sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

VEICULAÇÃO DE NOTÍCIAS FALSAS PREJUDICAM O FACEBOOK



Assolado por críticas, Facebook começa a checar notícias falsas

Folhapress 









A veiculação de notícias falsas pela rede social se intensificou após a eleição do novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump

Assolado por críticas, o Facebook anunciou as primeiras ações de combate às notícias falsas em sua plataforma.

A veiculação de informações irreais pela rede social tem sido alvo de ataques, que se intensificaram após a eleição dos EUA - críticos dizem que reportagens falsas tiveram influência na vitória de Donald Trump.

O vice-presidente do Feed de Notícias do Facebook, Adam Mosseri, disse ter fechado, num primeiro momento, parcerias com os serviços de checagem da ABC, da Associated Press, do FactCheck, do Snopes e do PolitiFact, este vencedor do Pulitzer.

Eles vão checar a veracidade da publicação que for sinalizada ("flagged") como notícia falsa pelos usuários. A própria sinalização pelos internauta será facilitada.

"Ainda será possível compartilhar essas publicações, mas você verá um aviso de que elas foram contestadas", disse Mosseri. "E, uma vez sinalizadas, não poderão ser transformadas em anúncio ou promovidas." As publicações questionadas também passarão a ter menos destaque no Feed de Notícias.

"Não podemos nos tornar árbitros da verdade, então estamos abordando esse problema com cuidado", disse o executivo. Daí o recurso a terceiros e usuários.

Com o tempo, outros serviços de checagem ligados à Rede Internacional de Checadores devem entrar na parceria. Entre eles, estão três brasileiros: Lupa, Truco e Aos Fatos.

Cristina Tardáguila, diretora da Agência Lupa, já recebeu um aviso sobre as mudanças. "É um grande passo, uma grande conquista", diz.

Também nesta quinta (15), o instituto Pew divulgou que, em pesquisa feita entre os dias 1º e 4, 64% dos americanos disseram que notícias falsas causaram "muita confusão sobre os fatos básicos dos acontecimentos correntes".

E um em cada quatro americanos (23%) disseram ter compartilhado notícia falsa - com 14% dizendo saber que era inverídica.

ORÇAMENTO FEDERAL BRASILEIRO PARA 2017 É APROVADO



Com teto, 2017 terá orçamento de R$ 3,5 trilhões

Julia Lindner 







O Congresso Nacional aprovou nesta quinta-feira, 15, a proposta de orçamento para 2017 com o limite já estabelecido nas regras da PEC do Teto, que também foi promulgada nesta quinta. Com exceção da saúde e da educação, as despesas só podem crescer limitadas pela inflação do ano anterior.

Os gastos federais foram fixados em R$ 3,5 trilhões. O texto também estabelece o salário mínimo de R$ 945,80 para o próximo ano. Esse é o primeiro orçamento elaborado pelo Congresso com a regra do teto de gastos públicos.

Já o texto-base da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) foi aprovado em agosto. A votação não havia sido finalizada por causa de três destaques apresentados pelos parlamentares. A proposta autoriza o governo federal a fechar o ano de 2017 com um déficit de R$ 139 bilhões e prevê um crescimento de 1,2% no Produto Interno Bruto (PIB). Com a verba extra de R$ 9,9 bilhões para a saúde, o orçamento total previsto para a pasta no ano que vem passará para R$ 115,4 bilhões.

O relatório final do Orçamento 2017 não levou em conta a revisão do Produto Interno Bruto (PIB) feita pelo Ministério da Fazenda em novembro - redução de alta de 1,6% para 1%. Isso deve pesar no congelamento de gastos que o governo faz sempre no primeiro semestre de cada ano.

Vetos

O resultado da votação de ontem foi possível após o líder do Congresso, senador Romero Jucá (PMDB-RR), aceitar o pleito do líder do PT na Câmara, deputado Afonso Florence (PT-BA), para a derrubada de três dos nove vetos presidenciais. Em contrapartida, a oposição desistiu da obstrução e aceitou retirar os destaques da LDO.

Dos vetos derrubados, o primeiro restabelece a previsão de adicional de insalubridade para agentes comunitários de saúde; o segundo trata da repactuação de dívidas e o terceiro, da criação do Programa de Fomento às Atividades Produtivas de Pequeno Porte Urbanas.

Foram aprovados ainda 33 projetos de créditos suplementares e especiais. Todo o processo de votação, por meio de cédulas, durou menos de três horas. Caso a LDO não fosse aprovada ontem, o recesso parlamentar não poderia começar na próxima semana, como é determinado pela Constituição. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

