sábado, 30 de novembro de 2024

TENENTE CORONEL KID PRETO NÃO FAZ PARTE DE NEHUMA TENTATIVA DE GOLPE

 

História de Bruno de Freitas Moura – Repórter da Agência Brasil – Newsrondonia

Defesa de kid preto diz que militar preso foi vítima de armação

Defesa de kid preto diz que militar preso foi vítima de armação

O advogado Jeffrey Chiquini, defensor do tenente-coronel Rodrigo Bezerra Azevedo, preso no Rio de Janeiro no último dia 19, disse, nesta sexta-feira (29), que o militar, que faz parte dos chamados kids pretos – também conhecidos como forças especiais – foi “vítima de uma armação” no caso que apura tentativa de golpe militar e o planejamento do assassinato do então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, de seu vice Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

“Plantaram provas a alvos específicos para essa imputação a pessoas específicas”, disse o advogado.

De acordo com Chiquini, o tenente-coronel Azevedo desconhece qualquer tratativa de golpe e recebeu um telefone celular como “cavalo de Troia”. O advogado concedeu uma entrevista coletiva a jornalistas para esclarecer o conteúdo do depoimento de três horas e meia que Azevedo prestou, via teleconferência, à Polícia Federal (PF) na quinta-feira (28).

“Não é qualquer militar, é o militar que foi pinçado a dedo para que a ele seja imputada uma participação inexistente das forças especiais”, disse ele. “Afirmamos não ter qualquer envolvimento”, acrescentou o advogado, que aponta ter havido “uma sabotagem das Forças Armadas”.

O militar está preso no 1º Batalhão de Polícia do Exército, no Rio de Janeiro. Ele foi detido pela Operação Contragolpe, deflagrada pela PF para desarticular uma suposta organização criminosa responsável por planejar um golpe de Estado. Quatro militares das forças especiais foram alvo da ação.

Investigação

De acordo com o relatório produzido pela PF, Rodrigo Bezerra Azevedo era a pessoa identificada pelo codinome “Brasil” em mensagens interceptadas pelos investigadores. Segundo o documento, no dia 15 de dezembro de 2022, ele foi o usuário de um aparelho de celular utilizado, em Brasília, para a troca de mensagens que faziam parte do plano de matar as autoridades eleitas e o ministro do STF, o que estava planejado para aquele dia.

O relatório detalha que o mesmo telefone usado no dia 15 foi habilitado com outro número de linha, dessa vez em nome do próprio Azevedo, no dia 29 dezembro.

O advogado Jeffrey Chiquini nega que Azevedo seja o codinome “Brasil” e diz ter provas de que no dia 15, aniversário de Azevedo, ele estava em casa, com a família, em Goiânia. Segundo o advogado, o aparelho só foi parar nas mãos do militar no dia 24 de dezembro, quando teria sido “plantado”, ou seja, colocado à disposição do tenente-coronel, que assumia um cargo no Centro de Coordenação de Operações Especiais do Exército.

“Esse celular está plantado à disposição do [tenente] coronel, como se já estivesse tudo preparado.”

Jeffrey relatou que havia alguns aparelhos para serem escolhidos pelo cliente dele, e o celular em questão era o mais novo. “Óbvio que ele escolheu o mais novo. Óbvio que escolheu o melhor celular.”

O advogado levanta a hipótese de alguma pessoa, por exemplo um militar ou um funcionário terceirizado, ter sido corrompida para fazer esse aparelho de celular ficar à disposição de Azevedo. “Está muito claro que se trata de uma armação contra o [tenente] coronel Azevedo e contra as forças especiais”, afirmou o advogado. “Eu não consigo afirmar para vocês quem está por trás”, completou.

A tese da defesa é que a estratégia de imputar culpa ao tenente-coronel serve ao propósito de atingir o Exército, por meio de sua força de operações especiais, ou atrapalhar as investigações a respeito da tentativa de golpe.

“Se houve plano, tem que ser apurado”, pediu o advogado.

Homem de confiança

O relatório da PF cita ainda que o tenente-coronel do Exército Rafael Martins de Oliveira, também kid preto, demonstrou em mensagens confiança em Azevedo. “O Zeza. O único que eu confio”, reproduz o documento da PF.

A investigação mostra que Azevedo estava na lista de contatos de Oliveira como “Zeza Rio”. Oliveira é um dos 37 indiciados pela PF no inquérito do golpe de Estado, juntamente com o ex-presidente Jair Bolsonaro. Oliveira teria fornecido orientações para a execução do crime.

Apesar de estar preso pela Operação Contragolpe, Rodrigo Bezerra Azevedo não está na lista dos 37 indiciados.

Outro trecho do relatório de 884 páginas da PF aponta que em 30 de dezembro, quando o então presidente Bolsonaro deixou o país, Azevedo publicou em um grupo de WhatsApp a seguinte mensagem: “Rapaziada esse grupo aqui pra mim perdeu a finalidade… deixo aqui um abraço pra FE de verdade que fizeram o que podiam pra honrar o próprio nome e as Forças Especiais…qq coisa estou no privado!!Força!!”.

Para a PF “os elementos de prova apresentados são convergentes para demonstrar a participação do militar, “Kid Preto”, Rodrigo Bezerra Azevedo na ação clandestina do dia 15/12/2022, que tinha o objetivo de prender/executar o ministro Alexandre de Moraes”.

O advogado Jeffrey Chiquini nega ligação das mensagens com a trama golpista e alega que os textos enviados por Oliveira e por Azevedo se referem a outro contexto, transferências internas dentro da área de atuação de ambos no Exército.

“Cadê o histórico de mensagens a conseguirmos analisar esse contexto?”, questionou.

Pedido de soltura

Ainda segundo o advogado, o “amadorismo” da suposta tentativa de golpe mostra que não há envolvimento das forças especiais no caso.

“Jamais um força especial teria tanto amadorismo como está se vendo nessa operação”, declarou.

Ele diz que as provas que mostram que Azevedo não participou da articulação criminosa estão no celular do militar, que foi apreendido. Por isso, pedirá à PF acesso ao aparelho para que possa reunir os indícios e solicitar a soltura do cliente.

Chiquini afirmou que Rodrigo Bezerra Azevedo vai colaborar com as investigações. “E não delatar, porque inocente não delata.”

O relatório da PF foi encaminhado pelo STF à Procuradoria-Geral da República (PGR). Cabe à PGR oferecer denúncia contra os indiciados; pedir o arquivamento do inquérito ou exigir o aprofundamento das investigações.

O documento aponta as ações descritas no documento tiveram o objetivo de “viabilizar o golpe de Estado, na tentativa de impedir a posse do governo legitimamente eleito e restringir o livre exercício do Poder Judiciário brasileiro”.

GOVERNO REDUZ O BLOQUEIO NO ORÇAMENTO

 

História de IDIANA TOMAZELLI – Folha de S. Paulo

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) publicou um relatório surpresa na noite desta sexta-feira (29) para reduzir a R$ 4,3 bilhões a necessidade de bloqueio adicional nas despesas do Orçamento de 2024.

A medida ocorre apenas uma semana após o próprio governo indicar a necessidade de conter mais R$ 6 bilhões nos gastos discricionários (que incluem custeio e investimentos) para acomodar o avanço de despesas obrigatórias, como benefícios previdenciários.

A divulgação foi feita pelo Ministério de Planejamento e Orçamento depois de a mensagem de envio do relatório extemporâneo (nome técnico do documento) ter sido publicada em edição extra no Diário Oficial da União. Não houve aviso prévio de que haveria nova edição do documento, como é praxe nas divulgações que seguem o calendário padrão da publicação bimestral.

O relatório foi editado a tempo de já surtir efeito no decreto de programação orçamentária, que precisa ser publicado até este sábado (30). É nele que o governo formaliza os novos cortes nos ministérios para implementar o bloqueio. A estratégia permite ao Executivo impor um sacrifício menor aos órgãos na reta final do ano.

A decisão, porém, deve contribuir para ampliar o mal-estar do mercado financeiro com o pacote de contenção de gastos anunciado pela equipe econômica sob o comando do ministro Fernando Haddad (Fazenda).

