quinta-feira, 21 de setembro de 2023

TENSÃO ENTRE AS COREIAS DO NORTE E DO SUL SOBRE FORNECIMENTO DE ARMAS PARA A RÚSSIA

História por Reuters • Reuters

Presidente sul-coreano, Yoon Suk Yeol, na Assembleia Geral da ONU© Thomson Reuters

NAÇÕES UNIDAS/SEUL (Reuters) – O presidente sul-coreano, Yoon Suk Yeol, disse nesta quarta-feira que se a Rússia ajudasse a Coreia do Norte a melhorar seus programas de armas em troca de assistência para a guerra na Ucrânia seria “uma provocação direta”, e que Seul e os seus aliados não ficariam de braços cruzados. 

Em discurso na Assembleia Geral anual da ONU, Yoon disse que tal cenário ameaçaria a paz e a segurança não só da Ucrânia, mas também da Coreia do Sul.

Yoon fez a declaração no momento em que o líder norte-coreano, Kim Jong Un, retornou a Pyongyang após uma viagem de uma semana à Rússia, na qual ele e o presidente russo, Vladimir Putin, prometeram aumentar a cooperação na área militar. 

Os programas nuclear e de mísseis da Coreia do Norte não são apenas uma ameaça existencial para a Coreia do Sul, mas também um sério desafio à paz na região do Indo-Pacífico e em todo o mundo, disse Yoon. 

“É paradoxal que um membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, confiado como guardião final da paz mundial, trave uma guerra invadindo outra nação soberana e receba armas e munições de um regime que viola flagrantemente as resoluções do Conselho de Segurança da ONU”, disse. 

Coreia do Sul e Estados Unidos expressaram preocupação com o fato de a Rússia estar potencialmente tentando adquirir munições da Coreia do Norte para complementar a queda de seus arsenais como resultado da guerra na Ucrânia, enquanto Pyongyang procura ajuda tecnológica para os seus programas nuclear e de mísseis.

“Se (a Coreia do Norte) adquirir a informação e a tecnologia necessárias para melhorar as suas capacidades em matéria de armas de destruição em massa em troca de apoiar a Rússia com armas convencionais, o acordo será uma provocação direta, ameaçando a paz e a segurança não só da Ucrânia, mas também da República da Coreia”, disse Yoon.

“A República da Coreia, juntamente com os seus aliados e parceiros, não ficarão de braços cruzados”.

(Reportagem de Hyonhee Shin e David Brunnstrom)

 

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