sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

POLUIÇÃO DOS PLÁSTICOS



OU NÓS ACABAMOS COM OS PLÁSTICOS OU OS PLÁSTICOS ACABAM COM A VIDA DOS OCEANOS
                                                                             Oceanos 'recebem 8 milhões de toneladas de plástico por ano'
Plástico lançado anualmente nos mares poderia cobrir a ilha de Manhattan 34 vezes com uma camada de lixo à altura dos joelhos de uma pessoa, diz estudo.

Jonathan Amos






Cientistas dizem que 20 países são responsáveis por 83% da poluição dos mares por plástico (Foto: Reuters/Erik De Castro/Files )

Cerca de 8 milhões de toneladas de lixo plástico são lançadas nos oceanos anualmente, segundo cientistas.
Essa quantidade poderia cobrir 34 vezes toda a área da ilha de Manhattan, em Nova York, com uma camada de lixo à altura dos joelhos de uma pessoa. Além disso, supera de 20 a 2 mil vezes os cálculos anteriores sobre a massa de plástico levada pelas correntes oceânicas.
O novo estudo é considerado um dos melhores esforços para quantificar o plástico despejado, queimado ou arrastado para o mar. Segundo os pesquisadores, a análise também pode ajudar a descobrir a quantidade total de plástico existente hoje no oceano – não apenas o material que é encontrado na superfície ou nas praias.
Grandes quantidades de resíduos podem estar escondidas no fundo dos oceanos ou fragmentadas em pedaços tão pequenos que não são captados pelas análises convencionais. Essas partículas estão sendo ingeridas por criaturas marinhas – o que pode resultar em consequências desconhecidas.
Os detalhes foram divulgados no encontro anual da Associação Americana para o Avanço da Ciência.

Vilões dos mares

A equipe de especialistas analisou dados populacionais com informações sobre a quantidade de lixo gerado e gerenciado (ou não gerenciado). Eles elaboraram cenários para prever a quantidade de plástico despejado nos oceanos.
Para o ano de 2010, esses cenários variam de 4,8 milhões a 12,7 milhões de toneladas. A cifra de 8 milhões de toneladas é a média dessa variação.
O cenário conservador equivale em termos de massa à quantidade de atum pescada anualmente nos oceanos.
"Isso significa que estamos tirando atum e colocando plástico em seu lugar", disse Kara Lavender Law, co-autora da pesquisa e porta-voz da Associação Educacional do Mar de Woods Hole, no Estado americano de Massachussetts.
Os cientistas também fizeram uma lista dos países que seriam os maiores responsáveis pelo despejo desses resíduos. As 20 nações que despejam as maiores quantidades seriam responsáveis por 83% do plástico mal gerenciado que pode entrar nos oceanos.
A China ocupa o topo da lista, produzindo mais de um milhão de toneladas. Mas a equipe ressalva que é preciso levar em conta a imensa população do país e a extensão da sua costa.
Os Estados Unidos ficaram no 20º lugar da lista. O país tem uma grande área costeira, porém adota melhores práticas de descarte do lixo. Por outro lado, os EUA registram altos níveis de consumo de plástico per capita.
A União Europeia é analisada em bloco e ocupa o 18º lugar na lista.

Soluções

O estudo recomenda soluções para o problema. Afirma que as nações ricas precisam reduzir seu consumo de produtos descartáveis e embalagens de plástico, como sacolas plásticas. Já os países em desenvolvimento têm que melhorar o tratamento do lixo.
"O crescimento econômico está ligado à geração de lixo. O crescimento econômico é uma coisa boa, mas o que você vê normalmente em países em desenvolvimento é que a estrutura de tratamento do lixo é deixada de lado", disse a pesquisadora Jenna Jambeck, da Universidade da Georgia.
"Isso faz algum sentido na medida em que eles estão mais focados em produzir água limpa e melhorar o saneamento. Mas não devem se esquecer desse tratamento porque os problemas só vão ficar piores."
A equipe de pesquisadores estima que a quantidade de plástico jogada anualmente nos mares pode alcançar 17,5 milhões de toneladas até 2025. Isso significa que até lá 155 milhões de toneladas chegarão aos oceanos.
O Banco Mundial estima que o patamar máximo de lixo produzido no mundo só será atingido em 2100.
O pesquisador Roland Geyer, da Universidade da Califórnia, que também participou do estudo, disse que não é possível limpar o plástico dos oceanos. "Fechar a torneira é a única solução", afirmou à BBC.
"Como você recolheria o plástico do fundo dos oceanos considerando que a sua profundidade média é de 4,2 mil metros? Temos antes que evitar que o plástico chegue aos oceanos."
"A falta de sistemas de tratamento de lixo alimenta a entrada de plástico no oceano", diz o cientista. "Ajudar todos os países a desenvolver estruturas de tratamento é a mais alta prioridade", disse.