Economistas que já vinham colocando em xeque a disposição do governo em assumir o ônus político de cortar gastos se deparam agora com uma decisão que significa, na prática, menor necessidade de segurar despesas. Se antes o bloqueio total neste ano subiria a R$ 19,3 bilhões, agora ele ficará em R$ 17,6 bilhões.

Para viabilizar o bloqueio menor, o Executivo decidiu zerar os recursos a serem repassados a estados e municípios por meio da Lei Aldir Blanc de incentivo à cultura.

O governo já havia cortado R$ 1,3 bilhão, como antecipou a Folha de S.Paulo, de um orçamento total de R$ 3 bilhões. A decisão agora foi retirar o outro R$ 1,7 bilhão.

O corte é possível graças a uma MP (medida provisória) editada por Lula na última sexta-feira (22). O texto, com vigência imediata, desobriga o governo de fazer repasses de R$ 3 bilhões ao ano até 2027, previstos na lei original. A medida também integra o pacote de contenção de gastos de Haddad.

A redução na previsão orçamentária da Lei Aldir Blanc significa que o Ministério da Cultura não poderá fazer empenhos dessa despesa, ou seja, reservar novos recursos para pagamentos futuros.

O governo, porém, manteve a previsão de um limite financeiro de R$ 1,7 bilhão para repasses à cultura. O espaço pode ser usado para pagar gastos contratados em 2023 nesta ação e que ainda estão pendentes.

Há uma diferença entre os dois limites: o orçamentário é o que conta para o limite de despesas do arcabouço fiscal e é o mais pressionado neste momento, enquanto o financeiro é o que vale para a meta de resultado primário (obtido pela diferença entre receitas e despesas).

Na semana passada, o governo previa um déficit de R$ 28,7 bilhões, muito próximo do máximo permitido (R$ 28,8 bilhões). Agora, o governo reduziu essa previsão para déficit de R$ 27,7 bilhões, abrindo uma folga de R$ 1 bilhão, graças a uma outra manobra sacramentada no mesmo relatório.

A equipe econômica decidiu reincorporar R$ 2,7 bilhões em receitas com o Desenrola para renegociação de dívidas com agências reguladoras, uma semana após excluir a previsão inicial de R$ 4 bilhões. A mudança foi feita com base em uma nota técnica elaborada pela AGU (Advocacia-Geral da União), que “indicou alta probabilidade de ingresso de recursos”. A folga poderá ser usada para quitar os repasses à cultura.

O relatório bimestral é um documento previsto na LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal) cuja função é fazer uma avaliação ampla das receitas e despesas do governo para garantir que as regras fiscais serão cumpridas. Ele tem um calendário fixo de publicação, até o dia 22 dos meses de março, maio, julho, setembro e novembro. A última edição foi divulgada na sexta e detalhada por técnicos em entrevista coletiva na segunda-feira (25).

O governo tem a prerrogativa de publicar um relatório extemporâneo sempre que julgar necessário para reavaliar as contas. No entanto, não é usual a divulgação de um novo documento em um espaço tão curto de tempo. A última vez que houve o envio de um relatório extemporâneo foi no governo de Jair Bolsonaro (PL), em 22 de dezembro de 2022 -um mês após o documento antecessor.

Dos R$ 17,6 bilhões bloqueados pelo governo neste ano, a maior parte (R$ 10,4 bilhões) afeta despesas discricionárias do Executivo. Outros R$ 5,9 bilhões foram travados no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), uma das vitrines do governo para impulsionar investimentos. As emendas de comissão, indicadas por parlamentarem, têm um bloqueio de R$ 1,3 bilhão.

Entre os ministérios, o da Saúde é o mais afetado, com R$ 4,4 bilhões travados. Em seguida vêm Educação (R$ 3 bilhões), Cidades (R$ 2,5 bilhões), Transportes (R$ 1,9 bilhão) e Desenvolvimento Social (R$ 1 bilhão).

Comentário: Governo não fala em cortar despesas com os seus apadrinhados do PT no governo e nas Estatais que geram uma RACHADINHA com o PT de 30% enriquecendo esse partido às custas do próprio governo

A BANDEIRA TARIFÁRIA PARA O MÊS DE DEZEMBRO SERÁ VERDE DEFINE ANEEL

 

Folha de S. Paulo

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) definiu que a bandeira tarifária para a conta de luz no mês de dezembro será verde, o que significa a ausência de custos extras ao consumidor.

A decisão foi tomada após três meses de valores adicionais na conta de luz devido ao menor nível nos reservatórios das hidrelétricas. Agora, a agência afirma que houve expressiva melhora nas condições de geração de energia no país depois da chegada da época de chuvas.

“Nas últimas semanas, o período chuvoso mais intenso favoreceu a geração de energia hidrelétrica, com custo de geração inferior ao de fontes termelétricas -acionadas mais frequentemente quando os níveis dos reservatórios estão baixos”, afirma a Aneel.

Com isso, a cobrança extra de R$ 1,885 por 100 kWh (quilowatts-hora) em prática em novembro deixa de ser aplicada. A medida vale para todos os consumidores de energia conectados ao Sistema Interligado Nacional.

A bandeira ficou verde de abril de 2022 até julho de 2024, quando foi interrompida com o anúncio da bandeira amarela. Em agosto, voltou ao verde. Em setembro, foi aplicada a vermelha patamar 1. Em outubro, vermelha patamar 2. Em novembro, amarela.

A definição das bandeiras influencia os cálculos da inflação. O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central, por exemplo, trabalhava com a hipótese de nível amarelo para a conta de luz em dezembro em seu cenário de referência.

O ministro Alexandre Silveira (Minas e Energia), que vinha criticando a Aneel pela aplicação de cobranças extras, pediu há uma semana que a agência fizesse uma avaliação criteriosa nos próximos meses na definição da bandeira.

“Valores, ou mesmo acionamentos, inadequados [de bandeira] possuem repercussão na inflação do país, considerando o aumento tarifário proporcionado pela sua aplicação. A título de exemplo, em outubro de 2024, o subitem que mais influenciou a inflação foi a energia elétrica, dentro do grupo ‘habitação’, com contribuição de 0,20% na inflação total medida de 0,56%”, afirmou.

O sistema de bandeiras tarifárias foi criado em 2015 para indicar aos consumidores os custos da geração de energia no Brasil. Ele reflete o custo variável da produção de energia considerando fatores como a disponibilidade de água, o uso das fontes renováveis e o acionamento de fontes de geração mais caras como as termelétricas.

A ideia é transferir de forma mais imediata ao consumidor os eventuais aumentos na geração de energia, dando transparência e estimulando um consumo consciente. Até então, o repasse de preços acontecia só nos reajustes anuais.

Cerca de 71% da geração do Brasil vem de hidrelétricas. O restante é complementado por outras fontes, como eólica, solar e nuclear. Como a geração hidrelétrica pode ficar comprometida em períodos de seca, o país tem um parque de usinas térmicas que são acionadas quando faltam chuvas.

Essas térmicas consomem gás, óleo combustível ou diesel e, quando são ligadas, elevam o custo de geração de energia, já que é necessário gastar com a compra do combustível.

ENTENDA MAIS SOBRE AS BANDEIRAS TARIFÁRIAS

– Bandeira verde: condições favoráveis de geração de energia. A tarifa não sofre nenhum acréscimo

– Bandeira amarela: condições de geração menos favoráveis. A tarifa sofre acréscimo de R$ 0,01885 para cada quilowatt-hora (kWh) consumidos

– Bandeira vermelha – Patamar 1: condições mais custosas de geração. A tarifa sofre acréscimo de R$ 0,04463 para cada quilowatt-hora kWh consumido

– Bandeira vermelha – Patamar 2: condições ainda mais custosas de geração. A tarifa sofre acréscimo de R$ 0,07877 para cada quilowatt-hora kWh consumido

RENÚNCIA FISCAL EQUIVALE A GASTOS TRIBUTÁRIOS DO GOVERNO E DOS ESTADOS NA ORDEM DE 6,9% DO PIB SEGUNDO FGV

História de Notas & Informações – Jornal Estadão

Os gastos tributários do governo federal e dos Estados, que em 2002 representavam 2,1% do Produto Interno Bruto (PIB), avançaram para 7,2% do PIB em 2023 e para este ano a estimativa é de que cheguem a 6,9%, apontou estudo da Fundação Getulio Vargas (FGV). Ou seja, no ano passado, em valores nominais, as renúncias do governo federal e dos Estados a receitas com tributos em programas econômicos e sociais corresponderam a R$ 784,8 bilhões. O que deixou de ser arrecadado é contabilizado como despesa indireta, o chamado gasto tributário.

