segunda-feira, 10 de julho de 2023

DEPOIMENTO AMANHÃ NA CPMI DO DIA 8 DE JANEIRO DO CEL. EX-AJUDANTE DE BOLSONARO

 

Depoimento estava marcado para a semana passada e foi adiado em função da votação da reforma tributária na Câmara

Por Lucas Pavanelli, Daniel Trevor – Itatiaia Notícias

Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, é o próximo a ser ouvido em CPMI
Mauro Cid tem depoimento marcado na CPMI nesta terça-feira (11)

Após ter o depoimento adiado na última semana, o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), Mauro Cid, será ouvido na CPMI do 8 de janeiro na próxima terça-feira (11). Esta é a sétima oitiva realizada pelos parlamentares que compõem a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), desde sua instalação, no fim de maio.

Cid está preso desde fevereiro deste ano, quando uma operação da Polícia Federal desmantelou um esquema de falsificação de informações em cartões de vacinação. Cid é investigado por fraudar documentos oficiais para ele, seus familiares e até o ex-presidente Bolsonaro.

Os integrantes da CPMI devem questionar o militar do Exército a respeito de trocas de mensagens com o coronel Jean Lawand Junior – que já prestou depoimento à comissão.

Em um aplicativo de troca de mensagens, ele fez um apelo a Cid para tentar convencer Bolsonaro a “dar uma ordem” aos comandantes das Forças Armadas para forçarem um golpe de Estado após a derrota do então presidente nas eleições de 2022.

“Cidão, pelo amor de Deus, cara. Ele dê a ordem, que o povo está com ele (…). Acaba o Exército Brasileiro se esses caras não cumprirem a ordem do Comandante Supremo”, afirmou Lawand ao ex-ajudante de ordens de Bolsonaro por mensagem.

Agentes da Polícia Federal também encontraram, em conversas, um documento escrito que sugeria um passo-a-passo com oito etapas para que os militares tomassem o poder.

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Cid terá que comparecer

O Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que Mauro Cid terá que comparecer, pessoalmente, à sessão do Congresso Nacional para dar explicações. A decisão, do dia 26 de junho, é da ministra Cármen Lúcia.

No entanto, a ministra também garantiu o direito de Cid ficar em silêncio quando for questionado pelos parlamentares em questões que podem, de alguma forma, incriminá-lo. O ex-ajudante de ordens também poderá levar um advogado e se comunicar com ele durante a sessão.

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