 

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

IMPEACHMENT



DEVIDO AO DESPREPARO PARA O CARGO QUE OCUPA  E ÀS DIVERSAS ATITUDES ERRADAS TOMADAS PELA ATUAL PRESIDENTE E OS DESVIOS DA PETROBRAS CUJAS DENÚNCIAS ENVOLVEM A SUA PESSOA É JUSTO QUE O SEU IMPEACHMENT SEJA PEDIDO.

O ano legislativo mal começou, mas as discussões sobre um eventual impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) começam a ganhar força. Nas últimas semanas, artigos de juristas foram publicados defendendo a tese do impeachment, manifestações foram convocadas em redes sociais e senadores discutiram no plenário sobre o assunto. Mas você sabia que qualquer cidadão pode pedir o impeachment de um presidente?
As discussões em torno de um eventual impeachment da presidente Dilma ganharam força após novas revelações das investigações sobre os desvios de recursos públicos da Petrobras pela operação Lava Jato.
No último dia 3, em artigo publicado pelo jornal "Folha de S. Paulo", o jurista Ives Gandra Martins defendeu que Dilma poderia ser considerada culpada pelos desvios de recursos da Petrobras durante seu primeiro mandato (2011-2014) e durante o período em que ela presidiu o conselho de administração da empresa, ainda durante o governo do presidente Lula. Dessa forma, o pedido de impeachment, segundo Gandra, teria "fundamentação jurídica".
Veja os requisitos para a instauração de um processo de impeachment e o que acontece caso ele seja instaurado:
1 – Qualquer cidadão pode oferecer uma denúncia contra presidentes da República por crimes de responsabilidade (contra a existência da União, a probidade administrativa, entre outros) à Câmara dos Deputados. A denúncia deve ser assinada, ter firma reconhecida e deve conter documentos que comprovem os crimes supostamente praticados pelo presidente. Caso a apresentação dos documentos seja impossível, é preciso haver uma indicação sobre o local onde é possível localizá-los. Também é preciso apresentar uma lista com pelo menos cinco testemunhas.
2 – Se a denúncia obedecer aos critérios estipulados e o presidente da Câmara (atualmente Eduardo Cunha, do PMDB-RJ, considerado desafeto de Dilma) considerar que ela tem procedência, ele deverá lê-la em plenário e encaminhá-la a uma comissão especial escolhida para analisar o caso.
3 – Caso a denúncia seja acolhida, o presidente terá até dez sessões da Câmara para se manifestar.
4 – Depois de o presidente apresentar sua defesa, a comissão especial terá até cinco sessões de prazo para apresentar o seu parecer. O parecer deverá ser lido na íntegra no plenário da Câmara.
– Quarenta e oito horas depois da apresentação do parecer sobre a denúncia, o documento deverá ser incluído na "ordem do dia" da Câmara. Só então, ele será votado, nominalmente, pelos 513 deputados.
6 – A abertura do processo de impeachment será autorizada pela Câmara caso o pedido tenha pelo menos dois terços dos votos da Câmara, ou 342 votos. Se a Câmara decidir pela instauração do processo, o pedido será encaminhado ao Senado, que é a Casa responsável pela sua tramitação. Na prática, a Câmara decidirá se o processo deve ser ou não aberto, mas é no Senado que ele irá tramitar.
7 – Quando o Senado instaurar o processo de impeachment, o presidente é automaticamente afastado de suas funções. Ele deve deixar suas atribuições e as residências oficiais em Brasília. O Senado tem 180 dias para finalizar o processo, durante os quais o denunciado terá oportunidade de se manifestar a respeito. Se o processo não for finalizado em 180 dias, o presidente retorna às suas funções enquanto o processo termina de tramitar. Se for considerado "culpado", o presidente será novamente afastado e impedido de concorrer a cargos eletivos por oito anos. 
8 – No caso de culpa, a partir do momento em que o presidente for afastado de suas funções, o vice-presidente assume o cargo.
9 – Se o vice-presidente estiver definitivamente impedido de exercer a função (em caso de cassação, morte ou renúncia, por exemplo), novas eleições serão convocadas. Caso o impeachment ocorra nos dois primeiros anos do mandato, as eleições serão diretas. Se acontecer nos dois últimos anos, a escolha do novo presidente será indireta, feita pelo Congresso.

