Você sabe
o que é o benefício da delação premiada?
Ronaldo
Marques
do BOL, em São Paulo
do BOL, em São Paulo
O
ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef, ambos
acusados de envolvimento na Operação Lava Jato - esquema de lavagem de
dinheiro suspeito de movimentar R$ 10 milhões dos cofres públicos do país -
resolveram dar à Justiça o nome de outras pessoas envolvidas na rede de
corrupção. Ao acordo feito entre delatores criminosos e Estado é dado o nome de
delação premiada.
Mas o que
exatamente é esse benefício? Segundo o advogado Alexandre Wunderlich, 43,
professor de direito penal da PUC-RS (Pontíficia Universidade Católica) e
conselheiro federal da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), a delação premiada
é uma ferramenta jurídica que permite ao Estado fazer um acordo com o acusado
em busca de provas sobre outras pessoas envolvidas no mesmo crime.
"É
um acordo que um suspeito, um réu, pode fazer para conseguir a redução de sua
pena. Ele também pode conseguir o perdão total dependendo do impacto de sua
confissão", afirma.
A delação
pode ser proposta por qualquer um dos envolvidos no caso: Ministério Público,
juiz, polícia, advogado de defesa e até o próprio réu. Por isso, ela deve ser
vista com cuidado pela Justiça. "Pode haver inverdades. Um delator pode
falar de fatos dos quais não conhece visando se livrar de pena".
Após a
confissão, a polícia deve investigar o que suspeito disse e, mesmo após uma
suposta confirmação do depoimento e aquisição de novas provas, os delatados têm
o direito total à defesa.
Como
funciona?
Um dos
nomes envolvidos no caso sugere o uso do instrumento penal. O réu pode dar
detalhes do crime, nomes de comparsas, números de contas no exterior etc. Em
troca das informações, é oferecida uma pena menor.
Se o
acusado aceitar, ele vai depor às autoridades, revelando o que sabe do crime.
Ele não é obrigado a apresentar provas de nenhuma de suas delações, mas precisa
esperar o trabalho da polícia para confirmar parcialmente ou totalmente sua
confissão.
O juiz
que estiver encarregado da sentença é quem irá definir se a delação colaborou
ou não com a investigação. Se sim, o réu ganha a redução da pena. Em
contrapartida, se o réu não ajudou em nada, a pena permanece como estava.
No caso
de Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, a delação permitiu que ele
fosse liberado do regime fechado e aguardasse a conclusão das investigações e
sua pena em prisão domiciliar, onde se encontra agora. Ele também terá de
devolver R$ 70 milhões encontrados em uma conta suíça aos cofres
públicos. Por fim, o acordo de Costa se estendeu a sua mulher, duas filhas
e dois genros, acusados de tentativa de destruição de provas durante ações da
Operação Lava Jato, da Polícia Federal. Os parentes do ex-diretor irão cumprir
a pena em regime aberto e, se condenados, terão a prisão substituída por
restrição de direitos.
Já o
doleiro Alberto Youseff foi condenado em 17 de agosto deste ano a quatro
anos e quatro meses de prisão por corrupção ativa e gestão fraudulenta de
instituição financeira. A penalidade aconteceu por conta dos empréstimos
fraudulentos que ele fez no Banestado, banco estatal paranaense que realizou
operações ilegais com dólar entre 1990 e 2000. Em 2004, o ex-banqueiro
tinha se livrado da responsabilidade dos crimes por ter participado de um
processo de delação premiada. Mas, como voltou a atuar no mercado paralelo,
acabou tendo o processo reaberto. A segunda delação do doleiro ainda está em
andamento.
COMENTÁRIOS:
Esse tal
ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa deve ser tratado como um bandido
qualquer, por se um bandido pobre e não famoso roubar de um Banco R$
200.000,00, ele vai preso imediatamente e é obrigado a cumprir a pena lhe
imposta no minimo 5,6 ou até 10 anos em uma prisão de qualidade ruim e correndo
risco de até morrer dentro da da prisão. Então porque esse tal de Paulo Roberto
que roubou R$ 26 milhões, digo milhões, ao confessar que errou ou melhor roubou
dinheiro do povo, promete devolver o dinheiro, que com isso acabou por
confirmar que roubou mesmo a Petrobras, é solto e fica em casa numa boa. Então
existe quatro tipo de justiça nesse pais, (milionario, rico, pobre e
miserável). Será que ele tem alguma carta na manga ou melhor pessoas importantes
por traz de tudo que esta acontecendo. Lembrando ainda que o Luiz Estevão
também roubou muito e só agora vai enganar o povo com apenas 3,5 anos com
saidinha da prisão. Eta pais injusto!
Ele tem
pessoas importantes por traz de tudo. Todas nomeadas pelo poder executivo,
inclusive ele. Se esse poder está protegendo o delator ou os outros poderes
estão fechando os olhos para a sujeira, é coisa que analfabeto não sabe ou não
vê. E de que é feito o país?