Operação Lava Jato, batizada de Radioatividade, reside principalmente no PMDB no Senado. Em crise, o governo precisa do apoio do presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), para enfrentar Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que comanda a Câmara, e tem poder para admitir a tramitação de pedidos de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.
Investigações da Polícia Federal apontam que propinas pagas ao almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva, presidente licenciado da Eletronuclear, ocorreram de 2011 a 2015. Até o fim de 2014, o senador Edison Lobão (PMDB-MA), integrante do grupo de Renan e do ex-presidente da República José Sarney, esteve no comando do Ministério de Minas e Energia.
Embora o Planalto já espere que essa etapa da Lava Jato também atinja políticos do PMDB, uma vez que o partido é responsável pelo loteamento do setor elétrico, a extensão da operação sobre aliados de Renan ainda é uma incógnita.
A inclusão do nome de Pinheiro da Silva no esquema surpreendeu o governo, uma vez que o almirante é considerado um dos maiores especialistas do mundo em urânio enriquecido. Apesar de o PMDB saber que Lobão aparecerá novamente nesta fase da Lava Jato, interlocutores de Dilma argumentam que, na atual conjuntura, qualquer notícia envolvendo aliados tem potencial de provocar nova crise política. O senador já é investigado pela Lava Jato desde o ano passado.
Em delação ao Ministério Público, em 2014, o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa afirmou que Lobão, então ministro de Minas e Energia, pediu a ele R$ 1 milhão, em 2008. Lobão também foi citado na delação do dono da UTC, Ricardo Pessoa, como beneficiário de suborno na pasta. A empreiteira é uma das contratadas pela Eletronuclear para as obras em Angra 3. Lobão nega as acusações.
Aproximação
Para o governo e a cúpula do PMDB, a Lava Jato tem potencial para atrapalhar as tentativas de aproximação com Renan - o governo depende do presidente do Senado para aprovar o projeto que revê a desoneração da folha de pagamento das empresas, última etapa do ajuste fiscal, e impedir a "pauta-bomba", com propostas que aumentam os gastos. Além disso, ele pode fazer um contraponto a Cunha e barrar a tramitação de possíveis pedidos de impeachment.
Renan, no entanto, também é alvo da Lava Jato. Desde então, dizendo-se "injustiçado", já impôs várias derrotas ao Planalto. O receio do governo é de que senadores aliados acabem adotando a mesma posição de Cunha, rompendo com Dilma. Cunha declarou guerra ao Planalto depois de vir a público a delação do lobista Julio Camargo, que o acusou de tê-lo pressionado a pagar propina de US$ 5 milhões. Para o presidente da Câmara houve uma "conspiração palaciana".
A CPI da Petrobras, controlada pelo PMDB, não deve mirar no esquema na Eletronuclear. Um pedido para a criação da CPI do Setor Elétrico chegou a ser apresentado no início do ano pelo tucano Carlos Sampaio (SP), mas não foi adiante.

SUSTENTABILIDADE



O desafio da sustentabilidade

Pierre Santos Vilela - Hoje em Dia




A agricultura brasileira se desenvolveu inicialmente em ciclos econômicos. Do descobrimento até a primeira metade do século XX, eram baseados na monocultura ou extrativismo, primeiramente com pau brasil e seguindo com cana (açúcar), borracha, tabaco, pecuária (couro) e café.

Nos anos 1950, uma onda de modernização - apoiada pela genética, insumos químicos e mecanização - conhecida como Revolução Verde -, surge dos esforços em pesquisa e extensão para a recuperação da capacidade produtiva do Hemisfério Norte no pós-segunda guerra. Essas tecnologias foram disseminadas e chegaram ao Brasil na década de 1960.

Desse momento em diante, a agricultura brasileira prosperou com base em ciclos tecnológicos, impulsionados pela criação dos sistemas brasileiros de pesquisa agropecuária, capitaneado pela Embrapa, e de extensão rural. Tais avanços permitiram a diversificação da produção e a expansão da área agrícola, inclusive sobre o Cerrado, antes considerado inaproveitável. Posteriormente, significativos ganhos em produtividade conferiram ao país a posição de um dos principais produtores de alimentos do mundo e a abriram a possibilidade de preservar cerca de 60% de seu território com florestas nativas.

