sábado, 11 de julho de 2015

SITUAÇÃO PIOR DO QUE A DE GETÚLIO VARGAS



POSTURA DE PRESIDENTE 

Márcio Coimbra 


Garrett Walker, presidente dos Estados Unidos na série “House of Cards”, olha para Frank Underwood e diz: “Minha aprovação é de 8%. Mesmo que eu escape de uma condenação, eu não tenho mais um mandato para liderar. É melhor que eu saia de cena com dignidade e a nação inicie seu processo de cura”.  
Walker enfrentava uma série de acusações sobre dinheiro ilícito em sua campanha presidencial.
Fez aquilo que se espera de um estadista: decidiu sair de cena, colocando sua nação em primeiro lugar.
Nenhum presidente americano na história recente teve indicações de popularidade como as sugeridas na ficção. Trumman andou no patamar de 22% e George W. Bush esbarrou nos 25%. Até Nixon, que acabou renunciando, tinha 24%. Atualmente, a de Obama vive em torno de 47%.
Tudo isso preocupa quando olhamos para os números do Ibope. Dilma anda disputando com Garrett Walker patamares baixos de aprovação. A presidente tem 9% de avaliação positiva. É uma situação preocupante.

  

Aristoteles Atheniense - Advogado e conselheiro nato da OAB, diretor do IAB e do IAMG, presidente da AMLJ.

As declarações que Dilma Rousseff fez em sua viagem aos Estados Unidos revelam a sua disposição permanente em distorcer os fatos, correndo o risco de ser desmentida. Foi o que ocorreu em várias oportunidades, sem medir a credibilidade que devia ter como presidente brasileira no exercício da elevada função que cumpria naquela visita.

A sua crítica à manifestação do empreiteiro Ricardo Pessoa, dono da UTC, reputando irrelevante o resultado de sua delação, importou no desconhecimento do que seja este instituto, cuja eficácia ela própria sancionou em 2013.

Assim procedeu, desmerecendo o Supremo Tribunal Federal, responsável pela homologação dos acordos feitos nas delações sem qualquer constrangimento físico que pudesse comprometê-los.

Também não perdeu a oportunidade de reportar-se ao seu passado, como se esse registrasse somente episódios heroicos que a credenciassem ao respeito do país onde se encontrava. A versão de que fora sempre alvo de tortura impiedosa, omitindo os assaltos e práticas terroristas de que participou, não correspondem à realidade dos fatos, comportando desmentidos, inclusive pelos que a acompanharam nas suas arrojadas aventuras.

A delação, ao contrário do que afirmou, está sujeita a aprovação da autoridade judiciária, não valendo por si só. A propina que prevaleceu no esquema da Petrobras, inclusive na campanha da reeleição presidencial, não resultou somente do depoimento daquele empresário, sendo conhecidos outros pronunciamentos no mesmo sentido.

A contribuição dada por Ricardo Pessoa à campanha de Dilma Rousseff não constitui fato isolado, pois atingiu, também, auxiliares diretos da presidente. Os pronunciamentos dos ministros Aloizio Mercadante e Edinho Silva, igualmente mencionados naquela revelação, tornam certo que a prática foi generalizada.

O lobista Milton Pascowitch, ouvido pelos procuradores que atuam no inquérito da Lava Jato, revelou a intermediação cumprida no pagamento de propina a José Dirceu, com a finalidade de garantir contratos da empreiteira Engevix com a Petrobras.

Como se vê, a história contada por Dilma Rousseff é bem diferente da realidade. Não se acanhou em negar a possibilidade de exoneração de Mercadante e Edinho, simplesmente pelo fato de que esses “não têm como se defender”, porque “não sabem do que são acusados”.

Adotando o mesmo sistema de seu antecessor e criador, o ex-presidente Lula, não se envergonhou em dizer que ela também ignora os fatos sobejamente veiculados na mídia, inobstante tudo quanto foi apurado de concreto pelo Ministério Público e Polícia Federal.

Nas entrevistas concedidas, ainda cometeu o desplante de afirmar que a Petrobras “não está ‘sub judice’”, apesar da existência de processos a que a estatal responde perante a Justiça norte-americana. Esta afirmativa desmereceu, implicitamente, a eficácia de futura condenação da Petrobras naquele país, onde o respeito à lei constitui a sua principal característica.