GOVERNO DESISTE DE PRORROGAR O HORÁRIO DE VERÃO



NÃO PENSEM QUE ESTA DESISTÊNCIA FOI PARA ATENDER AOS PEDIDOS DA POPULAÇÃO QUE DETESTA O HORÁRIO DE VERÃO IMPOSTO AOS BRASILEIROS PELOS GOVERNOS A PRETEXTO DE ECONOMIZAR ENERGIA – A QUESTÃO MAIOR É O PREJUÍZO QUE O GOVERNO LEVARÁ SE O HORÁRIO FOR MANTIDO.

Governo desiste de prorrogar horário de verão
Em vigor desde 19 de outubro nos Estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, horário de verão termina no dia 22 deste mês

O governo federal decidiu não prorrogar a vigência do horário de verão neste ano, como havia sido cogitado na semana passada. Após reunião com a presidenta Dilma Rousseff, o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, disse na quarta-feira que o governo avaliou que não vale a pena estender o horário diferenciado, que está em vigência para as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste.
Principal objetivo do horário de verão é reduzir o consumo de energia no horário de pico, registrado a partir das 18h
Foto: Futura Press
Braga explicou que, com mais um mês de horário de verão, algumas localidades do País ficariam com um período da manhã mais escuro, acarretando mais consumo de energia. Ele disse também que a economia no final da tarde não seria tão expressiva, já que o pico de consumo tem se deslocado do final da tarde para o início da tarde.
“Do ponto de vista da energia, parte do Brasil ficaria pela parte da manhã no escuro, e nós teríamos, portanto, mais consumo de energia de manhã. Em que pese, na parte da tarde, podermos ter um ganho de energia que seria mais importante se a ponta de carga estivesse se confirmando, coisa que, graças a uma série de medidas, conseguimos atenuar e também porque estamos passando o período de fevereiro e o mês do verão”, explicou o ministro.
O horário de verão começou no dia 19 de outubro para os Estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste e termina no dia 22 deste mês. O principal objetivo da medida é reduzir o consumo de energia no horário de pico, registrado a partir das 18h, aproveitando melhor a luminosidade natural.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

O FATÍDICO HORÁRIO DE VERÃO



O FATÍDICO HORÁRIO DE VERÃO

Eduardo Costa (Jornalista)

O governo federal anuncia amanhã se prorroga o horário de verão nas regiões onde a mudança nos relógios já acontece desde o dia 19 de outubro. Quer que, em vez de terminar no dia 22 deste mês, seja prorrogado até março. Já ouvi que tal prorrogação vai ajudar pouco pela estimativa de que seriam economizados 0,4 por cento dos reservatórios de hidrelétricas — cifra que, embora pareça pífia, é importante, diante do cenário de crise hidrológica na região sudeste. Ocorre que a justificativa de aproveitar a luz do dia e, assim, economizar energia elétrica parece sem sentido, considerando que o pico está acontecendo por volta de 2 da tarde quando ventiladores e aparelhos de ar condicionado estão à toda.

Mas, não sou técnico e nem quero discutir o assunto nestes termos, até porque haverá sempre um bom argumento dos bem pagos para criar um, dependendo da necessidade. 

Eu quero é filosofar. Quero é saber por que quando se tem algo dessa natureza para discutir, o governo só chama meia dúzia de iluminados? Você pode ponderar, pois, se a cada decisão o governante tiver que consultar a nação inteira, não teremos resultados a tempo e hora. Só me pergunto é por que neste tipo de assunto, não chamam um operário que mora três horas distante do serviço, a enfermeira que precisa se deslocar as 4 da madrugada na escuridão para salvar vidas ou a dona de casa que, com o coração doendo, é obrigada a insistir com os filhos para levantar e ir para a escola. Será que os técnicos de Brasília sabem que aumenta o número de assaltos em pontos de ônibus nesta época? E que as vítimas – na maioria – sequer registram queixas, por não acreditar em apuração? Será que o ministro das Minas e Energia costuma sair de casa antes das 6?

