quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

VOCÊ FAZ A SUA AUTOCRÍTICA?



O difícil exercício da autocrítica

Simone Demolinari 





O final do ano nos convida à reflexão. Mas será que conseguimos olhar para dentro de nós com isenção narcísica e fazer um bom exame de consciência sobre nossas condutas? Mergulhar dentro de si não é uma tarefa fácil. Geralmente tendemos a enxergar melhor os erros nos outros e atenuá-los em nós.
No final de 2014, o papa Francisco fez um interessante discurso à Cúria Romana convidando-os a uma autocrítica. Ele se ateve a alguns comportamentos que chamou de “doenças”, que ao meu ver são reflexões muito pertinentes à vida de qualquer pessoa. Vejamos algumas de forma resumida:
- A doença do sentir-se “imortal”, “imune” ou até mesmo “indispensável”. Esta é a enfermidade daqueles que se sentem superiores a todos. Muitas vezes deriva da patologia do poder, do “complexo dos eleitos”, do narcisismo que fixa apaixonadamente a sua imagem. A estes, uma visita ordinária aos cemitérios poderia ajudar. Ver os nomes de tantas pessoas que já partiram, algumas das quais pensassem talvez ser imortais, imunes e indispensáveis.
- A doença da má coordenação. Quando os membros do corpo perdem a comunhão entre si, o corpo perde a sua funcionalidade harmoniosa. É como uma orquestra que só produz barulho, pois seus membros não cooperam uns com os outros. É quando o pé diz ao braço: “não preciso de ti para nada”, ou a mão à cabeça: “quem manda sou eu”, causando, assim, desarmonia e mal-estar.
- A doença da esquizofrenia existencial. É a doença dos que vivem uma vida dupla, fruto da hipocrisia típica do medíocre e do vazio espiritual, onde nível social ou títulos acadêmicos não podem preencher. Criam, assim, um mundo paralelo, onde colocam à parte tudo aquilo que ensinam severamente aos outros e começam a viver uma vida oculta e muitas vezes dissoluta.
- A doença das bisbilhotices, das murmurações e da fofoca. É uma doença grave, que começa simplesmente, quem sabe, para trocar poucas palavras e se apoderar da pessoa, transformando-a em semeadora de intrigas e homicidas da fama dos colegas. É a doença das pessoas covardes que, não tendo a coragem de falar diretamente, falam pelas costas.
- A doença de “endeusamento” dos chefes. É a doença daqueles que cortejam seus superiores, esperando daí obter vantagens. São vítimas do oportunismo. Esta doença também pode ocorrer inversamente, quando os chefes cortejam alguns colaboradores para obter deles submissão, lealdade e dependência psicológica.
- A doença da indiferença para com os outros. Quando alguém pensa somente em si, perdendo a sinceridade e o calor das relações humanas. Quando se chega ao conhecimento de algo e o esconde para si, ao invés de partilhar positivamente com os outros. Quando, por ciúme ou por astúcia, se sente alegria ao ver o outro cair, ao invés de erguê-lo e encorajá-lo.
Talvez uma boa sugestão para essa época do ano seja a confraternização interior, substituindo mensagens natalinas e presentes comemorativos por um profundo mergulho em nós mesmos, tentando, com humildade, ser pessoas melhores.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

