sábado, 26 de outubro de 2024

RELAÇÕES BRASIL E VENEZUELA FIAM AINDA PIORES COM A FLA DE CELSO AMORIM

 

História de CdB – Correio do Brasil

“Não se trata de democracia, mas de confiança que foi quebrada”, afirmou o ex-ministro das Relações Exteriores, ao reforçar que a questão vai além das posições políticas dos governos de ambos os países.

Por Redação – de Brasília

Após o Brasil frustrar a tentativa de a Venezuela ingressar no BRICS, conforme noticiou o Correio do Brasil, Caracas já havia se pronunciado ainda que apenas nos bastidores, sobre a deterioração das relações entre os dois países. Pois nesta sexta-feira, o panorama ficou ainda pior, após as declarações do diplomata Celso Amorim, principal assessor do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para as relações exteriore.

Amorim foi o chanceler brasileiro durante todos os mandatos anteriores do presidente Lula

Amorim foi o chanceler brasileiro durante todos os mandatos anteriores do presidente Lula

Amorim revelou, em entrevista a um diário conservador carioca, que a negativa brasileira à inclusão do país vizinho se baseou em um ponto crucial: uma quebra de confiança entre os dois governos.

— Não se trata de democracia, mas de confiança que foi quebrada — afirmou o ex-ministro das Relações Exteriores, ao reforçar que a questão vai além das posições políticas dos governos de ambos os países.

Impasse

Segundo Amorim, a promessa feita pelo governo de Nicolás Maduro de entregar as atas eleitorais do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), que dariam maior transparência às eleições presidenciais venezuelanas, foi o fator que desencadeou o impasse.

— A quebra de confiança foi algo grave. Recebemos uma promessa e, no fim, não foi cumprida — declarou o assessor, ao lembrar que o próprio Maduro havia garantido a entrega dos documentos, mas, até o momento, isso não aconteceu.

A relação entre Brasil e Venezuela, que já enfrentava tensões, chegou a um novo nível de distanciamento durante a cúpula do BRICS em Kazan, na Rússia. O presidente Lula e sua equipe não apoiaram a inclusão venezuelana no grupo, uma posição que foi respeitada até por aliados de peso, como a Rússia e a China.

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