MAIS 13 CORRUPTOS FORAM
PRESOS HOJE (14/11/2014) E TEM MUITO MAIS PARA IR PARA A PRISÃO
Fernando Henrique Cardoso diz se
envergonhar com o que fizeram com a Petrobras
Os
desdobramentos das investigações na Petrobras foi um dos assuntos principais do
encontro que reuniu em São Paulo, nesta sexta-feira, a cúpula do PSDB. O
ex-presidente Fernando Henrique Cardoso foi um dos que fizeram o discurso mais
contundente, dizendo que, como brasileiro, sente vergonha de dizer o que está
acontecendo na estatal do petróleo.
O
ex-presidente tucano disse que foi um dos defensores da criação da Petrobras e
que seu pai foi general do petróleo. "Fui tesoureiro da associação
pró-Petrobras. Não venham dizer que quando fizemos a quebra do monopólio era
para privatizar a empresa. Não, era para evitar que ela caísse, como caiu, nas
garras dos partidos desonestos. E que se transformasse no uso do dinheiro do
povo para fins políticos/partidários", disse, emendando: "Temos de
resgatar nossa posição patriótica, nacionalista, mas não de cegos."
Para FHC,
o povo vai pagar o preço de todos esses rombos nos cofres públicos, porque isso
vai acabar virando imposto e pressionar a inflação. "Nós (PSDB) sabemos
governar, não vamos jogar contra o Brasil, mas quero ver essa gente (governar)
porque até o ministro da Casa Civil (Aloízio Mercadante) diz que a situação é
séria e delicada. Não vamos deixar que eles façam gol contra no Congresso.
Vamos para as ruas e não vamos sair delas."
'Caras
atormentadas'
Nas
críticas ao governo da presidente reeleita Dilma Rousseff (PT), Fernando
Henrique disse que basta olhar as fotografias do que são supostamente
vitoriosos (deste pleito nacional) para ver "as caras atormentadas porque
não sabem o que vão fazer ou como irão construir um ministério."
E
continuou nos ataques: "Eles (governo Dilma) fazem truques, querem agora
derrubar a LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal), derrubaram os dados sobre
miséria, não sabem o que fazer, estão atônitos. E a nossa responsabilidade é
combater (este governo) com firmeza, mas sempre com responsabilidade
constitucional, pois somos depositários da democracia."
No
discurso, o ex-presidente tucano defendeu o seu legado, destacando que foi o
PSDB quem começou a resgatar a miséria de muitos brasileiros com o Plano Real,
que trouxe a estabilidade. "Fizemos mais do que fez a Dilma e vem essa
gente dizer que o PSDB não olha para o povo. Chega de mentiras." E disse
que, no palanque que reuniu lideranças da oposição na capital paulista, o
futuro do Brasil já está sendo construído. "Não somos contra o Brasil, mas
contra os desmandos dos que estão governando o país."
Aécio
Neves
O mote do
encontro foi o agradecimento do senador mineiro Aécio Neves, candidato
derrotado neste pleito presidencial, à população de São Paulo, pela votação
histórica que teve nas urnas no estado. Além de Aécio e FHC, estavam no evento
o governador reeleito de São Paulo, Geraldo Alckmin, o senador Aloysio Nunes
Ferreira, que foi vice na chapa de Aécio, o ex-governador Alberto Goldman, o
presidente do Solidariedade, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, além de
parlamentares eleitos neste pleito.
O senador
eleito por São Paulo, José Serra, não compareceu porque está em viagem ao
exterior. Mas enviou uma carta, que foi lida antes do início dos discursos,
destacando que o PSDB termina 2014 ainda mais forte. "Mostramos que um
novo país é possível e o resultado as eleições mostra claramente que em São
Paulo o PT não tem vez."
As
palavras de ordem contra o PT e contra Dilma também foram destaque no evento.
Na plateia, alguns correligionários defendiam o impeachment da
presidente da República, num contraponto aos dirigentes da sigla que pregavam
respeito às regras democráticas. Aécio, quando indagado por uma correligionária
se iria defender o impeachment de Dilma, destacou: "Vamos
às ruas, mas dentro das regras democráticas, o nosso limite é o respeito à
democracia."