Assim, a ida de Dilma Rousseff ao encontro de Obama serviu apenas para mistificar o que vem ocorrendo no Brasil. Tudo não passaria de mero artifício criado pelos seus opositores, com o propósito de abalar o seu crédito político que, na verdade, mostra-se a cada dia mais cambaleante.

sexta-feira, 10 de julho de 2015

MORRE UMA LENDA



Omar Sharif, de 'Lawrence da Arábia', morre aos 83 anos
Ator egípcio sofreu um ataque cardíaco nesta sexta-feira

O ator egípcio Omar Sharif morreu nesta sexta-feira (10) aos 83 anos após um “sofrer um ataque cardíaco em um hospital do Cairo”, segundo informou seu empresário, Steve Kenis, à BBC.




No início desse ano, ele foi diagnosticado com Alzheimer. "É difícil determinar em que fase a doença está, mas é óbvio que ele nunca vai melhorar. Ele se lembra, por exemplo, que era Doutor Jivago, mas esqueceu quando foi filmado”, disse seu filho Tarek na época.

Sharif, que atuou em filmes como Doutor Jivago e Funny girl – Uma garota genial , ganhou destaque ao ser indicado ao Oscar de ator coadjuvante após sua atuação em Lawrence da Arábia , em 1962. Ele também é vencedor de dois Globo de Ouro e ganhou o prêmio Cesar de melhor ator em 2014 por seu papel no filme francês Monsieur Ibrahim et Les Fleurs du Coran .


Omar Sharif em 'Lawrence da Arábia'
Foto: Reprodução


Omar Sharif em 'Doutor Jivago'
Foto: Reprodução

SEJA RESILIENTE




Celso Bazzola




O fato de a resiliência ser um diferencial no campo profissional é algo antigo, contudo, agora, quando estamos passamos por um período de crise, esse ponto se torna mais primordial ainda. Mas, por quê? Primeiro temos que entender esse termo como a capacidade de as pessoas se adequarem aos mais variados ambientes, sejam eles hostis ou amigáveis, gerando resultados necessários aos objetivos das empresas.

A existência de profissionais com essas características para as empresas é importante nesse momento. Essa pessoa poderá ser um agente facilitador nas ações de mudanças internamente na empresa, por terem características de fácil absorção de situações críticas, não se deixando abater pelo momento adverso.

Essa característica do profissional faz com que nesses momentos ele capitaneie oportunidades de recuperação e melhorias pessoais e do grupo em que convive. Geralmente, com seu perfil, acaba sendo exemplo positivo aos colegas de trabalho para que os mesmos possam mudar suas ações de acordo com as necessidades da empresa.

Assim, esses profissionais diferenciam-se pela sua capacidades de vencer obstáculos e não deixar que as pressões atrapalhem nos resultados, também por estarem abertos na adaptação de clima favorável ou desfavorável, sempre prontos para se aperfeiçoar e mudar de atitudes ou estratégia, o que ajuda a empresa a atingir seus resultados.

Mas, como desenvolver a resiliência?

Embora saibamos que as pessoas são e agem de formas diferentes diante dos problemas, é possível, sim, desenvolver esta habilidade. Porém, o primeiro passo está na ação de querer buscar este equilíbrio e mudança. Para tanto, alguns pontos são fundamentais, dentre os quais, destaco:

– Administrar suas emoções e ter serenidade nas ações;

– Controlar os impulsos negativos ou de desespero, refletindo antes de tomar atitudes ou se dar como derrotado;

– Utilizar com frequência o otimismo e conviver com pessoas otimistas;

– Estar sempre atento ao ambiente em que está inserido, procurando sempre agir de forma coerente com o mesmo;

– A criação da empatia também ajudará a compreender o momento de outras pessoas, como são e estão;

– Acreditar que poderá solucionar os problemas que poderão surgir.