Mais importante do que a cifra estratosférica, o levantamento da FGV sobre o aumento expressivo e contínuo desse tipo de gasto ao longo das últimas duas décadas mostra a pouca transparência e a falta de avaliação efetiva dos benefícios que cada gasto tributário traz para o desenvolvimento econômico e a redução da desigualdade. A ausência de um padrão de cálculo sobre o impacto financeiro dessas medidas faz também com que parte delas fuja ao crivo dos órgãos de controle. Somente os gastos tributários federais corresponderam a 4,8% do PIB no ano passado.

Buscando identificar os principais problemas que levam à falta de transparência e dificuldade de avaliação, os pesquisadores da FGV atestaram que os erros começam na base, com uma confusão conceitual sobre o gasto tributário, e seguem em descompasso, sem definição sobre a forma como esse gasto é medido e sobre as falhas de monitoramento e governança. Detalhes sobre esses gastos federais são publicados anualmente no Orçamento, mas várias renúncias fiscais não são incluídas na definição de gasto tributário, o que afeta a transparência e o resultado.

Manoel Pires, coordenador do estudo, destacou que mesmo a Receita Federal, que ele definiu como o órgão que trabalha com maior estabilidade conceitual, usa metodologia que deixa alguns gastos de fora, citando como exemplo o Repetro, regime aduaneiro especial para importação e exportação de equipamentos para exploração e produção de petróleo.

Os pesquisadores da FGV conseguiram catalogar o que, de forma geral, tem sido recorrente no País, com a proliferação de subsídios e incentivos tentando compensar a alta e complexa carga tributária em medidas seletivas e pouco eficientes. No caso dos Estados, os anos de guerra fiscal, numa disputa para ver quem dava os maiores benefícios para atrair indústrias de fora, deixaram um rastro de desequilíbrios. As justificativas que embalam os pacotes de privilégios, em todas as esferas, são invariavelmente as mesmas – geração de empregos, redução da pobreza e desenvolvimento regional –, mas a aferição do alcance desses objetivos com frequência cai no esquecimento, sem que haja quaisquer cobranças.

Os dados do relatório evidenciam a falta de critérios objetivos e metas de desempenho e, ainda, a falta de um órgão gestor para monitorar a política pública que criou determinado gasto tributário. A aprovação, no ano passado, da primeira etapa da reforma tributária, centrada no consumo, foi sem dúvida um avanço, mas o grande número de benefícios fiscais e regimes diferenciados para alguns setores torna mais difícil a sua execução em razão da quantidade de bens com tratamento favorecido, que eleva a alíquota padrão. Inicialmente previsto em torno de 25%, o Imposto sobre Valor Agregado (IVA) já é estimado em 28%, um dos mais altos do mundo.

O volume de recursos que o governo deixa de arrecadar por causa do aumento das políticas de renúncia tributária extrapola, e muito, os ganhos eventuais, o que indica a necessidade de reduzir esse impacto nas contas públicas. O relatório da FGV chega à conclusão óbvia de que o melhor caminho para atingir esse objetivo é promover uma avaliação contínua dos efeitos desses programas para o desenvolvimento econômico do País e para a efetiva redução da desigualdade – e obviamente ter a coragem de cancelar os que não entregam o esperado.

 

PROJETO DE COMBATE AOS SUPERSALÁRIOS PRINCIPALMENTE DO JUDICIÁRIO E DO MINISTÉRIO PÚBLICO

 

História de Alvaro Gribel – Jornal Estadão

BRASÍLIA – A ministra de Gestão e Inovação, Esther Dweck, afirmou nesta quinta-feira, 28, que o projeto de combate aos chamados “supersalários” ainda está em fase final de elaboração e precisará passar por discussões com outros Poderes. Ela disse, contudo, que o objetivo é que o projeto tenha menos exceções do que a proposta que já está em tramitação no Congresso Nacional – embora parada desde 2021.

São considerados supersalários os pagamentos que ultrapassam o teto constitucional do funcionalismo público, hoje de R$ 44 mil mensais – o equivalente à remuneração de um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).

A medida atinge remunerações de todo o setor público, principalmente do Judiciário e do Ministério Público, que contam com uma série de “penduricalhos” nos salários. A proposta é que esses benefícios, como o auxílio-moradia e o bônus para quem trabalha em mais de uma comarca, sejam restritos a situações excepcionais.

“A ideia é, numa lei complementar única, definir o que está dentro e o que está fora (do teto). A gente, sim, vai partir do projeto de lei que está no Congresso. E a nossa visão é de que tem coisas ali que deveriam estar dentro do teto e não fora, das exceções que estão previstas naquele projeto de lei”,

afirmou.Esther Dweck Foto: Lucas Landau/MGI

Esther Dweck Foto: Lucas Landau/MGI

Segundo ela, o governo vai enviar um projeto de lei ordinária; por isso, a proposta em tramitação no Congresso será usada apenas como referência. Sobre rendimentos que ficarão de fora da contabilidade do teto, ela citou férias e 13º salário.

“O que a gente está propondo é que uma lei complementar vai dispor daquilo que está fora (do teto máximo de rendimentos). Tem coisas que são óbvias, por exemplo: férias, décimo terceiro, coisas que estão fora, mas outras coisas, não”, disse.

Como o governo ainda definiu o que será contabilizado, ainda não há estimativa de impacto com as medidas. Por isso, o pacote anunciado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, não incorporou o impacto fiscal da limitação dos supersalários. “(A economia) depende do que fica dentro e do que fica fora, a gente sempre falou isso”, disse a ministra.

Dweck afirmou que a meta é enviar ao Congresso o projeto o mais “rapidamente possível”, ainda este ano, mas evitou se comprometer com alguma data.

O Centro de Liderança Pública (CLP) calcula uma economia de R$ 5 bilhões por ano, mas o ajuste pode ser neutralizado por dois fatores que aumentariam as despesas, em vez de economizar: as exceções que forem criadas e a volta do quinquênio (bônus pago a cada cinco anos de carreira), em tramitação no Senado.

Mais cedo, em entrevista coletiva para apresentar o pacote de ajuste fiscal, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que há espaço para o debate porque o Senado e a Câmara já se manifestaram favoravelmente às mudanças.

Concursos públicos

Sobre a economia prevista de R$ 1 bilhão com concursos públicos, a ministra explicou que esses recursos vão afetar apenas novos concursos que não foram anunciados pelo governo, mas admitiu que pode haver redução no número de vagas.

“O que a gente está retirando é do provimento adicional de novos concursos, mais ou menos um valor de R$ 1 bilhão, que vai ser definido ainda agora nesse processo de tramitação da lei orçamentária. E aí isso vai reduzir um pouco o espaço para novas contratações, para além daquilo que já está definido”, disse

Ela afirmou, contudo, que o Concurso Nacional (CNU) Unificado deve ser preservado.

“Isso não impacta necessariamente no CNU, porque vai ser uma decisão do governo – uma vez fechado o valor na LOA (Lei Orçamentárias Anual), o quanto a gente vai usar para provimento adicional do CNU, ou de outros concursos também que estão em andamento, que já saíram, o quanto será para novas contratações”, disse. “Aí, quando tiver esse valor definido, a gente vai fazer essa discussão interna no governo e poder anunciar novos concursos efetivamente no ano que vem, se for a decisão do governo, obviamente.”

Ela disse que a mudança no Fundo Constitucional do Distrito Federal – que, pelo projeto apresentado pela equipe econômica, passará a ser corrigido apenas pela inflação – tem como objetivo a adequação ao que acontece com outros fundos.

“A nossa lógica é que esse fundo deve crescer na mesma velocidade dos demais, que a correção inflacionária. A gente já tem um montante do fundo que permite garantir as forças de segurança, tem sido permitido, inclusive, financiar saúde e educação no DF. E a gente acha que o valor, portanto, já permite fazer muitas coisas, e se ele for corrigido com a inflação, ele não tem perdas para o fundo”, afirmou.