O salto populacional foi proporcional aos ganhos de capacidade produtiva agrícola aqui e mundo afora ao longo dos anos. Em 1950, a população mundial girava em torno de 2,5 bilhões de pessoas, chegando a 7 bilhões em 2011. Ou seja, a tecnologia agrícola permitiu, dentre outros avanços, como a medicina, o crescimento de 180% da população mundial em apenas 60 anos.

Tanta gente no mundo em tão pouco tempo passou a gerar crescentes desequilíbrios e a preocupação com o futuro se tornou premente. Devemos, então, ser sustentáveis, para podermos ter futuro. Disseminou-se o famoso tripé: ambientalmente correto, socialmente justo e economicamente viável.

No Brasil, os agricultores são constantemente surpreendidos por novas legislações, normas e regulamentos, destacadamente nos campos ambiental e trabalhista. Mudanças que trazem mais e mais obrigações, a despeito da capacidade dos agricultores em cumprir, de seu alcance - vez ou outra, duvidoso - ou mesmo de sua factibilidade.

Agricultores, por exemplo, submetidos à seca ou excesso de chuvas, em determinado momento, terão perdas de produtividade e - sem o seguro - de rentabilidade. Terão seu patamar de sustentabilidade modificado por um fator natural ou do ambiente, que refletirá no econômico.

Temos de ser sustentáveis, mas haverá sempre o rigor das leis para proteger o ambiente e a sociedade, enquanto o agricultor fica à mercê do mercado e da fragilidade da política agrícola. O que talvez falte aos que apregoam a sustentabilidade é compreender, assim como a economia, sociedade e ambiente praticam, o conceito de entropia.

Se temos ambiente, sociedade e economia dinâmicos, não podemos imaginar a sustentabilidade como algo alcançável, mas sim almejável

Sustentabilidade

Conceito de sustentabilidade
Sustentabilidade é um termo usado para definir ações e atividades humanas que visam suprir as necessidades atuais dos seres humanos, sem comprometer o futuro das próximas gerações. Ou seja, a sustentabilidade está diretamente relacionada ao desenvolvimento econômico e material sem agredir o meio ambiente, usando os recursos naturais de forma inteligente para que eles se mantenham no futuro. Seguindo estes parâmetros, a humanidade pode garantir o desenvolvimento sustentável.
Ações relacionadas a sustentabilidade
- Exploração dos recursos vegetais de florestas e matas de forma controlada, garantindo o replantio sempre que necessário.
- Preservação total de áreas verdes não destinadas a exploração econômica.
- Ações que visem o incentivo a produção e consumo de alimentos orgânicos, pois estes não agridem a natureza além de serem benéficos à saúde dos seres humanos;

- Exploração dos recursos minerais (petróleo, carvão, minérios) de forma controlada, racionalizada e com planejamento.
- Uso de fontes de energia limpas e renováveis (eólica, geotérmica e hidráulica) para diminuir o consumo de combustíveis fósseis. Esta ação, além de preservar as reservas de recursos minerais, visa diminuir a poluição do ar.
- Criação de atitudes pessoais e empresarias voltadas para a reciclagem de resíduos sólidos. Esta ação além de gerar renda e diminuir a quantidade de lixo no solo, possibilita a diminuição da retirada de recursos minerais do solo.
- Desenvolvimento da gestão sustentável nas empresas para diminuir o desperdício de matéria-prima e desenvolvimento de produtos com baixo consumo de energia.
- Atitudes voltadas para o consumo controlado de água, evitando ao máximo o desperdício. Adoção de medidas que visem a não poluição dos recursos hídricos, assim como a despoluição daqueles que se encontram poluídos ou contaminados.
Benefícios
A adoção de ações de sustentabilidade garantem a médio e longo prazo um planeta em boas condições para o desenvolvimento das diversas formas de vida, inclusive a humana. Garante os recursos naturais necessários para as próximas gerações, possibilitando a manutenção dos recursos naturais (florestas, matas, rios, lagos, oceanos) e garantindo uma boa qualidade de vida para as futuras gerações.


