Jornal Hoje em Dia
No país dos contrastes - o Brasil - os
pobres pagam mais caro para ter um deputado do que os mais ricos. Por mais
paradoxal que seja essa afirmação, ela ficou comprovada em um estudo realizado
pela organização não governamental Transparência Brasil. Essa instituição, que
é independente e autônoma, foi fundada em 2000 e é sustentada por pessoas e
instituições comprometidas com o combate à corrupção e ao mau uso do dinheiro
público.
Em plena época de aperto no cinto devido à crise econômica persistente, os Legislativos nos estados parecem viver em ilhas da fantasia. E a principal constatação do estudo foi que o custo dos deputados é maior nos estados do Norte e do Centro-Oeste do país, que não são os mais ricos.
Viu-se, por exemplo, que um deputado do Pará custa 30% mais caro que o mesmo parlamentar de São Paulo, Estado mais rico e que tem o PIB per capita três vezes maior que o do Estado nortista.
Outra excrescência: um deputado de Roraima – o campeão nos gastos com a casa legislativa – custa a cada cidadão do Estado R$ 352, enquanto o de São Paulo, apenas R$ 24.
No caso de vereadores a situação é a mesma. Em Natal, no Rio Grande do Norte, o vereador custa o dobro do de Curitiba, no Paraná. Já o PIB na capital potiguar é a metade. No cômputo geral, o relatório da Transparência apontou que nas capitais mais pobres os vereadores custam até 16% mais caro do que nas mais ricas.
Uma legislação perversa, incluída na Constituição Federal, colabora para que essa situação distorcida se perpetue. O salário do deputado estadual corresponde a 75% dos proventos do parlamentar federal; o do vereador das capitais representa até 75% do salário do estadual.
Como hoje os deputados federais estão recebendo a fabulosa quantia de R$ 33,8 mil por mês, os estaduais podem chegar a R$ 25,3 mil e os vereadores, a R$ 15.032. Mas há outros mecanismos que ajudam a ampliar esse desatino. São os auxílios, verbas indenizatórias e verbas de gabinete, cujos valores são estabelecidos pelas próprias casas legislativas.
É mais um retrato do Brasil, onde parece que os homens públicos não pensam no bem público, mas apenas em seu próprio benefício.
Em plena época de aperto no cinto devido à crise econômica persistente, os Legislativos nos estados parecem viver em ilhas da fantasia. E a principal constatação do estudo foi que o custo dos deputados é maior nos estados do Norte e do Centro-Oeste do país, que não são os mais ricos.
Viu-se, por exemplo, que um deputado do Pará custa 30% mais caro que o mesmo parlamentar de São Paulo, Estado mais rico e que tem o PIB per capita três vezes maior que o do Estado nortista.
Outra excrescência: um deputado de Roraima – o campeão nos gastos com a casa legislativa – custa a cada cidadão do Estado R$ 352, enquanto o de São Paulo, apenas R$ 24.
No caso de vereadores a situação é a mesma. Em Natal, no Rio Grande do Norte, o vereador custa o dobro do de Curitiba, no Paraná. Já o PIB na capital potiguar é a metade. No cômputo geral, o relatório da Transparência apontou que nas capitais mais pobres os vereadores custam até 16% mais caro do que nas mais ricas.
Uma legislação perversa, incluída na Constituição Federal, colabora para que essa situação distorcida se perpetue. O salário do deputado estadual corresponde a 75% dos proventos do parlamentar federal; o do vereador das capitais representa até 75% do salário do estadual.
Como hoje os deputados federais estão recebendo a fabulosa quantia de R$ 33,8 mil por mês, os estaduais podem chegar a R$ 25,3 mil e os vereadores, a R$ 15.032. Mas há outros mecanismos que ajudam a ampliar esse desatino. São os auxílios, verbas indenizatórias e verbas de gabinete, cujos valores são estabelecidos pelas próprias casas legislativas.
É mais um retrato do Brasil, onde parece que os homens públicos não pensam no bem público, mas apenas em seu próprio benefício.