NEGOCIAÇÕES EM TORNO DE UM TRATADO GLOBAL DE COMBATE À POLUIÇÃO PLÁSTICA

 

História de FERNANDA MENA – Folha de S. Paulo

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Difíceis e travadas, as negociações em torno de um Tratado Global de Combate à Poluição Plástica ocorrem até domingo (1º) em Busan, na Coreia do Sul, no quinto e supostamente último encontro do INC (sigla em inglês para Comitê Intergovernamental de Negociações) sobre o tema.

A proposta é chegar a um consenso global legalmente vinculante entre mais de 170 países sobre como lidar com o aumento do lixo plástico no planeta. Trata-se de um resíduo que deve triplicar suas mais de 350 milhões de toneladas anuais até 2060. Parte dele vaza para o meio ambiente e desconhece fronteiras -fragmentos minúsculos já foram encontrados em diversas partes do corpo humano.

A dois dias do prazo final para a aprovação de um tratado, no entanto, algumas discordâncias parecem intransponíveis e já levantam a hipótese de que seja necessário um novo encontro do INC para se chegue a um acordo relevante.

“Não tem nenhum artigo inteiro validado ou consensuado. Está tudo ainda em negociação”, alerta Pedro Prata, à frente das políticas públicas para a América Latina da Fundação Ellen MacArthur, que acompanha o INC-5 em Busan.

Isso porque há pressão para que o tratado regule todo o ciclo de vida do plástico, ou seja, das matérias-primas à disposição final, o que movimenta as indústria química e do petróleo, mas também as corporações que produzem com plástico ou embalam seus produtos nele.

Representantes das indústrias acompanham as negociações como observadores e distribuem seus estudos sobre o impacto econômico bilionário de medidas de redução. A produção de plásticos dobrou nos últimos 20 anos no mundo.

Também o fazem as organizações da sociedade civil, que reúnem ambientalistas e cientistas para divulgar estudos sobre os danos ambientais e climáticos, além de riscos à saúde humana -uma frente de pesquisas tem revelado efeitos cada vez mais significativos, como em distúrbios hormonais.

A redução de produção ou eliminação de plásticos tidos como problemáticos e de aditivos químicos considerados nocivos à saúde humana, portanto, é um dos pontos maior divergência, assim como o debate sobre as fontes e os mecanismos de financiamento do tratado.

As principais barreiras a essas negociações vêm sendo impostas por países produtores de petróleo, como Arábia Saudita, Kuwait, Irã, Iraque, Rússia e China, que querem foco na gestão de resíduos do plástico, com destaque para a reciclagem. Apenas 9% do plástico é reciclado globalmente.

Um segundo grupo de países, em contraste, pede medidas ambiciosas, como a eliminação gradual de plásticos já proibidos em alguns países (canudos, sacolas descartáveis, talheres de uso único etc.), bem como de aditivos químicos apontados como prejudiciais à saúde. Este grupo é liderado por Ruanda e Noruega, do qual faz parte a União Europeia.

O Brasil, que não faz parte de nenhum dos dois grupos, também enfrenta suas divergências internas. Antes do INC-5, foi feito um acordo sobre as propostas do país entre os ministérios envolvidos no tema (Meio Ambiente, da Saúde, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Planejamento e Orçamento e das Relações Exteriores), além de Ibama e Anvisa.

Já em Busan, a delegação brasileira elaborou uma proposta para mediar as posições dos diferentes grupos quanto aos plásticos problemáticos e chegou a elaborar uma lista brasileira de produtos considerados passíveis de redução ou banimento.

A lista, no entanto, não foi enviada ao Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente) por um impedimento do representante do MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio) na delegação, Washington Bonini.

Bonini chefia a área de indústria química da pasta e, segundo informações da Agência Pública, afirmou que o veto do envio da proposta brasileira foi motivado pela necessidade de avaliação dos impactos econômicos desses banimentos.

“Não existiu ainda um debate maduro com todos os atores no Brasil que permitisse fechar uma proposta consensuada sobre essas listas”, afirmou o secretário nacional de Meio Ambiente Urbano e Qualidade Ambiental do MMA, Adalberto Maluf, que integra a delegação em Busan.

“Nosso objetivo é construir um bom acordo que seja passível de ser aceito por todos os países. Precisamos continuar a negociar e construir consensos.”

Para Lara Iwanicki, da ONG Oceana, que acompanha o INC-5 como observadora em Busan, “o Brasil tem deixado a desejar no seu posicionamento, sobretudo em relação a produtos plásticos problemáticos”.

A Oceana é coautora de estudos sobre os impactos da poluição plástica nos mares e na vida marinha e defende, nacionalmente, o projeto de lei (PL 2524/22), que tramita na Câmara e pede o banimento de diversos tipos de plásticos descartáveis.

“Esse tem sido um ponto de diálogo e de frustração entre sociedade civil e governo aqui em Busan”, disse.

André Passos, diretor-executivo da Abiquim (Associação Brasileira da Indústria Química), que defende os interesses do setor como observador das negociações em Busan, diz que a indústria não é contra uma eventual redução gradual da produção de determinados produtos plásticos. “O que a gente diz é que tem que ter um processo de análise.”

Ele diz que há propostas na mesa “que vão de nada até quase tudo”. Cita discussões sobre limites na produção de plásticos e polímeros que teriam “um impacto, não só sobre a produção de plásticos, mas sobre a produção de todos os químicos da ordem de alguns bilhões de reais por ano”.

Na encruzilhada entre defesa do meio ambiente e da indústria, o tratado que pode ou não ser acordado em Busan nos próximos dias ainda é uma incógnita.

Nesta sexta (29), o embaixador Luis Vayas Valdivieso, presidente do INC, apresentou uma nova proposta que avança em uma série de definições básicas para o acordo. O enrosco é ilustrado, por exemplo, pelas oito propostas para a definição do que é plástico.

Ao mesmo tempo, o documento baixa a ambição do tratado justamente nos pontos contenciosos da redução de produção de plásticos e químicos problemáticos e no modelo de financiamento.

“O texto não reflete a ambição que mais de cem países têm expressado de forma clara e consistente. Ignorar propostas essenciais, como as relacionadas a produtos plásticos, produtos químicos preocupantes e disposições de governança é um retrocesso preocupante em um momento em que o mundo exige ação decisiva”, criticou Michel Santos, gerente de políticas públicas da ONG WWF Brasil.

Segundo Carlos Silva Filho, conselheiro da ONU para gestão de resíduos e ex-presidente da Associação Internacional de Resíduos Sólidos (ISWA, na sigla em inglês), o texto atual “adota um tom de carta compromisso para combater a poluição por plásticos, o que tem se mostrado ser o possível nesse momento de partida”.

Ele aponta que os itens ainda presentes no texto “transferem para a COP a responsabilidade de definir limites, padrões e obrigações”. “Ou seja, mantem-se uma certa ambição”, avalia.

O SENADOR SERGIO MORO ENCONTRA COM ZELENSKY EM KIEV

História de Do Estadão Conteúdo – CNN Brasil

Moro se encontra com Zelensky em Kiev

Moro se encontra com Zelensky em Kiev

O senador Sergio Moro (União-PR) se encontrou, nesta sexta-feira (29), com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenski, em Kiev. Além do ex-juiz, a comitiva brasileira contava com os senadores Damares Alves (Republicanos-DF) e Magno Malta (PL-ES), além do deputado Paulo Bilynskyj (PL-SP). “Viemos, a delegação brasileira, à Ucrânia dizer, com clareza solar, que a população brasileira apoia a sua causa e que é contra a guerra de agressão promovida pela Rússia. A Ucrânia, hoje, luta por sua soberania e pelo mundo livre. A posição de Lula não nos representa”, escreveu Moro nas redes sociais. Viemos, a delegação brasileira, à Ucrânia dizer, com clareza solar, que a população brasileira apoia a sua causa e que é contra a guerra de agressão promovida pela Rússia. A Ucrânia, hoje, luta por sua soberania e pelo mundo livre. A posição de Lula não nos representa. pic.twitter.com/fUIo1sft16 — Sergio Moro (@SF_Moro) November 29, 2024 Zelensky, por sua vez, agradeceu a visita e o apoio demonstrado pela delegação brasileira. O presidente ucraniano atualizou os parlamentares sobre a situação no front de batalha e destacou a importância de alianças internacionais para fortalecer a resistência de seu país, além de mencionar o papel crucial de gestos diplomáticos no fortalecimento da causa ucraniana. O grupo foi convidado pelo embaixador ucraniano no Brasil, Andrii Melnyk, para participar da Conferência Parlamentar “Ucrânia e os Países da América Latina e do Caribe: Cooperação para o Futuro”. O evento ocorre em Kiev de 29 de novembro a 1º de dezembro. No convite oficial, o embaixador ucraniano diz que a presença é “mais do que um gesto de solidariedade; é um símbolo de apoio ao povo

