Márcio Doti
Parece que o povo se cansou desse
joguinho de ping-pong. De um lado, o PT e seus aliados que além dos escândalos
patrocinam o revés da economia e empurram para o caminho do sofrimento os
brasileiros tantos que acreditaram na promessa do diferente, do mais justo, do
melhor para os que menos podem. Do outro lado, uma oposição apática, incapaz de
reagir ao tenebroso da vida nacional, fábricas mandando operários para casa à
espera de um milagre para não ter que demitir, lojas vazias, gente gastando
reservas e poupança para compensar os tempos difíceis enquanto espera para ver
o que acontece.
De um lado, aqueles 9% de petistas que tentam explicar as dificuldades ao afirmar que os graves problemas nacionais têm 500 anos, e em razão disso, que ninguém venha culpar o PT, que só está no poder há 12 anos. E do outro lado, vozes tímidas que não conseguem sequer mostrar a gravidade do quadro estampado pelo escândalo do século, o escândalo da Petrobrás e quem sabe o que mais pode vir por aí.
O resultado parece muito claro, ele se estampa nas pesquisas, nas medições mais recentes: a primeira delas, feita pelo Instituto Datafolha, e que entre outros dados mostrou que se a eleição fosse hoje e a disputa fosse entre Aécio e Lula, o primeiro teria 35% e o segundo 25%. É essa a diferença entre uma força e outra, entre uma vertente política e outra? Sim, um confronto de vertentes políticas, porque essas consultas de opinião pública, quando nem bem saimos de uma eleição, não servem mais do que para indicar a quantas anda a disposição do cidadão, o que ele está enxergando, o que sente com relação ao momento que vai vivendo.
Talvez queira ele dizer que uma coisa o assusta e a outra o desanima. Por enquanto, não lhe faltam motivos para extravasar nas redes sociais, para fazer piada como alternativa para não chorar. Razões para se animar, mesmo, isso o cidadão não demonstra. Nem para encarar o que está mais próximo, a eleição municipal do próximo ano. Até que em se tratando de indicar nomes, buscar favoritos, é conhecida a tendência do eleitor brasileiro de deixar bem para os momentos próximos da escolha o que não se deve ver como parte de um perfil, mas, provavelmente, como um estado de ânimo há muito prejudicado ou por muito tempo desligado, sem perceber o que agora constata, que as omissões nas urnas, essa indiferença diante do voto acaba voltando na forma de castigos muito duros para a vida de cada um.
Certo é que o mais visível neste momento é a insatisfação com o quadro, desde escândalos ao que aflige na mesa, no bolso, no emprego, na insegurança das ruas, na distância entre o que são as prioridades e o que efetivamente é perseguido nos plenários e nos gabinetes onde deveriam e devem estar aqueles que exercem mandatos e, nem por isto, estão representando satisfatoriamente o que precisa ser feito e o que deve ser combatido.
Mas, apesar de duro e difícil, o momento é significativo justamente por essa reação. A insatisfação e a capacidade de se manifestar é que fazem a esperança de momentos melhores, de uma convivência mais produtiva entre representantes e representados.
De um lado, aqueles 9% de petistas que tentam explicar as dificuldades ao afirmar que os graves problemas nacionais têm 500 anos, e em razão disso, que ninguém venha culpar o PT, que só está no poder há 12 anos. E do outro lado, vozes tímidas que não conseguem sequer mostrar a gravidade do quadro estampado pelo escândalo do século, o escândalo da Petrobrás e quem sabe o que mais pode vir por aí.
O resultado parece muito claro, ele se estampa nas pesquisas, nas medições mais recentes: a primeira delas, feita pelo Instituto Datafolha, e que entre outros dados mostrou que se a eleição fosse hoje e a disputa fosse entre Aécio e Lula, o primeiro teria 35% e o segundo 25%. É essa a diferença entre uma força e outra, entre uma vertente política e outra? Sim, um confronto de vertentes políticas, porque essas consultas de opinião pública, quando nem bem saimos de uma eleição, não servem mais do que para indicar a quantas anda a disposição do cidadão, o que ele está enxergando, o que sente com relação ao momento que vai vivendo.
Talvez queira ele dizer que uma coisa o assusta e a outra o desanima. Por enquanto, não lhe faltam motivos para extravasar nas redes sociais, para fazer piada como alternativa para não chorar. Razões para se animar, mesmo, isso o cidadão não demonstra. Nem para encarar o que está mais próximo, a eleição municipal do próximo ano. Até que em se tratando de indicar nomes, buscar favoritos, é conhecida a tendência do eleitor brasileiro de deixar bem para os momentos próximos da escolha o que não se deve ver como parte de um perfil, mas, provavelmente, como um estado de ânimo há muito prejudicado ou por muito tempo desligado, sem perceber o que agora constata, que as omissões nas urnas, essa indiferença diante do voto acaba voltando na forma de castigos muito duros para a vida de cada um.
Certo é que o mais visível neste momento é a insatisfação com o quadro, desde escândalos ao que aflige na mesa, no bolso, no emprego, na insegurança das ruas, na distância entre o que são as prioridades e o que efetivamente é perseguido nos plenários e nos gabinetes onde deveriam e devem estar aqueles que exercem mandatos e, nem por isto, estão representando satisfatoriamente o que precisa ser feito e o que deve ser combatido.
Mas, apesar de duro e difícil, o momento é significativo justamente por essa reação. A insatisfação e a capacidade de se manifestar é que fazem a esperança de momentos melhores, de uma convivência mais produtiva entre representantes e representados.