Assim, o primeiro passo para se tornar resiliente é mudar as atitudes, além da forma de ver os problemas. Após isto, buscar a melhor forma de conduzir e se adaptar a estas situações. Portanto, o equilíbrio e o otimismo se tornam vitais na aceitação das mudanças, a fim de superar as pressões com tranquilidade, sem que isto afete sua autoestima. Outro ponto importante é acreditar que você poderá ser um elemento de mudança diante de situações adversas.

Enfim, o panorama de crise cria a necessidade de resiliência, mas, a grande maioria das pessoas não possui essa qualidade, sendo assim imprescindível uma autoavaliação na busca do aprimoramento. Caso isso não ocorra, procure até mesmo a ajuda de especialistas para auxiliar esse desenvolvimento individual ou do grupo.

Consultor em recursos humanos e diretor executivo da Bazz Estratégia e Operação de RH

O QUE A FALTA DE EDUCAÇÃO FAZ




Maurílio Pedrosa

 

Dados do Departamento Penitenciário Nacional, órgão ligado ao Ministério da Justiça, em junho de 2015, demonstram que o Brasil tem cerca de 607 mil presos: são 300 pessoas presas para cada grupo de 100 mil habitantes. Sobram presos e faltam vagas, já que a taxa de ocupação dos presídios está em torno de 161%.

Nosso país responde por 5,7% da população prisional no mundo. Ocupamos o 4º lugar nessa estatística nada positiva, perdendo apenas para Estados Unidos, China e Rússia.

São Paulo e Minas Gerais apresentam o maior contingente de condenados do Brasil: 36% e 10% do total, respectivamente. Observando a escolaridade deste público, temos 53% com ensino fundamental incompleto. Na outra ponta, apenas 7% concluíram o ensino médio e 1% o ensino superior.

São raros os presos submetidos a atividades educacionais: 10% em nível nacional e 13% em nível estadual. Atividades de trabalho e laborterapia absorvem o tempo de 21% dos presos do Brasil e de 24% dos condenados mineiros.

Até aqui, explorando estatísticas, talvez não tenhamos apresentado grandes novidades. Afinal, a mídia escancara a má qualidade de nosso sistema prisional dia após dia. Mas rever esta realidade é fundamental para o ponto que queremos explanar: 56% das pessoas privadas de liberdade, no Brasil, estão em idades entre 18 e 29 anos e 48% delas ficarão presas por até oito anos quando, então, retornarão ao convívio social. Diante das condições acima expostas, estamos mesmo preparando estas pessoas para um processo de ressocialização?

Em um primeiro momento, a resposta imaginada seria que não. No entanto, iniciativas valiosas como a do Programa Regresso, do Minas Pela Paz, encaram esse grande desafio como oportunidade de transformação na vida de milhares de presos, assim como de suas famílias.

Dentro do sistema prisional, notadamente em Minas Gerais, há um espaço diferenciado para o cumprimento de penas denominado Apac – Associação de Proteção e Assistência aos Condenados. Na Apac, a metodologia se pauta pela valorização humana: os presos têm que se haver com o seu erro e lhes são dadas condições para um melhor retorno à sociedade.

É nesta perspectiva que o Minas Pela Paz atua junto às Apacs através do Programa Regresso. Acreditamos que a promoção de ações integradas que formem e capacitem detentos que estejam cumprindo suas penas nessas unidades corroborem com os trabalhos realizados de formação humana desse público.

Eles entram com baixa escolaridade e com quase ou nenhuma qualificação. E podem sair com o ensino médio completo, e algumas até iniciam o ensino superior. Muitos presos saem com uma qualificação profissional. Com uma profissão. Em muitos casos eles deixam a prisão com a carteira assinada e um emprego assegurado.

A partir do novo horizonte que se abre para essas pessoas, elas sonham com uma nova perspectiva de vida. Desde 2009, foram mais de 3.500 pessoas que, mesmo com suas trajetórias marcadas, adquiriram novos conhecimentos; 399 já foram certificados somente no ano de 2015.

Por que o Minas Pela Paz acredita nisso? Para contribuir com o sonho de dias melhores dessas pessoas, para que tenham uma vida mais digna, com inclusão social e profissional. Isso permite-nos, eu e você, nós e todos, sonharmos com uma sociedade melhor e é para isso que trabalhamos.

Gestor do Minas Pela Paz

AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

  Brasil e Mundo ...