 

EMPRESAS E PROFISSIONAIS DEVEM CRIAR AMBIENTES DE TRABALHO QUE PRESERVAM O DESEMPENHO A SAÚDE MENTAL E O BEM-ESTAR DE TODOS

 

Thais Requito, pioneira na prática de Mindfulness e Inteligência Emocional na América Latina

Para Thais Requito, pioneira na prática de Mindfulness e Inteligência Emocional na América Latina, as chamadas soft skills são cada vez mais essenciais no ambiente corporativo, especialmente para garantir o bem-estar dos colaboradores

São Paulo, novembro de 2024 – A retenção de talentos em uma empresa não é tarefa fácil, ainda mais quando os colaboradores estão expressamente infelizes com o ambiente de trabalho. De acordo com o relatório State of the Global Workplace 2024, da Gallup, apenas 31% dos trabalhadores brasileiros se consideram engajados, e 46% dos trabalhadores relatam altos níveis de estresse diário, um dos maiores índices da América Latina.

Além disso, o estudo estima que a baixa no engajamento custa à economia global US$ 8,9 trilhões, o equivalente a 9% do PIB global. Desse modo, o que se pode fazer ou deve ser feito para que as pessoas se sintam mais felizes e confortáveis no dia a dia profissional?

“É crucial que empresas e profissionais assumam a responsabilidade conjunta de criar ambientes de trabalho que não só promovam o desempenho, mas também a saúde mental e o bem-estar. O futuro do trabalho requer um novo conjunto de habilidades que integrem crescimento pessoal, resiliência e uma visão sustentável de sucesso”, explica Thais Requito, professora de Mindfulness e Inteligência Emocional formada pelo Centro de Mindfulness da Universidade de Oxford, no Reino Unido, e pioneira no ensino dessas técnicas na América Latina.

A importância das soft skills no dia a dia corporativo

Para Thais, a felicidade no trabalho é multifatorial e depende de diversos aspectos, que vão do ambiente aos benefícios oferecidos, passando pela cultura, possibilidade de desenvolvimento, entre outros fatores. “Nem tudo o que envolve o trabalho pode ser escolhido ou influenciado diretamente pelo profissional, mas há alguns fatores que podemos gerenciar e que impactam substancialmente a nossa satisfação e felicidade no trabalho”, diz.

Segundo a especialista, são cinco os principais fatores mencionados: autorregulação; automotivação gentil; construção de significado; produtividade sustentável; e conexão com os colegas de trabalho. A seguir, Thais explica mais sobre esses comportamentos.

1. Autorregulação. “A autorregulação é a habilidade de reconhecer, nomear e gerenciar emoções, especialmente aquelas difíceis. Em um ambiente de trabalho muitas vezes estressante, essa competência se torna vital, e profissionais que conseguem identificar suas emoções e reações podem lidar melhor com desafios e conflitos. Ao praticar a autoconsciência e a autorregulação, você se torna mais resiliente, o que não apenas melhora seu bem-estar pessoal, mas também contribui para um ambiente de trabalho mais saudável e produtivo”, começa.

2. Automotivação gentil. “A capacidade de motivar a si mesmo é fundamental para qualquer profissional que deseja alcançar seus objetivos. Praticar a autocompaixão significa tratar-se com gentileza, especialmente diante de falhas e desafios. Ao abandonar a autocobrança excessiva e a autocrítica, você cria um ambiente interno que favorece o crescimento e a superação. Essa abordagem não apenas aumenta a motivação, mas também proporciona uma sensação de realização e felicidade, tornando mais fácil enfrentar os altos e baixos da vida profissional”, ensina.

3. Construção de significado. “Encontrar significado nas tarefas diárias é um dos pilares para a felicidade no trabalho. O conceito de ‘job crafting’ permite que os profissionais busquem encontrar consistência entre suas funções e seus valores, habilidades e interesses, fortalecendo o senso de propósito. Quando você se sente conectado ao que faz, o trabalho se transforma em uma extensão de quem você é, o que aumenta a satisfação e o engajamento. Esse alinhamento entre valores e atividades diárias é essencial para um trabalho mais significativo e gratificante”, conta.

4. Produtividade sustentável. “Cultivar a atenção plena é essencial para equilibrar a produtividade com momentos de pausa. É comum confundirmos estar ocupado com ser produtivo, mas é crucial entender que esses conceitos não são sinônimos. A gestão eficaz do tempo envolve alternar períodos de intensidade com descansos, evitando a armadilha da multitarefa. Quando aprendemos a focar no que realmente importa, conseguimos aumentar nossa eficiência e reduzir o estresse, resultando em um trabalho de maior qualidade e satisfação pessoal”, explica.

5. Conexão com colegas. “Ter amigos no trabalho é mais do que uma questão social; trata-se de construir um ambiente que promova segurança psicológica e colaboração. Estudos mostram que equipes com boas relações interpessoais são mais eficientes e inovadoras. Para cultivar relacionamentos saudáveis, é importante adotar uma atitude colaborativa, tratando os colegas como seres humanos complexos, e não apenas como representantes de suas funções. Além disso, trocar a culpa pela curiosidade pode levar a uma melhor compreensão mútua e a resultados mais eficazes”, conclui.

Além dessas habilidades, a professora ressalta a capacidade de adaptação e resiliência. Profissionais adaptáveis conseguem lidar com desafios e aproveitar oportunidades, mantendo o crescimento pessoal e profissional.

“As chamadas soft skills, como comunicação eficaz e resolução de conflitos, tornaram-se cada vez mais importantes em um contexto de trabalho que valoriza a interdependência. A habilidade de se comunicar claramente evita mal-entendidos e melhora a eficiência do trabalho em equipe, contribuindo para um ambiente mais produtivo”, conclui Thais.

COMO DEVEM SER OS PARCEIROS NOS NEGÓCIOS

“Parceiros chegam de várias formas. Se juntam por diferentes motivos”.

Eu sei, é clichê, rss. E se a frase fosse minha eu acrescentaria: “O que eles tem em comum é o fato de acreditarem no que nós acreditamos”.

Parceria é a arte de administrar conflitos de interesses e conexões de interesses, visando resultados benéficos para ambas as empresas”.

É por isso que eu costumo comparar parceria com casamento. Quem é casado sabe que administrar conflitos é fundamental para ambos terem resultados nessa aliança.

Assim como no casamento, o parceiro não precisa ser igual a nós, mas tem que ter o nosso ‘jeitão’! Nas parcerias eu defendo que o parceiro precisa ter o DNA de inovação, a inquietude pra sair da zona de conforto e uma preocupação muito grande com o cliente, não apenas no discurso, mas na prática. É claro que no processo de análise do possível parceiro, nós avaliamos o potencial financeiro e de escala da aliança, a estrutura e o tamanho da empresa. Mas, tem um fator humano que não pode ser desconsiderado, já que empresas são, na sua essência, pessoas. É por isso, que normalmente, os parceiros   são empresas formadas por pessoas do bem, pessoas com propósito, que tem tanto o caráter quanto a lealdade de continuar de mãos dadas, mesmo nos momentos mais difíceis. É como um casamento mesmo!