TERROR VANGLORIA DE TER FEITO MAIS VÍTIMAS



Estado Islâmico reivindica ataque com caminhão que matou 12 em Berlim

Folhapress 








Carreta invadiu mercado em Berlim

A organização terrorista Estado Islâmico reivindicou nesta terça-feira (20) o ataque com um caminhão que deixou 12 mortos em Berlim na noite anterior. Um dos canais oficiais da milícia divulgou uma nota afirmando que o autor do atropelamento era um de seus "soldados" respondendo às chamadas por ataques contra a coalizão internacional inimiga da organização.
A reivindicação não prova, no entanto, o envolvimento direto do Estado Islâmico nem de que maneira pode ter contribuído para o ataque. A ação pode ter sido realizada por um militante solitário, sem laços reais. As autoridades alemães ainda não têm informações concretas sobre o atentado.
Sem evidências, a polícia soltou durante o dia um suspeito que estava sendo interrogado. Tratava-se de um refugiado paquistanês de 23 anos, detido próximo ao mercado natalino. Ele havia chegado à Alemanha em 31 de dezembro de 2015. O responsável pelas mortes ainda pode estar, segundo autoridades locais, à solta e possivelmente armado.
Mesmo antes da reivindicação do Estado Islâmico, o governo alemão vinha tratando esse caso, que deixou 48 feridos, como atentado. A chanceler Angela Merkel visitou o local das mortes e afirmou que "ainda há muito que não sabemos com certeza o suficiente, mas precisamos supor que se trate de um ataque terrorista".
"Seria especialmente difícil lidarmos com isso se for confirmado que a pessoa que cometeu este ato era alguém que buscou proteção e asilo", disse. Merkel defendeu, no ano passado, a entrada de refugiados na Alemanha.
Sua fala coincidiu com aquela da polícia e de Thomas de Maizière, ministro do Interior. A imprensa local, porém, relatava não haver pistas para a investigação, uma sensação reforçada pela soltura do jovem refugiado.
MOTORISTA
Um caminhão atropelou o público de um tradicional mercado natalino de Berlim na segunda-feira (19) por volta das 20h do horário alemão (às 17h em Brasília). O suposto ataque ocorreu entre barracas servindo vinho quente e salsichas, diante da igreja Kaiser Villhelm.
A polícia encontrou o cidadão polonês Lukasz Urban, 37, morto dentro do veículo, com evidências de facadas e tiros. Ele seria o motorista original do caminhão. A empresa polonesa responsável pelo veiculo diz que Urban desapareceu durante a tarde de segunda-feira. O veículo teria sido roubado e utilizado no atentado.
Segundo Ariel Zurawski, primo do motorista, ele havia chegado a Berlim quatro horas antes do incidente e conversado com a mulher. O GPS do veículo mostrava movimentos para frente e para trás, diz Zurawski, que também é dono da firma.
MERCADOS
Investigadores removeram o caminhão durante a manhã de terça-feira e o encaminharam para análise forense. Havia flores e recados no local do atropelamento. O mercado foi fechado durante o dia, mas outras feiras semelhantes continuavam a funcionar no restante do país. As autoridades afirmaram não ter intenção de abandonar a prática, tradicional no país. A segurança foi reforçada, no ínterim.
A polícia conduziu uma busca em um hangar abandonado no aeroporto Tempelhof, no sul de Berlim, onde refugiados estão abrigados.

