Manoel Hygino
O fim do mundo sempre preocupou o homem, o único
animal que raciocina (ou deveria). A coisa que habitamos teve início, e
cientistas e curiosos sempre se interessaram pelo tema e admitem também o fim,
havendo muitas versões para vaticinar como seria o end, evidentemente não
happy. Há milênios aguardamos, confiando que isso não aconteça conosco ou que
somente ocorra em época remota do futuro, quando já sepultados. Em verdade, a
Terra permanece em mutação incessante. Os sucessivos registros de sinistros, no
Chile, no Haiti, no Japão, no Sudeste asiático e no Nepal lançam o homem em
perspectivas extremamente sombrias. Só no Nepal, em abril, o terremoto, de 7,8
graus da escala Richter, com seus mais de oito mil mortos, assustou os
terráqueos.
Mas, o terremoto não era fenômeno isolado, como
depois se constatou. O monte Everest, o mais alto do mundo, se moveu 3
centímetros para Sudeste, segundo estudo chinês. O curioso é em que ele
“andava”, nas últimas décadas sempre, para o Nordeste, mas mudou de direção,
provocando gigantesca avalanche na região. Ainda bem que o Brasil não sofre de
tremores catastróficos, embora uma criança tenha falecido em consequência de um
cismo no Norte de Minas.
O asteróide, Ícaro, que passou de raspão pela Terra
no dia 16, não afetou o planeta. Quando digo “de raspão”, refiro-me a oito
milhões de quilômetros de distância. Ainda bem, porque se a pedra gigantesca
nos atingisse, poderia destruir o mundo em que estamos ou parte dele.
Poderosos telescópios acompanharam a passagem do
tenebroso objeto, mas não vi as imagens, detalhe tão pouco significativo. O
essencial é que passou bem longe, não representando perigo ou risco. O que
agora gera inquietação é um outro, programado para setembro, quando a primavera
chegar.
Difícil imaginar qual mês seria melhor (?) ou pior
para arrasar este pedaço de universo em que nos achamos. Verdadeiramente
sobreviver se tornou um imenso desafio, com nações guerreando entre si, grupos
étnicos em luta na África, Europa ou Estados Unidos, enquanto traficantes de
drogas e usuários do poder ainda se ajeitam, como aliás sempre aconteceu.
Até o nono mês de 2015, certamente persistirá o
conflito entre as ideias e previsões de religiosos e cientistas da NASA. Aqueles
crêem que, entre 22 e 28 de setembro, a Terra será destruída por um asteróide
como forma de “castigo divino”, o que até certo ponto seria compreensível.
Para a NASA, “em centenas de anos não existem objetos tão grandes
se aproximando da Terra”. Seus técnicos lembram que esses corpos sísmicos
quando entram em contato com nossa atmosfera, geralmente se destroem em
decorrência do forte aquecimento.
De todo modo, os fanáticos acreditam que em
setembro ocorrerá o início de sete anos de angústias para o ser humano.
Haveria, contudo, ainda uma expectativa. Alguns entes sobreviveriam como parte
da metade que se salvará, para testemunhar os fatos e descrevê-los. Até
setembro.

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