CRIATIVIDADE E INOVAÇÃO



  

Mário D'Alcântara


Vou reprisar um chavão que já está ficando chato, pelo tanto que o repito: o tsunami tecnológico mudou tudo. Mudou a maneira como o consumidor se relaciona com as marcas. Mudou a forma e o conteúdo da maneira como o ser humano se relaciona com os membros de sua tribo. O papel da marcas passou a ir muito além do mero produto físico ou dos serviços.

Há hoje infinitos canais novos alimentando o processo cultural.

Acima de tudo a tecnologia mudou os nossos processos de solução criativa de problemas. Nossos processos de comunicação ainda estão na obsolescência das mensagens lineares e não-interativas.

A mobilidade da comunicação passou a significar que a comunicação está em qualquer lugar, em qualquer atividade humana.

Assim, também nos nossos negócios, temos de fomentar novas ideias através da criatividade, da inovação, da imaginação.

As agências precisam urgentemente mudar seu modelo. E isto não significa apenas radicalizar a mudança da forma para o conteúdo. Os publicitários modernos são modernos maestros cujo papel é a orquestração da co-criação, em tempo real, com consumidores cujo comportamento não pode ser controlado.

O moderno homem de criação é um contador de histórias e um desenvolvedor de software. As novas ideias que irão reequilibrar o jogo do mercado não são apenas uma variante do “story telling” mas da nova arquitetura e da nova eficácia dos softwares.

Publicitário é agora um curador de marcas. E essa curadoria exige uma liberação total da sua criatividade. Como curador ele tem de entender que o consumidor tem infinitos caminhos para chegar ao brand. E na maioria das vezes este caminho não tem início nos meios clássicos.

Precisamos ingressar na era do Renascimento da Comunicação de Marketing. Mas é preciso revirar o velho modelo pelo avesso, para fazer dissipar as negras cores do nosso atual horizonte…Para isso, o principal nutriente de nossa visão estratégica e nossas ações tática devem ser a criatividade e a inovação, único ferramental apto a fazer despertar o consumidor moderno de sua inércia.

“Publicitário é agora um curador de marcas. E essa curadoria exige uma liberação total da sua criatividade. Como curador ele tem de entender que o consumidor tem infinitos caminhos para chegar ao brand. E na maioria das vezes este caminho não tem início nos meios clássicos”

O que é Criatividade:
Criatividade é o substantivo feminino com origem no latim creare, que indica a capacidade de criar, produzir ou inventar coisas novas.
A criatividade pode ser aplicada em qualquer área da vida. Ser criativo é "think outside the box" (expressão em inglês que significa pensar fora da caixa), ou seja, pensar de forma diferente. É ser original, não seguindo as normas pré-establecidas e nunca imitando o que já foi feito milhares de vezes.
Criatividade é um elemento essencial no contexto do trabalho. Nas empresas, os funcionários criativos são muitas vezes recompensados, porque conseguem pensar em soluções eficazes para diversos problemas. A criatividade frequentemente resulta em soluções que permitem à empresa economizar ou criar produtos que aumentam o seu lucro.
No âmbito das artes, a criatividade artística consiste na capacidade do indivíduo de criar obras com valor e com elevado grau de diferenciação em relação a outras obras. Uma obra criativa pode ser uma pintura, um livro, uma escultura ou um edifício, por exemplo.
A criatividade muitas vezes surpreende as pessoas de forma positiva, porque elas frequentemente não esperam algo diferente. Um exemplo disso são os presentes, muitas pessoas gostam de dar presentes criativos para amigos, familiares e namorado/a.
Existem oficinas de criatividade, que são uma colaboração entre a educação e psicologia, e têm como objetivo potenciar o autoconhecimento e a aceitação de outros indivíduos. Estas oficinas usam técnicas como pintura, escultura, desenho e muitas outras para desenvolver o pensamento criativo e diminuir o stress.
Criatividade e inovação
A criatividade e a inovação são dois conceitos que andam de mãos juntas. A criatividade é essencial para pessoas que querem inovar, inventar, criar coisas novas.
É importante referir que a criatividade não necessariamente significar criar alguma coisa do zero, muitas vezes significa inovar, ou seja, melhorar alguma coisa já existente.

AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

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