quarta-feira, 4 de dezembro de 2024

MINISTRO FLAVIO DINO DO STF ENDURECEU AS REGRAS PARA A EXECUÇÃO DE EMENDAS PARLAMENTARES GEROU DESCONTENTAMENTO NO CONGRESSO NACIONAL

 

História de Beatriz Aguiar – Pardal Tech

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A decisão do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), que endureceu as regras para a execução das emendas parlamentares, gerou descontentamento no Congresso Nacional. O Palácio do Planalto agora busca formas de conter possíveis prejuízos à tramitação do pacote fiscal proposto pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Com oito votos já favoráveis no plenário virtual do STF, a determinação de Dino estabelece que as emendas só poderão ser executadas com identificação nominal de seus autores no Portal da Transparência, além de outros requisitos como plano de trabalho detalhado para as chamadas “emendas Pix”. As medidas, consideradas mais rígidas do que o texto aprovado pelos parlamentares, irritaram congressistas, sobretudo os do “baixo clero”, que se sentem excluídos de um possível acordo entre líderes do Legislativo e o governo federal.

Líderes do governo classificaram o momento como delicado, com o temor de que o descontentamento prejudique o avanço do pacote fiscal, composto por uma PEC e projetos de lei. Em mensagens trocadas no grupo do União Brasil, parlamentares criticaram a atuação do STF e destacaram o impacto das novas exigências sobre as negociações em andamento.

A decisão também reacendeu o debate sobre o controle das emendas parlamentares. Dino destacou em seu despacho que a falta de transparência na execução de algumas emendas já pagas pode ter envolvido bilhões de reais de origem e destino incertos, enfatizando a necessidade de maior fiscalização.

Em paralelo, o governo tenta equilibrar as negociações. Ministros como Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e Fernando Haddad têm se reunido com líderes do Congresso para manter o apoio ao pacote fiscal e buscar uma solução para o impasse em torno das emendas.

A decisão de Dino também estabeleceu limites temporários para o aumento das emendas, vinculando o crescimento de seus valores a índices como as despesas discricionárias do Executivo e a receita corrente líquida. Essa medida valerá até que o STF analise uma ação que questiona a obrigatoriedade das emendas.

O ministro argumentou que o crescimento das emendas, sem critérios rígidos, compromete a responsabilidade fiscal, afirmando que nenhuma despesa no país seguiu trajetória tão acelerada em relação ao orçamento federal.

O governo e o Congresso terão agora o desafio de encontrar um equilíbrio entre as demandas parlamentares e a necessidade de manter o compromisso com o controle de gastos públicos, enquanto o STF define o futuro das emendas impositivas.

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