O CHÃO QUE PISAMOS NÃO É NADA ANIMADOR



O chão que pisamos

Manoel Hygino 





Sem ser pessimista, vislumbro horizontes não muito animadores. Quem acompanha estas observações diárias, verifica que o passar dos dias os confirmam. Por isso, quando leio que a expectativa de vida do brasileiro segue crescendo, pergunto-me: que culpa têm as novas gerações? Não basta viver mais tempo, fundamental é a qualidade de vida que se tem. O IBGE informa que os nascidos viverão em média 75,5 em 2015. Bom ou ruim?
Depende de uma gama imensa de fatores. Mas, o presidente do próprio IBGE, Paulo Castro, antecipa: o Brasil enfrentará um período de estagnação em vez de recuperação, mesmo que a previsão de crescimento para a economia em 2017 se concretize. Ainda que o país saia da recessão, o avanço será insuficiente para vencer a crise (substantivo mais comumente empregado presentemente por estas bandas).
Castro declarou que o momento atual ainda é de piora nas projeções. Um dos fatores é o desarranjo no setor produtivo: “Algo há de errado na disposição desse time. As empresas entram mal em campo, as pessoas são desempregadas. Todos ficam desesperançados, a produtividade geral cai e o governo gasta demais, cobrando de todos para coibir a gastança”. Sem falar na alta taxa de juros, medida útil para período curto, mas que persiste há décadas.
O governo Temer decidiu mexer numa caixa de marimbondos, antes incluídos em pauta como temas permanentes, embora mais para manter as aparências. Entre eles, porque duradouros, os salários no serviço público e a reforma da Previdência, que interessam profundamente a todos.
Em meio ao torvelinho de enormes dificuldades, acirram-se os ânimos entre Legislativo e Judiciário, aflorando arestas, talvez ressentimentos.
Chegou-se, assim, ao clima de quase uma crise institucional, que não interessa a quem quer que seja, em tempo algum, a não ser aos pregoeiros, incentivadores e soldados da baderna.
Quando se aprovou o limite dos salários dos servidores públicos da União, considerando o que percebem os ministros do Supremo Tribunal Federal, pareceu-se classificar suas excelências do Judiciário como privilegiados com uma espécie de supersalário da República. No entanto, há muita gente ganhando acima do teto e Renan está no encalço dos felizardos. Aliás, não será difícil identificá-los e não só na máquina federal, nem só no Judiciário.
Como consequência, o noticiário da imprensa revela que todos os funcionários querem agora subir na escala salarial para chegar à remuneração dos ministros do Supremo Tribunal Federal. Já é bom em um país em que as remunerações, de modo geral, são tão baixas. Aliás, seria por isso mesmo que se apela a múltiplos artifícios para alcançar patamares mais altos, mesmo através de propinas e outros meios criminosos.
No fundo, o que o brasileiro quer é apenas sobreviver – o que não anda nada fácil. O homem de rua acha que quem trabalha não tem tempo de ganhar dinheiro. Este o Brasil em que estamos e em que vivemos, que exige mudanças – difíceis – para melhorar-se e às condições de existir de sua população.

NESSA ÉPOCA DE FESTA - MUITOS MORREM COM EXPLOSÕES DE FOGOS DE ARTIFÍCIO



Explosão em mercado de fogos no México deixa 26 mortos e ao menos 70 feridos

Agência Brasil 







De acordo com a polícia mexicana, ao menos 70 pessoas ficaram feridas na explosão

A explosão em um mercado especializado em fogos de artifício na comunidade de Tulpetec, no subúrbio da Cidade do México, matou 26 pessoas nesta terça-feira, informou o procurador Alejandro Gómez. As informações são da AFP.

"No local dos fatos contamos 26 corpos" sem vida, disse à imprensa o procurador do Estado do México.

Segundo a Polícia Federal, ao menos 70 feridos, muitos em estado grave, foram levados a hospitais da região.

A maioria dos feridos apresenta queimaduras em várias partes do corpo e em alguns casos foi necessário realizar a evacuação por via aérea.

De acordo com as autoridades, várias pessoas permanecem desaparecidas.

A explosão ocorreu às 14H50 local (18H50 Brasília) no mercado de fogos conhecido como San Pablito, repleto de pessoas devido às festas de final de ano.

Três horas após a explosão, o incêndio estava extinto e os corpos de emergência procuravam mais vítimas entre os escombros.

No local ainda ocorrem pequenas explosões, mas segundo a Defesa Civil são deflagrações controladas para consumir a pólvora que permaneceu em algumas das mais de 300 barracas do enorme mercado.

Imagens da rede Televisa mostram uma série de explosões multicoloridas antes da formação de um grande cogumelo de fumaça sobre o local.

"O mercado desapareceu totalmente", disse Puente, acrescentando que várias casas vizinhas e automóveis foram danificados pela explosão.

"Minhas condolências aos familiares dos que perderam a vida neste acidente e meus desejos de breve recuperação para os feridos", escreveu o presidente Enrique Peña Nieto no Twitter.

Ao local foram enviados elementos do Exército e equipes de emergência para resgatar os feridos com ambulâncias e helicópteros.

"Escutamos as detonações e pensamos que era uma fábrica de fogos próxima", disse à AFP Alejandra Pretel, que mora nas proximidades. Mas após "cinco minutos percebemos que era o mercado".

As TVs locais exibiram imagens de uma ampla área devastada rodeada de ambulâncias e carros de bombeiros.

As autoridades investigam a causa da tragédia, que já ocorreu em outras duas ocasiões no mercado.

Em 15 de setembro de 2005, um incêndio e explosões destruíram o mesmo mercado. No ano seguinte, outro acidente destruiu mais de 200 barracas.

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