É importante também que os parceiros tenham know how e competências complementares, que potencializem nossas fragilidades e deem mais peso aos nossos pontos fortes. E como eu acredito que o primeiro approach de uma boa parceria acontece no plano humano (onde existe emoção), e não no corporativo, eu gosto muito da histórica da parceria entre Steve Jobs Steve Wozniak. Os dois Steves tornaram-se amigos durante um emprego de verão em 1970. Woz estava ocupado construindo um computador e Jobs viu o potencial para vendê-lo. Em uma entrevista de 2006 ao Seattle Times, Woz, explicou:

“Eu só estava fazendo algo em que era muito bom, e a única coisa que eu era bom acabou por ser a coisa que ia mudar o mundo… Steve (Jobs) pensava muito além. Quando eu projetava coisas boas, às vezes ele dizia: ‘Nós podemos vender isso’. E nós vendíamos mesmo. Ele estava pensando em como criar uma empresa, mas talvez ele estivesse mesmo pensando: ‘Como eu posso mudar o mundo?’”.

Por que essa parceria deu certo? Habilidades e competências complementares.

As habilidades técnicas de Woz juntamente com a visão de Jobs fizeram dos dois a parceria perfeita nos negócios.

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sexta-feira, 29 de novembro de 2024

RÚSSIA AMEAÇA OS ESTADOS UNIDOS POR AJUDA A UCRÂNIA

 

Jetss

A declaração foi feita pelo vice-ministro das Relações Exteriores, Sergei Ryabkov, em um momento de crescente tensão entre Moscou e Washington.
Ryabkov indicou que a Rússia deseja manter os canais de comunicação abertos, apesar da intensificação das hostilidades.

A declaração foi feita pelo vice-ministro das Relações Exteriores, Sergei Ryabkov, em um momento de crescente tensão entre Moscou e Washington.©Foto: Facebook

A Rússia alertou os Estados Unidos na quarta-feira (27) sobre a necessidade de interromper o que chamou de “espiral de escalada” em relação à Ucrânia, mas afirmou que continuará notificando Washington sobre lançamentos de mísseis de teste para evitar “erros perigosos”. A declaração foi feita pelo vice-ministro das Relações Exteriores, Sergei Ryabkov, em um momento de crescente tensão entre Moscou e Washington.

Ryabkov indicou que a Rússia deseja manter os canais de comunicação abertos, apesar da intensificação das hostilidades. Recentemente, o Kremlin aprovou uma nova política reduzindo os limites para o uso de armas nucleares. Ele também comentou o lançamento do míssil balístico hipersônico Oreshnik, que ocorreu seis dias antes e foi descrito como uma resposta ao uso de mísseis balísticos ATACMS dos EUA e Storm Shadow britânicos pela Ucrânia.

“O sinal é muito claro e óbvio: pare, você não deve mais fazer isso, não deve fornecer à Kiev tudo o que eles querem”, afirmou Ryabkov. “A atual administração dos EUA deve interromper essa espiral de escalada, caso contrário, a situação se tornará perigosa demais para todos, incluindo os próprios Estados Unidos.”

O presidente russo, Vladimir Putin, comentou que o lançamento do Oreshnik foi uma retaliação pela utilização de mísseis ocidentais para atacar território russo. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, considerou o uso do novo míssil uma escalada grave e pediu uma condenação internacional.

Os EUA afirmaram que o Oreshnik ainda é um projeto experimental e que a Rússia possui apenas um número limitado desse tipo de míssil.

Comunicação com os EUA

A Rússia destacou que, embora o Oreshnik seja um míssil de alcance intermediário e, portanto, não requeira notificação prévia conforme tratados internacionais, ela informou os EUA 30 minutos antes do lançamento. Ryabkov afirmou que essa ação foi um fator estabilizador, visando reduzir os riscos de mal-entendidos. “Esperamos que os EUA também estejam comprometidos com essa prática”, disse o vice-ministro.

Novos desenvolvimentos

Em paralelo, a agência russa TASS informou que Moscou continua trabalhando no desenvolvimento do míssil balístico intercontinental Sarmat, parte do seu arsenal nuclear estratégico. Embora o projeto tenha sofrido atrasos devido a falhas nos testes, ele permanece uma das principais ameaças nucleares da Rússia, com capacidade de atingir alvos nos Estados Unidos e na Europa.

A guerra na Ucrânia

A guerra entre Rússia e Ucrânia, iniciada em fevereiro de 2022, tem se intensificado, com batalhas ocorrendo em várias frentes. A Ucrânia tem recebido apoio militar significativo do Ocidente, o que aumentou as tensões com Moscou. Enquanto isso, o Kremlin reforça sua narrativa de que a operação militar é necessária para proteger a soberania russa e evitar o avanço de tropas ocidentais.

A situação permanece volátil, com a Rússia e a Ucrânia acumulando vitórias e perdas. O uso de mísseis de longo alcance, incluindo os hipersônicos, é visto como uma tentativa de Moscou de reverter o curso da guerra, enquanto o Ocidente pressiona por mais apoio à Ucrânia.

CORTE DE GASTOS DO GOVERNO DETALHADO

História de Ana Carolina – IstoÉ Dinheiro

Ministros do governo detalham em entrevista coletiva à imprensa na manhã desta quinta-feira, 28, o pacote de medidas de cortes de gastos anunciado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na noite de quarta, 27. O Ministério prevê que as medidas vão resultar em uma economia de R$ 70 bilhões em dois anos.

Participaram da coletiva, além do ministro Haddad, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simonte Tebet, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, e a ministra da Gestão e Inovação, Esther Dweck.

Além dos cortes, Haddad também anunciou novas regras no Imposto de Renda, com a isenção de quem ganha até R$ 5 mil mensais. Segundo o ministro, medida não trará impacto fiscal, ou seja, não aumentará os gastos do governo. Porque quem tem renda superior a R$ 50 mil por mês pagará uma alíquota maior, ainda não detalhada pelo ministro.

Veja as medidas anunciadas

Salário mínimo: continua subindo acima da inflação, dentro das novas regras fiscais.

Imposto de renda: isenção para quem ganha até R$ 5 mil por mês e quem tem renda superior a R$ 50 mil por mês pagará uma alíquota maior.

Aposentadorias militares: instituição de uma idade mínima para a reserva e a limitação de transferência de pensões, além de outros ajustes.

Abono salarial: Será pago para quem ganha até R$ 2.640, valor que será corrigido pela inflação nos próximos anos e se tornará permanente quando corresponder a um salário mínimo e meio.

Emendas parlamentares: montante global deve crescer abaixo do limite das regras fiscais.

Emendas das comissões do Congresso: 50% passarão a ir obrigatoriamente para a saúde pública

Benefícios tributários: em caso de déficit primário, ficará proibida a criação, ampliação ou prorrogação de benefícios tributários.

 

MINA RICA EM MINÉRIO DE URÂNIO FOI VENDIA PARA GIGANTE MINERADORA CHINESA

 

Jetss

A transação, intermediada pelo grupo peruano Misur, controlador da empresa brasileira, foi concluída na terça-feira .
Localizada na Vila Balbina, a 300 km de Manaus, a Mina de Pitinga é conhecida pela descoberta de urânio em 1979, além de ser a maior produtora de estanho refinado do Brasil e operar na extração de cassiterita e columbita.

A transação, intermediada pelo grupo peruano Misur, controlador da empresa brasileira, foi concluída na terça-feira .©26

A Mineração Taboca S.A., responsável pela reserva de urânio na Mina de Pitinga, no interior do Amazonas, foi adquirida pela estatal chinesa China Nonferrous Trade Co. Ltd. por US$ 340 milhões (cerca de R$ 2 bilhões).

A transação, intermediada pelo grupo peruano Misur, controlador da empresa brasileira, foi concluída na terça-feira (26).

Localizada na Vila Balbina, a 300 km de Manaus, a Mina de Pitinga é conhecida pela descoberta de urânio em 1979, além de ser a maior produtora de estanho refinado do Brasil e operar na extração de cassiterita e columbita. A Taboca anunciou que 100% das suas ações foram transferidas para a estatal chinesa.

Segundo comunicado da empresa, a negociação representa uma oportunidade estratégica de crescimento. “O acesso a novas tecnologias permitirá maior competitividade e expansão da capacidade produtiva”, destacou a Mineração Taboca.

A China Nonferrous Mining Co., gigante do setor de mineração, opera globalmente em mineração, processamento e metalurgia, com forte presença na África, especialmente na Zâmbia.

Polêmica no Senado

A venda gerou repercussão no Senado, onde o senador Plínio Valério (PSDB-AM) questionou a transação e levantou suspeitas de favorecimento ao governo chinês.