Nessas horas, lembro-me de Jean-Jacques Rousseau e de uma de suas eternas afirmações: “O verdadeiro fundador da sociedade civil foi o primeiro que, tendo cercado um terreno, lembrou-se de dizer 'isto é meu' e encontrou pessoas suficientemente simples para acreditá-lo. Quantos crimes, guerras, assassínios, misérias e horrores não pouparia ao gênero humano aquele que, arrancando as estacas ou enchendo o fosso, tivesse gritado a seus semelhantes: 'Defendei-vos de ouvir esse impostor; estareis perdidos se esquecerdes de que os frutos são de todos e de que a terra a ninguém pertence.'"


terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

TECNOLOGIAS NA SALA DE AULA



NA PRÁTICA DA SALA DE AULA O QUE SE VÊ SÃO PROFESSORES DESPREPARADOS PARA LIDAR COM AS NOVAS TECNOLOGIAS E POR ISSO NÃO AS USAM ADEQUADAMENTE, IMPEDINDO A ADOÇÃO DE NOVAS TÉCNICAS DE ENSINO.



Documentário mostra limites da tecnologia na sala de aula

Filme mostra que comprar novos equipamentos tecnológicos não significa, necessariamente, melhoria no ensino


Aproveitamento das ferramentas tecnológicos exige atualização de métodos de ensino, argumenta documentário.  
Lousa digital, salas de cinema, tablets e salas 3D. Com investimento em tecnologia, escolas acreditam estar se modernizando, mas não acompanham a maior mudança provocada pela revolução digital: as novas formas de pensar e educar. “Por conta das tecnologias digitais, o aluno é levado a pensar muito mais do que o aluno antigo, que precisava decorar o conteúdo. Ele cria em cima do conteúdo”, explica o professor e mestre em tecnologia educacional Eugênio Cunha.

A simples presença das tecnologias em sala de aula, portanto, não representa melhorias para o ensino. Do Giz ao Tablet é um documentário que ouviu alunos, pais e professores sobre a modernização das escolas. Na opinião de Guilherme Françolin, publicitárioe e sócio-diretor da Santo Caos, consultoria que produziu o filme, a escola brasileira precisa mudar. “A tecnologia deixou a aprendizagem um pouco mais palpável, a sala de aula está mais interativa, mas não o suficiente”. 
“A geração atual quer tudo ao mesmo tempo. A ideia do documentário era entender como os jovens e os novos pais estão lidando com essas mudanças na educação”, conta Françolin. “É nítida, no olhar do aluno, a comparação com as tecnologias usadas fora da escola. Eles têm uma tendência de querer tudo mais rápido e, quando a escola não dá isso, acham maçante”, concorda o professor Cunha.
O modelo atual de educação, no qual o aluno assiste a aulas de 50 minutos e faz provas como forma de comprovar o conhecimento, é apontado por Françolin como um dos maiores problemas das escolas no Brasil. “Entrar e ficar preso em um local, vendo o professor falar, sem a construção coletiva é o contrário do comportamento dessa geração fora da sala de aula”, justifica.
O professor Cunha explica que a tecnologia nas escolas é utilizada de forma incorreta, sem a exploração completa do potencial dos equipamentos. “As novas tecnologias digitais são utilizadas como se fossem tecnologias analógicas. O potencial da ferramenta não é explorado. O tablet, por exemplo, se transforma em um livro de registro, apesar de ter muitos outros recursos”, esclarece.
Para Françolin, a pesquisa que realizou mostra que os professores se adequam ao modelo já existente, à linha pedagógica da escola, e os alunos mantêm uma insatisfação crescente. “Eles seguem o que a escola impõe. Apesar de querer diferente, querer aprender e se divertir, não conseguem gostar”, explica. Cunha aponta o currículo rígido como um dos fatores que desapontam os alunos de hoje. “As escolas estão bem aquém da expectativa do aluno contemporâneo e as aulas ainda são muito tradicionais”
Do Giz ao Tablet

“Se fizéssemos um relatório ou um livro, perderíamos muito. O vídeo era a melhor forma de fazer isso”, diz Françolin, sobre o documentário que produziu. Foram três meses e meio de gravações com escolas, professores, pais e alunos. Françolin e os colegas, também publicitários, confessam ter iniciado a pesquisa com a esperança de encontrar diferenças no cenário educacional brasileiro. “Achamos que veríamos uma revolução e foi uma mudança que não encontramos”. O documentário pode ser visto gratuitamente no YouTube.

VÁRIOS RECADOS SOBRE O CONTROLE DAS BIG TECHS

  Big Techs ...