BRIGA ENTRE OS PODERES LEGISLATIVO E JUDICIÁRIO



Final de ano tem duelo entre o Legislativo e o Judiciário

Orion Teixeira 





Com a chegada das investigações da Operação Lava Jato ao andar de cima, os políticos com mandatos começaram a reagir e a retaliar o Judiciário e o Ministério Público, os principais responsáveis pelas investigações. Nesta última semana do ano parlamentar, os comandos da Câmara dos Deputados e do Senado Federal se uniram para instabilizar e constrangê-los ao mesmo tempo em que buscam sustentar o Executivo na hora mais crítica de sua falta de legitimidade. Se no governo da ex-presidente Dilma Rousseff faziam pautas bombas para desestabilizar a gestão dela, agora, voltam-se contra o Judiciário e o Ministério Público com pautas do “fim do mundo”, como chamam lá.
>Para se ter ideia, o presidente do Senado, Renan Calheiros, que já se tornou réu no Supremo Tribunal Federal (STF) e é um dos principais investigados na Lava Jato, colocou em pauta nada menos do que seis projetos que afetam diretamente juízes, desembargadores, promotores e procuradores, além de integrantes das Polícias Civil e Federal. São o PLS 280/2016, que altera a lei de abuso de autoridade; o PLS 449/2016, que regulamenta o limite remuneratório dos servidores; o PLS 450/2016, que altera a Lei de Acesso à Informação para obrigar a divulgação das remunerações pagas aos agentes públicos; o PLS 451/2016, que configura improbidade administrativa para pagamento acima do teto, e a PEC 62/2015, que impõe o fim da automaticidade dos reajustes.
Com jeito de moralizantes, as medidas interferem e tentam legislar sobre salários de outro poder, cuja iniciativa é da presidência do STF, e criminalizar a ação judicante e investigadora.
Em novo round entre os dois poderes, na quarta (14) à noite, o ministro Luiz Fux, do STF, determinou a devolução do projeto com dez medidas de combate à corrupção à Câmara dos Deputados, que deverá analisar a proposta novamente a partir da “estaca zero”.
Apresentado pelo Ministério Público, com apoio de 2,5 milhões de cidadãos, o projeto foi desfigurado na Câmara para incluir exatamente artigo que pune os investigadores por excessos. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), classificou como “estranha” a liminar (provisória) do ministro. “Infelizmente, me parece uma intromissão indevida do Poder Judiciário na Câmara dos Deputados”, reagiu.
Mais diálogo e menos confronto

Ao tomar posse, nesta quinta-feira (15), em Brasília, o vice-presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), desembargador mineiro Nelson Missias de Morais, disse que “é preciso reconstruir pontes porque o confronto não leva a bom termo”. Ele integra a nova diretoria da AMB empossada, que ainda é composta por outros 22 magistrados mineiros.
Em sua avaliação, por ser um poder originalmente técnico, o Judiciário é muito visado. “O que está acontecendo é falta de diálogo, porque a sociedade precisa de um Judiciário independente e da liberdade de julgar para estabelecer o equilíbrio entre o fraco e forte”.
O presidente da Associação dos Magistrados Mineiros (Amagis), desembargador Maurício Soares, viu na movimentação parlamentar tentativa de intimidação e de amordaçamento contra independência judicial e as atividades da Polícia e do Ministério Público. “Se virar lei, inviabilizará investigações como as operações Lava Jato, Zelotes, Pandora, entre outras”, advertiu.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

JULGAMENTO DE AUTOR DE MASSACRE NOS EUA



Autor de massacre racista nos Estados Unidos poupou mulher para contar a história

AFP 







Dylann Roof assumiu a autoria do atentado contra negros

Uma sobrevivente do massacre racista do ano passado em uma igreja da comunidade negra do sudeste dos Estados Unidos disse nesta quarta-feira que o agressor a poupou para que pudesse contar a história.

Polly Sheppard, de 72 anos, deu seu testemunho em uma corte federal de Charleston, Carolina do Sul, durante o julgamento do supremacista branco Dylann Roof, de 22.

Em 17 de junho de 2015, Roof entrou na igreja metodista episcopal africana Madre Emanuel e matou nove pessoas. Agora, enfrenta 33 acusações e a promotoria pede pena de morte.

Nesta quarta-feira, Sheppard descreveu com carinho os nove homens e mulheres que morreram esta tarde quando participavam em um grupo de estudos da Bíblia. Ela contou que não pensava ficar, mas que sua amiga, Myra Thompson - que morreu em seguida - inspirou que o fizesse.

"Tinha planos para fugir", contou Sheppard, com um sorriso. "Mas (Thompson) não parava de me vigiar".

Depois Roof entrou na igreja, uniu-se ao grupo e recebeu uma Bíblia e um panfleto. Quase uma hora depois, quando todos ficaram de pé para rezar com os olhos fechados, Sheppard ouviu os primeiros disparos.

Ela contou ter se escondido debaixo de uma mesa e, após vários tiros, viu as botas do assassino diante dela.

"Não atirei em você ainda?", perguntou-lhe Roof.

"Não", respondeu ela.

"Não vou fazê-lo. Preciso que conte a história", disse o jovem, segundo o relato da mulher.

Sheppard também contou ao júri como Roof executou Tywanza Sanders, que tinha 26 anos. "Por que faz isso? Não fizemos nada", disse Tywanza ao atacante.

"Alguém tinha que fazê-lo porque, sabe, os negros estão matando os brancos toda hora na rua e estão violentando as mulheres brancas", disse Roof. Esta declaração também foi gravada pelas câmeras de segurança.

A mãe de Tywanza, Felicia Sanders, deu um testemunho emocionado na semana passada sobre a cena, levando os presentes às lágrimas. Durante seu relato na corte, a mãe de Roof sofreu um infarto e foi levada para a emergência.

Em sua ligação para o 911, o número do serviço de emergências nos Estados Unidos, ouve-se Sheppard dizer: "Há muitos feridos, atirou no pastor, atirou em todos na igreja, por favor venham já".

A promotoria fechou o caso nesta quarta-feira e a defesa não chamou nenhuma testemunha. O advogado David Bruck já tinha dito que não questionaria os fatos, nem as testemunhas da promotoria.

No tribunal, Roof olhava para o estrado sem demonstrar emoção. Se for considerado culpado nesta etapa, o processo continuará com a avaliação da sentença. Nesta fase, o acusado decidiu representar a si mesmo.

Espera-se que o júri comece a deliberar sobre sua culpa nesta quinta-feira.

O massacre causou grande comoção na opinião pública nacional e internacional, em um momento em que os Estados Unidos estão mergulhados em uma série de episódios que deixam evidentes as tensões raciais do país.

PF INDICIA BOLSONARO POR VÁRIAS CRIMES

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