“De repente, os chineses compram a maior mina de urânio do Brasil. Isso tudo acontece sem resistência, enquanto somos travados por cadeados ambientais e ONGs. O que há por trás dessa negociação?”, criticou o senador em plenário.

A Mina de Pitinga, próxima a Presidente Figueiredo, município conhecido por seu ecoturismo, agora está no centro do debate sobre soberania e interesses internacionais na exploração de recursos naturais estratégicos.

O MITO DO COLABORADOR

 

História de Redação – IstoÉ Dinheiro – Este texto foi escrito por Vinícius De Andrade e reflete a opinião do autor, não necessariamente a da DW.

Cada vez mais jovens almejam uma vida profissional sem ter patrão. Esse sentimento carrega grande frustração com o mercado formal e é explorado por empresas, que muitas vezes os colocam numa situação ainda pior.”Tenho patrão não. Sou meu próprio chefe e tenho minha liberdade”: Seja em viagens de Uber ou em conversas com desconhecidos, já perdi a conta da quantidade de pessoas que repudiam a ideia de ter um patrão. Cada vez mais jovens, claro, compartilham o mesmo sentimento.

Achava que era um movimento inédito, mas numa das discussões em sala de aula uma professora, especialista em mercado de trabalho, frisou que não é bem assim. O sentimento em si não é novo, porém hoje ele assumiu outros formatos, sobretudo com o advento das plataformas de entrega e corridas e com a estratosférica expansão das redes sociais.

Entendo o sentimento. Ele é válido e merece respeito e atenção, mas confesso que me preocupo com as possíveis consequências para os indivíduos. Infelizmente, o conto da liberdade pode acabar em uma relação ainda mais exploratória do que a que repudiavam e isso é cruel.

Dificuldades no mercado de trabalho formal

Atualmente, ingressar no mercado de trabalho para um jovem que está procurando o primeiro emprego é um desafio gigantesco. De um lado, é preciso ter experiência, mas como tê-la se você nunca trabalhou antes? De outro, é requerido um nível de qualificação que muitos não tiveram a oportunidade de adquirir, sobretudo os jovens que são de baixa renda.

Dado tamanha dificuldade, é de se pensar que estamos falando de vagas incríveis, com altas remunerações e incontáveis direitos e benefícios, mas não. É assustador tantos critérios e pré-requisitos para vagas que pagam um salário-mínimo ou pouco mais.

Quando conseguem o emprego, outros desafios surgem e o que encontram são relações muitas vezes pautadas em desrespeito, exploração e acúmulo de funções. Uma grande amiga, no primeiro emprego como recepcionista, passou por isso, e até pão de mel para o aniversário da filha da patroa precisou fazer. Ia ao mercado, na padaria e fazia atividades que não eram da sua função. Para a patroa, minha amiga deveria ser grata pela oportunidade de ter um trabalho e, portanto, fazer tudo o que era solicitado.

O papel das redes sociais

Dentro do contexto exposto acima, não é de se impressionar que esses jovens sonhem com uma vida melhor, com um emprego melhor remunerado e com uma relação em que não sejam explorados, humilhados ou assediados.

Esses indivíduos em suas horas de descanso, claro, navegam nas redes sociais. O que encontram? De um lado, influencers que esbanjam vidas glamourosas, que viajam para onde querem, comem o que desejam e vivem em casas luxuosas. De outro, perfis vendendo ideias de maneiras fáceis de ganhar dinheiro, como pirâmides, vendas de cursos, marketing place e todos os afins.

Independente do lado, todos ficarão ainda mais tentados, mais desmotivados com o mercado formal de trabalho e mais sedentos por uma oportunidade de mudar de vida.

O mito do colaborador

Se aproveitando desse grande sentimento de frustração, alinhado com a sede de vencer e se dar bem, nascem empresas que vendem o mito do colaborador e falam as seguintes palavras mágicas: “Você não vai mais ter patrão”. Inteligentíssimo e estratégico, mas cruel.

Uma vez peguei um Uber e ele me contou que trabalhava numa agência de seguros e não tinha patrão. Ele falava com muita felicidade e orgulho, estava até de roupa social, dizia estar “voando” na vida e que era o próprio chefe. Infelizmente, não era verdade, mas ele comprou a ideia e estava, ainda que não percebesse, sendo o funcionário de um patrão.

Como fruto da mesma lógica, nasceram as plataformas de corrida e de entrega, como Uber, Ifood, Rappi e todos os outros. Eles vendem a ideia de não ter mais patrão e da possibilidade de escolher quanto ganhar. Eles se pautam na ideia da liberdade, mas só mudam de formato em relação ao modelo tradicional e conseguem ser ainda piores ao falhar miseravelmente no oferecimento de benefícios e direitos básicos ao trabalhador.

O que fazer?

Não acho que não querer ter patrão seja um problema. Não acho que querer empreender seja um problema, e não acho que o simples fato de almejar tentar a sorte nas redes sociais seja um problema.

O problema é a situação de risco e vulnerabilidade que todos esses anseios e desejos podem trazer. Não faz muito sentido fugir de uma relação exploratória para entrar em outra cuja única mudança é uma exploração maquiada e moderna. Isso também é perigoso para o futuro, pois boa parte dessa galera não está contribuindo com a previdência e, portanto, são fortes candidatos a não ter aposentadoria. Olhem o tamanho do problema. Quem irá ajudá-los? O que será feito? Estamos diante de um futuro cenário caótico que não pode ser ignorado ou subestimado.

Atacar esses sentimentos não é a solução. Não podemos de forma simplória chamar esses jovens de preguiçosos ou dizer que querem tudo fácil. Poxa, não dá mesmo para compreender o sentimento de querer mais do que sobreviver? De não querer ser explorado? De almejar comer em um bom restaurante ou de realizar o sonho de conhecer outro país?

Em minha visão, a política requerida deve se pautar em três pilares. Primeiramente, é necessário mudanças no mercado formal de trabalho, com políticas de inserção para os jovens que atenuem a falta de experiência, além de políticas de valorização e de vagas com remunerações compatíveis com os pré-requisitos. Sei que não é fácil, mas não podemos esperar que as pessoas almejem um mercado que simplesmente não é atrativo.

Alinhado a isso, precisamos munir os jovens de instruções e informações para que, pelo menos, não caiam em ciladas e relações ainda mais exploratórias. Por último, mas não menos importante, é necessário tentar ao máximo cobrir essa galera, direta ou indiretamente, no sentido de previdência.

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Vozes da Educação é uma coluna semanal escrita por jovens do Salvaguarda, programa social de voluntários que auxiliam alunos da rede pública do Brasil a entrar na universidade. Revezam-se na autoria dos textos o fundador do programa, Vinícius De Andrade, e alunos auxiliados pelo Salvaguarda em todos os estados da federação. Siga o perfil do programa no Instagram em @salvaguarda1.

REESTRUTURAÇÃO E MODERNIZAÇÃO DO INSTITUTO NACIONAL DE METEOROLOGIA

História de ANDRÉ BORGES – Folha de S. Paulo

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, detalha, nesta quinta-feira (28), o plano de reestruturação do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), órgão vinculado à pasta, responsável por fornecer informações meteorológicas.

O objetivo do ministério é fortalecer a atuação do instituto no apoio à agricultura e com o reforço do monitoramento de desastres climáticos. No mês passado, servidores do órgão protestaram contra cortes.

O anúncio, que acontece no aniversário de 115 anos do órgão, prevê um planejamento estratégico para o período 2025-2031.

No curto prazo, a estimativa é de que o Inmet receba investimentos da ordem de R$ 200 milhões até 2026, para modernização de seu parque tecnológicos e instrumentos que auxiliem na detecção de informações de apoio à produção.

Algumas medidas de reestruturação já estão em curso, entre elas a aquisição de 98 novas estações meteorológicas via crédito extraordinário, no valor de R$ 25 milhões.

Outra ação em andamento trata da aquisição, instalação e manutenção de 220 estações meteorológicas automáticas e da sala de monitoramento do clima, no valor de R$ 49 milhões.

O Inmet também deve ganhar 80 novos postos de trabalhos de nível superior, com previsão de contratar 40 novos meteorologistas, por meio do Concurso Nacional Unificado, realizado pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI).

Outra previsão da proposta de reformulação é a adoção de ferramentas baseadas em recursos de inteligência artificial.

O objetivo é ampliar a utilização de dados meteorológicos na agropecuária e no suporte à tomada de decisão no campo.

Com melhor qualidade de dados e simplificação dos algoritmos usados no processamento de informações que envolvam, por exemplo, riscos de extremos climáticos, o ministério da Agricultura considera que o Inmet poderá oferecer resultados mais precisos que orientem situações como a tomada de decisão dos produtores, no momento de contratarem seus seguros rurais.

O anúncio oficial será feito pelo ministro em evento nesta tarde em Brasília.

Segundo a pasta, o planejamento estratégico que será apresentado irá “pautar nos próximos anos uma governança cujos três resultados para os públicos-alvo são: ampliar a utilização de dados meteorológicos na agropecuária e no suporte à tomada de decisão no campo; reformular a comunicação dos produtos e serviços prestados pelo Inmet e fortalecer a pesquisa aplicada e a inovação dos processos e serviços do Instituto”.

 

DIA INTERNACIONAL DE SOLIDARIEDADE COM O POVO PALESTINO E CURIOSIDADES

 a Internacional de Solidariedade com o Povo Palestino e Curiosidades

Hoje, sexta-feira(29), celebra o Dia Internacional de Solidariedade com o Povo Palestino e Curiosidades

Byvaleon

Nov 29, 2024

Karla Neto – Colunista Correspondente

Nesta sexta-feira(29), é celebrado o Dia Internacional de Solidariedade com o Povo Palestino, a resolução do conflito israelita-palestiniano continua a ser um dos desafios mais complexos que ​​a comunidade internacional enfrenta atualmente. Infelizmente, no ano passado, não se registaram desenvolvimentos positivos e a situação no terreno continua a deteriorar-se.

Este Dia Internacional de Solidariedade chega durante um dos capítulos mais sombrios na história do povo palestino. Estou horrorizado com a morte e a destruição que assolaram a região, mergulhada em dor, angústia e desolação.

Os palestinos em Gaza estão sofrendo uma catástrofe humanitária. Quase 1,7 milhão de pessoas foram obrigadas a deixar suas casas – mas nenhum lugar é seguro. Enquanto isso, a situação na Cisjordânia ocupada, incluindo Jerusalém Oriental, corre o risco de se agravar.

Apelo a israelitas e palestinianos, e a todos os seus apoiantes, que tomem medidas que restaurem a esperança na solução de dois Estados. Não há outra alternativa viável. É uma perigosa ilusão pensar que o conflito pode ser gerido ou contido perpetuamente. Somente com negociações construtivas entre as partes, de boa-fé, com o apoio da comunidade internacional, a adesão das resoluções firmes das Nações Unidas e parâmetros previamente acordados, haverá uma solução justa e estável, com Jerusalém como capital dos dois Estados.

O que é necessário, em primeiro lugar, é liderança e vontade política. Os esforços da sociedade civil e daqueles que, em ambos os lados, procuram preencher o vazio entre israelitas e palestinianos também precisam de ser apoiados.

Acima de tudo, este é um dia para reafirmar a solidariedade internacional com o povo palestino e seu direito de viver em paz e com dignidade.

Isso deve começar com um cessar-fogo humanitário de longo prazo, acesso irrestrito à assistência para salvar vidas, a libertação de todos os reféns, a proteção de civis e o fim das violações do direito internacional humanitário. Devemos estar unidos em exigir o fim da ocupação e do bloqueio de Gaza.

Já passou da hora de avançar de forma determinada e irreversível para uma solução de dois Estados, com base nas resoluções das Nações Unidas e no direito internacional, com Israel e a Palestina vivendo lado a lado em paz e segurança, com Jerusalém como capital de ambos os Estados.

As Nações Unidas não vacilarão em seu compromisso com o povo palestino. Hoje e todos os dias, vamos estar solidários com as aspirações do povo palestino de alcançar seus direitos inalienáveis e construir um futuro de paz, justiça, segurança e dignidade para todos.

CURIOSIDADES  – Karla Neto

Você sabe o que são verrugas tipos, como se pega?

Verrugas podem não causar dor, mas incomodam, principalmente quando surgem em locais visíveis, como no rosto. Verrugas que surgem nos pés podem ser dolorosas, por causa da pressão exercida sobre elas, quando ficamos em pé e caminhamos.

Elas podem desaparecer espontaneamente ou com tratamento, mas há sempre o risco de voltarem no mesmo local ou em outros, porque são provocadas por um vírus, que pode permanecer na pele e se espalhar.

Verrugas são pequenos crescimentos benignos da pele, geralmente inofensivos, causadas pelo vírus HPV, resultando em sintomas como lesões lisas, ásperas, planas ou elevadas, com cor da pela, rosa, cinza, amarelada, marrom ou preta.

As verrugas podem surgir em grupo ou isoladamente, podendo espalhar-se facilmente de uma área do corpo para outra, e ocorrer em qualquer idade e afetar qualquer parte do corpo, como no rosto, no pé, na virilha, na região genital ou nas mãos.

Normalmente, as verrugas desaparecem sem tratamento específico, no entanto, o dermatologista pode indicar o tratamento com o uso de remédios para verrugas para acelerar este processo, principalmente quando surgem na região genital.

O principal sintoma das verrugas são lesões na pele, que apresentam características como:
Superfície lisa ou áspera;
Tamanho de 1 a 10 milímetros;
Planas ou ter aspecto mais elevado;
Lesões únicas ou múltiplas em grupo;
Cor da pele, rosada, cinza, amarelada, marrom ou preta;
Coceira no local, em alguns casos;

Além disso, as verrugas podem ter a forma de cúpula, como se fosse uma semiesfera, ou aspecto semelhante a couve-flor.

A transmissão das verrugas acontece por meio do contato direto com essas lesões, que faz com que o vírus HPV consiga passar de uma pessoa para outra.

Geralmente, as crianças são as mais afetadas, pois tendem a ficar mexendo nas verrugas.
No entanto, é importante esclarecer que os vírus só provoca o aparecimento de verrugas quando existe algum local na pele que permita a sua entrada no organismo, como um arranhão, pele secam unha encravada ou ferida, por exemplo.

Você sabia que a romã ajuda a manter a saúde da pele?

Conhecida mundialmente por seus efeitos curativos, especialmente em casos de inflamação na garganta e nas articulações, a romã é uma fruta exótica, nativa da Ásia, que foi trazida ao Brasil pelos portugueses ainda na época da colonização.

A romã é uma fruta que contém compostos funcionais como flavonoides, quercetina e ácido elágico, que são antioxidantes que podem ajudar a prevenir o Alzheimer e alguns tipos de câncer, e a controlar a pressão alta, além de ter efeito anti-inflamatório e antisséptico, ajudando a aliviar a dor de garganta, por exemplo.

Além disso, a romã pode ser também incluída em dietas para emagrecer, já que tem poucas calorias e é rica em fibras, aumentando a sensação de saciedade e, assim, o consumo de alimentos.
A romã é uma fruta levemente doce e as sementes podem ser consumidas ao natural ou usadas para fazer sucos, saladas e iogurtes. Já as cascas, folhas e caule da fruta podem ser usadas para fazer chás. Já o extrato da casca e o óleo concentrado das sementes da romã podem ser indicados para prevenir o envelhecimento precoce e melhorar o sistema imunológico.

É rica em elagitaninos, antocianinas e catequinas, que são antioxidantes e estão presentes na semente, casca e suco da fruta. Estes compostos têm ação antioxidantes e anti inflamatórias, que protegem a pele contra os raios ultravioletas do sol, prevenindo o câncer de pele.

Os compostos da fruta evitam o envelhecimento precoce e ainda promovem na pele uma ação adstringente, que é de secar, e antisséptica, ajudando no tratamento de peles mistas, oleosas e com acne.

Como fazer o chá?
Ingredientes
1 xícara de água;
10g de casca da fruta.
Modo de preparo
Ferva 1 xícara de água em uma panela;
Adicione 10 gramas da casca, desligue o fogo e abafe a panela até 15 minutos;
Coe o chá, sirva e beba morno.

AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

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